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N9 64

Wt.caosCONOMIA

capItulo III. A. Conta. Nacionai •

. Hirio Henrique Simon ••n

Ruben. penha ey.ne


M9 64

MACROBCONOMIA

capItulo lII. As Contas Nacionais

Hlr10 Henrique S1mons.n

Rubens penha cysne


CAPtTtr.!JO lI!

AS CONTAS NACIONAIS

-J,l)Conceitos básicos

o' objetivo da contabilidade nacional é fornecer uma· aferição macroscópica

·do desempenho real de uma economia em determinado período de tempor quanto ela

produz,quanto consome,quanto investe,como o investimento é financiado,qua is as

remynerações dos fatores de produção,etc. Obviamente só é possível calcular


!
; esses agregados em valores,isto é,em uni dad e s monetárias, já que não'há como

somar caixas de laranjas com toneladas de aço e serviços médicos. Numa econo-
"

�mia com preços instáveiB,isso exige que a contabilidade nacional se apresente


I

:em dois níveis. o nominal,ou a preços correntes, e o real,ou a preços co nsta ntes .

, . ,

� e vi d ente que a distin.ção entre as duas contabilidades é indispensável à análise

; de
I
s éri e s ,temporais. q uando se calcula o aumento da produção nacional em cruzei-

'ros de um ano para outro cabe sempre perguntar que parte desse aumento se deve

ao acréscimo das quantidades físicas produzidas,que parte decorre apenas do au­


i
'menta inflacionário dos preços. Menos óbvio ,mas igualmente irnportante,é o fato

de que .num mesmo período de tempo, as duas contabilidades chegam a resultados

bastante diversos para as contas de lucros e juros. Para �lustrar esse pont o
!
�basta lembrar que ,numa economia inflacionária,é possível que o total de juros

pagos é r ec ebido s , embora "positivo em termos n�minaiB,se ja negativo em termos

reais I isso acontecerá sempre que a taxa nominal m édi a de juros, for inferior

'1, taxa de inflação.

A o o nta bil idade nacional se desenvoQve a partir de sete conceitos hásicosl

produto,renda,consumo,poupan�a,investiment9fabsorção e despesa.Tratemos de

esclarece-
-
los
-

.
--

. O produto afere o valor total da produção da economia em determinado período

de t e mpo . Nessa aferição é essencial evitar a dupla contagem: não faria sentido

somar os valores brutos produzidos por todas as unidades produtivas do país(em­

presas,escritórios,trabalhadores autônornos,agéncias governamcntais,fazendas,etc.)

com efeito,nesse caso estaríamos computando simultâneamente o valor dos pães

fabricados ,da farinha empregada na produção desses pães e do t�igo usado na

fabricação da farinha. Para evitar a d up la contagem ,só se inclui' no produto


� o valor dos bens e serviços fina is pr o du�l d os durante o pe�íodo e�

questão. O termo "bens e s e rv i ço s finais" não r esult a das caracterís­

ticas intrínsecas de cada mercadoria o u se rv i ço,ma s apena s agr upa


-
aqueles que não foram de stru i d os na produção de outros bens e serviços.

Assim,o minério de ferro que é emprecado na fabricação do aço não é

c om putado n� �roduto,sendo tratado como consumo intermediário.Mas o

mi nér io de ferro produzido para exportação ou para a um e nto de estoques

é bem fl nal,e como tal entra no c�lculo do produto.

Uma mane ira �quivalente de aferir o produto se obtem pelo· co n c e it o

de valor adicionado. Denomina-sé valor a d icio nado em de term i na d a etapa

da produção à di ferenç a entre o,valor bruto produzido ne s s a etapa(igual

a. vendas mais acréscimo de estoques) e os consumos intermediários. O

pr o duto , como se conceitu ou acima,é o v alor total dos bena e serviços

fInais produzidos no país num determinado período de tempo. Isso é o


mesmo que o tota l dos valores brutos produzido!. nlenOS os· consumos in­

termediários. Portanto,o produto nac i on a l é i gual à sorna dos v a l ore s

adicionadoB,nesse período de t e mp o , e m todas a s un i d a d es produtivas do

país.
O conceito de renda é o de remuneração de f atores de produção. lncluem­
·
-se na re nda os salários(remuneração do trabalho), os jvros (remuner ação
do capital de empr és�imo) ,os lucros ( r e mu n e r�ç,ão do cap,l:tal de risco)
.
e 08 aluglÉis (mnune�a� da pr'q)riedade f!si� �._� de �ital) .�ara �vitar �la
contagem,só se devem incluir na rend a os ju r os e alugueis pag os a pes s oa s

-�!Bicas. Com efeito,os pagos a pessoas jurfdicas já são conta bilizados

na sua conta de lucrc3 e perdac,entr' ndo na re n d a na r ubr i c a "lucros".

O consumo é o valbr dos bens e serv i ços absorvidos pelos i ndiv íduos

para a satis façã o dos seus desejos. Nele se i nc lue m o chamado consumo

pes s oal, que é o valor des s es bens voluntariamente adqui ridos pelos indi­

vídu os no mercado:e o consumo do Governo,que é o valor dos bens e servi­

ços de uso co le tiv o gratuitamente postosà disposição dos indivíduos pelo

setor público( defesa nacional,policiarnento,educação gratúita,etc.).

O conceito de poupunça é o de renda não consu�ida. O de i n v e s ti m e n t o

é o de acréscimo do estoque físico'de capital, c ompr e e n d e nd o a f ormaç ã o

de capital fixo mais a v a ria çã o de estoques. Parte da f orm a ção bruta de

capital,tambern denominada inv e s ti m e n to bruto, destina-se a repor a r e t i rd-


• da de circulação dE equipa�entos e instalações,por desgas t e ou obsole­

tismo. O valor dessas retiradbs é esti ma d o no ítem " de p re ci a ções " da

contabil i dade naci o nal. Assim,o investimento lí quido é o inv es t i ment o

-bruto me nos depreciações.


Define-s'e I1bsorção como sendo a � oma co ns umo mais investimellto. Tra­

ta-:se do valor dos bens e servi ço s que a socieda de absorve em determi­

nado período de tempo ou para o c onsumo dos seus indivíduos ou para

o aumento do estoque de capita l . Numa econom i a fechada (isto é , q ue


não transacione-com o exterior), a absorção obviamente coincide com o

produto. Com ef ei to,este ou se desti na ao c on sumo ou à f or m a ção de ca p.!.

tal fixo ou à variação de estoques. Numa economia aberta,os do i s a grega dos

,po�em ser diferentes. Se a economia exporta mais bens ou serviços do que

importa, parte da produção to t al não é abso rvida pelo país,mas pelo ext�

'rlor,ou seja,o produto é superior à absorção,e vic e-ve rs a . O ex cesso

(positivo ou negativo) do produto sobre a absorção coincide com o saldo

das expor taç õe s sobre as importações de bens e s ervi ç o s .

O, co�ceito de despesa agrega os poss ív ei s destinos do pr o dú t o ,i s to é ,


..
as suas fontes de aqu is i çã o I trata-se da absorção int erna (consumo mais

inv e s t imento) , mais o saldo das exportações sobre i mp o rt a ções de


'
bens e s erviços� Ass im , a d espesa é igual a consumo+investimento+expor­

tações menos'import��õeB.

A co ntabilid ade ,nacional chega a duas identidades fundamentais I

A) PRODUTO • RENDA = DESPESA


B)' POUPANÇA': INVESTIMENTO
-Tr;t;:��
. . .de tautologias. isto é.de equações que r e s ult am das p r ópria s

definições de produto,renda.despesa,poupança e investimento. Para obte-

las é preciso adotar definições consistentes dos vários agregados,no

que tange à i nc lus ã o ou exc l u sã o das deprec iaçõe� na formação de capital,

no que ,diz re spe i to à contabilização ou não dos impostos indiretos e

s ub s í di os e no que toca à aferição das r�ndas tran sferidas ou recebidas


.
do ex teri or. Demonstra-las-emos rigorosamente na s próximas secçoes. Mas

vale a diantar as id6ias centrais que levam a essas demonstrações.

A i d e n tida de PRODUTO=])ESPESA é trivi a l. Com efe i to, a despesa , por

definição, agrega as po ss ív eis destinações do produto" ou se ja, COnsu mo

mais investimento,mais exportações menos importações.


J�4

A ide ntida a e PRODUTO& RElIDA resulta de 'que a adição de v a lor es , e m

cada e ta pa da produçáo,corresponde e x a t a mente à remuneração de fatores,

pelo pagamento de salários,juros,lucroB,alugueis,impostos e rendas ao

exterior. Os dois últimos !t � n s representam,no caso,a renda do G ov ern o


e.a do resto do mu n d o . Como o produto é o total dos valores adi�ionados

e a renda o total das remunerações d e fatore s ,segue-se a identidade em

questão.

Numa economia f e cha d a, a ident i dade POUPANÇA '" INVESTIMENTO d e co r re

da definição POUPANÇA '" RENDA - CONSUMO e da id e n t i d a de RENDA- '" DESPESA:::

CONSUMO + IN'/ESTIM'ENTO , Numa e con o m i a a berta,essa identidade deve ser

adaptada de mod o a e nglobar no primeiro membro a poupança externa,e que

pode ser uma das font es de fi nanci amento da formação interna de capital.

A poupanç a externa, por definição,é o saldo das importações s obre a s expo r -

tações de bens e serviços (i sto é,o excesso d a absorção sobre o produto),

Isto postOI

POUPANÇA INTERNA li< RENDA - CONSUMO


·RENDA = DESPESA = CONSUMO + INVESTIMENTO + EXPORTAÇOES - IMPORTAÇOES
POUPANÇA EXTERNA IC IMPORTAÇOES - EXPORTAÇOES

Somando membro a . membro as tres identidades,segue-se quel

POUPANÇA I NTE R...N A .


+ POU PANÇ A EXTERNA .. INVESTIMENTO

Os c o nceit os fundamentais da contabilidade naci onal,bem como a ded u­

ção d essa s identidades b�Bicas,foram estabelecid os por Keynes em 19J5,no'

Livro 11 da Teor ia Geral d o Emprego,do .Jur o e da Moe.da,enterrando uma


-' . . _­
. _.

pa ra f ern áli a de defi nições dlv e reen t es e que levavam o s econom i stas a

contr�vé.�si_aE! _puramen'te emânticas. � partir da décad a de 1940 os econo­


mistas ·trataram de me d i r os. agreeados da t eoria keynesiana e. desde então,

a contabili dade nacional tomou quatro caminhos complementares :


.
a)o sistema de contas naci onai s ,id ealizado por Slmon Kusnetz e

aperfeiçoado por Richerd Stone;

b)o s i s t e ma de relações interi ndustriais,de h'assi ly Leont ief;

c)o si s tema d e fluxo de fund os,onde se destaca a colaboração de

Copelanda
d)o cálculo da riqueza nacional,onde desponta o nome de Ra y m ond

Goldschmidt.
bos Quatro nisternas,o que mais Se popularizou foi o das Con�as Na c i onai s ,

� e la - m a 1 o r facilidade de apuraç ão estat!stica.A O��anização das � aç 5e i Unidas

vem desenvolven�� c ont lnuos esforços no sentido de padronizar as definições


. - .
.

e seus m e todos
#

das dlferentas c ontas de estimação,a fim de que as contas

dos diversos países se tornem comparáve i s no espaço e no t em po . A, exp e r� � nci a

'brasileira ria elaboração das contas nacionais iniciou-se em 1947 com a cria­
Oão do Núcleo de Economia da Fundação Getúlio �'argas,posteriormente transform!,

do em Centro de Contas Na�io is do Ins ituto 3rasileiro de Economia.Desde

então, as contas nacionais do 3 rasil vêm sendo e s t i m a das ano a anoee com

sucessivas revisões) por eSBe órgão da Fundação Getulio ;"argas.

3t�)O s i s tema de contas nacionais-Economia fechada sem Governo

A contabilida-de nacional procura retratar o desempenho real de uma econ'omia.

, em d et e rmi nado períOdO de tempo,por um s i stem a de c on t as que obedeça a dois

prl;�!ploB: a)o do equilíbrio interno de cada conta, onde o total dos dÉbitos
'
deve igualar o total dos créditos i b)o do equilíbrio externo do sisterna.segun-
..
do o q ua l a cada lançamento devedor numa conta deve corre sponder igual lança-

mepto credor em outra. Esses princípios s�guem as regras g e rai s da contabilidade

geral , ba s ead as no sistema de partidas dobradas inventado em 1494 por Luca

Pa cc,," o lp .

Para lniciar,imaginemos uma economia fechada sem Governo,onde os agentes

econômicos se dividam e-m'dois grupos, in d iví du os e empresas. Por hipót e se , o s

lndiv!duos trabalham para as empresas,detêm a propriedado de seu capital e

�hes ���restam recursos financeiros. A produção e o investimento concentram­

-se- exclusivarne_n�e nas empresas. l\ssim,um trabalhador autônomo • que preste

serviços a outros indivíuuo�,� tratado como uma empresa individual,que recebe

.. ,a -" � e ceita d esses s e rv i ç os , e que a transfere integralmente ,a título de salá­

'rios ,a seu proprietário (isto É, o trabalhador aut ô nomo ) . Do ��"s"!.o _ m'o d o . todo

indivíduo proprietário de imóv eis considera-se dono de uma empresa,que lhe

transfira integralmente,a título de elugueis,as receitas de locação obtidas.

Em qualquer empresa. o lucro se apura a partir da i dentidade:

Lucro : �Enda de bens e serviços - Co�pra de bens e serviços + InVEstimento

, "Líquido
3.6
.
·.Com�ra de bens e serviços + D epr ec iaçõ es' + Luc ro •

" ·Venda de b ens e serviços + Investimento Bruto •

. Essa ident idade se�e para o cálculo de dois con ce ito s d e luc ro. 1)0

. :�xõ.dent. opera'cional, que é o re sultado das at ividades específicas d e


. 'produçio- d a epresa, sem Que s e incluam o s Juros receb id os n a receita
. ,.
. '0'. , '

(1)
: nem o� juros pag os na despesal i1)0 lucr o líquido, efetiv am ent e à dlsposi�
. " �
.
� . .
9ao doa aocios ou acionistas, igual ao excedente operacional ma is receitas

financeiras m eno s despesas financeir.as. Na ótica do produto ,o c once! to


.

qú. -interessa é o cte excedente operacional, já que. as r ec ei t a s . ..8�,despe�as


,. .
financeiras são o resultado de meras transferências de capital de um se t or

para,outr o. Na ótica da renda,o ê once ito relevante é o 'de iucro líquidO •

. ' ---
Comecemos
..
pela
.
ótica d o produto. Na Tabela l.a id e n� idade bá s ica a pres en -
.

.. tada decomp.õe a com�ra de ben s e serviços em dois ítens. c omp rà s a �u tr as


--_.. --: . . # . ...
.. .
_ . . .. ,
:·empreaaa·. sa lario s pagos. Os salarios sao os un icos ser viços c om prados
# . ... . . . �

. ... " ... .

�ao. indivíduos. Se a empresa usar imóveis ou equipamentos de terceiros.

, '01 alugue.is oorrespondentes estarão registrados na s compras 'a outras empre-


':- -·
8 •• � já ciu e,p'or hipótese. todo . bem de capital pertence a uma empr esa.indivi .

dual ou nã o. As vendas d� bens e s�rviços desdobram-se em du a s rubricas.

al.vendas a outras em�resas e vendas a indi�!duos.Estas_Últimas compreendem


·c.
. ' �

apenaa " ena - d e consumo,já que,por hipótese,toda a acumulação de capital fí-

sico.�. concentra nas, eiiipresas. Finalmente,o·i nvestimento b ru t o é d!!c�m posto


em formação.bru't! de capital fixo mals variações de e stoques . Temos assim,

para u ma empresa qualquer,. s e gui nte conta,

TABELA I

DgfTéf'---' . cRtDITO
.. k) c ompr as a outras
- emp'reB�s n)vendas a outras empresas
� . --=
._�- --

a)s.a lár i-o s g)vendas de bens de consumo


. . a indivíduos
. ) de pre iaçõe 8 c
h).formação bruta de c api ta �
m)excede�te operacional fixo

i)vatlação de estoques
·
O .equilíbrIo int erno da conta exigindo k+a+e+m OI:: n+g+h+l. T ud o ee' passa

c o� o se a empresa destruisse. como consumos intermediário!3. os b ens e ser"\riços

c.omprados de outras empresas e produzisse os bens e ser vi ç os p or e la vendidos


.
,
a outras empresas,aos indivlduos e por elas investidos. Assim,a eontri�uição

�'.�� empres�ao produto. bruto. isto É. . o valor por ela adicionado Bem exclu­

(1)
, Eate critério obviamente não se aplica às empresas financeiras,cujo caio particular
ê estudado na seção 3.8
,.J. 'I

� 3_.,.)'.1 nindr., t" valor bruto de sua produção m e no s co ns u m os


, ,. ,
. intermediários , é igu al à soma dos ítens credores da conta m e n os as cor))J:)� r.

a outras, empresas.

X c n+g+h+i-k • a+e+m
l
a últl� i gual dade resultando do e qui lí brio interno da co nta . '
Para examinar a contribuição da empresa para a geração de renda,lembremos

que exeedent operacional· lucro l í qu i dO + j uro s pagos - jures recebidos.

O lucro líquido será decomposto em tres parcelas. o lucro r eti do , o l ucr o


• -
# # 'It ,.. " f'tt, �;?
dietrlbuido e os al ugu e i s pagos, a indiv� duo s . A

u lti m a parcela e � �o
.
da. !mpresaa imaginá r i as do nosso sist ema de cont�B,e qu e, detêm os bens de

, caRital de propri edad e ef etiva de, i n di ví d u o s . Do mesmo mo do , os j uro s pagos

men os recebidos se divi di rão entr e os destinados a 1 �divídu08 e os d estinado!


a outras empresas. Chegamos assim' seguinte conta.

n1tBITO CRSOITO
k)oompras a o utras em p r es au n)vendas a o utras empr esas
a)salários
g)vendas de bens de consumo
�)juros pago s a indivíduos menos a indivíduo.
juros re cebido s de i n�lv !duos
h)formação bruta de capi t al fl)
o)juros pagc� a outras empresas menos
juros rec
, ebidos de outr a s empresas
. i ) va riaç ão de estoques
e)aluguels pagos i n d'ivídu os
d)lucros dlstribu ido s ,:':
e)depreclaçõeB
f)lucros retidos

A geração de renda bruta pela em presa ' c ompr ee nde d o I s bl oco s . Prime iro

a renda bruta que f' c na f'mTlreea,�gual aos lucros retidos mais deprecl""'::­

S egu ndo , a renda paga ao s indivíduos,igual a salários,mais l ucros distr lbuiao

mais alugueis.mais j ur o s pagos me no s juros recebidos. t import ante sublinhar

que os j u ros pagos pelas empresas aos indivíduos entram no cálculo da renda

pessoal pelo seu saldo.A razão bá s ica é evitar d up la contagem. Se a renda

pessoal computasse os juros pagos pelas empresas aos ind i v ídu os sem deduzir

08 ju ro s pagos pelos indivíduos às empresas, qualquer ec o n om ia poderia enri­

quec er estatisticamente por um passe de mágical bastaria uma t roca de chumbo

em que as empresas aumentassem seus empréstimos aos i nd iví du o s e est e s seus

e mpré stimo s às e m presas . P e la mesma razão,os juros pagos entre indivíduco se

con sideram transferências,não se incluindo no cômputo da renda.

Isto posto, a contribuição Y i da empr e s a à r e nda bruta da sociedade é

expressa porl
3.8
• "I
1
• á+b+c+d+e+f
oUtpelo equilíbrio interno da conta da Tabela lI.

"li • n+ g+h: i:k - o


. Tfindo em vista a expressão obtida para a contribuição da empresa ao

produto brutos

Xi .. Yi+o

OU sejata contribuição de uma empresa à formação do produto é igual à' sua


contribuição à geração de renda,mais os juros por ela pagos a outras empresas

menos os j uros por ela recebidos de outras empresas.

Admitimos que toda a p rodução,e consequentemente todo o pagamento de fato­

restse efetuasse exclusiv amente por meio de empresas. Isto posto, o Produto
Bruto da economI a se obtem somando-se os valores adicionados por todas as suas

empresas. Do mesmo modo,a renda bruta é a soma dos pagamentos a fatores pelas

várias empresas. Para o conjunto das empresas, os juros pagos menos recebidos
entre umas e ou�ras se cancelam,isto é, 2 o :: O. Isto posto , Z- Xi
"ZYi '
Q que pro va a igualdade PRODUTO BRUTO � RENDA BRUTA para a e conomia. Deduzindo­

-se dn a mbo s os membros o total das depreciaçôes,chega-se à identidade

PRODU'�;O L1QUIDO .. RENDA L:!QUIDA.

Apresentemos,finalmente,a conta de um indivíduo qualquer. Do lado do crédi­

to figuram as rendas pagas. pelas empresas mais as transferências recebidas de


..

outros Indiv!duos(i�to €,��nativos ou pagamentos sem contrapartida de serviços).


. .

