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Protocolo de
Tratamento de
Feridas
Organização:
Lásara Ap. F. N. Magnani – Enfermeira e coordenadora da CIEF
Jane Eyre Ap. Gomes – Enfermeira e vice-coordenadora da CIEF
Marcia Vila – Enfermeira e participante da CIEF
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
ÍNDICE
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Apresentação
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
INTRODUÇÃO
I. ANATOMIA DA PELE
1. Epiderme
É a camada mais externa, composta de quatro estratos de epitélio escamoso:
córneo (mais externo), granuloso, espinhoso (mais espesso) e basal (mais interno). (1)
A camada de células basais (mais interna) é a camada germinativa, que gera
novas células que migram lentamente para a superfície da epiderme onde sofrem um
processo de maturação. A maturação consiste na conversão das células basais
colunáveis em células completamente ceratinizadas da superfície córnea epidérmica que
recebem o nome de ceratinócitos. Considera-se que o tempo de trânsito epidérmico é de
aproximadamente de 30 dias (1) .
As células da camada córnea (mais externa) são cimentadas entre si para formar
uma membrana resistente e flexível. A camada ceratínica evita perda de líquidos pelo
organismo e a penetração de água na pele, por meios de depósitos lipídicos entre as
células cornificadas (2) .
Nos RNs a pele é imatura e descama por ser frágil e fina, menos cornificada, não
tem barreira cutânea. A espessura da epiderme varia de acordo com a localização, idade
ou sexo e o período de regeneração é estimado em aproximadamente 4 semanas (1) .
2. Derme
É a camada intermediária e de sustentação da epiderme, constituída de colágeno
(que lhe dá sua estabilidade estrutural) e fibras de elastina (responsáveis pela
elasticidade cutânea). Na derme residem os apêndices da epiderme (glândulas sebáceas,
glândulas apócrinas, glândulas sudoríparas exócrinas, pelos e unha), fibroblastos, várias
células inflamatórias e a neovascularização. Está dividida em 2 camadas: a papilar (mais
próximo à epiderme) e a reticular.
Nos recém nascidos os vasos sanguíneos estão desorganizados, glândulas
sudoríparas e sebáceas não funcionam direito, impede manto lipídico que protege a pele,
portanto tem menos colágeno e elastina (1,2) .
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II . DEFINIÇÃO DE FERIDA
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Após 24h surgem os macrófagos (que são os monócitos no tecido lesado) que
realizam fagocitose, quimiotaxia, secreção de AGF (fator de angiogênese) que
estimula a formação do broto endotelial;
Infecção e/ou necrose prolongam esta fase.
Fatores Sistêmicos
- má nutrição
- doenças crônicas
- insuficiência do sistema imunológico
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- má perfusão tecidual
- extremos de idade: neonatos e idosos
- terapia medicamentosa
Fatores Locais
- infecção
- isquemia
- necrose
- corpos estranhos/crosta
- agentes irritantes
- lesão muito extensa
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
bolhas, já a pele das crianças é uma barreira efetiva contra perda de água, absorção
de drogas e proteção mecânica.
O sucesso da cicatrização de feridas depende de uma adequada reserva
nutricional, ingestão necessária e contínua de proteínas, carboidratos, gorduras,
vitaminas e minerais fornecidos por uma dieta bem balanceada,aporte adequado de
calorias para suprir as necessidades nutricionais e manter o crescimento celular e
reparo de feridas. Os prematuros possuem o sistema orgânico imaturo, com estoques
energéticos mínimos, porém requererem alto gasto energético.
É importante lembrar que, o desenvolvimento psicossocial e cognitivo são
considerações essenciais para a formulação do plano de cuidados do paciente
pediátrico.
DEFINIÇÃO: É uma área de necrose celular que tende a se desenvolver quando o tecido
mole é comprimido em uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período
prolongado de tempo.As úlceras por pressão geralmente ocorrem nas regiões de
proeminências ósseas, tais como sacral, calcâneos e estão graduadas estágios 1,2,3,4
para classificar o grau de danos observados nos tecidos (6).
