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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

Protocolo de
Tratamento de
Feridas

CIEF - Comissão Interna de Estudo de Feridas


Hospital da Criança e Maternidade de São
José do Rio Preto

Elaboração: Fevereiro 2016

Organização:
Lásara Ap. F. N. Magnani – Enfermeira e coordenadora da CIEF
Jane Eyre Ap. Gomes – Enfermeira e vice-coordenadora da CIEF
Marcia Vila – Enfermeira e participante da CIEF

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

ÍNDICE

Anatomia da pele ..........................................................................................2


Fisiologia da cicatrização ..............................................................................4
Fatores adversos à cicatrização ....................................................................4
Úlceras por pressão .......................................................................................5
Escala de Braden Q........................................................................................8
Cuidados com a pele .....................................................................................10
Deiscência de sutura .....................................................................................12
Feridas neoplásicas ......................................................................................14
Gastrostomia..................................................................................................15
Dermatites......................................................................................................16
Lesões decorrentes infiltração por medicação...............................................16
Hipergranulação.............................................................................................17
Avaliação da ferida ........................................................................................17
Produtos para o tratamento de feridas ..........................................................20
Critérios para solicitação de produtos industrializados .................................26
Prescrição de produtos de curativo. ..............................................................26
Solicitação de produtos de curativo ..............................................................27
Antissépticos .................................................................................................27
Fluxograma de atendimento da CIEF ...........................................................28
Fluxograma de tratamento de lesões de pele ...............................................29
Termo de consentimento para registro fotográfico ........................................31
Referências Bibliográficas .............................................................................32

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

Apresentação

O cuidado e tratamento de pacientes portadores de feridas fazem parte


da rotina do Enfermeiro em qualquer setor que ele trabalhe, no entanto,
poucos são os profissionais que possuem o conhecimento aprofundado
sobre este tema, sendo que a maioria destes relata dificuldades para avaliar,
planejar e programar cuidados e condutas específicas para o tratamento de
feridas.

Neste enfoque, a Comissão Interna de Estudo de Feridas elaborou este


protocolo visando orientar os profissionais Enfermeiros, através da
propagação de informações específicas, sobre a cicatrização de feridas,
cuidados e tratamento, além de auxiliar no esclarecimento de dúvidas e
orientação de condutas para a melhoria da assistência de enfermagem
quanto à prevenção e cuidado a pacientes portadores de lesões de pele.

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INTRODUÇÃO

I. ANATOMIA DA PELE

A pele é composta por três camadas:

1. Epiderme
É a camada mais externa, composta de quatro estratos de epitélio escamoso:
córneo (mais externo), granuloso, espinhoso (mais espesso) e basal (mais interno). (1)
A camada de células basais (mais interna) é a camada germinativa, que gera
novas células que migram lentamente para a superfície da epiderme onde sofrem um
processo de maturação. A maturação consiste na conversão das células basais
colunáveis em células completamente ceratinizadas da superfície córnea epidérmica que
recebem o nome de ceratinócitos. Considera-se que o tempo de trânsito epidérmico é de
aproximadamente de 30 dias (1) .
As células da camada córnea (mais externa) são cimentadas entre si para formar
uma membrana resistente e flexível. A camada ceratínica evita perda de líquidos pelo
organismo e a penetração de água na pele, por meios de depósitos lipídicos entre as
células cornificadas (2) .
Nos RNs a pele é imatura e descama por ser frágil e fina, menos cornificada, não
tem barreira cutânea. A espessura da epiderme varia de acordo com a localização, idade
ou sexo e o período de regeneração é estimado em aproximadamente 4 semanas (1) .

2. Derme
É a camada intermediária e de sustentação da epiderme, constituída de colágeno
(que lhe dá sua estabilidade estrutural) e fibras de elastina (responsáveis pela
elasticidade cutânea). Na derme residem os apêndices da epiderme (glândulas sebáceas,
glândulas apócrinas, glândulas sudoríparas exócrinas, pelos e unha), fibroblastos, várias
células inflamatórias e a neovascularização. Está dividida em 2 camadas: a papilar (mais
próximo à epiderme) e a reticular.
Nos recém nascidos os vasos sanguíneos estão desorganizados, glândulas
sudoríparas e sebáceas não funcionam direito, impede manto lipídico que protege a pele,
portanto tem menos colágeno e elastina (1,2) .

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3. Tecido adiposo subcutâneo

Composto de fibras de tecidos conjuntivos que o sustentam. É atravessado por


vasos sanguíneos mais calibrosos, onde ocorre o metabolismo dos carboidratos e a
lipogênese. Também funciona como isolante térmico reserva energética e proteção
contra choques mecânicos.
Os recém-nascidos não possuem a barreira cutânea, consequentemente menor
gordura, aumentando assim a permeabilidade da pele (2) .

II . DEFINIÇÃO DE FERIDA

Ferida é definida como qualquer interrupção na continuidade da pele (3) .

III. FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO (3,4,5)

A cicatrização é um processo dinâmico dividido didaticamente em 3 fases:


inflamatória, proliferativa e de maturação.

1. Fase inflamatória (0 – 3 dias):

 É uma resposta do organismo ao trauma;


 Ocorre curto período de vasoconstrição;
 Ativação da cascata de coagulação;
 Formação de tampão na luz dos vasos / crosta;
 Circulação se torna mais lenta;
 Ocorre período de vasodilatação com quimiotaxia;
 Migração de leucócitos fagocíticos (PMNs) – realizam a “limpeza da ferida”
removendo bactérias e tecidos mortos;
 Com a vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar ocorre o
extravasamento de fluido com plasma, leucócitos, eritrócitos e plaquetas
caracterizando o exsudato inflamatório, cujos sinais são: rubor local, calor, dor,
edema;

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 Após 24h surgem os macrófagos (que são os monócitos no tecido lesado) que
realizam fagocitose, quimiotaxia, secreção de AGF (fator de angiogênese) que
estimula a formação do broto endotelial;
 Infecção e/ou necrose prolongam esta fase.

2. Fase Proliferativa (3-21 dias)

 Observa-se a ferida sendo completa por tecido conjuntivo através do processo de


mitose celular (é importante a manutenção da temperatura corporal para não
interromper este processo);
 Presença importante de fibroblastos (podem ser encontrados na ferida nas
primeiras 24 h em pequena quantidade e se tornam evidentes após o 5º dia);
 Ocorre síntese de colágeno e aumento da força tênsil (habilidade da lesão para
resistir a forças externas e não romper);
 Atuação dos miofibroblastos na ferida preenchida com tecido de granulação, que
agregam-se nas margens da ferida e se contraem fazendo a aproximação das
bordas da lesão;
 Início da epitelização – ocorre o crescimento de novas células epiteliais na
superfície que se movimentam sobre tecidos viáveis e para isso requerem
ambiente úmido.

3. Fase de Maturação (21 dias – 1 a 2 anos)

 Fibroblasto continua sintetizando colágeno que se deposita na ferida;


 Ferida se torna menos vascularizada;
 Migração e mitose das células basais;
 Remodelação do tecido novo para formação da cicatriz através da ação das
colagenases.

IV . FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO (3)

 Fatores Sistêmicos
- má nutrição
- doenças crônicas
- insuficiência do sistema imunológico
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- má perfusão tecidual
- extremos de idade: neonatos e idosos
- terapia medicamentosa

 Fatores Locais
- infecção
- isquemia
- necrose
- corpos estranhos/crosta
- agentes irritantes
- lesão muito extensa

A cicatrização da ferida nos neonatos é prejudicada, pois estes apresentam o


sistema cardiovascular instável. Também seu metabolismo é rápido e possuem a
imaturidade funcional de todos os órgãos. Além disso, a hipóxia, acidose, edema
intersticial pulmonar e o volume sanguíneo circulante diminuído, contribuem na
dificuldade de cicatrização. O oxigênio é necessário para migração e replicação
celular,fagocitose e síntese de proteínas e colágeno. No neonato uma boa oxigenação
tecidual necessita de uma boa respiração.
Os neonatos são susceptíveis à desenvolver respiração irregular devido à
imaturidade do sistema nervoso, a anatomia da traquéia que se apresenta curta e
estreita, ficando propensa à obstrução por edema, secreções, ingestão de corpos
estranhos. No neonato os mecanismos de defesa são imaturos e incompetentes,
ficando estes vulneráveis ao desenvolvimento da sepse. As crianças são um pouco
mais resistentes, pois são expostas a outros fatores imunológicos que aumentam a
síntese de imunoglobulinas.
Neonatos com infecção sistêmica muitas vezes são incapazes de responder
adequadamente a uma infecção secundária (ferida).
A termorregulação é crítica para a sobrevivência do neonato, pois estes
possuem uma fina camada de gordura subcutânea, como também o isolamento
térmico é escasso diminuindo a conservação do calor. A hipotermia provoca redução
na força de tensão na ferida, prejudicando a cicatrização.
Neonatos possuem ainda pele extremamente delicada e frágil, a mínima
fricção na epiderme pode causar separação das camadas da pele e formação de

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bolhas, já a pele das crianças é uma barreira efetiva contra perda de água, absorção
de drogas e proteção mecânica.
O sucesso da cicatrização de feridas depende de uma adequada reserva
nutricional, ingestão necessária e contínua de proteínas, carboidratos, gorduras,
vitaminas e minerais fornecidos por uma dieta bem balanceada,aporte adequado de
calorias para suprir as necessidades nutricionais e manter o crescimento celular e
reparo de feridas. Os prematuros possuem o sistema orgânico imaturo, com estoques
energéticos mínimos, porém requererem alto gasto energético.
É importante lembrar que, o desenvolvimento psicossocial e cognitivo são
considerações essenciais para a formulação do plano de cuidados do paciente
pediátrico.