A 'débito da conta registram-se as transferências pagas a outros'indiv íduos�o

consumo pessoal e,como resíduo,a poupança pessoal,como na Tabela 111 a seguirl

TABELA III

DtBITO CR�DITO

_r')transferências a o utros indi­ s')transferências de outros


víduos indivíduos
a')salários
g')éonsumo pessoal
b')juros líquidos pa�os pelas
w')poupança pessoal empresas a indivlduos
c')alugueis pagos a indivíduc
d')lucros distribuidos a indi
víduos

Passemos agora ao sistema de contas nacionais da economia,o qual compreen­


derá as contas de produção ,de apropriação e consolidada de capital.A conta
de produção é a consolidação das contas das empresas nos termos da Tabela 11
já que,por hipótese, toda a produção se efetua por meio de empresas.Nessa
consolidação,os ítens "com � ras a outras empresas" e "vendas a outras empresa�
se cancelam , já que obviamente 2k =-Ln. Chega-se assim àl
TABELA IV

COHTA DE PRODUC!iO

D�ITO CR�DITO
\
A ) S a lári o s G)Consumo pessoal

B)Juros líquidos pagos a H)Formação bruta de capital fixo


' . .indiv íduos,
J)Variação de estoques. ,
C)Alugueis pagos a indivi

- duos

D)Lucros dist ribuidos

E)Depreciações

F)Lucros retidos

Onde �s letras maiúsculas totalizam os ítens minúsculos c orr espond en t e s

_ " i J 1 dica d;)s para cada empresa na Tabela II. O" total dos débitos fornece a

::: ]{f'amA BRUTA := PRODUTO BRUTO da eco nomia . O total dos c r éditos corresponde
à despesa,igual a consumo mais investimento bruto. O equilíbrio int ern �

da conta prova assim a id e ntidad"e PRODUTO::::RETIDA= DESPESJ\ para a econ o m ia .

A cr é dito da segunda conta,a de apropriação,registram-se as remune rações

" e produ ção t que, no caso, são os ítens 'do dÉbito da conta de
dos fatores d

produção. A seu débito lançam-se as destinações da re nd a . Para a apre s enta ­

ção da conta seguem-se as tres seguintes etapas:

i)consolida-se a conta dos indivíduos indicada na Ta be la 111. Na consoli­

dação,co�o Ob\fiam€nte �r;'�".=7B' , os ítens "transferÊncias a outros indiv du os ' í


e í
transf e r Ê ncias de outros i nd iv duos se c an c e lam. A l em do mais , a totalização

dos ítens "consumo pessoal",salários, "juros líquidos pagos a indivídy�s" t

" a lugu eis pagos a indivíduos" e "lucros dis tribuidos" fornece os mes mos valo-

res indi�ados na con t a dE pruduçiol

ii)Boma�Be ao débito e' ao crédito da conta consolidada dos indivíduos a

,renda bruta das empresas E+F ( d e pr ec i a ç õ e s mais lucros retidos),

iii)do lado do débito engloba-se a soma poupança pessoal + lucros retidos +

depreciações na rubrica "poupança bruta do s e t o r priv ado " .

Isto feito,chega-se à

TJ\BElJ\ V

CONTA DE APROPRIA�O

D�3ITO CR�DITO
J\)Salários
G)Consumo pessoal B)Juros líquidos pagos a indivírluc.
d)Alugueis pagos a indivíduos
J)Poupança br uta do setor D)Lucros distribuidos
pri v ado E )!)(;pre c i açõeG
?)Lucros �ctidos
3.10
Para fechar o sistema de acordo com o princípio das partidas dobradas.

construamos a conta consolid�da de capital. A seu débito lançam-se os

ítens credores das duas contas acima s em contrapartida devedora na outra.

Adota-se.p�ocedimento aná lo go para os lançamentos a seu créditcl. (Isso

equivale a somar membro a m embro as equaçõ es de equi l í brio interno das

contas de produção e apropriação , e trocar os membros da equação resul­

t a nte) . Obtem-se a

TABELA VI

CONTA CONSOLIDADA DE CAPITAL

gt�1i.�TO CR�DITO

H) }o�\;rmaç ã o bruta de capital fixo J) P oupan ç a bruta do setor

I )V ariaç ã o de es toques privado

o equilíbrio interno da conta consol i dada de capital prova a identi-

dade POUPANÇA BRUTA = HNESTIMENTO BRUTO • A po upan ç a bruta, no caso, SOI!lB

a poupança pessoal male a poupança líquida das empresas(lucrosretidos)

mais depr e ciações . O inv e stimento bruto agrega a f orma ç ão bruta de capital

fixo à v ariação de estoques.

).3)0 s i s tema de contas nacionais-Economia aberta sem Governo

·
Amplie�o9 ."0 n08 s.0· s i s t e ma de co ntas nacionais adm! tindo que a nossa
-

economia,ainda sem Governo,transacione c om o exterior. O ponto de partida

é o segu inte sumário do balanço de pagamentos-em transações correntes do

paí s l

TABELA II

RESUMO DO BJ\LANÇO DE PAGAMENTOS EM CONTA CORRENTE

D � BITO CR�DITO

K)Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviço:


não fatores não fatores

L) Renda iíquida enviada para o O) Def i c it do balanço de paga�en


exterior em transações correntes.

As exportações e importações registram apenas as vendas e compras de bens

(cujo sa ldo é ex p r e s s o pela balança comercial) e de serviços não correspondc


tes ao pabamento de fatores de produção (fretes. seguros. via�ens internacio-

nais,serviços governamentais) • O pagamento líquido de serviços de fatores

de pr�duçio(juron,alu�ueis,lucros remetidos,royalties,a
ssistincia t�cn ica)
engloba-se no item "Renda liquida enviada para o exterior".Nessa rubrica

tambem se in c lui o saldo das trans fer ê ncias unilaterais para o exterior.

o s is tema de contas na c i o nai s ,alem das contas de produção,apropriação

e da co�ta c o n soli d ad a de capital,inclui agora uma quarta conta,a do

'Setor Externo. Esta 'última corr espond e a o sumário do balanço em,transações

correntes da Tabela VII com os lados trocados, já que o que é débito para

o país é crédito para o resto do mundo,e v i ce- v ersa . Chegamos a s s i m àl

TABELA VIII

CONTA DO SETOR EXTERNO

;. �BlTO cRtDITO
N)Exportações de bens e serviços K)Importações de bens € serviços
não :fatores não fatores

O)De:ficit do balanço de pagamentos L)Renda líquida enviada para o


exterior
em tr an saçõ e s correntes

"
Note-se que,na coluna do débito,a rub ri ca O) será positiva se e somente

se o país for de ficit ário nas transações correntes com o exterio r . S e

fosse superavi tário, o saldo correspondente ou" seria contabilizado com

sinal �egativo na coluna do débito ou com sinal positivo na coluna do

cr&dito. Do mesmo m�do,para que a rubrica L ) do lado do crédito seja

positiva,é p'reciso que o país tran s fi ra rendas líquidas para o exterior,

catO costuma acx:t1tecer com as nações devedoras internacionais. Se o pàfs

é um r ecep tor líquido de receitas do exterior, o ítem em questão ou s e

registra com sinal menos na coluna do crédito,ou co� sinal mais na colu­

na do débito.

V ejamos agora a cont produçãq. Estendendo a hipótese básica do

ítem anterior. admitiremos que alem de toda a produção e de toda a fo r ma­

ção de capital, todas as transações com o exterior sejam conduzidas por'

intermédio de empr e sa s . Isto posto . a conta de produção se obterá,com o

no í t em anterior. consolidando-se as contas das empresas.

Com a abertura da economia ao exterior, 'a conta de lucros e perdas

de: uma empresa genérica. nos termos da tabela 11. ', ' requer' ' .. três

rubricas adicion ais 1)a6 i m portaç õ es ,de bens e serviços não fatores,

do lado do débito,e que correspondem �s compras ao exterior, ii)renda

líquida e n via da ao exterior,também do lado do débito, e que indi�a os

pagamen�os a f a tores residentes ou sediados fora do pais,ili)exportações


). 12
.
de bens e serviços n�o fatores,na coluna do cr�dito,� que registra as

'vendas a� exterior. Consolidandc-se as contas das empresas com e s s as

alterações obtem-se ai

TABELA IX
'lo
CONTA DE PRODU�O

DtBlTO CRl!�TII
K)Importações d e bens e serviços N)Exportações de bens e serviços
não fatores não fatores

L)Renda l í qu i da enviada para o G)Consumo pessoal


exterior
H)Formação bruta de capital f)xo
A ) Salários
r)Variação de es toques
B)Juros líquidos pa g o s a indi víduos

C)Alugueis pagos a ind i vi duo s

D)Lucros distribuidos

:.8 )Depreciações

F)Lucros retidos

TOTAL DA OFERTA DE BENS E SERVIÇOS TOTAL DA PROCURA DOS BENS E SERVIÇOS


...

Na e conom i a fechada sem Governo d i s c u tida na secção anterior ,o total

dos débitos da conta de p rodu ç ão indicava o Produto Bruto=Renda Bru ta.Do

mesmo modo, o total dos �r:édi tos registrava a Despesa Bruta ::; Consumo pessoal
.
mais Investimento Bruto .' Com a abertura da econornl:1 , su rgem duas modificações.

Primeiro,as imp o r taç õ es de bens e serviços nio fatores ,registradas no .


ítem K) da coluna do d é bi to , não rEpresentam valor!'!:> ad-icionados no país- e,

como tal,devem excluir-se do cômputo do produto.

Segundo, a ren da líqu1:da enviada para o e x t e r i or entra numa categoria nebu.·-

1 0 sa . Trata-se de um valor adicionado no país mas que é transferido para

fora do p a ís . Assim,a sua inc lu sã o ou não no cômputo do produto e da renda,

é u ma questão de crit é ri o (do mesmo modo pelo qual a adição ou não d�s depre-

ciações tambem é uma questão de critério), e que dá orieem a dois conceitos.

o de produto(renda) interno, no qual se inclui a renda líquida enviada para

o ex t er i o n e o do produto(renda ) nacional,no qual essa renda líquida envia-


da para o exterior deixa de ser computada. O produto interno totaliza os

valores adicionados � país, o nacional,os valores adicionados do país.

Temos assim,
).1)

. PRODUTO WTEFtNO BFtUTO",RENDJi. IN'fi:FtNA BRU TA ::: L+A+B+C+D+E.+F·

P RODUTO NACIONAL BRUTO .. RENDA NACIONAL BRUTA .. ldB+ C+ D+E+F

Do mesmo modo, deduzindo-se as depreciações.

PRODUTO. INTERNO LtQUlDO


' . • RE N DA IlT�RNA LtQUIDA= L+A+B+C+D+P

PRODUTO NACIONAL L1QUIDO=RENDA NAVIONAL L1QUIDA= A+B+C+D+F

o t.otal dos débi tos da conta de produção é assim o Produto Interno

Bruto + Importações de bens e serviços não fatores. Essa soma é apel idada.
...

"TotEl �. da Oferta
' de Bens e Serviços". Do mesmo modo, o total dos cr é d i to s •
.!
.. igual a Consumo pessoal + Formação bruta de capital fixo + Variação de

. ..
.
::;;:.::s toques + Exportação de bens e serviços não fatores é denominado
"'rotal da Procura de Bens e Serviços".

A Despesa Interna Bruta (consumo+investimento bruto+exportações-impor­

.. ' tações) é o "Total da Procura de Bens e Serviços" menos "Importações de

bens e serviços não fatores", isto é.

DESPESA IN�RNA BRUTA = N+G+H+I-K

O equilíbrio interno da conta de produção leva assim à identidade.

PRODUTO INTERNO BRUTOcRENDA INTERNA BRUTA: DESPESA IN TE RNA BRUTA

Excluindo se a rend.a líquida env! ada ao exterior, � 3 depreciações, ou ambas,

de finem. s e i.mediatament� a Despesa Nacional Bruta. a Despesa Interna Líquida

e a Despesa Nacional ·L� quida. Pelo eq�ilíbrio interno da Conta de Produção

prova-se trivial mente que , em qualquer caso, Produto=Despesa=Renda.desde

que aferidos por critérios equivalentes.

Vejamõs' ago'ra a conta de apropriação. A seu crédito r e g l s tra m- se as

rubricas que compõem a.Renda Nacional Bruta. e aO seu débito ,as u tilizaç�cs
-. - - .. -
dessa Renda. A conta assim resultante é idêntica à da Tabela V . r efe rente

à e c onom i a fechada.

TABELA X

CONTA DE APROPRIA�O

D�BITO CFt�DITO

G)Consumo pessoal A)Salários


, J)Poupança bruta do setor privado B) Juros líquidos pagos a indi vfduo
C)Alugueis pagos a indivíduos

D)Lucros distribuidos

E )Depreciações

F)Lucros retidos
·. ).14

Para fe char o s i s tema · d e a cordo com o pri n c í p i o d a s par ti d a s

dobrada d introdu � amo s a Conta Conso l i dada de C ap i tal . O p ro c e sso

é o ro e s mo ihd i c a do na s e c ç ão anteri o r a somam- se m embro a membro

as equ �ç S ê s de equ i l íb r i o . interno ( Déb i to To tal= Cfédi to To tal )

das COlltas do S e to r E xterno , de Pro duç ão e d e Apropriação , e inv e r­

tem- s e o s termo s d a equação r e sul tante . Chega- s e à a

TA BELA XI

CON TA CON SOLI DA DA DE CAP I TAL

DgBlTO . C�Dl TO

H ) Forroação bruta d e c ap i tal fixo J ) Poupan ç a bru ta do s e to r priv ado

I )V ariaç õ e s de e s to q u e s O ) Defici t do bal anço d e p agamen to s


em tran s aç õ e s c o rren t e s .

TOTAL DO IHVESTIloíEN TO BRUTO TO TAL DA POUPANÇA BRU TA

A conta acima pro v a a i gu al dade POUPANÇA:: INVES TII� N TO , "


e n tendendo - s e

como poupança to tal a interna mais a e xt e rna . E s ta úl tima é i gu al ao d e fi c i

do b al anço d e pagamen.to s em transaç õ e s corrente s , e qu e r epr.e s en ta o v o l um e


·
de -recurso s qu e o p a i s e fe tiv amente absorv e do e xter i or para co mpl e m e n tar

o fi n a n c i am en to da �o i� açã o d e c ap i tal

.:h..4)O S i stemã d e C o n tas Na c ionais - E co nomi a aber ta com Gov erno

Compl e temos fin al m e n t e a d e s crição do s i s tema de con tas na�ipn a i s , p e l a

i ntroduç �o do Gov erno . Esc l�reça-se pr e l i minarm e n t e , o qu e s e en tende por

.. Gov erno" na contab i l i da d e n a c i o na l. · No caso do B r a s i l i nc l u em': se a s tr e s

esferas da admin i s traç ão públ i c a ( fe d e r al , e s tadual e · mu n i c ipal ) a l ém das

au tarqu i a s . E xcl u em- s e , po r e rn , a s empre saS públ i c a s e s o c i edad e s ·d e e c o nomi a

mi sta, a s quai s s ão tra tadas como emp r e s a s . A l em do m a i s , a c onta do

Gov erno i nclu i ap e n a s a S r e c e i tas e Gas to s corre n te s , não abrangendo as

desp esas de cap i tal ( i s to é , o s i nv e s t i me n to s públ i co s ) do l a d o da d e sp e s a .

nem a s op eraç õ e s d e c r é d i to do l a do da r e c e i ta . O s í tens d e s s a c o n ta

c o rre n t e do Gov e r no são o s q u e s e i n d i c am na Tab e l a X I I a s e gu i r ,


TA BELA XII

CON�- CORRE N TE DO GO\�RNO (V e r s ã o Pre l iminar}

c�nl TO , I
!

P ) Co �sumo do Gov erno T ) I mpo s to s direto s


,
, . t ) B ens e serv i ç o s de T. l ) Do s i ndiv íduos
� . consumo ' adqui ridos
d as empre sa s !I. 2 ) Das e.mpreaa s

P . 2 ) B ens e ' s e rv i ç o s d e U ) I mpo s to s indfrei to s


consumo impo r tado s -

V ) Ou tra s R e c e i tas cOfren t e s


P . ) Salárlo s _ pago s

Q ) Transfer ênc ias

Q . l )A indiv i duo s
-
Q . 2 )A empresas
,.
Q . J)Ao exterior

R ) Sube!dios

S ) Sal do do Gov erno em co n t a­


corrente

E xpliqu emos cad a um d e s s e s i ten s .


Oa imp o s to s dir e to s , al em d e incl u irem o s tribu to s sobr e a rem:!a e aobre
a propriedade , en glo b am
' as contribu iç õ e s para- f i s c a i s destinada. a fins

so clal s <Prev i d �nc � �f So c i al , Fu ndo d e O a r:antia do Tempo de S erviço . P IS-


, ..
.. PASEP : Sal&rio ·E·�u �·�ção-. e tc . ) . Usualm ente · s e' a d i c ionam e s sas contrl bui­

ç õ es ao s s alári o s e f e tiv amente pago s ( i s to é ,· a gr e ga n do ... as li r emuneráção

do trabalha) p ara a s e gu i r c l a s s i f i c á- l a s ,c omo ' impo s to s diretos paga


. ,
0
-

---
p e!o-lr- lriC11 V.! duo o
-�--�

'
O s , impo s tos indir e to s são aqu e l e s ' qu e se embu tem no preço do s b,ens

e fSe�lço s�� e xemplo do IP I , do l éM; do Impo s to sobre s � rv i ç o s , dOB l mpo s'tô s

de impo r taç ão e i�� o r ta ç ão e do Impo � to sobre op eraç õ e s financ eira s .

O í tem " Ou tr a s r e c e i ta s correntes" i n clui o s re sul tados dab parti c ipa;..

ç 5 e s a c i onári as do (jov erno { d lv i d e n do s ) .bem como , o d a s suas ativ i dade s

i�o'b i l l árias ( re n d a d e alugu e i s , etc . ) . "�o


.3 . 1 6

Do l ado do d e b i to , o con s�mo do Gov e rno comp r e en d e o s s alár i o s p ago s


ao s s e rv i do re s p�bl i co s ' ma i s o s ga s to s em ma t e r i a l d e con sumo , d e pro duç ão

n a c ional o u imp o r ta do s . Tra ta- s e do v al o r do s s e rv i ç o s d e u s o c o l e t i v o

que o Gov f' rno co lo c a gra tu i tamen t e à d i spo s i ç ão d a popu l aç ão ( d e f e sa nac i o ­


nal . pro t eç ão pol i c i al , a s s i s t.ênc i a à e du c ação e à s au d e , :nanu t e nç ão àq.s b e n s

públ i co s , e t c . ) . Embo ra o s i n d i v i du o s s e j am o s b e n efi c i á r i o s fina i s d e s s e s


serv iç o s , conv enc i o na- s e q u e e l e s não d ev em s e r i n c l u í do s no consum9 p e � s o a l ,

onde só d ev em fi gu rar d e sp e sa s v o lun tár i a s do s i nd i v í du o s , m a s num i t e m apa r t e


inti tul a do Consumo d o Gov e rno .

A s p ar c elas P . l ) e P . 2 ) repr e s en tam con sumo i n te rm e d i á r i o do G o v erno ,

- mas o í t em P .3 ) , i s to é ,
• o s s al ár i o s pago s . i nd i c a a con t r i bu i ç ão do Go v e rno

aO produ to e à r e n d a . em t e rmo s d e s e rv i ç o s p r e s ta do s p e l o s s erv i do r e s públ i ­


co s . O bv i am ente a c on tab i l i d a d e n ac i o nal não po d e en trar no mér i to d e s e o s

funcionário s públ i c o s fa z e m o u não j u s à remu n e r a ç ã o qu e r e c eb e m , 1 i mi tando.·


- se a c ompu tar o sub- i te m P . J no s ' c ál c u l o s do p r o du to e d a r e nd a .

A s tran s ferên c i a s são o s pagam e n to s f e i to s p e lo Gov erno ao s i n d i v í du o s ,

empr e s a s e a� e x t e r i o r s em c o n trapar t i d a d e s erv i ç o s , a t í tu lo d e apo s e n tado­

rias , p en s õ �s , donativ o s , e tc . O s juro s da d í v i da públ i c a tamb em se co s tumam

contab i l i zar como tran sferê n c i a s , não s e c o ns i d e r ando po i s como pr e s tação

efe tiv a de s erv i ço s . Tra ta- s e de uma c l a s s i fi c a ç ão q u e s ti o náv el , po i s é p o s s í -

. v el argumen tar q u e e s s e s. j u ro s r emun e r am o c ap i tal e mpr e s tado p e l o s e to r


..-

priv ado ao Gov erno . A ' c o nv e nção r e su l ta d e q u e . na maior p ar te d o s c a so s ,

o Gov erno não � e e n d iv i da p ar a �nv e s t i r e m fins 1 u crati v o s , mas ap e n a s p ar a

co";)r i r o s eu defi c i t o rç am e n tário . Em parti c u l ar , q u a ndo s e i ni c i ar am o s

s i s temas d e contab i l i da d e n a c i o nal , a ma i o r par te da d ív i d a públ i ca e r a

repre s en tada por obr i gaç õ e s d e gu erra . à s q u a i s d i fi c i lm e n t e s e po d e r i a

asso c i a r qualqu e r pr e s tação d e s erv i ç o s à so c i e d a d e .

A s trans ferên c i a s e q u iv al em a imp o s to s di r e to s com o s i nal tro c a d o .

Da m e sma maneira , o s s ub s í d i o s são i mpo s to s in d i r e to s nega tivo s , a s u a

con c e s são r e duz i ndo o p r e ç o d e merc ado d o s b e n s e s erv i ç o s po r e l e s

benefi c i a do s .