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Classificação (6,7)
Estágio 2 – perda parcial da pele, envolvendo a epiderme, uma lesão superficial, tipo
bolha ou rósea.
Estágio 3 – perda pele na sua espessura total, necrose do subcutâneo, lesão profunda.
Estágio 4 – perda pele na sua espessura total com destruição extensa, podendo atingir
músculos, ossos ou tendão e articulações.
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
Todos os indivíduos em risco devem ter uma inspeção sistemática da pele pelo
menos uma vez por dia prestando-se atenção particular às regiões de proeminência
ósseas.
Quanto mais imatura a criança e mais crítico seu estado de saúde, menos tolerante
a pele e as estruturas de suporte e maior o risco de desenvolver úlceras por pressão .
Destaca-se sua ocorrência em doenças limitantes, em internações em unidades de
terapia intensiva ou no pós-operatório (19). Os fatores de risco mais frequentes,
relacionados ao desenvolvimento de UP em crianças, são a imobilidade, a presença da
força de fricção e o cisalhamento, a desnutrição, a perfusão tecidual e a oxigenação
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
alteradas (12-14). A prevenção efetiva requer avaliação dos fatores de risco para essa
população.
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devem guardar adequada proporção entre si para que haja perfeita utilização pelos
órgãos e tecidos. As necessidades calóricas na infância são duas a três vezes maiores
que no adulto.
No primeiro ano de vida, 40% dessas calorias são usadas para suprir as demandas
do processo de crescimento e desenvolvimento. A deficiência de ferro é uma das maiores
de micronutrientes no Brasil, apesar da sua etiologia ser conhecida, o problema ainda
persiste principalmente em crianças, entre as consequências da anemia ferropriva em
crianças estão os prejuízos no desenvolvimento e coordenação motora; prejuízos no
desenvolvimento da linguagem; efeitos psicológicos e de comportamento como
desatenção, fadiga e insegurança, além da diminuição da atividade física (6,7,9)
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extrafinos). Recomenda-se também que os pacientes não sejam "arrastados" durante a
movimentação, mas que sejam "erguidos" utilizando-se o lençol móvel.
1. Qualquer indivíduo na cama que seja avaliado como estando em risco para ter
Úlcera por Pressão deverá ser reposicionado pelo menos a cada duas horas se não
houver contraindicações relacionadas às condições gerais do paciente. Deve-se utilizar
protocolo de mudança de decúbito, disponível nas unidades, onde através de horário pré-
estabelecido, deve ser feito a mudança de decúbito e reposicionamento sistemático do
indivíduo.
5. Mantenha a cabeceira da cama num grau mais baixo de elevação possível, que
seja consistente com as condições clínicas do paciente. Se não for possível manter a
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elevação máxima de 30º, limite a quantidade de tempo que a cabeceira da cama fica mais
elevada.
7. Qualquer pessoa avaliada com risco para desenvolver úlcera por pressão deve
ser colocada em um colchão que redistribua o peso corporal e reduza a pressão como
colchão caixa de ovo. Não é recomendado o uso de colchão de água, pois não redistribui
o peso corporal, provoca aquecimento e aumenta a umidade no calor e resfria no frio.
8. Qualquer pessoa em risco para desenvolver úlcera por pressão deve evitar ficar
sentada ininterruptamente em qualquer cadeira ou cadeira de rodas. O paciente deve ser
reposicionado pelo menos a cada 2 horas, evitando pontos de pressão e colocado de
novo na cama, se isto for possível no seu plano de cuidados. Os indivíduos que forem
capazes devem ser ensinados a levantar o seu peso a cada quinze minutos para fazer a
descompressão na região isquiática.
2) DEISCÊNCIA DE SUTURA
Definição:
Separação parcial ou total, espontânea, das camadas de pele e tecidos. O termo
deiscência da ferida cirúrgica está classicamente associado a incisões abdominais, porém
pode ocorrer em qualquer tipo de incisão cirúrgica (10).
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Desenvolvimento:
Ocorre entre o quinto e décimo dia de pós- operatório onde ocorre: extravasamento de
secreção serosa ou serossanguinolenta através da lesão e abertura espontânea parcial
ou total da incisão. Suas consequências mais graves são a evisceração e a septicemia
(11).