V- PRINCIPAIS TIPOS DE FERIDAS AVALIADAS NA INSTITUIÇÃO

1) ÚLCERAS POR PRESSÃO

DEFINIÇÃO: É uma área de necrose celular que tende a se desenvolver quando o tecido
mole é comprimido em uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período
prolongado de tempo.As úlceras por pressão geralmente ocorrem nas regiões de
proeminências ósseas, tais como sacral, calcâneos e estão graduadas estágios 1,2,3,4
para classificar o grau de danos observados nos tecidos (6).

Figura 1: Demonstração de pressão exercida na região de uma proeminência óssea.

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Figura 2: Capilares sem excesso de pressão e com excesso de pressão.

Classificação (6,7)

Estágio 1 – é uma alteração da pele intacta relacionada à pressão, incluindo mudança de


temperatura – calor ou frio, consistência do tecido, edema, endurecimento ou sensação
de queimação. Nas peles claras aparece como eritema que não desaparece após
remoção da pressão e nas peles escuras tipo descoloração e manchas roxas.

Estágio 2 – perda parcial da pele, envolvendo a epiderme, uma lesão superficial, tipo
bolha ou rósea.

Estágio 3 – perda pele na sua espessura total, necrose do subcutâneo, lesão profunda.

Estágio 4 – perda pele na sua espessura total com destruição extensa, podendo atingir
músculos, ossos ou tendão e articulações.

É importante avaliar a inflamação, infecção, endurecimento e isquemia da lesão,


porque as Úlceras por Pressão infectadas podem levar a consequências graves, como o
aumento da dor, osteomielite, deterioração do estado geral do paciente podendo levar a
septicemia e morte (7).

As Úlceras por Pressão estão habitualmente colonizadas por múltiplos


microrganismos que são na maioria das vezes originários da flora da pele ou do intestino,
em resultado da contaminação com fezes e bactérias multirresistentes, tais como:
Estafilococo, Estreptococos e Escherichia Coli (7).

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Avaliação do paciente em risco para Úlcera por Pressão

Os pacientes restritos no leito ou na cadeira ou aqueles que estão com dificuldade


de se reposicionar, devem ser avaliados para fatores adicionais que aumentam o risco
para desenvolver Úlcera por Pressão, tais como: imobilidade, incontinência e fatores
nutricionais, ingestão dietética inadequada ou alteração do estado nutricional e alteração
do nível de consciência.

Todos os indivíduos em risco devem ter uma inspeção sistemática da pele pelo
menos uma vez por dia prestando-se atenção particular às regiões de proeminência
ósseas.

Os resultados da inspeção da pele devem ser documentados no prontuário, o


paciente deve ser avaliado no momento da admissão nas unidades de internação
utilizando a Escala de Braden ou Braden Q, e reavaliado diariamente e sempre que
houver mudanças no seu estado (6,7) .

Pontuação baixa na escala de Braden indica uma baixa habilidade funcional,


estando o indivíduo, em alto risco para desenvolver a Úlcera por Pressão. A pontuação
pode ir de 4 a 23 pontos. Pacientes adultos hospitalizados, com uma contagem igual ou
menor do que 16 pontos são considerados de risco. Uma pontuação de 16 é considerada
risco mínimo; de 13 a 14, risco moderado; de 12 ou menos, risco elevado (8) .

A manutenção da integridade da pele da criança, especialmente quando seu estado


é crítico, nem sempre é considerada uma prioridade (5,6). A úlcera por pressão (UP)
localizada, geralmente sobre uma proeminência óssea, constitui-se em uma área de dano
na pele ou em estruturas subjacentes, devido à pressão, fricção e/ou suas combinações
(7,8).

Quanto mais imatura a criança e mais crítico seu estado de saúde, menos tolerante
a pele e as estruturas de suporte e maior o risco de desenvolver úlceras por pressão .
Destaca-se sua ocorrência em doenças limitantes, em internações em unidades de
terapia intensiva ou no pós-operatório (19). Os fatores de risco mais frequentes,
relacionados ao desenvolvimento de UP em crianças, são a imobilidade, a presença da
força de fricção e o cisalhamento, a desnutrição, a perfusão tecidual e a oxigenação

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alteradas (12-14). A prevenção efetiva requer avaliação dos fatores de risco para essa
população.

Instrumentos específicos, validados para detecção do risco de a criança


desenvolver UP, direcionam o raciocínio clínico e a intensidade das medidas
preventivas(20,21).

A escala Braden Q, uma versão pediátrica da escala de Braden, foi desenvolvida


por Curley e Quigley em 2004, na língua inglesa, utilizando os fatores de risco específicos
para o desenvolvimento de UP em crianças (13). Essa escala avalia os riscos por meio de
dois parâmetros (22): o primeiro considera a intensidade e a duração da pressão por meio
da avaliação da mobilidade, atividade e percepção sensorial; e o segundo, a tolerância
dos tecidos pela avaliação da umidade, cisalhamento, nutrição, perfusão e oxigenação
dos tecidos. Embora outras escalas tenham sido desenvolvidas a partir da observação
direta de crianças, a escala de Braden Q tem sido a mais estudada e utilizada
internacionalmente até o momento (5).

As UP são associadas ao aumento da permanência do paciente no hospital. A


avaliação de risco é um indicador importante para predizer a formação da úlcera e deve
ser realizada na admissão do paciente, como base para a sua profilaxia. A escolha de um
instrumento apropriado para avaliar e identificar os pacientes em risco é uma etapa
importante para determinar as medidas preventivas corretas e o tratamento de UP. As
equipes de profissionais beneficiam-se do uso da escala de avaliação do risco, como um
guia. Além da uniformidade nos resultados da avaliação, mantendo o risco sob foco, esta
possibilita padronizar condutas e otimizar a utilização de recursos materiais e humanos na
prevenção da UP na criança.

A incontinência anal na criança é considerada normal até três anos de idade, e a


urinária até quatro anos. Contudo, cerca de 30% das crianças normais de quatro anos e
10% das crianças de seis anos não atingem a continência noturna.

A nutrição é classificada de acordo com o número de refeições e via de


administração da dieta. Nesse item considera-se o nível de albumina e necessidade
calórica por idade, se a criança está ganhando peso e se há necessidade de adequação
da dieta. A má nutrição é um dos fatores primários para o desenvolvimento de UP, por
contribuir para a diminuição da tolerância do tecido à pressão pois os elementos
fundamentais à nutrição (proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, sais minerais e água)

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devem guardar adequada proporção entre si para que haja perfeita utilização pelos
órgãos e tecidos. As necessidades calóricas na infância são duas a três vezes maiores
que no adulto.

No primeiro ano de vida, 40% dessas calorias são usadas para suprir as demandas
do processo de crescimento e desenvolvimento. A deficiência de ferro é uma das maiores
de micronutrientes no Brasil, apesar da sua etiologia ser conhecida, o problema ainda
persiste principalmente em crianças, entre as consequências da anemia ferropriva em
crianças estão os prejuízos no desenvolvimento e coordenação motora; prejuízos no
desenvolvimento da linguagem; efeitos psicológicos e de comportamento como
desatenção, fadiga e insegurança, além da diminuição da atividade física (6,7,9)

Cuidados com a pele: (6)

1. A pele deverá ser limpa no momento que se sujar ou em intervalos de rotina. A


frequência de limpeza da pele deve ser individualizada de acordo com a necessidade ou
preferência do paciente.

2. Diminuir os fatores ambientais que levam ao ressecamento da pele como:


umidade baixa e exposição ao frio. A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes.

3. Evite massagens nas proeminências ósseas. Antigamente acreditava-se que a


massagem em regiões com hiperemia auxiliava a melhora do fluxo sanguíneo. As
evidências atuais sugerem que massagem pode causar mais danos.

4. Minimizar a exposição da pele à umidade devido à incontinência urinária,


perspiração ou drenagem de feridas. Quando essas fontes de umidade não podem ser
controladas devem-se usar fraldas descartáveis ou forros feitos de materiais que
absorvam a umidade e que mantenham seca a superfície em contato com a pele. Agentes
tópicos que agem como barreira para umidade como cremes, películas protetoras ou
óleos também podem ser usados.

5. As lesões da pele devido à fricção e força de cisalhamento devem ser


minimizadas através de um posicionamento adequado e uso de técnicas corretas para
transferência e mudança de decúbito. Além disso, os danos causados pela fricção podem
ser reduzidos pelo uso de lubrificantes (como cremes e óleos), películas protetoras (como
curativos transparentes e selantes para a pele) e curativos protetores (como hidrocolóides

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extrafinos). Recomenda-se também que os pacientes não sejam "arrastados" durante a
movimentação, mas que sejam "erguidos" utilizando-se o lençol móvel.