Para s i mpl i f i c ar a ap re s e n taç ão do e sq u e ma d e c o n ta s na c i o na i s é

ú til r e c o r rer a uma fi c ç ão � I . . .. a d e q u e o Gov e r no con tra t e uma emp r e s a

sem fi n s lu crativ� s para . p a Gar s e u S fun c i o n � r i o s e para c o ndu z i r to d a s

aS s u a s transaçõ e s c o m o e x t e r i o r . C o m e s sa f i c ç ão . o s trcs s ub- i te n s do


3·17

C O :-. s u:nO do G:Jv e rno S E e n e1 o b ?�i. no i t e tr. P . 1 f:- a s trans � � r ê n c i a s ao e x te r i o r

s ã o ab so rv i d as pel o i t e m Q . 2 . E s sa fi c ç �o a c a rr e ta a s s e gu i n te s s i mpl i f i c a-

çõe8 1

i ) to d a a geraç ão do pro du to e da r en d a p a s s a a c o n c e n trar- s e na co n ta

d a s emprE:' s � s , j á q u e el a s s e e n c a r r e g am , na rubr i c a sal ár i o s , d e tambe m remu

n erar o s � l n c i onár i o s p�bl i co s l

i i ) to do v con sum.o d o G o v e r no pas sa a s e r supri do v i a c o n ta da.s empr e s a s ,

ao inv é s d e prov i r d e tr e s c o n tas ( e mp r e s a s , i nd i v í duo s e s e to r e x t e r no ) ;

i i i ) to d a s a s expor taç õ e s e i mpor taç õ e s d e b en s e s e rv i ç Q s não f a to r e s , as s i m

como to d a a r enda l í qu i da e nv i a da para o e x t e r i o r , p a s sa a figu r ar n a co n t d

das emp r e s a s .

Com e s sa fi cção , a c o n ta consol i d ada d a s empre sas , qu e s em o Gov e rno s e r i a

a d a Tab e l a I X , assume o s egu i nte forma to I

TA BELA X I I I

CON TA CON SOLIDA DA DA S E/.�RESA S

Dt BI TO
j
CFiliDI TO

K ) I mpo r taçõ e s de b e n s e s e rv i ç o s N ) E xpor taç õ es d e b e n s e S e rv i :' 0 . '


não fatores não fato r e s

L ) R e n d a l íquida env i a da para o G ) Co n s um o p e s s o a l


e x t er i o r
H ) Fo rmaçâo bru ta d e c ap i tal l i xo
A ) S a l ár i o s ,
I ) Y a r i aç ão à e e s toqu e s
B) Juros l l quidos pagos a i ndi víduo s
Q . 2 ) Transferênc i a s a emp r e s as
C )A l u gu e i s pagos- a i nd i v í d uo s
R ) S u bs í d io s
D ) Lu c ros d i s tribu i do s a i n d i v í duo s
P ) Co nsumo d o Gov er no
E ) Depr e c i aç õ es

F ) Lu'cr o s r e tidos

T. 2 ) Impo s to s dir e to s d as empr e s a s

U ) l mp o s to s i ndi r e to s

V ) Ou tra s r e ce i ta s c o rren t e s do
Gov e r no

A i n t ro dução do Gov e r no leva ao cr é d i to da con ta das empr e sa s as tran s-

fer ê n c i a s qu� lhe s são p aGa s p elo s e to r p�bl i co , mai s os s u b s í d i o s e a r e c e i ­

ta da v en d a d e b e n s d e co nsumo ao G o v e r no ( no q u al s e in c l u em , p p l a .fi c ç ão

ado tada , o s bens d e c o n s u mo i mpo r ta d o s e o s s a l á r i o s do s s er v i do res p�bl i co s )

L, do l a d o do d&ito , o s i mpo s to s d i r e to s e i n d i r e to s por e l a s r e c o l h i d o s


,
- j. 18
�ai s aS O u tras R e c p i t a s C o rre� t€s do G o v e r no ( a s q � a i s , para s i �pl i !i c ar ,

edrr. i t i m o s que s e j a� todas paGas p e l a s € �p � e s a s ) .

A co n ta conso l i d ada do s i n d i v í àu o s , c u j o �mbr i ã o é a Ta bel a I I I , apr e s e�

ta- s e ago r a no s s e gu i n te s t e rm o s l

TA BELA XIV

CON TA CONS O L I DA DA DO S I N DIV í DU O S

C H! D l TO

G ) Co nsumo pessoal A ) S al ár i o s

T . l ) Impo s to s d i r e to s d o s in d i v í duos B ) J uro s p ago s � i n d i v í d u o s

W ) Poupanç a p essoal C ) A lugu e l s p ago s a i ndiv í du o s

D ) Lu cro s d i s tribu i d o s a ind i v í du o s

Q . l ) Tra nsfer�nc i as do Gov erno a in d j

v í du o s .

Componhamo s ago ra o s i s t e ma das c in co co n tas na c i o n a i s , a d e p r o d u ç ã o ,

a de apropri aç ão , a co n ta- c o r r e n t e do G o v e r no , a c o nta do s e to r e x t e r n o e,

como fecho , a conta c o nso l i dada ' de c ap i tal .

A c o n ta de pro du ç ão s e ob tem da con ta c o nsol i d ada d a s empr e s a s , apr e s en­

tada na Tabe la XI I I , t rans ferindo - se p ar a o l a do do d éb i to , com a d ev i d a

tro c a de s inai s , o s s u? sí d i o s e aS tran s f er ê nc i a s às empr e s as .

CON TA 1- CON TA DE PRO DUÇÃ O

� B I TO C Ri': D l TO

K ) Imp o r ta ç õ e s de b ens e s erv i ç o s N-) E xp o r ta ç ão d e ben s e s erv i ç o s


não fa ter es não fa. tor e s

L ) Renda l í qu ida e nv i a d a para o G ) C on su mo p e s so al


e x t er i or
P ) Co n sumo do Gov erno
A ) S a l ár i o s ' -
�: .
H } Fo rmaç ã o b r u ta d € c ap i tal
I

.J .J.. _

B ) �uros líquidos pagos a i nd i v I duas


I ) Var i ação de e s to q u e s
C ) Al u gu e i s pago s a i n d i v í duo s

D)Lucro s d i stribu i do s a indiv í du o s

E ) Depr e c i ?-çõ e s

F ) Lu c r o s r e ti d o s

V ) Ou tras r e c e i tas co r r e n t e s do G o v e r no

T . 2 ) - Q . 2 ) I I mpo s to s d i r e to s - tran s fe r ê.!}


c i a s l empr esas

U-R I I mpo s tos i nd i re to s menos subs í d i o s


TO TAL DA O FEH TA DF. BE N S E SEH V I �:OS 'fO TA L DA P R O C U RA DE BV�çoS:. S E :-.
j .1 9
D� t � nha.'lo - no s n a c o n ta a c i m a . C o ro a i n t ro d u ç ão d i..' E: :r.p r <: s a tn c ar r e- b a c a

d ia l r: t e rm e d i ar to do s o s p at;:amento s d o s fu n c i o ná r i o s p ú bl i c o s , a s s i m c o m o

tlJ das as tran s a ç õ e s do G o v ern o com o e x ter i o r , to do s o s v al o r e s a d i c i on e!

dlJ 8 , i f: to é , to d a s as compon e n t e s do p ro d u to e da r en d a , s e o'ri gi nam no s

p a g am e nto s d as emp r e s a s e , co mo tal , f i gu r am na c o n ta d e pro du ç ão � N as

s E c ç õ es an ter i o r e s v i mo s q u e , no c ô mpu to de t a i s v al o r e s a d i c i o na do s

B � r g i am duas ár e a s n e bu l o � as , r e f e r en te s à i n c lu são ou não das d epr e c i a� ç (


e da r enda lí q u i d a env i ad a para o e x terio r . E s s a dú v i d a dava o r i g e m à s

d f ! f i n i ç õ es d e p r o du to bru to x' p ro du to l íq u i d o e d e pr o d u to i"n t e r no x

pl' o du to na c i o nal , com as q u a tro c o mb i n a ç õ e s po s s ív e i s . S u rge ago r a um novo

pl 'obl ema , r e f e r en t e ao cômpu to ou não dos impo s tos l í qu i do s . Que os i mp o s ­

tC' s d i r e to s meno s transf e r ê n c i as à s empre s a s se dev em i n c l u i r no c á l c u l o

de: s v al or e s a d i c ionadO S É: p o n to p a c í f i co , po i s el e s ap enas mo d i f i c am

o lu cro l í qu i d o das e mp r e s a s ap ó s a a d i ç ão d e v alo r e s . No caso do s i m'p o s-

1.(.I s i n dir e to s m e n o s s u bs í d io s , p o r e m , a s i tuaç ão É: m e no s cl ara . E l e s a gr e C2 i.

v � � o r es a pr eç o s d e m ercado , m a s não em t ermo s d e r e m u n e r a ção d i r e ta do s

fH tores de p r o du ç ão . Na dúv i d a , o s e s p e c i al i s t a s em c o n tab i � i da d e nac i o nal

E!B tab el e ceram do i s c o nc e i to s l o do p ro du to a cu s to d e f a te r e s , q u e e x cl u i

eHses i mpo s to s in d i r e to s m e no s s u b s í d i o s l e o de p r o d u to a p r eç o s d e m e r­

c:Hd o , que os inclui n a af e ri ç ã o d o s v al o r e s a d i c � on a do s .

A pr e ç o s de m e r. � ado r to das as r u b r i c a s a d éb i to da c o n ta d e pro d u ç ão

n]>r e s en tada r e p r e s e n t am compo n e nt es do pro du to i nterno bru to , à e xc e ç ã o

d1) :í t em K) = imp t' r t�ç õ e s d e b e n s e s e.r v i.ç o s não fa to re s . Como , fo ra da conta

ci ó! p r o d u ç ão , não h á fo n t e s d e v a l o r a d i c i o na d o , c o ncl u i - s e qu e l

P R O DU TO IN TE RN O B R U TO A PREÇOS DE ME R CA DO = L+A+B+ C+D+E+F+V+ T . 2 - Q . 2 +U - R

E , p el as cons i d er aç õ es a c ima :

PRO DU TO IN TERN O BRU TO A C U S TOS DE FATO RE S= L+A+ B+ C+D+E + F+ T' . 2- Q . 2 + V

As ár eas nebu l o s as no s l ev aram a go r a a o i to con c e i tos d e P ro du t o e

H en da l I nterno o u N a c i o nal , B ru to ou L í qu i do , a Preç o s d e Mer ca do ou

, a Cu s to s d e Fa to r e s . A s r e gr a s d e trans forma ç ão , a essa al tur a . s ã o b as­

t an t e cl aras ,

i ) A t;regado i n tc!l-no = A gr e gado na c i o nal + renda l í q u i da e nv i a d a ao


exterior

i i ) A gr eea do b ru to � A gr ega do l í q u i d o + d ep r e c i aç õ e s

i i i ) A � egado a preços de mercado = A er e ga d o a c u s to s de fa to r e s +

i mpo s to s ind1retos meno s s u b s í d i o s .


). 20
o to tal do s c r � d i to s da con ta d e p ro du ç io , e qUE con s ti tui a d en o � i n a t a

Pro c u ra To tal d� Bens e S e rv i ç o !:; . soma o con sumo to tal ( p e s soal ma i s do

G ov e rno ) ao _ i nv e s t im e n to bru to ( fo rmaç ão bru ta de c ap i tal fi xo ma i s v a­

ri a ç õ e r. �e . e s to q u e s ) · e à s e xpo r ta ç õ e s . E s s e to tal m en o s as impor taç õ e s

de b e n s e serv i ç o s não fa to r e s é a De sp e sa I n terna B ru ta . Tem- s e a s sim :

DESPESA INTERNA BRU � � G+P+H+ I+N - K


.,

O equ il íbr io i n te rno da c o n ta de produ ç ão l ev ando à i d e n ti d a d e :

PRODU TO IN TERNO BRU TO A PREÇOS DE Jt1ER CA DO= DE SPESA IN TE RNA BRU TA

: Sob a ótica da r e n d a , o P ro d.u to I n t e r no B ru to a P r eç o s d e Mer c a do p o d e

ser de compo sto e m q u a tro p ar c e l a s : R e nda p e s so al d i sp o n í v el , R enda

bru ta d i �onív e l das empr e sa s . renda l í q u i d a do G o v e rno e r enda l í q u i d a

env i ada ao exte r i o r .

Da conta con s o l i dada do s i ndiv í duo s , i n d i cada na Tab e l a .XI V , con c l u i­

- se o qu e s e j a a r e n d a p e s soal d i sp o n ív el . q u e s e d e s ti na ou ao c o n sumo

ou a poupanç a p e s s o al . Trata- se do to tal do s í t e n s a c r é d i to da c o n ta

meno s, o s impo s to s d� r e to s pago s p el o s i n d i v í d u o s . A s s im .

RENDA PESSOAL D I SPON tVEL = A+B+ C+ D+ Q . I - T . l

A r end a bru ta d i sp o �ív el das e mpr esas é a soma E+F d a s d ep r e c i a çõ e s e

lu cro s. r e tido s . A r enda l íqu i da env i a d a para o e xt e r i o r é a rubr i ca L

a débi to da Con ta �e·� P ro dução . A re nda l í qu i da do G o v e r no são o s i mpo s­

to s ( d i re to s e in d i r e to s ) . meno s sub s í d i o s e tran sfe r ên c i a s mai s o u tr a s

recei tas corren t e s d o Gov erno . To mando - s e a Tab e l a X I I . e l embr ando

que o í tem Q . J ) fo i ab sorv i do p e l o í tem Q . 2 com a f i c ç ão da e mp r e s a

qu e in terme dias s e a s tran saç õ e s do Gov e rno com o e x t er i o r , co n c l u i - s e q u e :


(1)
RENDA LíQU I DA DO GOVERN O :: T . l · + T . 2 +U + V - Q . l - Q.2 - R

Comparando - s e a S e xpr e ss õ e s de ssas qua tro compon e n t e s da R e nda com

a do P rodu to I n t er no B ru to a Preç o s d e Mer cado . ch e ga- s e à ident i d ad e :

PRODU TO I N TE R N O BRU TO A PHEÇOS DE MERCA DO :: RE N DA PESS OAL DI SPON 1 VEL+

RENDA BRU � DI SPON 1 VEL DA S E h'!P RE SAS+ REN DA L 1 Q U I DA DO G OVE RN O+

RENDA L í QU I DA ENVIA DA PA RA O E X TER I O R

(1) Nas e s t atís t i cas de C on t a s N a c i on a i s d i v u l g ad a s pe l a F un d a ç ã o Ge t ú l i o

Vargas . esta r ub r i c a ap are ce s ob a d e n o m i n a ç ã o, d e " Re n d a D i s p on íve l do

Se t or P úb l i c o " .
i'UNDAÇAO G ETULIO VARGAS
,usuotE<'A MARtO HKI\j RlQUE SIMONKI
J. ?l

C o �pl t t €mo s a d � s criç ão do , s i s tema de c o n ta s . A cré d i to d a c o r. ta

de epropr i aç ão l a!1 ç arr_- s e to d a s as c o mp o n en t e s d a R e nda I n t e r n a B ru tó

( P ro d u to I n t e r n o B ru to a C u s to s d e Fa to r e s ) ma i s Transf e r ê n c i a s , o u

seja, a d i c ion�- s � os í te n s L+A+B+ C+ D+ E + F+V+ T . 2+ Q . l • O d é b i to d a -

co n ta indi ca a u ti l i zação d E:! El s a r e n d a i n terna bru ta ,'€ _tr�J Sff; r Ê r ic i a s . Com

a e xp r e s são a c i ma e 1 a T a b e l a XIV c o n c l u i - s e q u e a c o n ta d e apr o -

p� i aç ão po d e ser o b ti da .

i ) somando - s e a ambo s o s m embro s da con ta c o n s o l i d a d a d o s i n d i v í d u o s

as r u b ri c a s Lu c r o s r e ti do s ( F) , d epr e c i aç õ e s ( E ) , Imp o s to s di r e to s
dl" ; e mpr e s a s (T.2) , o u t r a s r e c e i ta s c o r ren t e s do Gov erno (V ) e R e nda

Lí l : u i d a env i ad a ao exterior (L) I

') i ) l embrando q u e p o u p an ç a p e s so al+ d ep r e c i u ç õ e ..,+ l u c r o s r e ti do s ..


\,1-t 'E+F " J 11: po u p a nç a b r u ta do s e to r p r i v a d o .

l � to po s to , c h e ga- s e à

CON TA 1 1 - CON TA DE APROPR IA <.:]tO

m BI TO CR � D I TO

G ) C o nsumo p es s o a l Z - RENDA IN TERNA BRU TA

J ) P o up ança bru ta d o s e to r p r i v a do L- R e nda l í q u i d a env i a d a ao ex ter i c

T ) I mpo s to s d i r e to s ( T . l+ T . 2 ) A- Salár i o s

V ) Ou tras R e c e i ta s Co rren t e s do G J B- J u r o s p ago s a i n d i v í du o s

v erno
C- A l u gu e i s p a go s a i n d i v í du o s

L ) R en d � l íqu i da e nv i a d a p ara o ex
D-Lu c ro s d i s tr i bu i do s a i n d i v í duo �
terior
E- Depr e c i a ç õ e s

F- L u c ro s r e t i d o s

V - Ou t r a s R e c e i ta s C or ren t e s do
Gov erno

T . 2- Q . 2 1 I mpo s to s d i r e to s m eno s

T rans f er ê nc i a s ( empr e s a s )

Q - TRAI\S i"r: :{i',N C IA S ( Q . l + Q . 2 )

U TILI ZA Ç � O DA RE T\ DA I N TE RNA BRU TA RE N DA IWI S Rl'iA BRU TA + TRA NS FEREl'i C IA!:'


+ TRANSnRE1\ C I A S
J . ,2 2

�o te- se qu e , ao i nv é s d e lanç ar a c r é d i to da con ta o t o t al da .

� end8 Interna B ru ta ma i s Trans f e rênc ia s po d e r í am o s ter op tado

por registrar a R enda N a c i o nal Bru ta ma is Trans fe rênc i a s . N e s s e

caso a rubrica L= renda l íqu i da env iada p ar a o e x terior n e m figu-


, '

rar i a a débi to n et:l a ' I;l ébi to da c o n t a . Na s e c ç ão anter i o r , an t,? s


.
da intro dução do Gov erno , cons trú imo s a Conta d e Apropr i aç ão da
I

Tabela X por es s e cri tér i o al terna tivo , ' onde o s c r éd i to s d a

c o n ta to tal i zav am a R e nda N a c i o nal B rú ta . A dupl i c i da d e d e cri té ­

rios se i n tro du z iu propo s i talm e n t e p ar a e s c l ar e c er um p o n �� im­

por tante l a conta d e apr op r i ação p o d e s er ap r E s e n tada de v ári a s

formas diferen t e s . As di fer enças s e r e sumem a í t en s que são lanç a d o s

simul tâneam ente a d ébi to e a c r é d i to da con ta . O que s e pr e tend e .

em qualquer caso , é to tal i zar a c r éd i to da con ta al gum c o nc ei to

de r enda . E . a s eu d ébi to , a u til i zação d e s sa r en d a .

A terceira c o nta do s i s tema , a Co n ta-Cor rente do Gov erno , obtem- s e


,
im edia tamen te d a Ta bela X I I I

CON TA I I 1 - C OiN TA CORREN 're no GOVE RNO

rm Bl TO cRtnI TO
P ) Co nsumo do Gov erno T) I mpo s to s d i r e to s

Q ) Transferênc i a s U ) I mp o s to s i n d i r e to s

R ) Su bs í d io s V ) Ou tras re c e i ta s corre n t e s do
Gov erno
S ) S aldo do "Gov er no em co nta
corrente

U TILIZAÇÃO DA RE CE I TA CORRE N TE TO TAL nA RECE I TA C ORRE N TE

O Saldo do Gov erno em conta ' corr ente é a sua r e nda l í qu i da

T+U+V- Q-R meno s o s eu co nsumo . Tra ta- s e , po i s , d,a poupanç a do Gov erno .

No te- s e que o Gov e rno po de s er d e fi c i t á r i o em seu orçame n to maS ap r e ­


s en tar uma poup anç a po s i tiv a . Com e f e i to , o or ç wTl e n to públ i co i nc l u i

d e sp esas d e c ap i tal não r e gi s tra d a s n a S u a conta c o r r e n t e . V o l tar e m o s

ao as sunto mai s a d i ante .

A q u ar ta c o n ta , a do S e to r E xterno , é a m e sm a da 'l'abe l a V I I I d o í teIt

an terior I
CON TA IV- COI" l'J. DO Si TOR E X TiRNO

�Bl TO C�DI TO

N ) E xpor taçõ e e d e b e n s e s er­ K ) Impor taç õ e s d e bens e s erv i­


v i ç o s não fa to r e s ç o s não fatores

O ) De f i c i t do bal anço d e pag� L ) R e nda l íq u i d a e�v ra�a �o


_ . - "

mento s em transaçõ es correntes exterior

U TILI ZAÇJtO DA RE CE I TA CORREN TE RECE I TA CORRE N TE

Fech emo s finalme n te o s i s tema c o m a Conta consoli dada de capi tal . O

pro c e d im ento , d e s t i na do a r e sp e i tar o princ ípio de par ti das dobradas ,

é o mesmo das s ec ç õ e s pr e c edente s . S omam- s e al gebri c am en te aS equaç õ e s


de equil íbrio i n t erno das quatro co n tas apre s entadas , s impl i fi c a- s e a

equaç ão resul tante e inv er tem- se seu s membro s . Chega- s e à .

CONTA V- CON TA CONSOLIDADA DE CAP I TAL

Dr:BI TO C�Dl TO

H) Formação bru ta d e cap i tal J ) Poupanç a bru ta do s e to r privado


fixo
S ) S al d o do Gov erno em conta corr e n�
I ) Variação de e s to qu es
O ) De fi c i t do bal anço d e pagamento s
em transaçõ e s corren t e s .