Fatores de risco(4) :
- Suturas inadequadas ou excessivamente apertadas, dificultando a irrigação sanguínea;
- Sexo;
- Idade;
- Desnutrição;
- Diabetes Mellitus;
- Obesidade;
- Câncer;
- Insuficiência hepática;
- Infecção do sitio cirúrgico.
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papaína quando houver exposição de vísceras e aponeurose (faltam evidências
científicas que assegurem o uso nestes casos).
- Determinar o número de trocas conforme a quantidade de exsudato.
Classificação:
Estagio 1 – pele integra com tecido de coloração avermelhada ou violácea, nódulo visível
e delimitado, assintomático, ferida fechada ou com abertura superficial ou por orifícios de
drenagem de secreção límpida ou amarelada, pode haver dor e prurido.
Estagio 2 – ferida aberta envolvendo derme e epiderme, ulcerações superficiais,
sensíveis à manipulação, pouca secreção, intenso processo inflamatório ao redor, pode
haver dor e odor.
Estagio 3 – feridas que envolvem epiderme, derme e subcutâneo, tem profundidade
regular com saliências e formação irregular, áreas de ulcerações e tecido necrótico
liquefeito ou sólido, pode apresentar lesões satélites em risco de ruptura iminente.
Estagio 4 – feridas invadindo profundas estruturas anatômicas profundidade expressiva,
secreção abundante, odor fétido e dor, tecido ao redor com coloração avermelhada
violácea e o leito da lesão com coloração amarelada.
Sintomatologia:
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
neovascularização débil que resulta na formação de capilares frágeis que se rompem e
formam êmbolos que bloqueiam a irrigação do tumor. É resultado do produto final
metabólico dos ácidos voláteis, sendo frequentes nas feridas neoplásicas e o seu controle
é uma das metas principais na realização dos curativos.
O exsudato é atribuído à permeabilidade capilar aumentada no leito da ferida e
decorrente do processo inflamatório. O sangramento está associado à friabilidade dos
vasos formados e a diminuição funcional das plaquetas no sitio tumoral.
Nos pacientes terminais deverá ser planejado o curativo com o objetivo de fornecer
alivio parcial ou temporário e nos pacientes sob tratamento oncológico a cicatrização
deverá ser considerada a sua resposta clinica.
Avaliação do curativo deve seguir os seguintes parâmetros: localização, tamanho,
tipo de tecido, presença ou não de fistulas, quantidade de exsudato, odor, sangramento,
dor, infecção, condição da pele ao redor da ferida, estética, impacto psicológico da lesão
para o paciente.
Observação:
Em nossa instituição não se usa a papaína em feridas neoplásicas devido a sua
potente ação de estimulação de crescimento celular.
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4) Gastrostomia:
A sonda é presa à parede do abdômen, mas é útil fixá-la com fita adesiva
hipoalergênica para evitar trações e deslocamentos acidentais. Seguir as orientações do
enfermeiro quanto ao curativo conforme abaixo:
Manter a inserção da sonda limpa e seca, limpar a pele ao redor da sonda com
soro fisiológico e secar com a gaze, cortar ou enrolar a gaze envolvendo a gastrostomia
sem tracionar.
Observar a cicatrização. Em caso de vazamento de líquido gástrico ou de dieta,
sinais de infecção como dor, irritação, edema, secreção, suspenda a infusão e solicite
avaliação médica e ou da enfermagem. Placa de hidropolímero e Kavilon é indicada para
proteção pele ao redor.
5) Dermatites
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Causas:
Cuidados:
Prevenção:
Creme barreira
Protetores cutâneos (Cavilon)
Pomadas (Contendo Óxido Zinco, D-pantenol, Calciferol, Retinol).
7) Hipergranulação
Tratamento:
Localização
Tempo de existência
Tamanho
Fase da cicatrização
Tipo de exsudato, odor
Presença de lojas, túneis
Presença de infecção
Agente infectante
Característica da pele ao redor
Tipo de tecido presente no leito da ferida
Necessidade de debridamento
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Avaliando a ferida:
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B. Mensuração
D. Tipo de exsudato
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E. Borda da ferida
F. Infecção
Observação: Nem sempre uma lesão infectada apresentam esses sinais clínicos, uma
ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção.