6. Quando indivíduos aparentemente bem nutridos desenvolvem uma ingestão


inadequada de proteínas ou calorias, os profissionais devem primeiro tentar descobrir os
fatores que estão comprometendo a ingestão e então oferecer uma ajuda na alimentação.

7. Todas as intervenções e resultados devem ser monitorizados e documentados


no prontuário.

Medidas de redução de pressão:

1. Qualquer indivíduo na cama que seja avaliado como estando em risco para ter
Úlcera por Pressão deverá ser reposicionado pelo menos a cada duas horas se não
houver contraindicações relacionadas às condições gerais do paciente. Deve-se utilizar
protocolo de mudança de decúbito, disponível nas unidades, onde através de horário pré-
estabelecido, deve ser feito a mudança de decúbito e reposicionamento sistemático do
indivíduo.

2. Para indivíduos no leito, materiais de posicionamento como travesseiros ou


almofadas de espuma devem ser usados para manter as proeminências ósseas (como os
joelhos ou calcanhares) longe de contato direto um com o outro ou com a superfície da
cama, de acordo com um plano de cuidados por escrito.

3. Os indivíduos acamados que estão completamente imóveis devem ter um plano


de cuidados que inclua o uso de colchão caixa de ovo mantendo os calcâneos livres de
pressão e os pés apoiados anatomicamente para evitar pé equino. Obs.: não é
recomendado o uso de luva d’água pois causa aquecimento, passando a umidade para o
calcâneo, podendo causar maceração da pele.

4. Quando a posição lateral é usada no leito, evite posicionar diretamente sobre o


trocânter do fêmur, mas sim em uma posição lateralmente inclinada de 30º. Nesta posição
a maior pressão corporal estará na região glútea que poderá aguentar melhor o excesso
de pressão.

5. Mantenha a cabeceira da cama num grau mais baixo de elevação possível, que
seja consistente com as condições clínicas do paciente. Se não for possível manter a

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elevação máxima de 30º, limite a quantidade de tempo que a cabeceira da cama fica mais
elevada.

6. Para pacientes que não conseguem se movimentar no leito faça mudanças de


posição usando o lençol móvel ou forro da cama para movimentação (ao invés de puxar
ou arrastar), se não for possível mudança de decúbito, realizar o alívio de pressão através
do uso de coxins.

7. Qualquer pessoa avaliada com risco para desenvolver úlcera por pressão deve
ser colocada em um colchão que redistribua o peso corporal e reduza a pressão como
colchão caixa de ovo. Não é recomendado o uso de colchão de água, pois não redistribui
o peso corporal, provoca aquecimento e aumenta a umidade no calor e resfria no frio.

8. Qualquer pessoa em risco para desenvolver úlcera por pressão deve evitar ficar
sentada ininterruptamente em qualquer cadeira ou cadeira de rodas. O paciente deve ser
reposicionado pelo menos a cada 2 horas, evitando pontos de pressão e colocado de
novo na cama, se isto for possível no seu plano de cuidados. Os indivíduos que forem
capazes devem ser ensinados a levantar o seu peso a cada quinze minutos para fazer a
descompressão na região isquiática.

9. Para indivíduos que ficam sentados em cadeiras é recomendado o uso de


equipamentos para reduzir a pressão como aqueles feitos de espuma, gel, ar ou uma
combinação destes. Não usar almofadas redondas em forma de anel ou argola, pois
comprime o centro, diminuindo a circulação na ferida.

10. O posicionamento dos pacientes em cadeira deve incluir considerações como o


alinhamento postural, a distribuição do peso, o balanço, a estabilidade e o alívio da
pressão.

2) DEISCÊNCIA DE SUTURA

Definição:
Separação parcial ou total, espontânea, das camadas de pele e tecidos. O termo
deiscência da ferida cirúrgica está classicamente associado a incisões abdominais, porém
pode ocorrer em qualquer tipo de incisão cirúrgica (10).

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Desenvolvimento:
Ocorre entre o quinto e décimo dia de pós- operatório onde ocorre: extravasamento de
secreção serosa ou serossanguinolenta através da lesão e abertura espontânea parcial
ou total da incisão. Suas consequências mais graves são a evisceração e a septicemia
(11).

Fatores de risco(4) :
- Suturas inadequadas ou excessivamente apertadas, dificultando a irrigação sanguínea;
- Sexo;
- Idade;
- Desnutrição;
- Diabetes Mellitus;
- Obesidade;
- Câncer;
- Insuficiência hepática;
- Infecção do sitio cirúrgico.

Sinais que podem anteceder a deiscência:


Observam-se sinais inflamatórios no sítio cirúrgico e na pele ao redor, como calor, eritema
ou descoloração, dor e edema na ferida operatória, pode haver mudança do exsudato de
seroso ou serossanguinolento para purulento ou pio-sanguinolento (12).

Cuidado com a ferida:


- Avaliar se a deiscência está delimitada utilizando uma sonda nelaton para localizar a
delimitação das bordas;
- Quando as bordas estiverem bem delimitadas, realizar a limpeza da ferida irrigando com
SF 0,9%, utilizando seringa de 20 ml + sonda nelaton, após limpeza abundante aplicar o
produto mais indicado de acordo com o tipo de tecido no leito da ferida.
- Se as bordas não estiverem delimitadas, não realizar a limpeza com sonda e não
colocar nenhum produto tópico dentro da cavidade. Deverá ser realizada a limpeza de
modo que todo o SF 0,9% seja removido da lesão, o produto tópico deverá ser colocado
na gaze e aplicado com segurança em contato com o leito visível da lesão.
- Dependendo da característica da lesão e do exsudato, poderão ser utilizados produtos
como placa de carvão ativado com Prata ou Hidrogel com Polihexanida. Não usar

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papaína quando houver exposição de vísceras e aponeurose (faltam evidências
científicas que assegurem o uso nestes casos).
- Determinar o número de trocas conforme a quantidade de exsudato.

3) FERIDAS NEOPLÁSICAS (21,22)

As feridas neoplásicas ocorrem devido à infiltração das células malignas nas


estruturas da pele e derivam do tumor primário ou metástase. A quebra da integridade da
pele se da após o rompimento do nódulo tumoral que pode se tornar uma massa
necrótica com crescimento proliferativo. Os mais comuns são os de mama, cabeça e
pescoço.
O processo evolutivo destas feridas é descrito em três passos: crescimento
tumoral, neovascularização invasão da membrana basal da célula.

Classificação:

Estagio 1 – pele integra com tecido de coloração avermelhada ou violácea, nódulo visível
e delimitado, assintomático, ferida fechada ou com abertura superficial ou por orifícios de
drenagem de secreção límpida ou amarelada, pode haver dor e prurido.
Estagio 2 – ferida aberta envolvendo derme e epiderme, ulcerações superficiais,
sensíveis à manipulação, pouca secreção, intenso processo inflamatório ao redor, pode
haver dor e odor.
Estagio 3 – feridas que envolvem epiderme, derme e subcutâneo, tem profundidade
regular com saliências e formação irregular, áreas de ulcerações e tecido necrótico
liquefeito ou sólido, pode apresentar lesões satélites em risco de ruptura iminente.
Estagio 4 – feridas invadindo profundas estruturas anatômicas profundidade expressiva,
secreção abundante, odor fétido e dor, tecido ao redor com coloração avermelhada
violácea e o leito da lesão com coloração amarelada.

Sintomatologia:

Os sinais e sintomas da ferida são: odor, exsudato, dor, sangramento e


ocasionalmente prurido. Odor fétido está associado à infecção ou colonização de
bactérias anaeróbicas no tecido necrótico formado pela isquemia decorrente da

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neovascularização débil que resulta na formação de capilares frágeis que se rompem e
formam êmbolos que bloqueiam a irrigação do tumor. É resultado do produto final
metabólico dos ácidos voláteis, sendo frequentes nas feridas neoplásicas e o seu controle
é uma das metas principais na realização dos curativos.
O exsudato é atribuído à permeabilidade capilar aumentada no leito da ferida e
decorrente do processo inflamatório. O sangramento está associado à friabilidade dos
vasos formados e a diminuição funcional das plaquetas no sitio tumoral.

Medidas de controle paliativo:

Nos pacientes terminais deverá ser planejado o curativo com o objetivo de fornecer
alivio parcial ou temporário e nos pacientes sob tratamento oncológico a cicatrização
deverá ser considerada a sua resposta clinica.
Avaliação do curativo deve seguir os seguintes parâmetros: localização, tamanho,
tipo de tecido, presença ou não de fistulas, quantidade de exsudato, odor, sangramento,
dor, infecção, condição da pele ao redor da ferida, estética, impacto psicológico da lesão
para o paciente.

Produtos mais utilizados:


 Na presença de inflamação usa-se normalmente no formato de pomada ou gel
(tópico)
 Sulfadiazida de prata, com odor usa-se Metronidazol ou Hidrogel com
Polihexanida.
 Se houver sangramento usa-se aloe vera gel 3% e se o leito da ferida apresentar
somente tecido de granulação pode-se usar além do Aloe Vera, o Óleo de Girassol
in natura.

Observação:
Em nossa instituição não se usa a papaína em feridas neoplásicas devido a sua
potente ação de estimulação de crescimento celular.