TOTAL DA FOHNAÇJt O B�U TA DE FINA NC I A ME N TO DA FORMA Ç1iO BRU TA DE


CAP I TAL CAP I TAL

A conta c o n s o l i d a d a de cap i tal pro v a mai s uma v e z a i d en ti da d e

POUPANÇA = INVES TIMEN TO , desde qu e s e ente nda que l i ) o inv es timento

co mp r e e n de a fo rmação bru t a de c ap i t a l fi xo m a i s as var i aç õ e s d e e s to qu e :

ii) a po up an ç a en gl o ba a po upanç a br� ta do s e to r privado ( poupanç a

p e s so al , mai s lu cro r e t i do das empresas m a i s d e�r e c i aç õ e s ) , ma i s a

poupanç a do Gov erno ( Sal do do Gov e rno em c o n ta corr ente ) , mai s a

poupanç a e xterna ( d e fi c i t em trans aç õ e s c orrentes do balanç o de paga­

mento s ) •
·
.. .3 . 2 4

J. S)E�usõ e s e impu taçõ e s

� xa t��ente o que contabl1 i �ar n a a�uraç ão d o p ro du to e d a r e n d a é

�ue.�io q u e lev an ta c e r ta s dúv i da s . Já v imo s qu e , em c e r to s c a so s , e s sa s

dúv i da s se resol v em p elo d e s dobramen to d e conê e i to s , pro du to bru to x


,

'produ to l íqu i do , i n terno x na cional , a p r e ç o s de m ercado x a cu s to s .de

· fa to r e s . Em ou tro s caso s , a solução p ro cura c o n c i l iar a i d éi a �á s i c a

d e p ro du to , is to . é. a d e v a lor da pro dução to t�l d a so c i edade men o s

: con�umo 6 i nterm e d i ári o s , com a S po s s i b i l i dade s prá t i c a s d e men sur aç ão

. e s ta tS s t i c a . N a �ol u ç ao nem sempre é fác i l e s c ap ar � c er ta do s e de con­

.v encional i smo e a rbí trio . Um e xemplo j á c i tado é a cla s si fi c ação do s


" --r- .. -

juro s da dívi da públ i ca entr e as Transferênc i a s .

G anho s qu e não se j am a con trap ar t i da d a pr e s tação d e algum serv i ç o

k 80 c i édade não d ev em inclu ir- s e na apuraç ão d o produ to . A l e m d o c a so

. -Já yi s to das tran sferênc ia s , do i s ou tro s mere c em m enção e sp e c i al •

.0 primelro é o do s ganh o s ou perda s d e c ap i tal , i s to é , do s lu.cr o s

o u p�eju i zo'B na r ev enda d e ativo s fí s i c o s e rinan c e iro s , r e sul tan t e s

e xcl u s iv amente d e al teraç õ e s do s i s tema d e p r e ç o s . São o s ganho s o b t i d o s


na r e e nda de açõ s de :emp re sas 1 e n � � � e sp e cu l a ç ão imobi l i ári a . Não co r­

re spo nd endo a q ua�quet pr e s taçã de s erviço s , e s s e s l u c r o s e p e r d a s não


._. _ _ __... 'o .

têm p o r q u e se co mpu t�: no pro Gu to . E s sa e x c l u são , rela tiv am e n t e ' s impl e s

no c aso do s ganho s . d e " 'c'ap l tal das p e s s o a s r I s l ca s , fa z par te da o r to do xia


. . ,.
da · apu raç ão das' con tas na c ionai s . O s ganho s d e c ap i tal d a s empre s a s , no

en tanto , raramente s ão e xcluido s , poJ:. duas razõ e s •. ·P rime i ro porqu e , no ca s o

d a s e mpr e sas , é d i f! c �) di s tingu ir que par te do lu cro na r ev e nda d e um


"
bem é con t Z:;;p ar t i da de algum ã p r e s taç ão de s e rv iç o s , q'u e p ar te d e c o r re d e
. ,

- al·t e r a ç õ e s no s i s tema de preço s . S e gundo porqu e , a in�a quando e s s a d i s t i n

ç ã o é concei tualmente clara, nem s empr e e l a é dO CÚl!lenta da . ._:.�.�_� �.í s t i camen tc .


_

Um do s rar o s caso s em que a e xclu s ão é pra t i c a�ert te s i mpl e s é o d a s r e av a­

l iaçõ e s d e . ativo s . Com e fe i to , ta i s r e av al i aç õ e s ou não trans i tam p el a s

co n t a s d e l u cro s e perdas das empr e s a s , ou co s tumam ser c o n s i gnada s numa

rubri c a fac i l men te i d en t i fi cáv el .

O ' s egundo é a r enda de ativ i da d e s i l e ga i s o u p ara- ii ega i s , como o con tr�

bando , o tráfi co d e droga s , a pro s t i tu i ç ão e a agi o tagem . Uma ra zão é ti"ca p ara '

que ta i s rendas não se i n ç l uam no c á l culo do pro du to n a c i o nal é q u e el a s

prov êm d e atividad e s cons i derada s no c iv as à s o c i e dade . U m a r a zão prá t i ca é


q u e é v i r tu al men te impo ss í v e l e s timar e ssas r e n d a s com um mínimo d e

f i d e di gni dad e e s ta tí s ti ca .

No r ev erso da me dalh a , o s c á l culo s do produ to e da r enda d ev em i n-

c l u i r o v alor d e c e r tas tran s aç õ es não mon e tárias e q u e corr e sp o n d em

à pre s tação de serv i ç o s . � o caSo d O E pagam e n to s " in natura " a e'mpr�

gado� , sob a forma de al im entação , habi tação , e du cação , s au d e e transpo r-

tes , da produção agr í co l a consumi da pelo s própr io s agri cul tor e s , do V!!

l a r l o c a tivo das mo radias própr i a s do s i n d iv í d u o s l do valor do s s ervi

ç o s pres tado s p el �s donas de c as a , p el o s membr o s d e o rd ens r e l igi o s a s , e tc .

A con tabil i dade nac i o nal pro c u ra impu tar v al o r e s a e s s e s serv i ç o s não

mone tár io s , o qu e , obv i am € n te , só po d e ser fe i to co� boa margem de to l e r â�

c i a ao s �rro s . A s conv e nç õ e s va ri am d e um paí s para o u tro , e mui to s d el e s ,

incl u s iv e o Bras il , não impu tam qualquer v alor ao s s e rv i ç o s pr e s ta dos p e l as

donas d e casa , diante das d i fi cul dad e s óbv i a s de apuração e s ta tí s t i ca . Daí

a famo s a frase de Pigou " qu e m casa com a pr6pr i a empr e ga da diminu i a r e n-

da nac io nal" •

Um problema del i cado d i z r e sp e i to� à e s tima t iv a das d epr e c iaçõ e s . A s pro


-

' v i sõ e s constituidas p e l � s emp r e s a s c o s tumam S er aquel as q u e a l eg i s l a ç ão

do i mpo s to de renda c o n s i d era d e du tív e i s do l u cro tribu táv el , o que não

ne c e ss ariamente fo rn e c e um bom i n d i c ador da p erda de v al o r do s a ti v o s r í s i ­

co s , po r , d e sgaste e opsol e ti smo . A l em d o ma i s , há a tiv o s fí s i c o s p er te n c e n t e s

a indiv í duo s e 'a o Govér,no' e qu e tamb em s e d epre c i am . A con c lu são é q u e n ã o

h á c omo escapar a uma e s tima tiva bas tante gro s s e ira d a s d epr e c i aç õ es . N o

�ra s il , até pouco tempo a trás , el a s eram aval i ada s em 5% d o pro du to na c io na l

bru to . O- ·á tuâ.l. s i s tema d e ' co n ta s s impl esmente con torna o probl ema , n ã o r e gi s-

trando a rubri ca " d epI:'e c i açõ e s" . Em parte i s s o s e po d e l amen tar , pois o

cOrl'c e i t� - -de formaç ão d e c ap i tal r e l ev ante par a a t eo r i a do cre sc i m e n to eco-

nôm i co é o l íqu i do , e n ão o bru to . Ma s é d e s e c o nv i r que o inv e s t i m e n to

bru to po de s er e s timado com pr e c i são bem melhor do que o l íqui do .

No cômpu to da rubr i ca , " l u cro s" é e s s e nc i al evi tar que a p a r t i c i p aç ã o

de empre sas no cap i tal d e ou t ra s empre sas dê m argem a dupl a co ntagem . E m

suma , s e a empresa X d e tem 50% da empresa ' Y , cujo lu c ro L é total men t e

d i s tribu i do , o l u c ro e m qu e s tão é i nt e5Talmente contab i l i zado n a empr e s a

Y e , em 50% do seu v a lo r , na emp re sa X . Para ev i tar a d u pl a con tagem b a s t a

c a l c ular s epara damen te o s l u c r o s r e ti do s d a s empr e s a s e os lucro s d i s tri-


bu i d o s a i nd iv ! d uos , e q u e sao os í t e ns a s er em i nc lu í d os na r e n d a na c i o na l .

Os lu cro s d i s tr i bu i d o s ao Gov e rno e ntram no c � l c u l o d a r e nd a numa rubri c a

A part e , " O u t ras R e c e i ta s Corre nt e s d o G ov e rno " . Os d i s t ri b u í d o s a nio re si­

d entes cómput am - s e na R e nd a l n t e rna ( emb or a nao na Rel1da llac i ona l ) , no ít e m

"R enda Lí q u i d a Env i a d a para o Exterior " . -

3. 6}Contabi lidad e n o m i n a l x C o ntabi l i d a d e re al

A i nf lação crô n i c a traz doi p o l emas à c ontabi l i d ad e n a c i o n al , u m

entre d if e r e ntes per í o d os , outro d entro d e cada per í o d o d e a f e r iç ão d o �

agr e gad os .

O prob l e ma entre d i f e re nte s p e r í o d o s , i s t o é , na aná l i s e d as sér i es

h i s tó r i c a s , c o nsi s t e e m f i l trar q u e parc e l a d o cr e s c i m e n t o n o m i na l d e

cad a ítem d as contas nac i onais s e d e v e à alta geral d e preç o s , q u e pa�

c e la repr es enta a v a ri aç ão r e a l do í t em e m q u e s tão . E s ta ú lt i m a , obv i ament e ,

é a qu e interessa ao estudo c o m p arat iv o d o d e s e mp e nh o r e al d a· e c onomi a .

· Cu i d aremos d o problema n o pró x i m o cap í t u l o . S e t o d o s o s p r e ç o s subi s s e m

n a m e sma proporçã o , i s to é , s e a taxa d e i nf l a ç ão pud e s s e " ser calcula d a

sem qualqu e r am:>i gu i d a d e • .a qu e stão s e r e s o lv e r i a por s i mples d e f l a c i ona­

mento d a s s éries h i s tór� ca s . AB c o mpl i c aç õe s surgem e xatamente porque al­


guns pre ç os sobem r e la t iv amente m a i s d o q u e outro s .

O prob le ma d e ntro d. . e · .cada


. perí od o é que a inf lação d e p r e c i a o pod er

aqui s i ti v o d os a tJv o s fi n a n c e iro s d e v a l o r nominal c onstant e , a mo e d a e

08 títulos d e rend a nomi nal f i x a . A s s i m , parte d o r e nd i m e nto nomi n a l d ess es

a �iv oB s e d est ina ap e n a s a r e c om p or s e u poder aquisi t iv o , não r e pr e sentando

rend a r�al . Os port � d o r e �e o


m e da , em part i cu lar , não re c e b e n d o qualq u e r

juro nominal, sofrem urna p e r d a r e a l c om a a l ta g e r a l d e pr e ç os . Part e d e S S d


-
c e s s ã o re a l de r e curs o s s e pro c e ss a entre i nd ivíduos e e mpr e s as ou e ntre

e mpr e s a s : o s titulares d e d e p ó s i t os à v i s ta pagam juros r e a i s aos ban c os

c o m er c ia i s . P ar t e , po r e m . é apropri a d a p e l o B anco C e ntra l , cu j o s r e s u lt a d o s

d ev em in c o r p o ra r - s e à C o nta - Co rr e n t e d o G ov e rno . T r a ta - s e d a c ontraparti d a

dos juros reais negat iv o s s obre a bas e mo netári a , e que c ons t i tu i o chamad o

" Imposto I nf lacio n á r i o " .


3 . 27

Para d i s t ingv i r , d e ntro d e ca d a p€ r í o d o � os r e n d i m entos no m i na i s

d o s re a i s , d u a s prov i d i n c i as p�e l imi nares s e imp5em r

i ) e s co lh er um índ i c e d e pr e ç os para ca l cu l ar a taxa d e i nf la ç ão


-

e ntre o iní c i o e o fim d o períod o ; n e s s a e s c o lha é impo s s ív e l e s ca ­

par a certo grau d e arõi trari e d ad e , j á qu e ne m tod o s os pre ç o s s ob e m


,

na m esma pro por ç ã o ;

- i i ) e s tabele cer uma l i nha d iv i s ór i a entre os a tiv o s q u e s i s t e máti c a ­

m e nte s e d e p r e c i a m com a i nf la ç ã o e o s q u e e s tão pr o t e g i d os e m r e l a ­

ç ã o às a ltãs crôn i c as d e pre ç o s ; o s rend im e n t o s nomi n a i s s Q d i f e r em

d os reai s para os a t ivos d o prim e i r o grupo , su j e i t o s à d epr e c i aç ã o

i. nf laci onári a .

A i nflação nem d e pre c i a s i s tema t i camente o capi tal h umano , cu j os


.

- - rend imentos são os s a lár i o s , nem o cap i ta l físi co , c u j o s rend ime nt o s

são o s a lugu e i s . l s s o n ã o s i gnifi c a q u e o aumento g era l d e pre ç o s

jama i s compri ma o p o d e r aq u i s i tivo d o s a s s a lari ad o s e propri e tár i o s

de a t iv os f í s i cos , m a s que e s s a c o mpre s sã o não é s i s te ma t i ca . No s pro ­

c e s s o s infla c i o nári o s crôni c o s , s a lár i o s e ' a l ugue i s r ea i s ora s obem

ora d e s cem , mas as tend ências de l o ngo pra z o não c o s tumam ser a f e ta d a s

pe la taxa d e inflaç ãó . l s to pos to , a c ontabi l i d a d e naci onal não d i s t i n -


.

tu e , d entro d e - cada perí o d o , s a lári os e a lugu e i s nomina is d e s a l ár i o s

e a l ugue is r e a i s .
" ,

As a ç õ e,s e q u o t�f;? " d e c a pital tambem não s e cons i d eram s u j e i t a s à

t
d epre c iação � i � e má t i c a p e l a i nflaç ã o . Como t a l , e m cad a per í od o não

� e d � s tinguem o s lu cros d i s tr i bu i d o s nom i na i s d o s rea is� ' (O c a s o

d o s lu. cr.os r e t i d o s é d i f er.ent e . como s e v e rá a s e gu ir ) .


,--
-

No que d i z r e s p e i to a os j uro s a situação é t o ta l m ent e d iv e r s a . I n d i ­

�qu e mo� por i a taxa nomi na l d e juros e por r a taxa d e inf la ç ã o n o

p e río d o . UIII t í tu l o d e créd i t o , d e v a lor nom i na l K n o i n í c i o d o p e r í od o ,

r e nd e juros n o m i n a i s K i nesse períod o . D e s s a s o ma , no e ntant o , a par c e la


Kr d e s t i na - s e e x c l u s iv am e n t e a r e po r o p od e r aqui s i t ivo d o cap i ta l
i ni c i a l . A ss i m , em m o e d a c o r r e n t e d o p e r í o d o , as jur o s r e a i s pa g o s p e l o

d ev e d or e r e c ebi d o s pe lo c r e d o r s e limi tam à q uant i a K ( i-r ) , qu e po d e


'
s e r p o s i tiva , n e ga t i v a ou nula . A d i s t i n ç ã o e ntre juros nomi n a i s e r e a i s
v a le tambelll para o s títu los i nd e x a do s , i s to É , para a q u e l e s c u j o v a l or

nomi na l s e r e a j u s ta a u t o m á t i came n t e na proporç ã o d o índ i c e d e pr e ç os .

N o caso , o s j u r o s nom i na i s s ã o o s juro s �€ a i s a c r e s c i d o s da c o rr e ç a o


m �netári a .

Para ca l cu lar pre c i s amente a d i f erenç a entre juro s nomina i s e juros

reais , recebidos ou p ago s por d e t ermi na d o agente e conômi c o e m d a d o ' pe �

ríodo de t empo , é pr e ci s o l eN ar em conta d o is prob l emas . Pr im e i ro , o

. v alo� nomi nal d o s d éb i t o s ou créditos d o age nte em q u e s tão po d e vari ar

durante o períod o . S e gu nd o , como o índi ce d e preços v a ri a d urante o in­

te rvalo , a e xpre s s ão da d i f e renç a entre juros nomi na i s e juros r e a i s é

uma em m o e d a do f i m d o período , outra e m moeda do i níci o d o pe r í od o , ou ­

tra a inda em m o e d a d e a lgum i ns tant e int e rm e d i ár i o e s c o lh i d o c omo re!�

rência.

- Espe cifi cament e , t o m emos O e 1 como s e ndo os extr emos d o períOd O ,

e admitamos que o c r é d i to l íqu i d o nominal ( créd i t o s m enos d ébi t os ) d o

agent e e conômi co ev o lu a d e acordo com a função contínua por t r e chos

K(t ) . O índ i ce de p r e ç o s vari a d e P , no início do pe río d o , . a P , no


o l
. s eu i nstant e f i nal . d e a c or d o c om a função d if erenc i áv e l P ( t ) . Entre

08 i ns tant es t e t+d t , a perda d e pod er aqui si tivo do créd i t o n ominal

em qu estão é expr e s s a , em m o e d a c orr ent e , por l


..

_K � dt OI �p
p dt p
,

A expre ssão a c i m a fo rne c e a d i ferença entre juro s nomi n a i s e juros

reais re c ebi dos ( ou pagps , s e K for negativ o ) entre o s i n s ta nt e s t e


. ...
t+d t e m moeda d� �o d e r aqui s i ti v o d o ins tant e t . Para ev i t a r a s oma

de quanti d ades heterogêne a s , é pre ciso e s colhe r um ponto d e r ef er ê n c i a

j no intervalo (0, 1] , em cu j a mo eda s e expr imam a s d if e r enç as e ntre

juros nom inais e juros reais • Em mo a�a do ins ta nt e j , a p e r d a d e po d e r

aqu i s i tiv o d o créd i to nominal d o agé nte e conômi co e m aná l i s e e ntre os

i ns tantes t e t+dt é d a d a por l

dP
Cft dt -1L- d P
p2

I s to posto • e m m o e d a d o i ns tante j . a d if e r e nç a e ntre juros nom i na i s

e juros reais receb i d o s pe lo age nt e econômi co durant e o períodO é d a d a p or l


P

dt
dt
�u , se K t ) pud er e xprimir-se como f u nç �o d e P(t) , P q u e c e r t am e n t e

/
o corr e rá se P ( t) f o r cresc ente n o t e mpo l

P
.. _ 1 -L
P dP
j p2
P
" o

Ve jamos alguns ex e mp lo s . Se o cr é d i t o nomi nal se mant i v er i naltera d o

durante o i nterv alo d e t empo em q u e s tão J "<

p -P
ou , d e s i gnand o por r 1 o.
a t a xa de i nf l a ç ã o no per í o d o I
P
o

"D & Kr
j

- em par t i cular , em m o e d a d o final d o p e r íõ d o ,

D .. Kr
1

isto é , a d if erenç a entre j uro s nom i nais e reais é i gua l ao crédito

v e z es a taxa de i nf lação .

Suponhamos agora q u e
,
o que s e mant e nh a c o n s t a nt e seja o cr é d i to
. .,

real e não o nomi na l . Nesse cas o l

P
K ..
- P K. J
j

Daí se s egue

D .. 1 ..

j P dP

As s im , por ex emp l o , suponhamos qu e a taxa d e i nflação s e ja 100% no

p� ríod o . Para um agente econôm i co cu j o cré d i t o nom i na l l íq u i d o s e man

t e nha c ons tante durante t od o o pe ríodo , a d i fe r e n ç a e nt r e j ur os n o m i n a i s

e j ur o s r e a i s r e c eb i d o s é i gu a l à K em moeda d o f im d o p er í o d o e a 0 , 5K

em m oe d a d o iníc i o d o pe r íod o . Par a um age n t e ec o nôm i c o cu j o cr é d it o

real s e mantenha const ante , c om v a lor n o m i na l Kl no f i n a l d o p e r í o d o ,

a d i f e r e n ç a em ques tão , em mo eda d o f im d o período é d a d a por K l log


e
2 =

• 0 , 69 J Kl Se o créd i to nomina l po u c o v ar i a no p e r íod o e s e a t a x a

de i nflação é b a i xa , a e xpr e s s ã o Kr f o rn e c e u rn a a pro x i ma ç ã o a c e i t áv e l

" para a d i f erença entr e juros nomi na i s e reais r e c eb i d os . Para taxas


3 . 30 .
de inflação eleva das ou para cr éditos nom i n a i s s ens ív e lm e n t e var i áv e i s

dura nt e o períod o , e s s a aproxi�a ç ão não d e v e s er u s ad a .

O� a ju st e s contá.b e i s pela i nf lação d e ntro d e um d a d o pe r í o d o d e c o r ­


r em apenas da d i f er ença entr e juros nomi n a i s e juro s rea i s , modif i cand o

�pe na s à di stribu i ç ã o d a r � nd a e da p oup anç a entre os d i f erent e s . agentes

- econqmi cos . As fórmulas d e co�v ersão para um agent e qua lquer ( i nd iv íd uos ,

·empresas ,· Governo , s e tor externo ) são as s e gu i n t e s I

Rend a real d i spo nív el- juros r ea i s recebid os+ juros rea i s pagos C

• Re nd a nominal di s po nív el- j u ro s nominai s r e c eb i d os + juros - n o m i na. i s pagos

Poupança rea l:--juros reais receb i d o s + ju r o s r e a i s pagos c:

-
Poupança nomlna l - j uros nominais r e c ebi d os - j uro s nomfnais pagos .
.
.
Como a todo déb i t o corr e spond e i gual · crédito , e v i c e - v eraa , o to t a l

d os juros receb i d o s é i gua l a o total d o s juro s pagos , tanto em t e r m o s

nomi nais quanto e m t ermo s rea i s . As s im , o total d a Renda Di sponív e l

d o s lnd lvíduos , empr e a a s , G ov erno ma i s a r enda líqu i d a env i ada para o

exterior é o mesmo nas duas contabi l idad e s , a r e a l e a nomina l . Do

mesmo modo· , o to tal d a poupança bruta ( poupança pessoal + lucr o s

reti d o s d a s empre sas + . d e pr e c ia ç õ e s . + s a l d o d o Gov erno em co nta


.
...

corrente + d efici't d o balanç o d e pagament o s em trans a ç õe s corrent e s )

é o mesmo nos d o i s s i s t emas d e c o nt a s . As d if erenç a s ocorrem apenas

na d i s tr i buição do tot·a l entre as parce la s t e d ev em s er c omputad a s

em mo eda d e pod er aqu i s i tivo méd io d o períO d O , j á que a s contas n o ­

mina i s s e expressam em moeda corrente d o me smo períod O . Numa épocã

de in!la ç ãõ� os c r e d o r e s ganham me nos em t ermos r ea i s do que em nom i ­

na i s , o oposto su c e d e nd o . com o s d evedore s .