Controlar sangramento
Prevenir contaminação
Proteção contra novos traumas
Apoiar e imobilizar o ferimento auxiliando na cicatrização
Manter alta umidade, pois as células precisam de umidade para realizar o trânsito
epidérmico;
Remover o excesso de exsudação;
Ser um isolador térmico (é necessário manter a ferida aquecida à temperatura
corporal para não interromper o processo de mitose);
Ser impermeável a bactérias;
Estar isento de partículas e tóxicos para feridas;
Proporcionar retirada sem traumas.
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VIII. CRITÉRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
Observações: Placas não devem ser colocadas na região sacral em clientes com
diarreia ou em feridas cujo contato com as fezes é inevitável.
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Placas de Hidrofibra (Aquacel);
Placas de Poliuretano;
Placas de Adaptic;
Filme transparente para curativo;
Hidrogel ;
Hidrogel com poliamida.
No caso do Stomahesive® Pó Protetor de Pele, cada setor deverá pedir no seu centro de
custo para o almoxarifado e não na farmácia.
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ANEXO 1: ESCALA DE BRADEN
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ANEXO 2- ESCALA DE BRADEN Q
Hidratação da pele;
Identificação do leito:
Ao receber escore menor ou igual a 16, o paciente está exposto ao risco de ulcera
por pressão por isso deverá ser identificado adequadamente.
Para maiores informações a respeito de orientações de prevenção de úlcera por
pressão em pacientes acamados, vide Rotina de realização de ESCALA DE BRADEN Q.
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Mobilidade 1.Completamente Imóvel Escore
Habilidade de 2. Muito Limitado 3. Levemente Limitado 4. Sem Limitações
Não faz mudanças, nem
Faz pequenas mudanças ocasionais Faz mudanças frequentes, embora Faz mudanças importantes e
mudar e mesmo pequenas, na
na posição do corpo ou extremidades, pequenas, na posição do corpo ou frequentes na posição do corpo, sem
controlar a posição do corpo das
mas é incapaz de fazer mudança das extremidades, sem ajuda. ajuda.
posição do extremidades, sem ajuda.
completamente sozinha.
corpo
Percepção 1.Completamente
2.Muito Limitada
Sensorial Limitada 3.Levemente Limitada
Responde apenas ao estímulo
Capacidade de Não responde ao estímulo Responde aos comandos verbais, 4.Nenhuma Alteração
doloroso. Não consegue comunicar
responder de doloroso mas nem sempre consegue
desconforto, exceto por gemido ou
(não geme, não se encolhe comunicar o desconforto ou a Responde aos comandos verbais. Não
maneira inquietação; OU apresenta alguma
ou se agarra), devido à necessidade de ser mudado de apresenta déficit sensorial que limite a
apropriada ao disfunção sensorial que limita a
diminuição do nível de posição, OU apresenta alguma capacidade de sentir ou comunicar dor
desconforto capacidade de sentir dor ou
consciência, ou sedação OU disfunção sensorial em uma ou duas ou desconforto.
relacionado à desconforto em mais da metade do
limitação da capacidade de extremidades que limita a
pressão corpo.
sentir dor na maior parte da capacidade de sentir dor
superfície corporal.
1.Muito Pobre
Em jejum e/ou mantido com 2.Inadequada
ingestão hídrica ou Dieta líquida por sonda ou NPP que 3.Adequada
4. Excelente
hidratação IV por mais de 5 fornece calorias e minerais Dieta por sonda ou
Dieta geral que fornece calorias
dias OU albumina < 2,5 insuficientes para a idade OU NPP que fornece calorias e minerais
Nutrição suficientes para a idade. Por exemplo,
mg/dl OU nunca come uma albumina suficientes para a idade OU come
Padrão come/ bebe a maior parte de cada
refeição completa. < 3 mg/dl OU raramente come uma a mais da metade da maioria das
refeição/ alimentação. Nunca recusa
habitual de Raramente come mais da refeição completa. Geralmente come refeições. Consome um total de
uma refeição. Geralmente come um
consumo metade de algum alimento apenas a metade de algum alimento quatro porções de proteínas (carne,
total de 4 ou mais porções de carne e
alimentar. oferecido. O consumo de oferecido. O consumo de proteínas derivados de leite) por dia.