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4) Gastrostomia:

A sonda é presa à parede do abdômen, mas é útil fixá-la com fita adesiva
hipoalergênica para evitar trações e deslocamentos acidentais. Seguir as orientações do
enfermeiro quanto ao curativo conforme abaixo:
Manter a inserção da sonda limpa e seca, limpar a pele ao redor da sonda com
soro fisiológico e secar com a gaze, cortar ou enrolar a gaze envolvendo a gastrostomia
sem tracionar.
Observar a cicatrização. Em caso de vazamento de líquido gástrico ou de dieta,
sinais de infecção como dor, irritação, edema, secreção, suspenda a infusão e solicite
avaliação médica e ou da enfermagem. Placa de hidropolímero e Kavilon é indicada para
proteção pele ao redor.

Tratamento da dermatite na gastrostomia:

 Aplicação de protetor cutâneo ou creme barreira – prevenção.


 Quando houver erosão – pó protetor para absorção do exsudato.
 Não esfregar a pele durante a limpeza.
 Utilizar compressas ou absorventes (após 8ºPO) se houver vazamentos, e trocar
sempre que úmidos.
 Creme a base de cortisona pode ser usado em casos de inflamação importante,
mas por curto período de tempo.
 Não deve ser usado hidrocolóides devido a pequena capacidade de absorção, e
em contato com o exsudato forma um gel, mantendo o meio úmido e favorecendo
hipergranulação e infecção fúngica.

5) Dermatites

A dermatite das fraldas abrange um conjunto de dermatoses que atingem as áreas


do corpo cobertas pela fralda.

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Causas:

 Contato prolongado com fezes e urina: a ureia convertida em amônia eleva o pH da


pele aumentando a atividade das proteases e lipases fecais e altera a barreira
epidérmica,
 Aumento da temperatura local levando à vasodilatação e à inflamação;
 Ambiente de hiper-hidratação, leva à maceração da pele e propicia ambiente ideal
para a proliferação de microrganismos (geralmente Candida albicans e
Staphylococcus aureus);
 Irritantes químicos devido ao efeito tóxico sobre a pele (sabonetes, óleos, talco,
pomadas, loções, banho de ervas, etc.).

Cuidados:

 Limpeza com água morna


 Troca de fraldas frequentes (umidade local)
 Helioterapia (exposição ao sol em horário adequado)
 Cavilon Spray ou Cotonete
 Sulfadiazina de prata 1%
 Antifúngicos (Nistatina, cetoconazol, clotrimazol, etc)

Prevenção:

 Creme barreira
 Protetores cutâneos (Cavilon)
 Pomadas (Contendo Óxido Zinco, D-pantenol, Calciferol, Retinol).

6) Lesões decorrentes de infiltração por medicação

Drogas vesicantes causam lesão tecidual e necrose, e drogas irritantes causam


inflamação local.
O grau de dano tissular está diretamente relacionado ao potencial vesicante da
droga, de suas características físico-químicas como pH, osmolaridade e peso molecular,
assim como à concentração, quantidade extravasada e tempo de exposição dos tecidos à
ação da droga.
19
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
O tratamento e a cicatrização da lesão dependem do grau de destruição tecidual
que pode afetar não somente a evolução da cicatrização, como também a função do
membro, podendo levar a dano permanente e afetar significantemente a qualidade de
vida do paciente.
Os principais sinais e sintomas de extravasamento citados na literatura são: dor,
eritema, edema local, diminuição ou ausência de retorno venoso, além de redução da
velocidade de infusão ou mesmo sua interrupção.

Tratamento se constatado extravasamento:

 Interromper imediatamente a administração e não remover o dispositivo venoso;


 Conectar nova seringa ao cateter e tentar aspirar o máximo que puder da droga
residual;
 Retirar cateter ;
 Identificar a característica da droga (vesicante ou irritante);
 Drogas vesicantes = Quimioterápicos: Vincristina, Vimblastina, Vinorelbine,
Etoposide, Tenoposide;
 Aplicação de compressa quente 4x/dia durante 20min por 48 a 72h, (efetividade
comprovada no tratamento do extravasamento dos alcaloides da vinca);
 Aplicação de compressa fria 4x/dia durante 20min por 48 a 72h – para
extravasamento por drogas irritantes (leva à vasoconstrição, que reduz o fluxo
sanguíneo local, diminui a absorção da droga pelo tecido circunvizinho e
consequentemente seu processo lesivo);
 Elevação do membro por 72h;
 Progressão da área do extravasamento para úlcera e/ou necrose acompanhados
ou não por aumento da dor e dificuldade na movimentação avaliação das
características da ferida para escolha do produto;
 Presença de flictemas deve ser aspirado o conteúdo (agulha 13 x 4,5 + seringa)
após degermação local.

7) Hipergranulação

É o crescimento desordenado do tecido de granulação durante a fase proliferativa


ficando sobressalente às bordas, dificultando assim, o processo de epitelização e fase de
maturação.
20
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Ocorre em feridas pós-cirurgicas, feridas crônicas e peri-estomas (gastrostomias e
traqueostomias). Nas áreas peri-gastrostomia recebe o nome de granuloma.
Atentar para infecção ou colonização crítica.

Tratamento:

 Aplicação de gaze umedecida em Cloreto Sódio 20% 3x/dia, somente sobre o


tecido hipergranulado;
 Placas carvão ativado com prata, hidrofibra com prata, sulfadiazina de prata,
PHMB, nitrato de prata;
 Curativo somente com SF0,9% ou AGE cobertura seca.

VI. AVALIAÇÃO DA FERIDA(3,4,21)

A ferida deve ser avaliada sobre vários aspectos, são eles:

 Localização
 Tempo de existência
 Tamanho
 Fase da cicatrização
 Tipo de exsudato, odor
 Presença de lojas, túneis
 Presença de infecção
 Agente infectante
 Característica da pele ao redor
 Tipo de tecido presente no leito da ferida
 Necessidade de debridamento

21
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Avaliando a ferida:

A. Tipo de tecidos no leito da ferida

No leito da lesão pode haver os seguintes tipos de tecidos: tecido de granulação,


tecido desvitalizado (esfacelo e necrose), tecido de epitelização.

Características do tecido de granulação:

- Tecido de granulação sadio: apresenta-se vermelho vivo, brilhante, não sangra


facilmente ou sangra muito pouco.

- Tecido de granulação doente: apresenta-se vermelho pálido ou escuro, sem brilho ou


ressecado, sangra com abundância.

Característica do tecido desvitalizado:

O tecido desvitalizado pode se apresentar das seguintes formas:


 Cor amarelada, acinzentada ou negra;
 Seco, desidratado e aderido ao leito da ferida;
 Hidratado, amolecido, em forma de esfacelos;
 Quando se apresenta com coloração negra, podendo estar seco ou hidratado,
aderido ao leito da lesão, é denominado necrose.

Característica do tecido de epitelização:

O tecido de epitelização é caracterizado por uma cor rósea na raça branca e na


raça negra ele aparece com uma coloração mais clara do que a cor da pele normal, pode
ser confundido com a fibrina (esbranquiçada) presente no processo de cicatrização.
Aparece normalmente cobrindo a superfície da borda para o centro da lesão, mas podem
ocorrer ilhas epiteliais, aparecendo então pequenas ilhas de epitelização no leito da
ferida. Este tecido é muito frágil e não deve ser friccionado.

22
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
B. Mensuração

A ferida deve ser mensurada através da medição do seu maior comprimento e


maior largura (utilizando-se uma régua) podendo ser calculada a área da lesão em cm 2
(altura x largura).
Para feridas que possuem lojas, cavidades, túneis a profundidade pode ser
verificada através do preenchimento total da lesão com SF 0,9% ou gel (pode ser gel
base ou até mesmo a Papaína ou Aloe Vera, o importante é usar sempre o mesmo
produto para a mensuração) podendo-se obter o volume de preenchimento da lesão em
cm3.
Para mensurar a área de feridas infectadas que apresentam descolamento entre a
epiderme e a derme deve-se colocar um cotonete estéril ou uma pinça anatômica estéril
sob a pele, levantar sua ponta embaixo da pele e demarcar a pele com uma caneta nos
pontos levantados pelo instrumento utilizado, fazer isso em toda área descolada, depois
pode-se realizar a mensuração linear (comprimento x largura) através da marcação
realizada na pele.

C. Extensão do tecido envolvido e presença de espaço morto

É importante constatar toda a extensão do tecido envolvido e a presença de


espaços mortos, para isso deve-se realizar a palpação e expressão da área ao redor da
lesão, que se apresentar flutuação indica presença de secreção e comprometimento local.
Os espaços mortos devem ser sempre preenchidos por produtos de curativo e não
com gazes ou compressas, que atrapalham o preenchimento do local pelo tecido de
granulação, além do risco de sequestro destes materiais.

D. Tipo de exsudato

Deve-se avaliar o volume, odor, consistência e cor. O exsudato pode ser:


serossanguinolento, sanguinolento, seroso, sero-purulento, purulento e pio-sanguinolento.
Deve-se lembrar de que a presença de exsudato purulento em pequena quantidade
sem outros sinais flogísticos, não significa necessariamente a presença de infecção, pois
a ferida pode estar no processo inflamatório, onde há a presença de leucócitos atuando.

23
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
E. Borda da ferida

A borda da lesão deve ser avaliada quanto à presença de hiperemia, edema,


maceração, calor, dor, descolamento, flutuação, hiperqueratose, necrose, isquemia,
infecção, epitelização, irregular ou regular.