� . .� .
. . _- _ _ - " - . ,
. .

No�e - se . al1 a s , que a d i f e r ença entre contas nomi na is e conta s r e a i s

d�ntro d e cada período só e x i s t e na ó t i ca d a r e nd a . Na d o pro d u t o e la

não faz s entido po i s , como se v iu na · s e cção 3 . 2 , no cômpu to d o v a l or

ad i c i o na d o em cada u n i d a d e pro d u t i v a n ã o s e i n c lu em os juros r e c ebi d o s

nem s e d e d uz em o s j u r o s pagos . Quanto à s compon e nt e s d a d e s pe s a , e l a s

nad a têm a v er com a er o s ã o d o pod er aqu i s i t ivo de d e termina d o s a t i vo s

f i n anc e i ro s .
Em r e laç ão às f ó r mul as d e conv er são apresentadas va l em qua tro obs er-

v a ç õ es .
:
Primeiro , no caso ,d o s i ndiv íduos e empresas , a contabi li d ad e r e a l

d eve inclu ir entre os juros r e a i s pago s a perd a d e poder aqui s i t ivo

dos ' ativos monetários , pape l mo eda em pod er d o públi co ma is d epó s i t o s à

vista . Pa�te , d e s s e s juros r � a i s são r e c ebi d o s pelos bancQs , d e s eus d e­

positantes . Outra parte , correspond ent e aos j uros rea i s negativ os sobr e

a bas e monetári a , é o i mpos to inflaci onário arre cad ado p e l o �anco C en­

tral , e que dev e s er contabi li z ad o a créd�to da conta corrent e r e a l ,do

Gov erno . Como a bas e mone tár i a não paga jur o s nomina i s , o i mpo s t o infla­

c10�'rio arrecadado , em mo ed a do ins tante j , é dado por a

Tint • P jJ� :2 :� dt

Segundo , na conta nomi nal d o s e tor externo , o s juros pagos ao exterior

àão computados , em termo s nomi nais , d a s egui nte f orma s i ) o ba lanç o de paga­

mentos registra os juros nomi nais pagos ao exterior nas moe�as em que os

emprést imos foram contratad os ( dólares , para s i mplifi car o raci o c íni o ) .

1 i ) 0 valor em dólare s d e s s es j ur o s é conv erti do em mo e d a naciona l ( cru z eir o s ,

de a cordo com a taxa d e câmbi o méd i a d o período . I sto posto , par a pas s ar d o n

�uros nominais aos r eai� , a taxa d e inflação a des contar é a d o d ólar , e não

a do éru z eiro .

Específi camente , l!.ld i q u emo s por D a d ív i da externa líqui d a em d ólar e s

( d ívi da bruta meno s 'reservas ) e por Q o índ i c e d e pre ç os na mo e d a norte -


,-

amer icana . Entre o s instantes t e t+dt , a d e svalori zação d a ' d ív i d a e xt erna

por conta da inflação nor t e - am eri cana expres s a - s e , em d ó lares corrente� por l

..JL -º.SL dt
Q dt

o v alor correspond e nte em cru z e ir o s d o ins tant e t é da do por I

� � dt
dt
Q
E i nd icando a taxa de câmbio ( pr e ç o em cruz eiros de um dóla r ) no i ns tante ,
e , em cruz ei ros d o ins tante j fixado como r ef er ênci a d e cálcul o I

ED � dt
j PQ
P dt

Cons equentemcnt e , a d i f erenç a , em cru ze iros d o ins tante j , entr e juros

nomina i s e juros r e a i s pagos ao ext erior no período é d a da por a


) . )2
z • -* * dt

S egue - se que .

Renda l íquida real enviada para o exteri or • R enda líquida nominal

enviada para o exterior - Z


"

Do mesmo modo .

Detl cit real do balanço de pagamentos em transaçõe s correntes •

-Dati cit nominal d o balanço de pagamentos em transações corrent es -Z

Teroeiro , na co nta corrente d o Governo ,a passagem da contabi lidad e

Ilpmillal para a real envolve vários a juste s . i ) a créd ito da conta , oomo

já r. o d is se , deva - s e lançar o imposto i nf lacionári o arre cad ado pe lo »an-

00 Central, ii )nos ítens Transf erências ( no qua� _� e incluem 0 8 jur o s

da c Hv i d a Pllblica ) e Outras Re c e itas Corrent es ' do Gov erno , o s juros d ev em

ser conv ertidos d e nominais em reai s . Com um G ov erno fortement e end ivida­

do e altas taxas d e i nf lação , as transferências reais cos tumam ser muito

i nteriores às nominai s . Todos esses a juste s ,. tl:ansmitem ao ítem da co nt a

. que é calculado como resíduo , o' saldo' do Gov erno em cont a corrente .
'
Quarto , há uma r elação importante entre as fórmulas d e conversão d a
I •

renda nominal em r enda real e a s regras d e correção monetária d o balanço

d as empr esaà . No Bras l � t essas regras f oram i ntroduzi das , nu 'ma versão , aproxi­

,-
mada ( para escapar às fntegrBis ) pe lo Decr eto 1 . 578 , no f inal d a d écada

d e 1970 , d e stinãndo - s e a filtrar os efe itos da inf lação s obre a s d emo nstra­

ç õ es d e lucros e pe rd as , tanto para efei tos societári os quanto para o cálculo

do imposto d e r enda sobre as pessoas jurídicas .

Para es tabe le cer essa relação , s� ja W , função do tempo � o patrimônio líqu i d o

d e uma empresa . Para simplif i car , admi ti remos que a empresa não part i c ipe d o

capital d e outras empresas . Então W · A + K + EH ond e A são os ativo s

físi cos da empresa , K os seus créditos l íqu i d os e m moeda na c i o na l ( inc lusi ve ,

, haveres monetários ) , " H s eus crédl to s l íqu i d o s em d ó lares , E a taxa de câmbi o

K e R tanto pod em s er negativ o s quanto , po's itivos .

Pelas fórmulas d e conversão apràa e ntadas , o lucro nomi na l me nos o l u cro

real é a d ifer enç a entt'e os juros nominais e os juros r e a is r e c ebi do s pe la

P�:
empresa . Asslm. em cruze iros , do i ns tante j .

Lucro nominal - Lucro r eal • J:


Pj �2 :� dt .+ JdL -� d t
PQ dt
Pelas t é cn i cas de a j u s t e i n fl a c i o nário do s bal anço s , o l u cro c orri g i do

se obtem do lu cro nom i nal .

l ) so,mando - s e a correção monetária dos a tives fí s i co s , c u j a valor i zaç ão

nominal com a , i �l aç ão não é compu tad a nlJ lucro nomi nal ,

l i ) p e l a m e sma r a zão , som ando- se a correção c ambial d o s c r é d i to s e sub­

train do � se a do s d éb i to s em , mo eda e s trange ira ,

i i i ) subtraindo- se a corre ç ão mone tár i a do pa tr i mô n i o l í q u i do , qu e 'é a pa!:

c ela do lu cro no�fn� o r r �pst n enas a manter o v a l o r real d e s se

pa trim5nio l í q i do . -

Em c ru z e iro s co rrente s , a corr e ç ão c amb i al d o s cré d i to s em mo e d a e s trang e i ra


dE
entre o s i n s tantes t e t+ d t é i gu al a HdE • H -at: dto Logo , em cru z e iro s

do i n s tante j , a correção c ambial do s cr é di to s em mo e d a e s trange i ra no p e r í o do

_�,_,dada por I

P
J
�: H � dt

I s to po s to , em mo e d a do i ns tante j .
,

Lucro , corrigi do- Lu cro ' nom1,nal .. dE


Clt dt + � dt
dt

a s egunda parcela ' d o s e � rido membro indica ndo a correção mone tár i a d o a t i v o
. '

fí s i co meno s a do patrimônio l íq u i dO .

Comparando as fórmul a s de conv ersão de l u c ro no m inal e m l u cro r e al e d e


. .- . -- - . - _ .. -

' lu cro nom i nal em lu c ro co rrigido . e lembrando q u e A - W .. - (K+EH ) •

dP J
c<

fo 1+
Lucro corfigido� Lu c ro real ... p EH dE .l � 1
+ dt
-p
- dt Q dt P dt

Para dar uma i n terpr e tação e con5mica ao se gundo membr o , d efinaroo s a ta xa

real de c âmbio .

e - E ..JL
P

A taxa instantâne a de d e svalo r i zaç ão r eal do câmb io é dada p o r .

l� •
1 dE l � 1 dP
e dt E . dt + Q dt P dt
) . )4
"

· co rre spo nd endo ao e xc e s so da d e s v al o r i za ç ã o c amb i al nomi nal ( ou se j a , a

taxa de cre scimento de E ) sobre o d i f erencial entre infla ção i n terna e

intlação e x terna . Lo go , em moeda do i n s ta n te ja

Lucro corrigido - Lucr.o real • EH


P9

t táoil verifi oar qu e o segundo membro é o ga nho de cap i tal da emp r e 6d

deoo rrente das variaç õ e s reai s da taxa d e câmb io no per í o do , e xpr e s s o em

mo eda do ins tante j . C om e f e i to , em cru z e iro s c o rren te s , o ganho d e cap i ta l


1 d9
em qu e s tão , entre os ins tantes t e t+ d t é dado por EM � dt • C onv er .
e

tendo em cru zei ro s do i n s tan te j e in tegrando c hega- se aO segundo m e mb ro

da equação acima.
Em suma , o lu c ro co rrigido pel a s técni c a s de a j u s t e infl a c i o nár io do
balanç o é o lucro real d as co n ta s na c io na i s ma i s ga nho s e meno s p erdas de
capi tal de corrente s d e d e sv alo r i zaçõ e s rea i s da taxa d e câmbio . Tra ta- se

de um c a so parti cul a r do princ ípio geral já e nunc iadO I no cál culo d a s com..

ponen t e s da renda não se incluem o s ganho s m eno s p erdas de cap i ta l .

3. 7)0 defic i t públ i co e seu financ i amen to

A débi to da co n ta- cor r en te do Gov e rno , de s cri ta na s ec ção ) . 4 , contabi ..

l i zam- se ap ena s · a s d e spe sas corren tes do s e to r públ i co , co nsumo , sub s í d i o s


e transferências . O s gas t� s públ i co s , no en �anto , tambem compre e ndem inv es­

timento s , em formaç ão de c api tal fi xo e v ariaç õ e s d e e s toqu e s . O d efi c i t pú­

bl i c o D • isto é , o e xc e sso d e " sua d e sp e sa to tal sobre suas r e c e i ta s cor­


g
rente s , e xpr e s sa - se assim por a

D a I nv e s ti m e n to públ i co - sal do do Gov e rno em conta co rr e n te


g

ou s e j a , o defi ci t é o e x c e s so do inv e s time n to sobre a po upança gov e r nam en-

tal .

Na c onta conso l i dada d e cap i tal , d e s dobremo s a formaç ão bru ta d e cap i tal

fi xo ma i s variaç õ e s de e s toqu e s em duas parc e l a s : o ln'! e s timen to públ i co I


g

e o i nv e s timento priv ado I • P e l a e q u aç ão a c im a , e p elo equ il íbr i o i n terno


p
3 . 3.5

da c o n ta conso l i d a d a d e c ap i tal :

D .. I -5
� I;
H+I li' I +1 - • J+ O+S
. p " g

r e su l ta ,

D - J- I + O
g P

ou seja,

D e fi c i t públ rc o • Poupança bru ta do s e tor p r i v ado - I nv e s timen to

p r i v a d o + Defici t do bal anç o d e . p agam e n to s em transaçõ e s c o r r en te s .

A equ a ç ão ac ima va l e tan to e m termo s no m i na i s quanto e m termo s

reai s . E l a afirma qu e as fon t e s de f ina n c i ame n to do d e f i c i t públ i co

são o e x c e s so da p o up ança pr i v a da s o b r e o i nv e s t i m e n to p r i va d o m a i s

o d e f i c i t do bal anço d e pagam en to s e m trar:saçõ e s c o r r e n t e s . U :n c on­

c e i to i n ter.mediári o b a s tan te � ti l é o d e d e f i c i t opera c i o n aL Tra ta­

� se do d e fi c i t do s e to r públ i c o ante s d a i n c l u são do impo s to i nfl a c i�

. nári o como rece i ta r e al do Go v erno . A s sim l

D e f i c i t oper a c i o nal . = De fi c i t púb l i co r e al + Impo s to i n fl a c i o n á r i o .

. _ Os' v e í cu l o s po. r in'te rmé d i o d o s q u a i s Ç> s e to r p r i v ado e o s e to r e x t er­

no f i nanc i am o d e fi c i �. públ i co são o aumento da b a s e mon e tár ia e o a u m e n

to d a d í v ida líq u i d a " d6 s e to r públ i c o . A ss im ,


,.

D e fi c i t públ i co = A um en to d a b a s e mone tári a + A umen to d a d í v i da l í q u i da

do G ov e rno .

A i n t e rpre tação i ngênua d e s s a e q u aç ão é q u e o G o v e rno cobre s � u s à e fi c i t f

' . ou emi t i ndo titu l o s o u em i indo mo e d a . E s sa v e r s ão só s er i a c or r e ta s e o

ú n i c o fa tor de e xp an são da b a s e mo n E tár i a fo s s e o f i n an c i am e n to da p ar c e l a


d o d e f i c i t plibl i c o não c o b e r ta p e l a c o l o cação d e t í tu lo s j un to a o s e tor

pr i v a d o e junto ao e x te r i o r . Na real i d a d e há o u t ro s ;;a tor e s de e xpansã o

d a b a s e , como a e :o.-p ansão do c ré d i to ao s e to r p r i vado e a a cu :nu l aç ão de


r e s e r v a s cambia i s . A inda a s s i:n , a e q u a ç ão a c ima p o d e S E r p r e s e r v. a d a desde

q u e a e xp r e s são li d ív i da l í qu i da do G o v e rno " e x c l u a o s c'r é d i to s 1 i q u i do s

do B an c o C e n tral , c o m o s e to r p r i v a d o e c o m o e x ter i o r . Com e f e i to :


J . 'Hi
� )O G, ov e rno f i llan d . a c s eu. d e f i c i t Dg p!!I l o , au � e n t o d a sua d ív i d a c om o
n tor' pri v ado ( La). c orro o s � t or e x t e r no (Âb ) e c orr, o B anco C entra l ( � c ) .
-As sim , Dg ,. 6 a + ll b +
.
Ô CI

' 1 1 ) a8 f ontes da E xpansão � B d a ba s e m o n e tá r i a são o a um e nt o d o s cred i t o s


l q u i d o s d o B anco C e ntra l com o s e tor pl'iv a tl o ( ll d ) , com o exterior ' ' ( 4 e )
i! c om o G ov e rno ( /.) c ) . Logo

I st o posto , d e fi n i nd o - s e e d ív i d a l í q u i d a X d o G ov e rno c omo o e x c e s s o

dos � 'bit o s do O ov e r n o s obre o s crd d i t o B d o Banco Ç e ntra l , c o m o s e tor pri ­

"V a d Q ' e o s e tor e xt e-rno , i s to é , Xc. a+ b- d - e f

ti ' D 6 B+ 11 X
g
iato é . De fi cit púb l i c o = A um e nto , d a E a s e M o n e tári a -+ Aume nt o da Dív i d a L,Íqu i ­
��i de d o G ov erno .
, ..
A e qua ç i o a c ima d e d u z i d a e m termos nomi na i s , tambem i v61ida em ter�os rea i s .

Defi ci t pú bl i c o r e a l ; A um e n to r e a l d a 3 a s e Mone tária + Aumento- ré al da Dív i -


d a Líqu i d a do Gove rno .

Com e f e ito . s e ja Z= B+X a bas E monetár i a m a i s d ív i d a l íqu i d a d o G ov erno , e m

termo� nomi nais . Pe lo qu � roi v i s to , se dD é o d e f i c i t p Ú b l i c o nominal entre

08 i n s tantes t e t+ d t (o f t � 1) ,

dD' � dZ

Em moed a do ins t ante t , o d ef i c i t r e a l d D


Rt
, entre os i n s t a nt e s t e t+dt

é dada- por r
z
-p dP

-
, . - -�''"'Z -, ,
A parc�lá _ -p-dP indi c a n d o a d i f e r e nç a entre juros nomi na is e juros r e ai s pagos

tal ' c o m o na a n� l i s e d o ' i �p o s to inflaci on'ri o da s e � ç i o pr e c e d nt e e . O índ i ce dE

pre ç o s P s up S e - s e fun� �o c o n t í nu a do t e mpo . Em moe d a de um i n s tant e j e s c o lh i ­

d o c omo ' referência ( O � j � 1 ) . o d e f i c i t re a l e ntre os i ns tantes t e t+ d t É

expresso , p o i s , por l

dD
Rj •
i ( dZ
P

I nt egrando a e x pr e s são a ci ma e n t r e o i n1 c i o O e o f i � 1 d o pe ríodo t


3.37

o pri me iro membro É o d e f i c i t púb l i co r e a l em moe da d o i ns ta nt e j ; o

s e gund o m e mbro é �
_o aumento re8� d a bas e m o e tária mai s d ívi d a públ i ca li

qul d a em moe d a - d o m e smo instant e . I s s o p r ov a que a r e lação d e f i c i t púb l i c o =

aume nt o d a ba s e mone tár i a + aum e nt o . d a d ív i d a púb l i c a líqu i d a va l e t a nt o

em t ermos nomi nais quanto e m te rmo s re a i s .

C orno o d e f i c i t r e a l é i gu a l a o d e fi c i t o p e raci o n a l m enoa o i mpos to inf la­

c i o nár i o l

D e f i c i t operaci onal = Imp o s to i nf l a c i onári o + a umento r e a l d a b a s e

mone tár i a + aume nto r e a l d a d ív i d a públ i ca l íq u i d a .

Essa e quação é a origem d e uma t e or i a ingênu a , que pro c ura e xp l i car a


i n f la ç ã o p e lo d e f i ci t opera c i onal d o s e tor públi c o : a taxa d e aume n t o d e

pr e ç o s é a ne c essári a p a ra e qu i l ibrar o orç ame nto r e a l d o Gov erno pe l a

arre c a d a ç ã o d o impos t o i nf la c i o nári o . T ra ta- s e d e uma taut o �ogi a , no s ent i d o

d� qu e a parc e la d o d e fi c i t opera c i o na l que nem é f i nan c i a d a pe l o aume nt o

rea l d a bas e mone tária n e m pe lo aume-.nto r e a l d a d ív i d a púb l i ca líqu i d a , c e r t a ­

men te i f i nanciada pe l o impos t o i nf lac i o nári o . Mas d e s s a tauto l og i a nã o h á

como ch e g a� a nenhum� _te o�� a c o nv i nc e nt e - d e de t e rminação d a taxa d e i nf l a ç ã o .

Co � e f e i t o , d a d o o de f i c l t o p e ra c i on a l d o s e tor públi c o não h á o omo d e termi nar ,


. .. .

-a p r i ori . que parcela é . cobêrta pe lo aum e nt o r eal d a dívi d a l íq u i d a i n t erna ,

qu e par c e la é coberta p e l o aum ento r e a l d a bas e mone tári a . Alguns t e xt o s t e nta�

c o ns tru i r uma teoria i ntro duz i n d o a h i pót e s e d e que ne� a bas e m o n e t ári a r e a l

n e m a d ív i da r eal s e a lt e rem n o t e mpo . Com e s s a h i pót e s e , o d e f i c i t ope r a c i o na l

é i nt e i ramente coberto p e o - 1 po s t o i n f c i o nári o . P e lo q u e � i mo s n a s e c ç ã o

pre c e d e n t e , s e a base m o ne tária r e a l pe rman e c e cons tante , a a rr e c a d a ç ã o do impo s ­

to i nfla c i oná r i o , em m o e d a d o i n í c i o d o pe r íOd O , é d a d a por l

r i nd i cand o a taxa d e i nf l ação no p e r í o d O . I s to po s t o , s e o d e f i o i t ope ra c i ona l

for i gu a l a k v e z e s a ba s e mone tári a , e m mo e d a tambem u o i n í c i o d o pe ríOdO :

oU l l e ja :
r c
"
, j. J&

A s s i� . por E x � m p l o , s E o d e ! i c i t opera c i o na l nuro an o for 10' d a basê

monetliri a , a tax a anu a l d� i n f l a ç ã o s � rá e �, l - 1 & 10 , 5� .' Com um d efl cit

opE ra ci onal � nu a l d e 50% d a bas e nlo n e tária ! a inf l a ç ã o s ub i r á para


}
0',-5 _ 1 lO 64 , 9% ao ano . O ma l d e ssa t e ori a é qu.e e la é constru í d a a

partir d e �uma h i póte s e , s em n & nhum fund ame nto e mpíri co ou t e r i c o . ó a , de'

que • e m t e rm s ó ' r etti s . t anto a b a s e - mon e tá ri a q u anto a d ív i d a 1! q u i d a


do s e t or públic o s e mantenham ina l t� rad a s ' no temp o .