derivados de leite. Ocasionalmente,
proteínas inclui apenas duas inclui apenas 3 porções de carne ou Ocasionalmente recusa uma
come entre as refeições. Não necessita
porções de carne ou derivados de leite por dia. refeição, mas geralmente toma
de suplementação.
derivados de leite por dia. Ocasionalmente ingere suplemento suplemento dietético, se oferecido.
Ingere pouco líquido. Não dietético.
ingere suplemento dietético
líquido.
1.Extremamente
2.Comprometida 4.Excelente
Comprometida 3. Adequada
Perfusão Normotenso Normotenso
Hipotenso (PAM <50 Normotenso
Apresenta saturação de oxigênio Apresenta saturação de oxigênio
Tissular e mmHg; <40 mmHg em Apresenta saturação de oxigênio
<95% OU a hemoglobina <10 mg/dl >95%, a hemoglobina normal e o
Oxigenação recém-nascido) OU o <95% OU a hemoglobina <10 mg/dl
OU o tempo de enchimento capilar tempo de enchimento capilar <2
paciente não tolera as OU o tempo de enchimento capilar
>2 segundos. O pH sérico <7,40. segundos.
mudanças de posição. >2 segundos. O pH sérico é normal.
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PAPAÍNA
COMPOSIÇÃO Provém do látex do mamoeiro; Carica papaia
MECANISMO DE AÇÃO Provoca a dissociação das moléculas de proteína,
resultando em desbridamento enzimático em tecido
desvitalizado.
Proporciona alinhamento das fibras de colágeno,
promovendo crescimento tecidual uniforme.
INDICAÇÃO Desbridamento químico de tecido desvitalizado
Facilitador do processo cicatricial.
TIPOS DE FERIDAS Feridas abertas, desvitalizadas e com necrose.
CONTRA INDICAÇÃO Contatos com metais, devido ao poder de oxidação.
Tempo prolongado de preparo devido instabilidade da
enzima que é de fácil deteriorização.
HIDROGEL
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o meio úmido.
CONTRA INDICAÇÃO Incisões cirúrgicas fechadas, feridas infectadas e c/
exudação abundante.
PERIODICIDADE DE TROCA Feridas infectadas, no máximo a cada 24h; feridas c/
necrose, no máximo a cada 72h; feridas granuladas,
conforme necessidade.
VANTAGEM Promove o desbridamento autolítico e não danifica o
tecido de granulação.
OBSERVAÇÃO Necessita de cobertura secundária.
ALGINATO DE CÁLCIO
Tegagen Curasorb
Kallostat Sorbsan
SeaSorb Serbalgon-T
Suprasorb A Restore Calcicare
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INDICAÇÃO Queimaduras superficiais de 2º grau, áreas cruentas
pós trauma ou ressecção cirúrgica; feridas com tecido
de granulação, áreas doadoras e receptoras de
enxertos.
CONTRA INDICAÇÃO Nas feridas que apresentam secreção purulenta
PERIODICIDADE DE TROCA Pode ser deixado no leito da ferida no máximo até 7
dias e/ou dependendo da quantidade de exsudato.
VANTAGEM Preserva o tecido em granulação e não adere no leito
da ferida.
OBSERVAÇÃO Necessita de curativo secundário.
É comum apresentar com o uso do produto secreção
amarelo esverdeado.
HIDROCOLOIDE
Comfeel Duoderm
Hydrocoll Replicare
Restore Suprasorb
Tegasorb
COMPOSIÇÃO Externa: espuma de poliuretano; interna: gelatina,
pectina, carboximetilcelulose sódica.
MECANISMO DE AÇÃO Estimula a angiogenese e o desbridamento autolítico.
Acelera o processo de granulação tecidual.