F. Infecção

A ferida é considerada infectada quando há 105 UFC/grama de tecido.


Os sinais clínicos de infecção são: dor, calor, hiperemia, mudança na cor e no odor
do exsudato.
A cultura da ferida pode ser realizada através de Swab, Aspiração ou Biópsia.

Observação: Nem sempre uma lesão infectada apresentam esses sinais clínicos, uma
ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção.

VI. FINALIDADE DOS CURATIVOS3,4

 Controlar sangramento
 Prevenir contaminação
 Proteção contra novos traumas
 Apoiar e imobilizar o ferimento auxiliando na cicatrização

VII. CARACTERÍSTICAS DO CURATIVO IDEAL3,4

 Manter alta umidade, pois as células precisam de umidade para realizar o trânsito
epidérmico;
 Remover o excesso de exsudação;
 Ser um isolador térmico (é necessário manter a ferida aquecida à temperatura
corporal para não interromper o processo de mitose);
 Ser impermeável a bactérias;
 Estar isento de partículas e tóxicos para feridas;
 Proporcionar retirada sem traumas.

24
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
VIII. CRITÉRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

Indicação correta do produto:

 Tempo de internação do cliente, a partir da data de avaliação da lesão, ser igual ou


superior a 5 dias.
 Informar a equipe médica sobre a utilização do produto e que o curativo não poderá
ser retirado antes da data programada, salvo exceções (intercorrências).
 A enfermeira do grupo de curativo ou aquela que fez o treinamento e atua no
respectivo setor solicitante, deverá se responsabilizar pela orientação e supervisão da
equipe de enfermagem sobre o manuseio e cuidados com estes curativos.

Observações: Placas não devem ser colocadas na região sacral em clientes com
diarreia ou em feridas cujo contato com as fezes é inevitável.

IX. PRESCRIÇÃO DOS PRODUTOS DE CURATIVO

A enfermeira da CIEF poderá prescrever os produtos de curativo (de uso tópico e


industrializado) mediante a solicitação da equipe médica para avaliação e conduta e após
ambos terem discutido o caso e estarem de acordo com a conduta definida.

Os produtos que poderão ser prescritos pelo enfermeiro da CIEF são:


 Papaína gel ou pó. Para solicitação da papaína pó, será necessário uma
justificativa da equipe médica juntamente com a avaliação do enfermeiro da CIEF,
e ambas deverão ser encaminhadas para farmácia para liberação;
 Aloe Vera gel;
 Sulfadiazina de Prata 1%;
 Colagenase;
 Óleo de girassol, Dersani e similares;
 Fibrase;
 Placas de Carvão Ativado com Prata;
 Placas de Hidrocolóide;

25
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
 Placas de Hidrofibra (Aquacel);
 Placas de Poliuretano;
 Placas de Adaptic;
 Filme transparente para curativo;
 Hidrogel ;
 Hidrogel com poliamida.

Observação: A prescrição dos produtos de curativo para os pacientes conveniados


seguirá a rotina pré-estabelecida de cada operadora de convênio.

X. SOLICITAÇÃO DOS PRODUTOS

A enfermeira deverá fazer a solicitação no sistema MV com os devidos códigos.

Os produtos que devem ter assinatura da enfermeira do grupo são:

 Hidrogel com polihexanida (Polihexan);


 Azicério;
 Alginato de cálcio;
 Fibrase;
 Colagenase;
 Placas de Carvão Ativado com Prata;
 Placas de Hidrocolóide;
 Placas de Hidrofibra (Aquacel);
 Kavilon e creme barreira;
 Placas de Poliuretano.

No caso do Stomahesive® Pó Protetor de Pele, cada setor deverá pedir no seu centro de
custo para o almoxarifado e não na farmácia.

26
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
ANEXO 1: ESCALA DE BRADEN

27
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
ANEXO 2- ESCALA DE BRADEN Q

A ESCALA DE BRADEN Q é composta de sete sub- escalas pontuadas de 1


(menos favorável) a 4 (mais favorável). Os pacientes recebem apenas 1 escore por sub-
escala. A pontuação final varia de 7 (maior risco) a 28 (menor risco). Pontuação final
menor ou igual a 16 significa que o paciente está exposto ao risco de ulcera por pressão.
A ESCALA DE BRADEN Q deverá ser realizada em até 24 de admissão do
paciente pediátrico na unidade e diariamente em paciente com escore menor ou igual a
16, acamados, ou com mudança em condições clinicas.
O paciente considerado com risco de ulcera por pressão deverá ter prescrição com
medidas de intervenções para diminuição do risco, podendo ser modificadas ou
removidas conforme a evolução do paciente do paciente. Medidas de prevenção de ulcera
por pressão incluem:
 Mudança de decúbito a cada 2 horas;

 Utilização de colchão caixa de ovo;

 Utilização de coxins para conforto de membros e cabeça;

 Hidratação da pele;

 Troca de fraldas a cada 2 horas, ou se necessário.

A ESCALA DE BRADEN Q deverá ser utilizada em todos os pacientes pediátricos.


Em pacientes adultos, a ESCALA DE BRADEN deverá ser utilizada conforme
protocolo institucional.

Identificação do leito:
Ao receber escore menor ou igual a 16, o paciente está exposto ao risco de ulcera
por pressão por isso deverá ser identificado adequadamente.
Para maiores informações a respeito de orientações de prevenção de úlcera por
pressão em pacientes acamados, vide Rotina de realização de ESCALA DE BRADEN Q.

29
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Mobilidade 1.Completamente Imóvel Escore
Habilidade de 2. Muito Limitado 3. Levemente Limitado 4. Sem Limitações
Não faz mudanças, nem
Faz pequenas mudanças ocasionais Faz mudanças frequentes, embora Faz mudanças importantes e
mudar e mesmo pequenas, na
na posição do corpo ou extremidades, pequenas, na posição do corpo ou frequentes na posição do corpo, sem
controlar a posição do corpo das
mas é incapaz de fazer mudança das extremidades, sem ajuda. ajuda.
posição do extremidades, sem ajuda.
completamente sozinha.
corpo

1.Acamado 4. Crianças jovens demais para


2.Restrito à cadeira 3. Deambulação ocasional
Permanece no leito o tempo deambular OU deambulam
A capacidade de deambular está
Atividade todo. freqüentemente
gravemente limitada ou inexistente. Deambula ocasionalmente durante o
Grau de
Não consegue sustentar o próprio dia, porém por distâncias bem
atividade Deambula fora do quarto pelo menos
peso e/ ou precisa de ajuda para curtas, com ou sem ajuda. Passa
física duas vezes por dia e dentro do quarto
sentar-se em uma cadeira ou cadeira maior parte do turno no leito ou na
pelo menos uma vez a cada duas horas
de rodas. cadeira.
durante as horas está acordado.

Percepção 1.Completamente
2.Muito Limitada
Sensorial Limitada 3.Levemente Limitada
Responde apenas ao estímulo
Capacidade de Não responde ao estímulo Responde aos comandos verbais, 4.Nenhuma Alteração
doloroso. Não consegue comunicar
responder de doloroso mas nem sempre consegue
desconforto, exceto por gemido ou
(não geme, não se encolhe comunicar o desconforto ou a Responde aos comandos verbais. Não
maneira inquietação; OU apresenta alguma
ou se agarra), devido à necessidade de ser mudado de apresenta déficit sensorial que limite a
apropriada ao disfunção sensorial que limita a
diminuição do nível de posição, OU apresenta alguma capacidade de sentir ou comunicar dor
desconforto capacidade de sentir dor ou
consciência, ou sedação OU disfunção sensorial em uma ou duas ou desconforto.
relacionado à desconforto em mais da metade do
limitação da capacidade de extremidades que limita a
pressão corpo.
sentir dor na maior parte da capacidade de sentir dor
superfície corporal.

Umidade 1.Constantemente Úmida


2.Freqüentemente Úmida 4.Raramente Úmida
Grau de A pele fica constantemente 3.Ocasionalmente Úmida A pele
A pele está freqüentemente, mas nem A pele geralmente está seca, as trocas
úmida por suor, urina, etc. está ocasionalmente úmida,
exposição sempre, úmida. de fraldas são feitas de rotina e as
A umidade é percebida cada necessitando de troca de roupa de
da pele à A roupa de cama precisa ser trocada roupas de cama necessitam ser
vez que o paciente é cama a cada 12 horas.
umidade. pelo menos a cada 8 horas. trocadas apenas a cada 24h
movimentado ou mudado de
posição
Fricção/Cisal
hamento
Fricção: a pele 3.Problema Potencial
4.Nenhum Problema Aparente
se move 2.Problema Movimenta-se com dificuldade ou
Capaz de se levantar completamente
contra as Necessita de ajuda moderada a necessita de mínima assistência.
1.Problema Importante durante uma mudança de posição.
estruturas de máxima para se mover. É impossível Durante o movimento,
A espasticidade, a Movimenta-se sozinho na cadeira e no
se levantar completamente sem provavelmente ocorre atrito entre a
suporte. contratura, o prurido ou a leito, e tem força muscular suficiente
deslizar sobre os lençóis do leito ou pele e os lençóis, cadeira, coxins ou
Cisalhamento: agitação levam a criança para levantar-se completamente
cadeira, necessitando de outros dispositivos.
a pele e a debater-se no leito e há durante o movimento. Mantém uma
reposicionamento frequente com o A maior parte do tempo mantém
superfície fricção quase constante. posição adequada no leito e na cadeira
máximo de assistência. uma posição relativamente boa na
óssea o tempo todo.
cadeira e no leito, mas
adjacente ocasionalmente escorrega.
deslizam uma
sobre a outra.

