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1. A dedução em geral
1.1 Raciocínio e argumento
1. 2 Características da dedução e da indução
1.3 Princípio fundamental e regras do slloqtsrno
categórico
1.4 Regras do silogismo condicional e disjuntivo
1.5 Formas especiais de silogismo
2. A dedução no direito
2.1 Importância da dedução no direito
2.2 Críticas ao emprego da dedução no direito
2.3 Proposta de solução
3. Indicações bibliográficas
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\ MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.
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i. A DEDUCAo EM GERAL
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- para uma nova proposição, chamada conclusão.
Mas, podemos, também, chamar de raciocínio o resultado ou o produto
lógico dessa operação.
. Os lógicos, em geral, preferem reservar a denominação "racioclnlo" para a
operação mental, que é um ato psicológico. E utilizam as expressões
"argumentação" ou "argumento" para designar o produto lógico do raciocínio.
Nesse sentido, o raciocínio é um ato "psicológico" e seu resultado é um produto
"lógico", ~~ .t2t..J~ 11-\.(~ ~
MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.
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Dedução é a argumentação que conclui por intermédio de um elemento
"tol'al". Em princípio, é a argumentação que vai do "total" para o "particular".
Exemplo:
Todo menor de '16 anos é incapaz.
Fulano é menor de 16 anos.
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Logo, Fulano é incapaz.
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m~ução-:--pe!o contrarlo. e o argumento que conclui por intermédio do
"particular". Exemplo: os seres vivos a.b.d. etc., são constituídos de células.
Esses casos são suficientemente representativos de todos os seres vivos. Logo.
todo ser vivo é constituido de células. Q
Essa é a distinção
outras caracteristicas:
1. na argumentação
formal e básica entre dedução
"necessária-
a conclusão
01AN ACKER , p. 154 - LALANDE.
Daí decorrem
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i.
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verbete "deduction", W. SALMON, p.30),{ao contrário da induçao
em que. se as prerrussas são verãadeiras. a conclusão é
provavelmente verdadeira;
2. na dedução, os dados contid0J..-Da conclusão estão, pelo menos
implicitamente, nas rerníssas.jao contrário da lnduçáo, em que a
cone usao encerra informação que não estava, nem implicitamente
nas premissas.
Em resumo, como diz SALMON! "OS argumentos lnautivos aumentam o
conteúdo das premissas, com sacriffcio da necessidade, ao passo que os
erqutneruos dedutivos atingem a necessidade, sacrificando a ampliação do
conteúdo (obra cit. pago 31)"
Na dedução, tomamos certas proposições com premissas e delas tiramos
conclusões rigorosamente necessárias. Provada a verdade das premissas.
segue-se necessariamente a verdade d~ conclusão ..
MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.
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,p,r 7. a conclusão sempre segue -ª-pior parte das premissas, isto é, se uma
premissa é negativa a conclusão será negativa, se uma premissa é
particular, a conclusão será particular;
8. se ambas as premissas forem particulares, não pode haver conclusão.
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MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.
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MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.
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2. A DEDUÇÃO NO DIREITO
MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.
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o SIL.OGISMO NA SENTENÇA
osistema tradicional eu legalista, que abrange diferentes tendências 'I O•. l \~.:
"dogmáticas" oif "Iegalistas", e ao qual se vinculam as escolas dos GlosadofeS. ~.
da Exegese e racionalistas em geral, caracteriza-se inicialmente: J/
a) por prender o direito aos textos rígidos, como se fossem dogmas e,
b) procurar aptlcá-tos rigorosamente de acordo com a vontade do
legislador.
Daí uma série de práticas. como a dos "glosadores" medievais e
"comentaristas", que examinavam artigo por artigo, sob o ponto de vista I
gramatical, as palavras e frases da lei, isoladas' do seu contexto, e indiferentes às
modificações históricas e sociais.'
Daí, também, em época postertor, o emprego de processos para descobrir
a "intenção do legislador" e reconstruir o seu pensamento, através do exame dos
trabalhos preparatórios da lei, como os projetos e sua justificação, emendas,
pareceres e discussões parlamentares, etc.2 Exegese, do grego "ex" "gestain", I
significa "conduzir para fora". Em qualquer hipótese, o papel de intérprete se
reduz a aplicar precisa e mecanicamente a regra querida pelo legislador, ainda
que há 100 ou 200 anos antes. I
I
1 "Os glosadores medievais, encantados com a redescoberta do Corpus Jutis, não resistiram I
1
à necessidade de interpretã- 10em glosas marginais e interlineares. embora primassem
pelo uso quaseeexcíusívo do método gramatical ou filosófico, temerosos de desnaturarem
o espirito de um conjunto legislativo sistemático que Ihes caia nas mãos como um dom
divino, numa época de fragmentação feudal do poder e, pois, de assistemática convivência
de sistemas jurídicos diversos e até contraditórios". Machado Neto, Compêndio de
Introduçáo à Ciência do Direito, p. 294.
2 "Preceituava a Escola da Exegese em Direito Positivo, a corrente tradicionalista por
excelência, que o objetivo do intérprete seria descobrir, através da norma jurídica, e t.,...
revelar a vontade, a intenção, O pensamento do legislador'. Canos Maximiliano t-
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caracterjstico do direito.
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MONTORO, André Franco. Dados preliminares de Lógica Jurídica. São Paulo: Faculdade Paulista de Direito, 1997.