INDICAÇÃO Prevenção e tratamento de feridas abertas não
infectadas.
TIPOS DE FERIDAS Feridas abertas não infectadas com leve a moderada
exudação; prevenção ou tratamento de úlcera de
pressão não infectadas.
CONTRA INDICAÇÃO Feridas infectadas ou colonizadas, feridas com tecidos
desvitalizados ou necrose.
PERIODICIDADE DE TROCA Sempre que o gel extravasar ou curativo deslocar, ou
no máximo a cada 7 dias.
OBSERVAÇÃO A interação do exudato produz um gel amarelo
(semelhante a secreção purulenta) e nas primeiras
trocas poderá ocorrer um odor desagradável pela
remoção dos tecidos desvitalizados.
ALOE VERA
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Poliuretano
COMPOSIÇÃO Espuma hidrocelular/hidrofílica
MECANISMO DE AÇÃO Permite a passagem do exsudato,polietilenoglicol
altamente absorvente,absorção vertical
Permeabilidade de vapores,impermeável a água e
bactérias,meio úmido,não aderente
INDICAÇÃO Feridas não infectadas e alta quantidade de exsudato
CONTRA INDICAÇÃO Feridas infectadas
PERIODICIDADE DE TROCA Até 7 dias ou estiver saturada
OBSERVAÇÃO Ponto de saturação:não absorve mais exsudato
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COMPOSIÇÃO Óleo vegetal composto por ácidos linoleico, ácido
caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecetina de
soja.
MECANISMO DE AÇÃO Promove quimiotaxia e angiogênese, mantém meio
úmido e acelera o processo de granulação. Aplicação
em pele íntegra tem grande absorção, formando uma
película protetora na pele, previne escoriações devido
a alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição
celular local.
INDICAÇÃO Prevenção de úlceras de pressão, tratamento de
feridas abertas com ou sem infecção.
TIPOS DE FERIDAS Lesões abertas com ou sem infecção.
PERIODICIDADE DE TROCA No mínimo a cada 12h.
OBSERVAÇÃO Pode ser associado ao alginato de cálcio ou carvão
ativado e diversos tipos de cobertura.
Colocar sobre a gaze com AGE uma gaze umedecida
com SF0,9% e outra seca por cima, para que o óleo
não seja absorvido pela gaze seca.
COLAGENASE
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PERIODICIDADE DE TROCA A cada 24h
OBSERVAÇÃO Há controvérsias quanto a eficácia das pomadas
enzimáticas como estimulador da granulação e
epitelização, visto que com o aumento dos níveis de
ação das proteinases, ocorre a degradação de fatores
de crescimento e dos receptores da membrana celular
que são importantes para a cicatrização.
FIBRINOLISINA (FIBRASE® )
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FITOSCAR
COMPOSIÇÃO Extrato seco de Stryphnodendron adstringens (Mart.)
Coville, que possui efeitos cicatrizantes.
MECANISMO DE AÇÃO Atividades anti-séptica e antimicrobiana provocam a
inibição de enzimas de bactérias e fungos,ação direta
sobre as membranas celulares dos microorganismos
modificando seu metabolismo,diminui sua disponibilidade
para o metabolismo dos microorganismos
ANTISSÉPTICOS: (20,21,23,24)
CLOREXIDINA
COMPOSIÇÃO Di-glucanato de clorexidina
MECANISMO DE AÇÃO Atividade germicida por destruição de membrana
citoplasmática bacteriana.
INDICAÇÃO Antissepsia de pele e mucosa peri-cateteres.
CONTRA INDICAÇÃO Feridas abertas de qualquer etiologia.
OBSERVAÇÃO A atividade germicida se mantém mesmo na presença de
matéria orgânica, citotóxico, reduz a força tensil tecidual.
POLI-HEXA-METILENO-BIGUANIDA(PHMB)
COMPOSIÇÃO Composto por polihexanida (0,1%) e
undecilenamidopropil betaina (0,1%).
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MECANISMO DE AÇÃO Trata-se de antisséptico cutâneo, não citotóxico,
empregado no tratamento de feridas cutâneas.