1.Muito Pobre
Em jejum e/ou mantido com 2.Inadequada
ingestão hídrica ou Dieta líquida por sonda ou NPP que 3.Adequada
4. Excelente
hidratação IV por mais de 5 fornece calorias e minerais Dieta por sonda ou
Dieta geral que fornece calorias
dias OU albumina < 2,5 insuficientes para a idade OU NPP que fornece calorias e minerais
Nutrição suficientes para a idade. Por exemplo,
mg/dl OU nunca come uma albumina suficientes para a idade OU come
Padrão come/ bebe a maior parte de cada
refeição completa. < 3 mg/dl OU raramente come uma a mais da metade da maioria das
refeição/ alimentação. Nunca recusa
habitual de Raramente come mais da refeição completa. Geralmente come refeições. Consome um total de
uma refeição. Geralmente come um
consumo metade de algum alimento apenas a metade de algum alimento quatro porções de proteínas (carne,
total de 4 ou mais porções de carne e
alimentar. oferecido. O consumo de oferecido. O consumo de proteínas derivados de leite) por dia.
derivados de leite. Ocasionalmente,
proteínas inclui apenas duas inclui apenas 3 porções de carne ou Ocasionalmente recusa uma
come entre as refeições. Não necessita
porções de carne ou derivados de leite por dia. refeição, mas geralmente toma
de suplementação.
derivados de leite por dia. Ocasionalmente ingere suplemento suplemento dietético, se oferecido.
Ingere pouco líquido. Não dietético.
ingere suplemento dietético
líquido.

1.Extremamente
2.Comprometida 4.Excelente
Comprometida 3. Adequada
Perfusão Normotenso Normotenso
Hipotenso (PAM <50 Normotenso
Apresenta saturação de oxigênio Apresenta saturação de oxigênio
Tissular e mmHg; <40 mmHg em Apresenta saturação de oxigênio
<95% OU a hemoglobina <10 mg/dl >95%, a hemoglobina normal e o
Oxigenação recém-nascido) OU o <95% OU a hemoglobina <10 mg/dl
OU o tempo de enchimento capilar tempo de enchimento capilar <2
paciente não tolera as OU o tempo de enchimento capilar
>2 segundos. O pH sérico <7,40. segundos.
mudanças de posição. >2 segundos. O pH sérico é normal.

(TOTAL ≤16 = RISCO PARA ULCERA POR PRESSÃO) PONTUAÇÃO


TOTAL

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

ANEXO 3 - PRODUTOS PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS (20,21,23)

PAPAÍNA
COMPOSIÇÃO Provém do látex do mamoeiro; Carica papaia
MECANISMO DE AÇÃO Provoca a dissociação das moléculas de proteína,
resultando em desbridamento enzimático em tecido
desvitalizado.
Proporciona alinhamento das fibras de colágeno,
promovendo crescimento tecidual uniforme.
INDICAÇÃO Desbridamento químico de tecido desvitalizado
Facilitador do processo cicatricial.
TIPOS DE FERIDAS Feridas abertas, desvitalizadas e com necrose.
CONTRA INDICAÇÃO Contatos com metais, devido ao poder de oxidação.
Tempo prolongado de preparo devido instabilidade da
enzima que é de fácil deteriorização.

PERIODICIDADE DE TROCA De 8/8hs,12/12hs ou de acordo com a saturação do


curativo secundário.
VANTAGEM Efetua o desbridamento seletivo, devido a presença de
protease antitripsina do tecido sadio.
OBSERVAÇÃO Necessita de cobertura secundária.
Ferida necrótica = 10%
Ferida com exsudato= 4 a 8%
Ferida com tecido de granulação = 2 a 3%
DILUIÇÕES (em SF0,9% ou Água Destilada)
1g em 100ml = l% 4g em 50ml = 8%
1g em 50ml = 2% 5g em 50ml = 10%
2g em 50ml = 4% 10g em 50ml = 20%
3g em 50ml = 6% Preparar em recipiente
plástico ou de vidro.

HIDROGEL

Curafil Gel Intrasite Suprasorb


Dermagran Hypergel
Duoderm Gel Hydrosorb
Hydrosorb Plus Normigel
Nu-Gel Puribon
COMPOSIÇÃO Gel transparente, incolor, composto por: água (77,7%),
Carboximetilcelulose – CMC (2,3%) e Propilenoglicol –
PPG (20%).
MECANISMO DE AÇÃO Amolece e remove tecido desvitalizado através de
desbridamento autolítico.
INDICAÇÃO Remover crostas e tecidos desvitalizados de feridas
abertas.
TIPOS DE FERIDAS Feridas com crostas, tecidos desvitalizados,
necrosado e também em feridas granuladas p/ manter

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
o meio úmido.
CONTRA INDICAÇÃO Incisões cirúrgicas fechadas, feridas infectadas e c/
exudação abundante.
PERIODICIDADE DE TROCA Feridas infectadas, no máximo a cada 24h; feridas c/
necrose, no máximo a cada 72h; feridas granuladas,
conforme necessidade.
VANTAGEM Promove o desbridamento autolítico e não danifica o
tecido de granulação.
OBSERVAÇÃO Necessita de cobertura secundária.

ALGINATO DE CÁLCIO

Tegagen Curasorb
Kallostat Sorbsan
SeaSorb Serbalgon-T
Suprasorb A Restore Calcicare

COMPOSIÇÃO Fibras de não tecido, derivados de algas marinhas,


compostos pelos ácidos gulorônico e manurônico, com
íons cácio e sódio incorporados em suas fibras.
MECANISMO DE AÇÃO O sódio presente no exudato e no sangue interage
com o cálcio presente no curativo de alginato. A troca
íonica auxilia no desbridamento autolitico, tem alta
capacidade de absorção; resulta na formação de um
gel que mantém o meio úmido p/ cicatrização; induz a
hemostasia.
INDICAÇÃO Feridas abertas, sangrantes, autamente exudativas
com ou sem infecções até a redução do exudato.
TIPOS DE FERIDAS Feridas abertas, sangrantes, autamente exudativas,
com ou sem infecção até redução do exudato, lesões
cavitárias com necessidade de estímulo rápido do
tecido de granulação.
CONTRA INDICAÇÃO Lesões superficiais ou feridas sem ou c/ pouca
exudação.
PERIODICIDADE DE TROCA Feridas infectadas: cada 24h; feridas limpas c/
sangramento: cada 48h ou quando saturado; feridas
limpas e exudativas: quando saturar.
VANTAGEM Alta capacidade de absorção.
OBSERVAÇÃO Quando o exudato diminuir e a freqüência das trocas
forem feitas a cada 3 ou 5 dias, significa que é hora de
utilizar outro tipo de curativo.

GAZE NÃO ADERENTE


Adaptic / Lomatuel
COMPOSIÇÃO Acetato de celulose impregnada com petrolatum, com
fibras de poliester hidrófobo, impregnadas com ácidos
graxos.
MECANISMO DE AÇÃO O exudato passa livremente através do curativo e a
emulsão em malha protegem a lesão e inibem
aderência.

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
INDICAÇÃO Queimaduras superficiais de 2º grau, áreas cruentas
pós trauma ou ressecção cirúrgica; feridas com tecido
de granulação, áreas doadoras e receptoras de
enxertos.
CONTRA INDICAÇÃO Nas feridas que apresentam secreção purulenta
PERIODICIDADE DE TROCA Pode ser deixado no leito da ferida no máximo até 7
dias e/ou dependendo da quantidade de exsudato.
VANTAGEM Preserva o tecido em granulação e não adere no leito
da ferida.
OBSERVAÇÃO Necessita de curativo secundário.
É comum apresentar com o uso do produto secreção
amarelo esverdeado.

HIDROCOLOIDE

Comfeel Duoderm
Hydrocoll Replicare
Restore Suprasorb
Tegasorb
COMPOSIÇÃO Externa: espuma de poliuretano; interna: gelatina,
pectina, carboximetilcelulose sódica.
MECANISMO DE AÇÃO Estimula a angiogenese e o desbridamento autolítico.
Acelera o processo de granulação tecidual.
INDICAÇÃO Prevenção e tratamento de feridas abertas não
infectadas.
TIPOS DE FERIDAS Feridas abertas não infectadas com leve a moderada
exudação; prevenção ou tratamento de úlcera de
pressão não infectadas.
CONTRA INDICAÇÃO Feridas infectadas ou colonizadas, feridas com tecidos
desvitalizados ou necrose.
PERIODICIDADE DE TROCA Sempre que o gel extravasar ou curativo deslocar, ou
no máximo a cada 7 dias.
OBSERVAÇÃO A interação do exudato produz um gel amarelo
(semelhante a secreção purulenta) e nas primeiras
trocas poderá ocorrer um odor desagradável pela
remoção dos tecidos desvitalizados.