Ou.t�a teori a s i m p l ó ri a ( e m u i to u s a d a p e lo Fund o Mone tári o l nt,e rna c i ,2

n a 1 ) s itua p d e f i c i t pú� ' �o com au e a do d e f i c i t e m trans a ç õe s , c o rr e n t e s

d o ba l a nç o d e pa ga m e n to s . P e l o que v imos no i níci o d a


.- - _ .
pres e nte s e c ç ã o ,
. -

o d ef l c l t públi c o ou é f i nanciado p e l o e xc e s s o de poupanç a s p ri v a d a s s obre

o , 1nv e'stimento priv a d o ou p'e lo d e f i c i t d e trans aç õ e s corr e n t e s d o ba la n ç 'o

d e pagâmentos . As sim a

Def l cit d & tr ans aç õ e s corr e n t e s d o ba l anç o d e pagame n t o s •

• Deficit públ i c o + I nv e s t im e nt o Priva d o - Po upanç a B ru t a d o , S e tor Pri v a d o .

A- teoria t � ênu a d i z que , para r e d u z ir d e X o d e f i c i t em t ra ns a ç õ e s

correntes do ba l a n ç o d e pagame nt o s , ba s t a c ortar no mesmo montant e X o


..
� e f1 cit público . fi h i pót e s e sub j a c e nt e , tambem sem ma i or fund a m e n t o t e ór i c o

ou empíri c o , s a lvo e m � frcunB tâncias e s p e c i a i s , é q u e o corte ' d o d ef i, c i t


.. - -

PÚblico ni� �ltere a d i f erença entr e i nv e s t i m e nto e poupança no s etor prt­


,

· ad o .

A lição a extra ir ' d e s sas d u a s ps e u d o - t e orias . a d a i nf l a ç ã o e a d o ba l an

ç o de p a gam e nto s , é b a s tant e important e • A - 'c o ntabi l i d a d e na c i o nal , e mbora

e �tr'emame nte úti l , pa�a o ent e nd i me n t o da macr o e conom i a . não pas s a d e um


'
a g l o m erado de ' tau to l o g i a s . A s suas e quaç õe s d e c o rr e m das própri a s d e f i n i :

., ç õ,e s das var i áv e i s , não e nv'o lv end o h ipóté s e s d e co m p o r ta m e nt o p as s ív e i s d e

c o rr o bo ração ou d e c o n t e s t�'ç ã"O empíri c a . p


S em e s s'a s h i ót e s e s _ d e, -c ompo;' ta -

mento é i mpo ã 'S !v e l c o n s tr u ir qua l q u e r m o d e lo t e óri co cons i s t e nt e . As E xpl i ­


c��5es d a _ i nf l a ç ã o e d o d ef i c i t d e ' tra ns aç õe s correni e s ' p e l o d e f i c i t p�bl i co

a c ima'- aprese n tad a s p e c am e xa tame nte pe la e x t r e ma pobr e z� d a s h i pó t e s e s d e


,
co mportamento . Em m u I tos casos prá t i c o s o corte d o deficit pÚb l i c o r e a lm e n ­

t e a j u d a o .- comba t e à i nf la ç ão e o a jus te e x t e rno . Ma s as r e la ç õ e s e nt r e

c a u s a e efe i to s ã o m u i to mai s comple x a s d o q u e o s �mp l e s i n s trum e n ta l- da


c on tabi l i d a d e na ci o na l po� e rev e lar .
3 ; )9
.
. ). E }A s C o n t as t-ió c i 6n a i s. no B ra s i l
,.
O s i s t e iT.a d e: cor;.,.a s na c i o r;a i s e labora d o p e la PU : J :i il Ç � O ::; c; ".; u l i o V a rga s

compr e e nd e ci nco c o n tas , conforme o moà e 10 t e óri co a pr e s e nt a d o n a s e cção

· CO NTA I (CONTA DE PRC DUÇJíO)


-
D�31 TO CR�D I TO

1 . 1 - Produ to I nterno Bru t o a 1 . 5- Co n s u m o pe s s oa l ( 2 . 1 )


C u s to . d � f a to r e s ( 2 . 6) 1 . 6- Consumo d o G ov e r n o (). l )
Prod . s e tor ag�ope c u ári o
1 . 7- Forma ç ã o br u t a d� capi t a l
Prod . s e to r i nd us t ri a l
fixo ( 4 . 1 )
Prod . s e tor s e rv i ç o s
M enos I i mpu t a ç ã o d e s er- 1 . 8- �ari a � ã o de E s to qu €s ( 4 . 2 ) .

v i ços d e i nt e rme d i� 1 . 9-Exporta ç ã o d e m e r c a d o r i a s e


ç ão fi nan c e i r a serv i ç os (5.1)

1 . 2- Tributos ind i re t o s ( ) . 5 )

1 . )- M e nos l Subs íd i os ( ) . 2 )

1 . 4- I mportação de m e r c a d orias
e s e rv iços ( 5 . )

TOTAL DA O FERTA DE B ENS E S ERV IÇOS TOTA L Dl\ Pi W C URJ\ DE BENS E SE.�·: J ÇO

C ONTA 1 1 ( CONTA DE A PROPRIAÇÃO)

D�B ITO C R�Dr TO


2 . 1- Con sumo pes�oa1 ( 1: 5 ) 2 . 6- Renda I n t e rna 3ru ta ( a c u s t o
de f a t o r e s ) ( 1 . 1 )
2 . 2 - Tributos Diretos ( ) . 6 )
S e ;t or urbano
2 . )- Renda l íq u i d a e nv i ad a para o S e t o r rur a l
w'e nos l impu t a ç ã o d e s e rv iç o G
ext€ri �;: -( 5 . 4 ) de i n t e rm e d i a ç ã o f i n a n c e i r a

2 . 4- ou tras R e ce i tas C o rr e � t � � do 2 . 7- Tra n s f erÊ n c i as a cx::nsumicbres ( 3 .l)


Gov erncr O i? )

2 . 5- Poupança bru ta d o s e tor pri ­


vado ( 4 . )

TOTAL DAS DESPESAS 'TO TAL DA RENDA


CONT�_ I I I ( C O NTA C O RRENTE DO GO\�RNO )

Dls I TO C R �D I TO

) . l-Consumo d o G ov e rno ( 1 . 6 ) ) . S- Tri but o s I nd i r e t os ( 1 . 2 )

). 2-Subsld i os ( 1 . ) ) . 6-Tributos D i re t o s ( 2 . 2 )

) . )-Transferênci as p a �a co nsu- ) . ?-Outras R e c e i tas porrent e s


m i d or e s ( 2 . ? ) Líqui das ( 2 . 4 )
) . 4 - Poupa nç a em c o n t a c o r r ent e ( 4 . 4 )

TOTAL DA DESPESA TOTAL DA R ECEITA

CONT� _I V (CO N A CO NSOLI DADA DE CAPI TAL)

D�B l TO

4 . l- Formação bru ta de c a p i t a l f i xo ( l . ? ) 4 . )- Poupança bruta d o s e t or


pri v a d o ( 2 . S )
4 . 2-V a ri a çã o d e e s t o q u es ( l . 8 )
4 . 4-Poupança do Gov erno e m
c o n t a corr e nt e ( J . 4 )

4 . S- Sa l d o d o b a la nç o d e paga­
m e nt o s em c o n t a c orrent e ( 5 . �

TOTAL DA FORMAÇJtO DE CAPITAL TOTAL DE RECURSOS PARA A FORYA­


çJtO DE CAPI TAL

CO NTA V ( C O NTA DE �RANSAÇOES COM O EXTER I O R )

D�BI TO C R � D I TO

S . l-Exportaçõe s d e me r ca d o ri as S . J- Importação d e m e r 9 a d or i a s
' e serv i ç o s ( 1 . 9 ) e s e rv i ç o s ( 1 . 4 )

5 . 2 - Sa l d o do b a l a n ç o de paea m e n 5 . 4 - R e n d a l íqu i d a e nv i a d a a o
t o s e m con�a � o r r e nt e ( 4 . sT e x � eri o r ( � . ) .

TOTAL DOS REC EBIrI1ENTOS TO'l'AL DOS PAGAME NTOS

Salvo em po rm e no r e s s e mânt i c o s . se m ma i or i mpo�tânc i a , a s c o ntas de

apropri ação , d o G ov e r n o t co nsol i d ada d e capital e d e trans a ç õ e s c om o ex t e ­

rior s ã o id ê nti c a s à s apr e s enta d a s na s e cç ã o 3 . 4 . V a l e r es s a lt a r o s s egu i n -

t e s pontos :

i ) o t ítulo "Tota l d a Desp e s a " p a r a a s oma d o s d �b i t o s d a . c o n ta s d e

apropriação e d a c o nta corrente do G ov e rno ' é i mprópri o . Me lh or s e r i a sub s ­

t i tu í - lo por " Uti l i z a ç ã o d a R e nd a " e " Ut i l i z a ç ão d a R e c e i ta " ;

i 1 ) na conta d e pro d u ç ã o e n a c onta d e trans a ç õ e s com o exteri or , os í t e ns

" Exportação de M ercad o r i as e S e rvi ç o s " e " I mporta ç ão d e M e r c a d o r i a s e S e rv i -

ç os " contabi l i z am a p e na s a s t r a n s a ç õe s c o m o e xt e r i or d e s erv i ç o s não fa-

tores l o s juros , roya l t i e s , r e m e s G a s de l u cros , a lu gu e i s e paga m e nt o s de a s s i s -


.....
3 . 41

:tênc i a t é c n i c a c ompu tam- s e na rubr i ca "Renda Líqu i d a Env 3. a d a para o

• Exteri o r " I

1 1 1 ) O s a ldo d o b a lanç o de pagame nto s em c o n ta - c o r r ente , a d ébi t o d a

conta de transaç õ e s com o exteri or e a c r é d i t o d a conta ccnso l i da d a de

capi tal • s e �á ' p o s i t i v o se e s o m e n t e s e o p a t s f o r d e f l c i tár i o nas .tran-

sações corr e ntes c o m o e xte r i or ;

iV ) a aparente i nv e r s ã o d e l a d o s na conta d e trans a ç õ e s c o m o e xt e r i o r ,

com os r e c ebimentos na c o luna d o d é b i t o e o s pagame n t o s na d o cré d i t o ,

e xp l i c a - s e por s e r e s ta a c o nta d o s etor e x t e r n o ; o s r e c e bi m entos d o país

são o s . p ag a m e n t o s do r e s to d o mundo , e v i c e -v er s a .

A Conta d e Pro d u ç ã o e ng loba num úni co í t e m o Pro d u to I nt e rno B ruto a

Cu�tos d e F a tores c R e n d a Inte rna B ruta . As componentes d e s ta ú lt ima .

como se v i u , são a R e nda Líqu i da env i ada a o e x t er i o r , o s s a lári o s , o s j u r o s

pagos a i nd iv íduos m e no s r e c e b i d o s d o s i n d i v í d u o s , o s a l ugu e i s pago s a

i nd iv íduo s , os ·lu c r o s d i s tribu i d o s a ind i ví d u o s , o s l u cr o s r e t i d o s ma i s

d e pr e c i a ç õ e s , as o u t r a s r e c e i tas c o rr entes l íq u i d a s d r) G ov e rno , ma i s o s

impo s to s d iretos pagos p e la s empresas m enos trans f e r ên c i as às empres a s .

'0 s i s t e ma es tatís ti c o bra s i l e ir o não f o rn e c e i nf orma ç õ es s u f i c i entes

para e s ti mar c a d a uma d as compon ent e s em q ue s t ã o . Uma das d i f i cu ld a d es

d e corre d e que , na ó t i ca da R e nd a , a s contas de lucros e j ur o s nomi na i s

d i f erem substanc i a l m e n t e d as r e a i s , n e m s empre s end o p o s s ív e l obter d a d o s

e s t a tí s t i c o s s o b u m m e s m o c o n c e i to .

I s to p o s t o , a Fund a ç ã o G e tú l i o V argas e s t i ma a Rend a Interna B ruta s ob

a óti ca d o pro dut o (+) . Para ta nto e s t i m a - s e o v a l o r bruto d a pro d u ç ã o


menos c on sumos i nt e rm e d i ári o s n o s v ár i o s s e t o r e s d a e c onomi a l i ) A grope c u á r i a

( lavoura s , pro d uç ã o a n ima l e d e r iv a d o s . extra ç ã o v e ge t a l , r e f lore s tame n t o .

f o �maç ã o d e cu lturas p e rmanentes e i n d � s tr i a rura l ; i i ) Ind ú s tr i a ( e x t r a t i v a

minera l , i n d ú s tri a d e t r a n s f or m a ç ã o e c o ns truç ã o ) ; i i i ) Serv i ç o s ( s erv i ç o s

i nd u s tri a i s d e uti l i d a d e públ i ca , comér c i o , transpor t e s , comun i ca ç õ e s , s e rv i ç o s

gov e r name nta is , i n t e rm e d i ár i o s f i na n c e i r o s , a l ugue i s e aut ônom o s ) . S e gu i n d o

a m e to d o l ogi a i nd i c a d a na s e cção ) . 2 , e r e c o m e n d a d a p€ l a s Na ç õe s Uni d a s ,

na e s ti ma t iv a d o pro d u t o a c u s t o s d e f a t o r e s gera d o por ca d a s e t or n ã o s e

i nc lu em o s juros re c eb i d o s no v a l or bru t o d a pro d ução l l " m s e d e d u z e m os jur o !


( + ) Pa r a mai o res d e ta Ul e s q u anto à a pu r a ç ã o das C o nt a s N a c i o na i s , consu ltar a

mono � a fi a l " C o n t a s N a c i ona i s do B ra s i l - M e t o d o l o G i a e �' abe l a s E s t a t ís t i cas " -

�un d a ç ao G e t u l i o V a r Ga s - I n s t i t u t o Bra s i l e i ro d e E c o nom i a - C entr o d e C o nt a s


Na c i o na i n - 1984 .
p�to s como consumos i nterme d i ár � o s . I s s o , d i ga - s e d e pa s s a ge m . e l im i na q u a l ­

q u er d i s t i n ç ã o entr e a co ntr i bu i ç ã o nominal e a c on tr i b u i ç ão r e a l d e c a d a


s e tor à f o rmação d o p roduto .

O úni co inconv eni e nte d es s e tratamento d os j u ro s s urge na e s t i m a t iv a

do pr o du t cl gerado pe los i nterme d i ári o s f i nanc e iro s . Es tes pr es tam s Etrv i ç o s


à s o c i e dad e , ao canalizar recur s o s d o s q u e poupam para o s que inv e s t em . Ma s

e s s e s s e rviços , na maior part e , são cobrad o s exa tamente pe lo d i f e r e nc i a l e ntre


"

jur o s r e c ebidos e juro s pagos . l s to pos to , s em a i n c lu s ão do sa l d o d o s j ur o s

r e c ebi d os sobre os j uros pago s , o s v a l o r e s e s t imad os para a co ntr i bu i ç ão

d os i ntermed iários f i nance ir o s a o p r o d u t o s er i am geralmente nega t i vC& Ev i ta ­

- se e s sa ab erraç ã o da s e gu in t e f orma l i ) no c á l cu l o d o produto gerad o pe l os


i nt erm e d i ári os financ eiros co mpu t a - s e o s a ld o d o s juros r e c ebi d os s obr e o s

jur o s pagos ; i i )para corr i g ir a dupla c ontagem d a í r e sultant e , d e d uz - s e d a

s oma da c o ntribuição d e t o d o s o s s e tor e s a o pro d u t o o ítem " Impu t a çã o d e

S erv i ç o s d e Interme d i a ç ão Financ eira " . Es s e ítem é i gu a l à d if e r e n ç a e n t r e


juros r e c ebidos e j ur o s pagos pe l o s i nt e rmed i ár i o s f inanceiro s .

Para o s anos censi tár i o s , o s valores a d i ci o na d o s brutos a c u s t o s d e


..

�ato r e s n o s diferent es ramos d e a t i vi d a d e pod em s er e s t imad o s com ra z oáv e l


fi d e d i gn i d a d e estatís t i ca . Para o s anos i n t er m, e d i ár i o s a Fund a ç'ão G et ú l i o

V a rgas r e c o rre às es tatís ticas d i sponív e i S d e quant i d a à e s pro d u z i d a s e pre ç o s ,

recor�end o J quando ne c e s s ári o , a int erpol a ç õ e s e extrapo laç õ e s d a s r e la ç õ e s


� • "'! . ' '
. , �

apur a d a s nos Censos e ntr e c o n sumo int e rme d iar i o e va lor bru to d a pro d u ç ã o .
- . ' .

O s ít ens da Conta Corrente do G ov erno s e obtêm p e la cons o l i d a ç ã o d o s

ba lanç o s d a União , d o s Estados e d o s Muni c ípio s . ( No caso d e vári ,os Muni-c'ípio s ,


na f a l ta d e balanç os , u sam- s e as i nf ormaç õ e s d a l e i or ç amentári a ) . A c o nt a

d e Trans a ç õ e s com o Ext eri or obtem- s e p e l a c o nv er s ão e m cru z e iros , à t a xa mé d i a

d e c âmbi o d o período , dos d a d o s bás i c o s d o balanço d e pagamentos apura d o pe lo

Banco C e ntral do Bras i l .

A f ormação bruta d e capital f i xo , qu e compre end e cons tru ç õe s , ma t a s pla n ta ­

das e novas cu l turas p€rmane ntes , máquina s e equ i pa m e n to s pr oduz i d os e i mp or­

tad o s , é e s t i ma d a a ' part i r d a s e s ta tís t i c a s forne c i d as p e lo M i ni s tér i o d a

Fa z end a e p e l a FI .tG E • com v ár i as i nt erpo l a ç õ e s e ntr e os anos cens itári o s .


Dp ' me s mo mod o s e ca l c u l a m as vari a ç 5 e s d e e s t o qu e s , a p l i can d o a o s rt a d o s

f ís i c o s d i sp o n ív e i s o s pr e ç o s mé d i o s d e c a d a ano .

Por f a l ta d e me lh o r e s i nf orma ç õ e s e s ta t í s ti cas , d o is í t e n s a l tam e nt e

i raporta nt e s das C o n t a s Na c i o na i s s ã o e s t ima d os como r e s í d u o , i s t o é , em

v a lo r e s q� e ' ig� a l em o t o ta l do déb i t o a o t o ta l d o s crÉ d i t o s de cad� con­

ta . O cons umo pe s s o a l , qu e é e s timado como r e d í d u o da C o n ta d e Pro d u ç ã o .

E a poupanç a bru ta d o s e tor privad o , qu e É c a l cu la d a c o m o r e d í d u o d a

C o nta C ons o l i d a da d e Capi t a l . Como o s s a ld o s e m c o n ta - c orre n t e d o G o v e rn o

e d a s transaç õ e s com o e xt e ri or tambem s ã o , po r d e fi ni ç ã o , c ontas .re s i d u a i s ,

o s is tema f e cha s e m e rros nem omi s s õ e s . ( No t e - s e qu e , pe lo s i stema d e par t i ­

d a s d obrad a s , qualqu e r d as c o ntas s erv e d e c o n ta d e f e ch a m e n t o d a s o utr a s

q u a tro . AB s i m , s e qua tro d e las f e cham s e m e rr o s e om i s s õ e s , o m e s mo ne c e s s a ri a ­

me n t e o correrá com a qui nta ) . I s s o c o nf ere apr e c i áv e l e le gâ n c i a ari tmÉ t i ca

a o s i s t e ma bras i l e i ro de c ontas na c i o na i s . Em comp e n s a ç ã o , f i ca - s e s em i d é i à

d a s or d e ns d e grand e z a d o s e rros d e e s t imaç ão , o s qua i s pod e m . s e r ba s tante

apre c i áv ei s , dados os mÉ t o d o s d e e s timação e s ta t í s t i ca .

J . 9)Comparacõ e s i n t e rna c i o n ai s na C o n t ab i l i d a d e Na c i o n a l

O Pro d u t o I n t er n o B r u to forn e c e uma ava l i a ç ão d a s d i mens õ e s e c onômi c a s

de um pa í s , ao i nd i c a r o v a lor bruto d a pro d u ç ã o f i na l d e be n s e s erv i ç o s

�m d e t e rminado pe río d o .
, ., 'D
. i v i d i nd o - s e o s eu v a l or p e la popu la ç ã o , o bt e m- s e

o Prod u to I ntern� B�u t o - pe r- cap i ta , o q u a l d i uma i d �i a d a produt i v i d a d e

m é d ia d a s O Gi edad e . D i mens õ e s e conômi cas e prod u t ivi d a d e , no e nt ant o , s ão

conc e i to s quP. só fa z em s e nt i d o em term o s compara t i v o s . Em s u ma , a c o ntabi l i ­

d a d e nà ci o na l d eve s e r capaz d e f o r n e c e r i ns tru m e nto s q u e pe rm i tam a aná l i s e

_ co mpa r a t i v a d o PI B e d o P I B p e r - capi ta n o e s p a ç o e n o t e mpo .