Apresenta desbridamento autolítico do leito da ferida.
VIOLETA DE GENCIANA
COMPOSIÇÃO -Violeta de genciana 1%
- Sacarina sódica 0,1%
- Água destilada 30 ml
MECANISMO DE AÇÃO É um corante básico, com efeito, bactericida para
bactérias Gram-positivas e não atua em bactérias Gram-
negativas. Apresentações contendo Violeta Genciana 1%
ou 2% em solução, são germicidas e fungicidas utilizadas
para micoses e lesões de pele e mucosas.
INDICAÇÃO Tratamento de infecções da pele e membranas mucosas
associadas com bactérias gram-positivas e fungos.
CONTRA INDICAÇÃO Não usar o produto em lesões ulcerativas.
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A. FLUXO DE ATENDIMENTO
Cliente internado
portador de ferida
crônica
Avaliação do médico
e/ou enfermeiro do
setor
Preenchimento
do protocolo Acompanhamento
ambulatorial
Sim
Avaliação sistemática
Não
do cliente e lesão Lesão
UBS
complexa ?
Definição do tratamento e
medidas preventivas
Alta
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EXUDATO
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CARACTERÍSTICAS
EXSUDATO
Papaína gel 3%
(esfacelo);
- Colagenase (iruxol)
BAIXO/
MODERADO
PURULENTO SIM
?
BAIXO/MODERADO MODERADO
/ INTENSO
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TERMO DE ESCLARECIMENTO
ESCLARECIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO
CONSENTIMENTO
Eu,_______________________________RG_______________________,
concordo em participar da rotina de tratamento do Grupo de Curativos desta Instituição,
por livre e espontânea vontade, permitindo que as fotos de minha lesão sejam utilizadas
para o desenvolvimento do meu tratamento e de pesquisas. Declaro ter compreendido as
informações dadas pela equipe de Enfermagem, estando ciente dos objetivos, riscos e
benefícios.
Concordo com a publicação anônima dos dados que tenham relação com o objetivo das
fotos.
Paciente/Responsável: ____________________________________________
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
XI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/PREV.html
8. http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/Braden.html
9. http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/TRAT.html
10. Hyiama, D.T.,Zinner, M.J. Complicações cirúrgicas. In: Schwartz, S.I. Princípios de
cirurgia. México, Mcgraw-Hill, 1996. Cap.11, p.409-37.
11. Stillman, R.M.Cirurgia diagnóstico e tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
Cap.5, p.111-49.
12. Flanagan,M. Uma estrutura prática para determinação de ferimentos. Rev. Nursing
(ed. Portuguesa), n.116, p.11-8, 1997.
13. Bergonse, FN; Rivitti, EA. Avaliação da circulação arterial pela medida do índice
tornozelo/braço em doentes de úlcera venosa crônica. An Bras Dermatol vol 81
nº2. Rio de Janeiro Mar/Apr 2006
14. Frade,MAC; Cursi,IB; e col. Úlcera de perna: um estudo de casos em Juiz de Fora
– MG (Brasil) e região. An Bras Dermatol. ;80(1):41-6. 2005.
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15. Borges, EL. Tratamento tópico de úlcera: proposta de uma diretriz baseada em
evidências. www.teses.usp.br; 2005
16. Tuyama, LY; Alves, FE; Fragoso, MPV; Watanabe, HAW. Feridas crônicas de
membros inferiores: proposta de sistematização de assistência de enfermagem a
nível ambulatorial. Revista Nursing, v.75, n.7, agosto 2004.
18. Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia
ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL:
http://www.lava.med.br/livro
19. Carvalho Cibele B.M., M. Neto Renato, Aragão Luciana P., Oliveira Margarida M.,
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prática.
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Protocolo de Tratamento de Feridas - CIEF HCM
APROVAÇÕES
__________________________
Lásara Ap. F. N. Magnani
Coordenadora da CIEF
_____________________________
Alari Furlan
Coordenadora de Enfermagem
_____________________
Antonio Carlos Tonelli Gusson
Diretor HCM
_____________________
Eloísa Galão
Vice- Diretora HCM
Data: __/___/___
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