ALOE VERA

COMPOSIÇÃO Hidrogel,Ca, K e celulose


MECANISMO DE AÇÃO Coagulante e regenerador celular,estimula
epitelização,ação antiinflamatória e diminuição da dor
INDICAÇÃO Feridas abertas não infectadas com leve a moderada
exudação e sangramento

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

CONTRA INDICAÇÃO Feridas infectadas,tecidos desvitalizados ou necrose.


PERIODICIDADE DE TROCA De 8/8hs,12/12hs
OBSERVAÇÃO Uso em feridas com sangramento e não infectadas

Stomahesive® Pó Protetor de Pele


COMPOSIÇÃO Composto por gelatina, pectina e carboximetilcelulose
sódica.
MECANISMO DE AÇÃO É uma substância granular, higroscópica, muito fina
que adere às áreas úmidas de modo a formar uma
barreira que cobre e protege a pele contra irritações
causadas pelos efluentes
INDICAÇÃO Pele periestomal como uma barreira protetora,
reduzindo o risco de irritação da pele causada pelos
efluentes,absorve a umidade provocada por
escoriações,está indicado em peles escoriadas em
geral.
CONTRA INDICAÇÃO Pacientes com hipersensibilidade a algum
componente do produto Não aplicar diretamente sobre
feridas abertas ou úlceras cutâneas.
PERIODICIDADE DE TROCA Quando sair o produto
OBSERVAÇÃO Aplicar uma leve camada de pó sobre áreas úmidas
(escoriações de pele) e remover o excesso

Poliuretano
COMPOSIÇÃO Espuma hidrocelular/hidrofílica
MECANISMO DE AÇÃO Permite a passagem do exsudato,polietilenoglicol
altamente absorvente,absorção vertical
Permeabilidade de vapores,impermeável a água e
bactérias,meio úmido,não aderente
INDICAÇÃO Feridas não infectadas e alta quantidade de exsudato
CONTRA INDICAÇÃO Feridas infectadas
PERIODICIDADE DE TROCA Até 7 dias ou estiver saturada
OBSERVAÇÃO Ponto de saturação:não absorve mais exsudato

CURATIVO COM ÁCIDO GRAXOS ESSENCIAIS


(AGE)

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
COMPOSIÇÃO Óleo vegetal composto por ácidos linoleico, ácido
caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecetina de
soja.
MECANISMO DE AÇÃO Promove quimiotaxia e angiogênese, mantém meio
úmido e acelera o processo de granulação. Aplicação
em pele íntegra tem grande absorção, formando uma
película protetora na pele, previne escoriações devido
a alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição
celular local.
INDICAÇÃO Prevenção de úlceras de pressão, tratamento de
feridas abertas com ou sem infecção.
TIPOS DE FERIDAS Lesões abertas com ou sem infecção.
PERIODICIDADE DE TROCA No mínimo a cada 12h.
OBSERVAÇÃO Pode ser associado ao alginato de cálcio ou carvão
ativado e diversos tipos de cobertura.
Colocar sobre a gaze com AGE uma gaze umedecida
com SF0,9% e outra seca por cima, para que o óleo
não seja absorvido pela gaze seca.

CARVÃO ATIVADO COM PRATA

COMPOSIÇÃO Cobertura de contato de baixa aderência, envolta por


camada de não tecido de nylon poroso e almofada
impregnada de carvão ativado e prata a 0,15%.
MECANISMO DE AÇÃO Absorve o exudato e filtra o odor, adsorve os
microorganismos, a prata exerce ação bactericida.
INDICAÇÃO É o primeiro passo terapeutico no tratamento de todas
as feridas crônicas. É indicado p/ carcinomas fúngicos,
feridas úlcerativas, traumáticas e cirúrgicas, onde a
contaminação bacteriana, a infecção e o odor possam
ocorrer.
TIPOS DE FERIDAS Fétidas, infectadas e exudativas.
CONTRA INDICAÇÃO Feridas limpas , com pouco ou sem exsudato.
PERIODICIDADE DE TROCA Trocar a cobertura secundária sempre que estiver
saturada. No início a placa deve ser trocada a cada 48
ou 72h, dependendo da capacidade de absorção. A
placa pode ficar até 7 dias, avaliando saturação.
VANTAGEM Absorve exsudato, reduz infecção local e odor.
OBSERVAÇÃO A placa não pode ser cortada para não ocorrer
liberação do carvão ou da prata na lesão. Quando
reduzir o exudato e o odor e houver granulação da
ferida substituir o carvão por outro produto.

COLAGENASE

COMPOSIÇÃO Composto de colagenase e enzimas proteolíticas.


MECANISMO DE AÇÃO Age seletivamento degradando o colágeno da ferida
provocando a necrólise.
INDICAÇÃO Desbridamento Enzimático.
TIPOS DE FERIDAS Feridas com tecidos desvitalizados

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
PERIODICIDADE DE TROCA A cada 24h
OBSERVAÇÃO Há controvérsias quanto a eficácia das pomadas
enzimáticas como estimulador da granulação e
epitelização, visto que com o aumento dos níveis de
ação das proteinases, ocorre a degradação de fatores
de crescimento e dos receptores da membrana celular
que são importantes para a cicatrização.

FIBRINOLISINA (FIBRASE® )

COMPOSIÇÃO Fibrinolisina (plasma bovino), desoxorribonuclease


(pâncreas bovino) e cloranfenicol.
MECANISMO DE AÇÃO A fibrinolisina é uma enzima lítica que hidrolisa a fibrina e
exsudatos fibrinosos em compostos separados de
moléculas mais simples.Estas substâncias são os
principais componentes dos exsudatos purulentos e por
isso a quebra em polinucleotídeos mais simples ajuda a
liquefação no processo de necrose do exsudato purulento
e facilita sua remoção dos ferimentos.
INDICAÇÃO Tratamento de lesões infectadas tais como
queimaduras, úlceras e feridas onde a dupla ação como
agente debridante e antibiótico tópico é requerida.
PERIODICIDADE DE TROCA No mínimo a cada 24h.

SULFADIAZINA DE PRATA 1% (Dermazine ®


,Pratazine® , Sulfazine®, Sulfaderm® , Azicério)
COMPOSIÇÃO Sulfadiazina de prata 1%
MECANISMO DE AÇÃO - Bactericida e bacteriostática
- Mantém meio úmido
- A ação inicia-se no momento da aplicação.
INDICAÇÃO Terapia de queimaduras, feridas cirúrgicas infectadas,
úlceras infectadas.
PERIODICIDADE DE TROCA No mínimo a cada 24h.
OBSERVAÇÃO Quando do uso em áreas muito grandes do corpo, deve-
se monitorar os níveis da sulfa no sangue e da função
renal.

Hidrofibra (Aquacel, Aquacel AG)


COMPOSIÇÃO Curativo em forma de compressa e fita,composto por
fibras 100% CMC sódica.

MECANISMO DE AÇÃO Altamente absorvente,mantém o meio úmido (exsudato


em contato com o curativo forma um gel).

INDICAÇÃO Feridas exsudativas crônicas ou agudas, infectadas ou


não.
PERIODICIDADE DE TROCA 7 dias ou quando o gel extravasar para o curativo
secundário

36
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

FITOSCAR
COMPOSIÇÃO Extrato seco de Stryphnodendron adstringens (Mart.)
Coville, que possui efeitos cicatrizantes.
MECANISMO DE AÇÃO Atividades anti-séptica e antimicrobiana provocam a
inibição de enzimas de bactérias e fungos,ação direta
sobre as membranas celulares dos microorganismos
modificando seu metabolismo,diminui sua disponibilidade
para o metabolismo dos microorganismos

INDICAÇÃO UPP estágioII,lesão por UPP que não evolui


PERIODICIDADE DE TROCA 24hs ou quando saturação
OBSERVAÇÃO Diminuem o processo inflamatório, a neovascularização e
o edema do ferimento;estimulam a formação do tecido de
granulação subjacente ao epitélio bem como estimulam a
proliferação epitelial e contração da ferida

ANTISSÉPTICOS: (20,21,23,24)

PRODUTOS DERIVADOS DO IODO


COMPOSIÇÃO Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
MECANISMO DE AÇÃO Penetra na parede celular alterando a síntese do ácido
nucléico, através da oxidação.
INDICAÇÃO Antissepsia de pele e mucosas
CONTRA INDICAÇÃO Feridas abertas de qualquer etiologia.
OBSERVAÇÃO É neutralizado na presença de matéria orgânica, em
lesões abertas altera o processo de cicatrização
(citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e
reduz a força tênsil da ferida.

CLOREXIDINA
COMPOSIÇÃO Di-glucanato de clorexidina
MECANISMO DE AÇÃO Atividade germicida por destruição de membrana
citoplasmática bacteriana.
INDICAÇÃO Antissepsia de pele e mucosa peri-cateteres.
CONTRA INDICAÇÃO Feridas abertas de qualquer etiologia.
OBSERVAÇÃO A atividade germicida se mantém mesmo na presença de
matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.

POLI-HEXA-METILENO-BIGUANIDA(PHMB)
COMPOSIÇÃO Composto por polihexanida (0,1%) e
undecilenamidopropil betaina (0,1%).

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
MECANISMO DE AÇÃO Trata-se de antisséptico cutâneo, não citotóxico,
empregado no tratamento de feridas cutâneas.
Apresenta desbridamento autolítico do leito da ferida.