Nas c omparaç 6E s t e mp ora i s , o prob l e ma f u n d a m enta l , e que j� r o i tit�do

anteri o rm e nt e , é f i l trar d o c re s c i m e nto nomi n a l dos agr e ga d o s q u e par c e la

�e d E v e ao aumento g e ra l d e pre ç o s , qu e p a r c e la r e pr e s e nta c r e s c i m ento ou

queda real . Se tod o s o s pre ç os s ub i s s e m e xa ta m e n te na me sma proporç ão , o

probl ema s e r e so � e r i a por s i mp l e s r e gra d e tres . C o m o s pr e ç o s s ub i nd o

e m pr oporç ã o d i f e r e n t e s ur g e o p r o b l e ma d e número s - índ i c es , q u e s e rá e xa m i n�

d o no p r óx i mo capítu l o .
,is comparaç ões d o PIE e do PI E per- capi ta e ntr e d i f e r e nt e s pa ís es e n� o l ­

' � e duas d i f i cu l d a d e s . Pri m e iro , B c�bertura e s tatí s ti ca não i e x a ta m e n t e a

me sma em todas a s naç õ e s , apesar dos e sforç o s d a Organ i z a ç ã o das Naç õe s Uni ­

d a s p ara h �moge n e i z a r o s cri téri os de apuração d o s agr egad o s . Em mai or o u


. ' ,

menor e s c a la , tod o p a í s c o's tuma 'conter um s e tor i nf orma l ou s ubterr�n e o �

que e s capa às e s t i mativas do PIB . Por outro la d o , c a d a naç ão apura as suas

contas na própria moe d a , o Bra s i l em cru z e i ro s , os E s ta d o s Uni d os em d ólare s ,

e assim por d i ante .

A s o lução para o pri me iro problema é a cr e s c entar a o PIB uma e,s ti mativa
d o valor a d i cionado na e c onomi a sub t e rr â n e a . A s o lu ç ã o é fá c i l de e nu nc i ar

mas d i f í c i l d e e s timar , s em o que a economia subterrân e a não me r e c e r i a t a l

d e nominaç ã o . O s egu n d o probl ema u sua lme nt e se r e s o lv e conv ert e nd o d i f e r e nt e s

moedas pe las taxa s d e câmbi o d e mercad o . Embora muito práti ca , essa s o lu ç ã o

sube ntend e a v a l i d a d e d a teoria da par i d a d e d o pod er d e c ompra , ori ginalmente

e nu n c i a d a por Gus tav Cas s e l para e �pli car a d e t erm i n a ç ã o das taxas de câ m bi o .

D e acord o com essa t eo r i a , s e um d ó lar vale X c ru z e i r os , 1000 d ó lare s co mpr am

nos Estad os Uni d o s a me s ma c e s ta d e bens e s ervi ç o s que 1000X cru z e ir o s com-


"

pram no Bras i l .

Essa t eoria s eri a trivi a lmente v erõad e ira s e t o d o s o S be ns e s e rv i ç o s

fossem tra nsacionáv'e i s c o m o ext er i or , s em tar i fa s , s u b s í d i o s ou qua i s qu er

obst�cu lo s ' ao c om � rc i o , � , s em c u s t os d e transport e . Na rea l i d a d e , a l e m d es s e s


. .. .
"

obs táculos cr i ad o s pe las tar i fas ad uane i ra s , s ubs í d i os às exp�rtaç õ e s e res-

tri ç õ e s q uanti tativ a s ao comércio com o exter i or , h á u m outro f a t or pond e rá ­

v e l : alguns bens e mui to s s er v i ç o s não s ã o transa c i onáv e i s c om o resto do

mu ndo . N a realida d e , com o equ iva l e nt e camb i a l a 1000 d ó la r e s mensa i s , v iv e ­

'- s e mu i t o m e lhor no Bras i l d o q u e nos E s t a d o s U ni d o s . A ra z ã o bás i ca é que ,

como o s sa lári o s re a i s s ã o bem m enor e s no Bras i l d o que n o s E s t a d o s Uni d o s ,

o s s e rv i ç o s não tra n s a c i o náv e i s com o e x t e r i o r cu s tam bem m e no s aqui d o q u e

. lá . Em s um a , a s c o m p a r a ç õ e s i nt e rna c,io na i s d e r e nd a - per - capi t a bas ea d as e m

ta x a s d e câmbio corr e n t e s co s t um a m supe r e s timar a d i f er ença e ntre o pa drão

d e v i d a e d e pr o d u t i v i d a d e entre os pa í s e s ri c o s e pobr e s , a menos q u a n d o

e s te s ú l t i m o s mant ê m t a x a s d e câmbio arti f i c j almente s uperv a l ori z a d a s . Uma

a l t e r na t i v a s eria c o nv er t er as r e n da s - p e r - capi ta n a o p e la s taxas d e câmbi o

" i ge nt e s , ma s p or t a x a s i d e a i s que r e f le t i s s e m a s p ar i d a d e s d e po d e r d e c o mpr a .

A e s t im aç ã o d e s s a s t axas i d e a i s , no e nt a n t o , e nfre nta f orm i d áv e i s comp l i ca -

çG.es t é c n i c a � .
, ).4 5

De c e r ta f orma , o m e s mo problem:l s ur ge n a s c omparaç õ e s 0 0 pro d u t o e

da r e n d a - per- c a p i ta entre re gi õ e s d E' um m e s m o p a í s . l:ã o há a q u i um pro ­

blema d e conv ersão d e mo e d a s . p o i s tanto para são I'au l o c o m o para o

Ce a r� as contas na c i o na i s s e e xpre s s am e m cru z e i ro s . M a s , c om X cruze i r o s

mensa i s . t á lv e z s e v iva me lhor' n o C eará d o


' que e m S ã o Paul o .

Um ponto a obs ervar é que a contabi l i d a d e n a c i o na l i n c lu i no cômpu t o

do produto alguns í t e n s que , d o ponto d e v i s ta d o b e m es tar s o ci a l , m e lh or

e s t ar i am no grupo d o s con sumos i nterme d i ári o s . � o c a s o d a s d e s pe s a s d e


--

transport e indiv i d u !,! l da res� d ên c i a a o t r a ba lh o , e v i c e -v ersa . -11 c o ntabi -

lid a d e nacional tambem não de s conta o s pre jui z os a o b e m e s tar i n d iv i d u a l

cau s a dos p e la perd a d e t empo de l a z e r n o s d es lo c am e nt o s d a c a s a a o traba ­

lh o , pe la po lui ç ã o e p e la cri m i nal i d ad e nas agl omeraç õ e s urbana s . 1I 1 em d o

mais , o PIB per - cap i t a é uma m éd i a . qu e pod e s er mai s o u m e n o s bem d i s tr i ­

bui d a e ntre o s v á r i o s s e gment o s d a s o c i e d a d e .

Em suma , a s contas n a c i on a i s forne cem i nd i c a ç õ e s e xt r e ma m e n t e important e s

sobre o d e s empenho r e a l d e uma e conomi a . Mas não t êm a pr e t en s ã o d e av a l i ar


to das a s d imens õ e s d o bem�estar B o c ia l . E , mu i to me nos , d e d i z e r s e os m e mb� o s

de uma s o c i e d ad e se s e ntem mai s ou m e n o s f e l i z e s .


3 . 46

3 . 10 ) ExercI cios Resolvidos

1) Se j a a
Y • Produto Nacion a l Bruto a P reço de Me rcado

c • Con sumo Pessoa l

G • Consumo do Governo

1 • Investimento Bruto ( Formação Bruta de Capit a l Fixo mai s Varia

ção de E stoques , inc l u indo ' o g ove rno e o setor privado)

�f - E xportação de Bens e Serviços N ão F.atore s

Hn f D Importação de Bens e Serviços Não t.atores

� a Renda Líquida Envi a da p a ra o Exterior

X- H ... X H _ . RLE :co Saldo do Balanço d e P a gamentos em T ran-


n f �.;oJ n f

sações Corren tes .

S - Poupança B ru ta do S etor P rivado


p

RLG = Renda Liquida do Gove rn o ( Impos tos Diret os + I mpostos I n d i r�

- - tos + Outras Receitas Correntes do Gove rno Transfe rências

- Subsidios )

8g • RLG - G c Poupan ç a do Governo

S. E S + S : Poupança I n terna
..... . p g

Ip: -;;'- i õo vestimen t o P ri vado

19 ... Inve st imento Públ i co (1 - I )


p'
-"- -":"��_ . ...,... . ". . . �- -

� I - S = De fi cit P úb l 1 c�
9 9 o.

A p a r t i r destas de f i n ições , e d as conta 1 e 1 1 ( páginas

3 . 1 8 e 3 . 2 1 ) para uma econom i a aberta com gove rno , deduza e interp re t e

a s seguintes t autologias :

a) C t S + RLG ::1 Y = C + I + G + X - H
p
b) H - X =
( 1 - S ) + ( G - RLG )
P
c) 11 - X = I -s + D
P P g
d) H - X =
I - .S
i
Solução l 3 . 47

a ) A iden t ida de do lado dire i to s e obtém d i retamente a part i r da i gual

dade entre débit o e cré4ito da conta I ( de produção ) na página 3 . 1 8 ,

onde Y é dad� nos termos de fin idos no texto , por


( 1)
A+D+C+D+E+F+V+T . 2 - Q . 2+U-R, ao passo que o lado direito ( C+ I + G+ X-H ) é

representado por N-K -L+G+P+H+I ( 2 ) .

A iden tidade do lado e squerdo se o btém a part i r da i-


-

gua 1dade entre déb ito e crédito na conta 1 1 ( apropriação ) , somando- s e o

Jaldo de imposto indireto sobre s ub s ! diós . a ambos os lados do balanç o .

Neste caso os iten s dados pe lo con s umo pessoa l , poupança b ruta do s e tor

privado e r.e ceita lIqui da do C'Joverno corresponderão ao débi to da con ta

• de apropriaçã o .

Temos então , repetindo a ident idade entre p rodut o , renda

e despe s a já deduz ida n o texto :

c + + RLG = y c + I + G + X - H

Alocação da Renda PNB Demanda Pelo p roduto

Na equação do lado E!fGUeroo , c + S oorrespcnde ã renda pessoal di8pOlÚvel


p . .

� a 'ren d� bruta dispon lve 1 das empre sas . Como es tamos traba lhando com

o conceito de renda a preços de mercado , a parce la a p ropriada p e �o gove�


.

no ( RLG ) inclui também o sa ldo dos impostos i nd i retos sobre sub s i d J.os .

A me sma iguald ade em termos do P I B ( e não PNB ) pode ser

faci lmente obtida , bas tante para isto se acre s centar a renda l Iqu ida en

viada para o exterior ( RLE ) a ambos o s memb ros da s dua s equações acima :

+ RLG + RLE "" � + RLE c: C + I + G + X - Hn f


nf

PIS
A loca ção da Renda Demanda Pelo P rod�to

Com i sto , pas sa f i gurar na a locação da renda a parte que cabe ao s etor

(1) A le t r a C aq u i n a o r e p re se n t a o c o n s u m o p e s s o al . mas s i m o i t e ro

ap r e se n t a d o n a con t a acima re f e r i d a .

( 2 ) N o v ame.n t e . r r e p re s e n t a aqui um i tem d a con t a de p r o d uç ã o . e nao

o I n ve s t ime n t o B ru t o .
3 . 48

e x te rn o . Do lado da demanda , t r ab a l h a - se agora ape n a s com o s a l do de e x

portações sobre importaçõe s de bens e s erviços nau f atore s .

b) A pa rt i r da expre s s a0 dada em (a ) obtém- s e d i retamen t e , subt ra i n do C


de ambos os membros d a s 2 equaçõe s :

=
y - C = I + G + X - H

Don de se dedu z :

Sp + RLG = I + G + X - H

S - I + RLG - G
p = X - H

H - X = (I - S ) + ( G - RLG )
p

A equaçao a c ima mos tra que um de f i c i t do ba l anço de pag�

men tos em transações correntes e s tá n e ce s sá r i ame n t e a s soc iado a um exce s s o

de inve s t imento sobre a poupanç a p r i va da , e/ou a u m de f i c i t do govern o .

Conforme s a l ien tado no text o , não se de ve tentar obt e r , un i camente a

part i r desta ta u tologi a , qualquer teoria de a j u s te do ba lanço de p a g a ­

mentos . - A h i póte s e , p o r exemp lo , de que uma queda nos gas t o s govern�

men ta i s leva r i a a u�a , d i m i nui ção de , um pos s I ve l d e f i c i t ( ou aumen to

do superavi t , o que dá no me smo ) na con ta de t ran s a ções corre n t e s . ernbo

ra possa encontrar arrpa ro teórico em deter.minados m::rlelos macroeconômicos , bem COitO

----süpOrte--emplr-i co em a l guns Eàscis: -iiâo· 'põóe---ser--InferiCíá d i reta e exclu

s i vamente a par t i r d a expre s sã o a c i ma de duz ida . O mot i vo é mu ito sim

ples : urna que da d e G lmpl i ca , s e g undo e s t'a equa ç ão , numa queda de

(H - X) - (I - S )+ ( RLG ) , e não n e ce z s a r iamente d e H - X •

c) Basta lenbrar que Dg = '-I - RLG + G e que I =

Sub s t i tu indo-se em (b) ,


3 . 49

H - X � I - S + Dg
P P

A interpretação de sta equaçao se encont ra efetuada no teyto .

d) Fazendo-se em (b) = S + S
g P

H - X = I - S
i

Por esta expre s sa 0 , um pars que apre s enta um de f i c i t em

BUDS t ran sações correntes com o exterior ( como por e xemp lo , o Bras i l

entre 196 7 e 1983 ) é um p a I s cu j a poupanç a inte rna não é s u f i ciente

para finan c i a r o t ota l de seus i n ve s t i mentos . Bat i z ando o de f i c i t

H - X como poupança externa (S ) ' chega- se ao já c i t ado equ i l lb r io


e
(ex-post ) entre poupança e inve s t imento :

As expre s soes a c i ma l imitam- se a in forma r q ue o supe ravit

de um setor ( deve - se lembrar que um de f i c i t em t ransações correntes equi

va le a um supe ravi t do setor extern o ) equ iva le a um de f i ci t l íquido dos



dema i s setores como um todo . I sto n ão ocorre por um pa s se de mág i ca , ma s ·

s i mplesmente porque o que é c ré d i to para uns é n e c e s s a r iamente déb i to

para outros .

2) Imagine um paIs que , numa ten ta t i va de aumentar o n í ve l de inve s t1men

tos . e , consequen tement e , o seu c re s c i mento de l on go p razo , reso lve d i

minui r de z unidades mone t á r i a s ( u.m. ) a carga de i mpo s to s diretos

i n c i dente sobre o s etor privado da economi a, man tendo con st ante a s de

ma i s fontes de rece i ta do governo .

a) S uponha que permaneçam con s tantes o def i c i t em t ransações corrente

(H - X ) , o cons umo do governo ( G ) e a poupança b ruta do setor p r i v�

do . Pe rgun ta- se : O obj e t ivo será a t i n g i d o ?


3 . 50

Solução : Pe lo ' contrário , se o con s umo do governo (G) permanece constan t e ,'

a poupança govern amen t a l cairá exatamente de Z u .m. Dado pelo exercíc i o

(1. d ) , q u e I o:: S + (H - X) + S
p
' e que s
p
e (H - X) HlOr hipótese , não se a.l
g
� ram , o n ! ve l de inve s t imentos c a i rá de Z u .m.

b ) Admita , a gora ; que a poupança b ruta do setor p r i vado se j a dada por

uma proporção fixa s da renda pe s soal di spon íve l (Y ) , a c re s c ida da


pd
renda b ruta das empre s a s ( RBE , suposta con stan t e ) de t a l forma que l

s endo 8 (0<8<1) a propensão ma rg i n a l a poupar sobre a renda pessoal d i s

pon ! ve l .

Pergunta- se : Man t i d a a h ipót e s e de q ue a p6upança exte r

n a e os gastos do gove rno permanecem con s t an te s , o que ocorre rá com o

n ! ve l de inve s timen tos ?

Solução : Sabemos q ue ,Y == (y - RLG - RBE ) , onde Y = produto Nac iona l


pd
Bruto e Preços de Mercado e RLG = Renda Liqu ida d o Gove rno

re los dados do problema ,

= s tA (.y - RLG - RB E ) + ARBE = sz ,

v i s t o que â RLG = -Z e que , por h i póte se , A RBE :: O •

... - . - � . -
' .

A- -pa�'t 1 r da tautologia obt ida em ( ld ) , t emos ent ão :

:: sZ - Z = (5 - 1 ) Z < O

Conc lu i - se então que have rá uma queda no n lve l de inve s,t imen tos , pe lo f a

t o de que o aumen t o induz ido da poupança do setor privado,

dado pela queda dos impostos e subs e q uen te e l evação d a renda d i spon!.

ve l , foi menos do que s u f i ciente para compensar a q u e d a na poupança go-

vern amental .
3.51

c) Qual a condição suficiente , no caso ge ra l para q ue o ob j e ti vo de au

rnen t.Elr os inve s ti mentos atravé s de uma d i mi nuição da ca rga de t ributação

direta sobre o setor privado da economia apresente re s u l tados sat l s f atõ

rio s ? ( Continue s upondo que as outras fonte s de rece i t a do gove rno não

se a l terem) •

so luç·ão : Dado que I = (H x + S + RLG - G, P a ra que bI > O , devemos


P

ter A « ( l-I - X) + S
p
+ ( RLG - G» > O ,

4 RLG = - Z .> - AS
p
- /J { H-X) ,

- âRLG c Z < - ÂG + àS
p
+ A ( H-X)

A equação acima se l imita a e s t abe lecer urna con d i ç ão para que a poupan -

ça total não se reduz a , e m conequência da queda na arre cadação . do gove rno .

Para i s to , ou se reduz o consumo do gove rno , e /ou se aumenta o tot a l dado

pe la poupança e xterna e pe l a poupança bruta do setor privado .

Deve - se de i xa r bem c laro , e s te e x e r c l c i o n ão pretende e stabe lecer ne

nhuma re lação de causa l i dade e n tre poupança e i nve s ti me n to , n o sen t i do de

q ue a primeira determi ne o s e gundo ou vice-ve r sa . De fato nada impede q ue

todo raciocInio s e j a e fe tuado de modo opos to , do i nve s t imento para poupan ­

ça . A tautologia I S ( ou S = I ) nunca p re tendeu op i na r a es


= tot a l t ota l
t e re spe i to .

3) Um paI s apre senta os seguinte s dados :

Produto Nacion a l Bruto a preços de Me rcado 1 . 000

Dé f i c i t em Tran sações Corren tes 100

Renda LIquida Envia da p a ra o e x te rior 30

Va riação de Es toque s 20

I mpos tos I ndire tos 60

80
Trans ferên cias
3.5

- Con sumo Pessoal 500

Depre ciação 10

SubsIdios 90

Lucro Retido das Empre sas 50

Saldo do Gove rno em Conta Corrente 80

" Imposto Diretos 80

Outras Receitas Corrente s do Gove rno 130

�ede - se calcu la r :

a) A Formação B ruta de Cap i t a l Fixo

b) A poupança pe ssoal

c) Sa ldo das Exportações Sobre I mportações d e Ben s e Se rviços não fatQ

res (X - H )
nf nf

d) O Produto Interno LIquido a Cus to de Fatore s

" S o l ução ":

a) Do lado da de spe s a com o produto nac iona l b ruto , ternos :

y = C + I + G + X - H (1)

-- onde Y = 1000 , C = 500 , X - H = 1 0 0 e G é dado pe la di ferença entre a


_ ..- _ .. - - --- .

renda l Iquida do governo ( RLG ) e o saldo do gove rno em conta corrente .

RLG =,: lmpostõs Diretos + Impostos Indi retos + Outras Rece itas Correntes

do Governo - Tran s fe rên c i a s - Sub s Idios = 100

Da l , G = RLG - faldo do Governo em Conta Corrente

G c 100 - 80 = 20

Temos então , pe l a equação (1) ,

1000 = 500 � I + 20 - 100 I c 580


3 .53

Subtra indo de s te va lor a vari ação de e stoque s , obtemos a

formação brúta de cap i t a l fi xo : 560

- b) A poupança pes soal pode ser ca lcu lada di retame n te a pa rti r d a ' i gua!,

dade :

onde Sp c Poupança Bruta do Se tor P r i vado = Poupança P e s soal + Lu cros

Retidos + Depreciações

S c Poupança do Governo = S aldo do Governo em Con ta Corrente = 80


9

Se a Poupança extern a = 100

Temos então .

S
p
+ 80 + 1 0 0 • 5 8 0

S ... 400
p

Poupança Pessoal � 400 - Lucros Re t i dos - Depreci açõe s

_ �oupança Pes soa l = 400 - 50 - 10 = 340


, ,

c) Sabemos que

De fl c i t em Transaçõe s Correntes = Hn f - X f + RLE


n

Da! conclui - se que

X
n f - Hn f = - 100 + 30 = - 70

' d ) Produto I n te rno LIquido a Custo de Fatores = P roduto Nacion a l B ruto

A P� de Mercado - Depreci açõe s - Impostos Indi re tos + S ub s ídios

+ Renda L!quida Envi ada p a ra o Exterior

Dal , conc lui - s e que

Produto I n terno L!quido a Custo de Fatores = 1000 - 10 - 60 + 9 0 + 30 =

1050
3 . 54

A ) Numa econom i a , em dete rminado ano , regi straram- se os segu in t e s i t en s ,

em percentagem do p rodut � i n terno b ruto :

1 ) de f i c i t nomin a l do setor púb l i co ( O ) : 18 ,


gn

i 1 ) de f i c i t nomina l do balanço de pagamentos em transações corren -

tes ( H- X ) : 1%
n

iii) inve s t imento p úb l i co (1 ) 9%


g

iv) inve s t imento p r i vado (I ) : 7%


p

v} de ficit opera c ion a l do setor púb l i co (O ) : O


go

vi } imposto i n f l a c ionário ( 11) : 2%

vi i ) de fici t rea l d o b a l an ç o d e pagamentos e m tran sações corrent e s

(H-X) : O
r

Determine , em percentage n s do P IB :

a ) poupan ça nomin a l d o s e t o r púb l i co (S ) ;


gn

b ) poupança rea l do setor púb l i co (S ) ;


gr

c) poupança nomi n a l d o seto r privado (S )


pn ;

d) po upan ç a re a l d o setor p ri vado (S )


pr

So lução :

Em peroentagem do P IB , temo s :

a) S gn = I - O
gn
c 9 - 18 = -9%
9

b) Lembrando que o de f i c i t púb l i co re a l é i gua l ao ope racion a l menos o

imposto i n f lacioná r i o , t e mo s :

S = I - O = I - (O - II) <= 9 - O ( 0-2 ) := lU


gr 9 gr g go

c) Sabemos , pe lo equi l l b r i o da con ta de capi t a i s que

S + S + (H-X) = I , onde
p 9

( H- X ) repre sen ta a poupança externa e I o invest imento total da e con�

mia , i n c l u i n do o púb l i c o e o pr ivado . S e S denotam , re s epc t i vamente ,


g p
a poupança gove rname n t a l e a poupan ça bruta do setor p r i vado .
3 . 55

Corno e sta equaçao va le tanto e m te rmos nomin a i s qua n to em temos . réa i s

(já q ue re lac i ona a poupan ça total a o inve s t imento ) , podemos e screve r :

s .. 16 - 1 - (-9 ) .. 24%
gn
d) Da mesma forma q ue n o { tem ante r io r ,

S
pr
- I - �H-X ) r - S
gr
K 16 - 0 - 11 = 5 ,

5) N uma e conomi a , entre os in s t ante s O e 1 a taxa in stan tân e a de i n f la


- , 1 dP
çao se mantem con s tante, -
p-
� = i. A base mon e t á r i a evolu i , no

pe ríodo, de acordo com a equaçao :

B
B ..
o -at
e
' p-

onde a é uma con stante .