INDICAÇÃO Assepsia da pele íntegra e tratamento de ferida cutânea,


limpa ou infectada.
CONTRA INDICAÇÃO Feridas limpas,com pouco exudato
OBSERVAÇÃO Ação é imediata, e dura até 72h, porém em feridas
exsudativas pode ser trocado a cada 24h ou em menor
tempo se preciso.

VIOLETA DE GENCIANA
COMPOSIÇÃO -Violeta de genciana 1%
- Sacarina sódica 0,1%
- Água destilada 30 ml
MECANISMO DE AÇÃO É um corante básico, com efeito, bactericida para
bactérias Gram-positivas e não atua em bactérias Gram-
negativas. Apresentações contendo Violeta Genciana 1%
ou 2% em solução, são germicidas e fungicidas utilizadas
para micoses e lesões de pele e mucosas.
INDICAÇÃO Tratamento de infecções da pele e membranas mucosas
associadas com bactérias gram-positivas e fungos.
CONTRA INDICAÇÃO Não usar o produto em lesões ulcerativas.

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

ANEXO 4: FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DA CIEF

A. FLUXO DE ATENDIMENTO

Cliente internado
portador de ferida
crônica

Avaliação do médico
e/ou enfermeiro do
setor

Não Avaliação da Enf.


Sim
da CIEF
Tratamento Dúvida?

B . ATENDIMENTO PELA CIEF

Preenchimento
do protocolo Acompanhamento
ambulatorial

Sim

Avaliação sistemática
Não
do cliente e lesão Lesão
UBS
complexa ?

Definição do tratamento e
medidas preventivas
Alta

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

ANEXO 5: FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE

LESÃO COM TECIDO


DE GRANULAÇÃO /
EPITELIZAÇÃO

EXUDATO

BAIXO/ - Papaína gel 3%


MODERADO - Sulfadiazina
de prata 1%
PURULENTO? SIM

MODERADO - Papaína gel 3%


NÃO ou 6%
/INTENSO
-*Carvão ativado
com prata
- Sulfadiazina de
prata 1%
BAIXO/ MODERADO -* Polihexan
MODERADO /INTENSO

- Papaína gel 3% -Papaína gel 3% ou


- Aloe vera 3% 6%
- Óleo de girassol in - Aloe vera 3%
natura
- *Carvão ativado
- *HidrocoLóide
- *Adaptic com prata
- * Hidrogel - SF 0,9%
- SF 0,9% -* Polihexan

OBS. – Os produtos com asterisco (*) estão disponíveis no hospital, mas é


necessário que o cliente se enquadre nos critérios para utilização de
produtos industrializados.

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

ANEXO 6: FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE

LESÃO COM TECIDO


NECRÓTICO E/OU
ESFACELO

CARACTERÍSTICAS

1. Fazer escarificação com lâmina de bisturi;


2. Debridamento enzimático com **papaína pó
ADERÊNCIA SIM 3 ou 6% (placa de necrose de fina ou média
? espessura) ou 10% (placa necrótica espessa);
3. Papaína gel 3% (esfacelo).
NÃO

EXSUDATO
Papaína gel 3%
(esfacelo);
- Colagenase (iruxol)
BAIXO/
MODERADO
PURULENTO SIM
?

MODERADO - Papaína gel 3%


/INTENSO - *Carvão ativado com
NÃO
prata + *Hidrogel

BAIXO/MODERADO MODERADO
/ INTENSO

- Papaína gel 3% -Papaína gel 3% ou 6%


(esfacelo) (esfacelo)
- *Hidrocolóide - * Carvão ativado com
- Colagenase (iruxol) prata + * Hidrogel
- *Hidrogel + * Adaptic -* Polihexan

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

ANEXO 7: TERMO DE CONSENTIMENTO PARA REGISTRO FOTOGRÁFICO

Fundação Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto


Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto
CIEF (Comissão Interna de Estudos de Feridas)

TERMO DE ESCLARECIMENTO

ESCLARECIMENTO

O objetivo de fotografar as feridas dos pacientes internados nesta Instituição é para


que estas facilitem o trabalho dos profissionais do Grupo de Curativo, os quais
necessitam medir e registrar as características das feridas para avaliar o sucesso do
tratamento. Essas fotos também poderão servir para pesquisas futuras sobre tratamento
de feridas.
Garantimos que sua participação não lhe trará riscos, pois não haverá
divulgação de sua identificação. As fotos serão utilizadas estritamente para o
auxílio do tratamento da ferida e se for conveniente para o Grupo de Curativos
poderá ser utilizada para o desenvolvimento de pesquisas.
Esclarecemos ainda que você tem a liberdade de desistir, retirando seu
consentimento em qualquer fase da sua internação nesta instituição.

TERMO DE CONSENTIMENTO

CONSENTIMENTO

Eu,_______________________________RG_______________________,
concordo em participar da rotina de tratamento do Grupo de Curativos desta Instituição,
por livre e espontânea vontade, permitindo que as fotos de minha lesão sejam utilizadas
para o desenvolvimento do meu tratamento e de pesquisas. Declaro ter compreendido as
informações dadas pela equipe de Enfermagem, estando ciente dos objetivos, riscos e
benefícios.
Concordo com a publicação anônima dos dados que tenham relação com o objetivo das
fotos.

São José do Rio Preto, ______ de __________________ de_____________.

Paciente/Responsável: ____________________________________________

Assinatura dos pesquisadores responsáveis: ___________________________________

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

XI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Lesões de pele em recém-nascidos no ambiente hospitalar: tipo, tamanho e área


afetada Fontenele FC, Cardoso MVLMLRev Esc Enferm USP2011; 45(1):130-7.
www.ee.usp.br/reeusp

2. Sistema tegumentar: pele e seus anexos. 2004.


ucbweb2.castelobranco.br/webcaf/arquivos/13087/10968/pele.pdf

3. Rodrigues.C. A.S. Avaliação da integridade cutânea do recém-nascido prematuro.


Rio de Janeiro. 2011.

4. Dealey C. Cuidando de feridas: um guia prático para as enfermeiras. 2ª ed. São


Paulo: Atheneu; 2001.

5. SMELTZER , S. C., BARE, B. G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem


médico-cirúrgica. 8 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005

6. http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/PREV.html

7. Ribas,J.D. Prevalência UPP:um estudo epidemiológico enfermagem. Curitiba.


2011

8. http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/Braden.html

9. http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/TRAT.html

10. Hyiama, D.T.,Zinner, M.J. Complicações cirúrgicas. In: Schwartz, S.I. Princípios de
cirurgia. México, Mcgraw-Hill, 1996. Cap.11, p.409-37.

11. Stillman, R.M.Cirurgia diagnóstico e tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
Cap.5, p.111-49.

12. Flanagan,M. Uma estrutura prática para determinação de ferimentos. Rev. Nursing
(ed. Portuguesa), n.116, p.11-8, 1997.

13. Bergonse, FN; Rivitti, EA. Avaliação da circulação arterial pela medida do índice
tornozelo/braço em doentes de úlcera venosa crônica. An Bras Dermatol vol 81
nº2. Rio de Janeiro Mar/Apr 2006

14. Frade,MAC; Cursi,IB; e col. Úlcera de perna: um estudo de casos em Juiz de Fora
– MG (Brasil) e região. An Bras Dermatol. ;80(1):41-6. 2005.

43
Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
15. Borges, EL. Tratamento tópico de úlcera: proposta de uma diretriz baseada em
evidências. www.teses.usp.br; 2005

16. Tuyama, LY; Alves, FE; Fragoso, MPV; Watanabe, HAW. Feridas crônicas de
membros inferiores: proposta de sistematização de assistência de enfermagem a
nível ambulatorial. Revista Nursing, v.75, n.7, agosto 2004.

17. Tiago, Francisco. Feridas: etiologia e tratamento. Ciências médicas. 4ª edição.


1995.

18. Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia
ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL:
http://www.lava.med.br/livro

19. Carvalho Cibele B.M., M. Neto Renato, Aragão Luciana P., Oliveira Margarida M.,
Nogueira Marcelo B., Forti Adriana C.. Diabetic foot infection: bacteriologic analysis
of 141 patients. Arq Bras Endocrinol Metab. [serial in the Internet]. 2004 June
[cited 2006 Dec 06]; 48(3): 406-413. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302004000300012

20. Cândido, L. C. Nova Abordagem no Tratamento de Feridas. Editora Senac. São


Paulo. 2001.

21. Poletti, N. A. A., Caliri, M. H. C. Atenção a pacientes com feridas: evidências para a
prática.

22. Firmino, F. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51(4): 347-359.

23. Manual de Tratamento de Feridas. Hospital das Clínicas Unicamp. Grupo de


Estudos de Feridas. Campinas 1999.

24. Mandelbaum, S.H., DI Santis, E.P., Mandelbaum, M.H.S. Cicatrização: conceitos


atuais e recursos auxiliares – Parte II. An bras Dermatol, Rio de Janeiro,
78(5):525-542, set./out. 2003.

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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM

APROVAÇÕES

__________________________
Lásara Ap. F. N. Magnani
Coordenadora da CIEF

_____________________________
Alari Furlan
Coordenadora de Enfermagem

_____________________
Antonio Carlos Tonelli Gusson
Diretor HCM

_____________________
Eloísa Galão
Vice- Diretora HCM

Data: __/___/___

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