A) Qua l a a rrecadação do impo s to i n f lac ion á r i o em moeda do i n s tante 07

D ) Supondo que o de f i c i t operacion a l , em moeda do i n stante O se j a

i gual a k B e que a d Ivida l I q u i da rea l d o s etor púb l i co não se


o
altere entre o i n i c i o e o f im do pe r I odo , q u a l a taxa i n stantânea

de i n f laç50 1 ?

S o l ução : Sabemos que o impo s to i n f l a c ioná r i o (11) entre os i n s tant e s O e 1 :

. em moeda de instante j , é dado por

dP
dt
dt

-at
B e
Em moeda do i n s tante z e ro , e t omando ternos :
T

-at
11 = e 1 . dt
T
3 . 56

Dado que a taxa de inflação ; �


dt
se man tém con s t ante e i gua l

a 1,
..

J
r
I.
-at
11 = iB e
-at Jt c:
iB
o
e
o - a
o
O
J

11 •

b) Sabemos a part i r da página 3 . 3 7 , que :

. Deficit Operac iona l c: I mpos tos In f lac ionário , + Aumento Real da Ba�e Mone
.' I
tárla + Aumento Rea l da Divida púb li c.a LIquida

Entre os instantes zero a um, o aumento rea l d a base monetária em moeda


a
de instante zero é dado por - B
o
(1 - e- ) .

Temos então , de a cordo com o s dados do prob lema ,


k:B
o

Segue que

k i
-- - 1
a

Donde se obtém a taxa i n stantânea de i n f lação

k
i - - + l) a
( ._::':'-
_
a
I - e

6) Comen te a seguinte propos i ção : " N uma e cqnomia com um d e f i c l t oper!!

clona l do setor púb l i co , das duas uma : ou o d e f i c i t é f inanciado por

poupanças externa s , como h o j e ocorre no caso dos E stados Un ldos 7 ou

pe lo imposto i n f laci oná rio , como atua lmente ocorre no Bra s i l " .
3 .57

solução : A partir da tauto log i a obt i d a n o exe rcí c i o ( 1 c ) , que é vál !

da tanto e m termos nomina i s quanto em termos rea i s , temos :

+ CH

onde o s lmbolo r s i gn i fica que e stamos t raba lhando em termos" reai s . Da­

do que o deficit operacion a l é igual ao d e f i c l t rea l acrescido do lmpo�

to inf lacion á rio ( 1 1 ) , ternos :

+ CH

A a f i rmativa é f a ls a , dado que não menciona a t erce ira a l te rnat iva

exis tente , qual se j a , a de que o de f i c i t ope racional do s etor púb l i co

sej a f inanciado por um excesso da poupança p rivada sobre o inve s timento

privado .

7) Certo (C) ou Errado CE)

a) O s custos d e t ran sporte dos indi v í duos de casa ao t rabalho e vlce-

versa incluem- se n o consumo pessoal

b) A poupança do Gove rno é po s i t i va se e somente se a execuçao do orç�

mento públ ico é superav 1 t á r i a


"\

c ) O s pagamentos de seguro des emprego con s ide ram- se p a r t e do consumo

do Gove rno

d) Sob o ângulo do produto , a d i ferença entre o p roduto rea l e o nom i na l

em cada período der i va da d i fe re nça entre j uros rea i s e nomi n a i s

SOlução :

a ) Certo

b) Errado

A Condição nao é s u f i c iente , isto é ; podemos ter a execuçao do orçame n to

púb l i co superavi tá ria (O < O ) e urna poupança do gove rno n e gat iva
9
(S < O) . Para i s t o , basta lerrb ra r que , por de f i n ição
g

Dg c I
g
- S
g
e tomar corno cont ra-exemp lo os va lore s 0
g
- 10

I 10
g =
20 e =
3 . 58

A Con dição também nao é n e ce s s ária , ou se j a , podemos ter D� > O e , a in

da assim, S > o. Para i sto basta tomar os valores P 10 e


g g

19 • 20 na taut o logia acima .

c) ERRADO �ag�mentos de seg uro desemprego 6ao contabi l i zados em 't ra s ­

ferências , e nao consumo do govern o .

d} ERRADO . Sob o ân gulo d o produto , n ão h á d i st inção entre produto no­

minal e real em cada periodo , j á que no cômputo do valo r adi cionado

em cada unidade produtiva n ão se i n c l uem os j uros recebidos nem se

deduzem os j uros pagos .


3 . 11) ExerpIcios Propostos

1 ) Cons trua as contas d e prOdúção e apropri a ç ão tomand o por bas e o


. . "

conceito d e exced ente opera c i o nal da Tab e la I a l ) para uma e c onomi a � e ch a -


. -� .. �

d a sem G ov e t'n� , l1 ) para uma e conomi a ab erta c om G ov erno .

2 ) ld ent i f,ique , os e rro s nas s eguint e s af irma ç õe s ,

.)0 PrOduto Interno Bru t o costuma s er int eri or ' a o ,Pro duto Na cional

Bruto para as nações e n d iv i d a d a s no exter i or . "

b)O trabalho humano , é incorporad o à produ ç ão d e �e ns e ·s erviç os . C ons equ en


. t emente . • os salários d e v e m s er lnclu i d os entre os c o nsumos interlDe d i ár i os d a s

empresas .
, ,

c ) Um indivíduo pr e s t a s erviços a outro ao lhe empre s tar 'd l nh eiro . Co n s e q u e n-

temente os juros do e mpréstimo d ev em s er inc1u i d os no cômpu t o d o produto na ci�

nal .

d ) As sim como só s e inclu e m nÍ\ r enda pe s s o a l o s juros pago s a indl'v!duos


m e nos os recebido s , só se d ev em i nc�uir na r enda pe s s o a l os alugueis re cebi d os
. .

m enos os a1ugueis pagos pe los indivíd uo s ,

e ) se todas as empr e s as compra s s em ' o s imóv e i s por elas a lugad os de ter c e i r o s,


a Renda Nacional d i mi nu i ri a .

f ) os ' a luguels pag o s por ind ivíduos não s e inclu em em ne nhum ítem d a

c onta d e apropri aç ão •
'
1984 , o .d eri c i t. nomi na l do s etor pÚb Ü co ,'n o B ras i l , fo i aproxi m a d ame nt e
. . . g ) em
.

18� do Produto Internc , Bruto . A forma ç ão bru ta de capita l • pr.at i came nte i gu a l

à ' poupanç a i nterna bru t a . po is o d e fi c it ' d e transaç õ e s corrent e8 f o i virtua lmet

t e nulo ', tar..bem co rrespond e u a 18'; d o PI B . Cons equ e nt eiDe nte . não r es tou qu a l �

q u er espaço para o i nv e � ti mento priv ad o .

h )um pals só a cu mula r e s �rvas int erna c i onai s quand o cons e � e poupar .ma i s
.
• d o que inv es t e .

J ) Dad as as inf ormaç õ e s aba i xo l

- -Pro d u to Interno Lfqu i d o a _Custo d e Fa tores 1 1 0 0 0


Exporta ç ão . d e' be ns e s e rv i ç o s n ã o fatores a 100
Importação d e b e n s e s erv i ç os não fato r e s I 1 10
'Var i a ç ão de Es t o qu e s a + 20
Subs l d i o s : · 20
Depr ec i ação d o ' c a pital f i xo 60 '
I �pos tos i n d i r e t o s . ISO
Forma ç ão aruta d e c��i t a 1 f i io l 166
·J

S e 1 d o do C ov e rrlo em e 0 0 "" " C o :- :- e o t e )6


Lu cro re t i d o d as e �pr p s a s 50
Co n s u mo d o G o v e r no l 1 10
l
Sa ldo do b a a n ç o d e pagaoentos e m
tra n sa ç õe s ' c o rr en t e s I - 20 ( d e fi c i t )

Calcule i '
.)0 c on su mo p e G s o a l '
· b ) a poupanç a p e s soal
c;). r en da l!.q.u i d a envi a d a pat:'a o e x t er i or .

4 ) Num país , a ba s e mo ne t á r i a perm ane � e cons tante no t e mpo . em t e rmos


rea I s , O d �fieit ope ra c i o n a l d o s etor púb l i c o é i gu � l a k v e z es , a ba s e mo­
ne tár i a . Uma rra� ão b ( O " b < 1) d e s s e d e fi cit operaci onal é 1' i nan c i a d a· pe lo
aumento r eal da dív i d a líqui d a d o G ov erno . Qua l a taxa de i n f l a ç ã o ?

5 ) Com�nte a s egui nte pro po s ição l . " Num pa ís , 0 Gov ern o não c o ns e gu e
nem trludi,i car o s eu d e f i ci t o p e r a c i o na l n�m . a sua . d ív i d a iíq.u i d a r e a l . I s to
PO & t o . q� a nto menor o aumento real d � base mone tár i a � mai or a taxa d e i n f la ç ã o .

1��4 f o, d e f 1 ci t oper a c i onal d o s e tor público nO . Bras i l f o i . pra t i ­


6 )Em
cament. 19u.l .� z ero . O d ef i ci t n om i nal , d a 18� do Pr o d u to I nt erno . Bruto , fo i
e �c l u . iv .m e nte devi do à correç ão mone tári a d a d ív i d a pÚbl i ca , v irtu a lm e nt e i n­
d exada em sua total i d a d e . A ev i d ê n c i a empíri ca , por seu turn o � i nd i cava que
0 & cr e d or e s do Gov erno r eapH cav am em t í tu l o s públicos t o d a a corr eç'i o mone t!
r i a recebi d a , s em que i s s o a f e tas se . a sua poupança de sti nada a outras apli ca-
9Õ.8 � N.sse context o , travou- s e a s e � i n t e d i scussão entre u � econom ista brasi
l ei ro e u m e conomi s t a i n t e rna c i o na l , no C o n gr e s s o N a c i o n a l d e Bancos em Sa lv a ­
,
dor a
Economllta Bra s i l e i ro l .. . No Bra sl l , os financi a d ores do G ov ernp não con­
fund em r e ndi m. ntb s n o m i rya i s com r end i m en t o s r e a i s . l s to posto , o defi c i t nomi ­

na l d ó aet'or público gera · automati camente . a poupança pr iv a d a ne cessária para


. o f i nanc i a r . os poup a d ores pr i v a d o s r e c ebem a correção mone tár i a d o s títulos
públicos e automati camente a a r eapli cam e m novos t ítu l o s púb l i c o s . I sto
.posto·, o d e f i ci t nominal é cons equ êI)ci a e n ã o causa d a � nf la ç ã o .
Economi sta I n t er na c i ona l . " R e a l ou nomina l , há a lgo e s tra nh o nu m or­
ç amento pú bl i co que só f e cha com ma i s de 200� ao ano · d e i n1' l a ç ã o . O argu m e nt o
d o e conomi sta bras i l e iro e nvo lv e uma h i p 6t e s e i mpl í c i ta : a d e qu e a d r" i d a
líqu i d a d o s etor públ i co s e j a i gu a l à b a s e mone tári a . Com e f ei to , s ó n e s s e
�as o part i cu l ar a corr e ç ã o mone tári a d a d ívi d a públi ca seri a i gu a l à arre�a- .

. ' d aç ã o · do imposto i nf l a c i o nári o , qua lqu er q u e f os se . a taxa d e i nf la ç ã o . Su c e d e


q u e , no B rasi l . a d ív i d a l íqu i d a d o s e tor púb l i co é i gu a l a v ár i a s v e z e s a ba s e
monetári a . I sto pos to o d e f i c i t n o m i n a l é c a u s a , e não efei t o d a i nf la ç ã o . "
Pe l o menos uma 'das opi ni õ e s ' é i n c o rre ta • . Qua l d e las?

7 ) 0 s i s tema d e c ontab5 1i d a d e pÚb l i ca no Brasi l env o lv e u ma anoma li a .


O Banc o · C entrp.l .r.os t e�mo s d a Lei Compl eme ntar n � 12 , emi t e t í t u l o s púb l i c o s

)o.r c o nta d o TesouTÇ) p a r a :r ins d e pO l í ti ca mone t.ári a , e contabi l i za s eu s · e ncar·


;09 d e co r r e ç ão Dlone tár i a e j u r o s no " g i ro d a d ív i d a " t �U s
e j a , em ne nhuma con­

':a espe c l f i ca . O Banco C e n t ra l . por s eu turno , co nc e d e créd i tos subs i d i & d o s a


a d e q u a d a :n e.n t e o
saldo
'.. �r; i r: s f> � i.v:-(!S õa e c t· ;-, ° I'l i a • l s to post o , c o m o e s t i mar

nnp. ra c i �n� l ó: G e t� r p� bl i co?


E N SA I O S E C ON O M I C O S DA EPGE

1 . ANAL I SE COMPARAT I VA DAS ALTE RNAT I VAS DE POL TT I CA C OME RC I AL DE UM PA I S E M P RO ­


C E S S O D E I NDUSTR I AL I Z A�O - E dma r Bacha 1 9 70 ( E S GOTADO)
-

2. ANAL I SE E CON OM�T R I CA DO ME RCADO I NTE RNAC I ONAL DO CAF� E DA POL rT I CA BRAS I L E I ­
RA DE P REÇOS - E dma r Bacha - 1 9 70 ( E S GOTADO )

3 . A E ST RUTURA ECONOM I CA B RAS I LE I RA - Ma r I o Hen r i que S l monsen - 1 97 1 ( ESGOTADO)

4. O PAPEL DO I NVEST I ME NTO EM EDUCA�O E TECNOLOG I A N O PROCESSO D E DESENVOLV I ME�


TO E CONOM I CO C a r l os Ge ra l do Langon l
- 1 9 72 ( ESGOTADO)
-

5. A E VOLUçAO DO ENS I NO DE E CONOM I A NO B RAS I L - L u i z de F re i tas B ueno - 1 9 72

6. P O L rT I CA ANT I - I NFLAC I ONAR I A - A CUNTR I BU I ÇAO B RAS I LE I RA - Ma r i o Hen r I q ue SI­


monsen - 1 9 73 ( E S GOTADO)

7. ANAL I S E' DE S�R I ES DE T EMPO E MOD E LO DE FO RMAÇAO DE EXPECTAT I VAS - José Lu i z


C a rva l ho - 1 9 73 ( E SGOTADO)

8. D I ST R I BU I ÇAo DA REN DA E DESENVOLV I MENTO E C ONOM I C O DO B RAS I L : UMA REAF I RMAÇAo


C a r l os Ge ra l do Langon i -1 9 73 ( E SGOTADO)

9. UMA NOTA SOBRE A POPULAÇAo OT I MA DO B RAS I L - Edy L u i z Kog u t - 1 9 73

lO. AS P E CTOS DO PROBLEMA DA ABSORÇAO DE �O-DE-OBRA : SUGESTOES PARA PE SQU I SAS


, José L u i z Ca rva l ho - 1 9 74 (ES GOTADO)

11. A FO RÇA 00 TRABALH O �O B RAS i l - Ma r i o H e n r i q ue S l monsen - 1 9 74 ( E S GOTADO )

12. O S I STEMA BRAS I L E I RO DE I NC E NT I VOS F I SCA I S - Ma r i o Hen r i que S l mon se n - 1 9 74


( ES GOTADO)

13. MOE DA - Anton i o Ma r i a da S i l ve i ra - 1 974 ( E S GOTADO)

1 4. C RE S C I ME NTO DO PRODUTO REAL B RAS I LE I RO - 1 9 0 0 / 1 9 74 - C l aud i o L u i z Haddad


1 9 7 4 ( ES GOTADO)
15. UMA NOTA S vB RE NOME ROS f�I D I CES - José L u i z C a rva l ho - 1 9 74 ( E S GOTADO )

16. ANAL I S E DE CUSTOS E B E N E F Tc l OS S OC I A I S I - Edy Lu i z Kog u t - 1 974 ( E S GOTADO)

17. D I STR I BU I �O DE REN DA : RESUMO DA EV I DtNC I A - Ca r l os Ge ra l do Langon l - 1 9 74


( E S GOTADO )

18. O MODELO ECOt OMtTR I CO DE S T . L OU I S APL I CADO NO B RAS I L : RES ULTADO S P RE L I M I NA


RES - An ton i o Ca r l os lem� r ube r - 1 9 75

19. O S MO D E LOS CL�SS I C OS E NEOCLAs S I COS DE DALE W. J O RGENSON - E 1 f seu R . de An­


d rade A l ve s - 1 975

20 . D I V I D : 11M. PROGRAMA F L E X fvE L PARA CONSTRU�O DO QUADRO DE EVOL U�O DO E ST U DO


.
DE UMA D f V I DA - C l ov i s de Fa ro - 1 9 74

21 . E SC OLHA E NT RE OS R E G I ME S DA TABE LA P R I C E E DO S I STEMA DE AMORT I ZAÇOES C ON STAN


TE5 : PONTO-DE-V I STA DO MUTUÁR I O - C l ov i s de Fa ro - 1 9 75

22 . E S CO LAR I DADt , EXPE R l tNC I A NO TRABALHO E SALAR I OS NO B RAS I L - José J u l ! o Sen­


na - 1 975

23 . P ES QU I SA QUANT I TAT I VA NA ECONOM I A - L u i z de F re i tas B ueno - 1 9 78

24 . UMA ANAL I S E EM C ROS S -S E CT I ON DOS GASTOS FAM I L I ARES EM CONEX�O COM NUT R I ÇAo ,
S AODE , FECUND I DADE E CAPAC I DADE DE GERA R REN DA - José L u i z C a r va l ho - 1 9 78

2 5'. D ET E RM I NAÇAo DA TAXA DE J UROS I MP L Tc l TA E M E S QUEMAS GENt R I COS DE F I NAN C I A­


MENT O : COMPARA�O ENTRE 0$ ALGORfT I MOS D E W I L D E DE N EWTON -RAPHSON - C l ov i s
de Fa ro - 1 9 78

26 . A URBAN I ZAÇ�O E O C fRC ULO V I C I OS O DA POBREZA : · O CASO DA C R I ANÇA U RBANA NO


B RAS I L - José L u i z Ca rva l ho e U r i e l de Maga l hães - 1 9 79

27. M I C ROE CONOM I A - Pa rte I - FUN DAMENTOS DA TEOR I A DOS PRE ÇOS - Ma r i o Hen r i q ue
S l monsen - 1 979

28 . ANAL I S E DE CUSTOS E BENE F r C I OS S O C I A I S I I - Edy L u i z Kog u t - 1 979


------ -- -- -

29 . C ONTRAD I Ç�O APARENTE - Oc táv i o Gouvêa de Bu l hões - 1 9 79

30 . M I C ROE CONOM I A - Pa r te 2 - FUNDAMENTOS


. DA TEOR I A DOS P REÇOS - Ma r i o Hen r i q ue
S l monsen - 1 98 0 ( E SGOTADO)

31 . A CORRE �O MONETAR I A NA J U R I S P RUDEN C I A B RAS I LE I RA - A r no l d Wa l d - 1 98 0

32. M I C ROECONOM I A - Pa rte A - TEOR I A DA DET E RM I NA�O DA RENDA E DO N rVEL DE PRE


Ç OS - José J u l i o Senna - 2 Vo l umes - 1 98 0

33 . ANAL I S E D E CUSTOS E BENE F rC I OS S OC I A I S I I I - E d y Lu i z Kog u t - 1 98 0

34 . ME D I DAS D E CONCENT RA�O - Fe rnando d e Ho l anda Ba rbosa - 1 98 1

35 . C R� D I TO RURAL : P ROBLEMAS E CONOM I C OS E S UGESTOES DE MUDAN ÇAS - An ton i o Sa l a­


za r Pes soa B randão e U r i e l de Maga l hães 1 9 82
-

36 . D ET E RM I NAÇAo NUM� R I CA DA TAXA I NTE RNA D E RETORNO : CONFRONTO ENTRE AL GO R rT I


MOS DE BOUL D I NG E DE W I L D - C l ov i s de Fa ro 1 98 3
-

37. MODELO DE EQUAÇOES S I MULTA EAS - Fe rna ndo de H o l a nda Ba rbosa - 1 983

38 . A E F I C I ENC I A MARG I NAL DO CAP I TAL C OMO C R I T t R I O DE AVAL l AÇA0 ECONOM I CA DE P RO


J ET OS DE I NVEST I ME NTO - C l ov i s de Fa ro - 1 98 3 ( E SGOTADO )

39 . SALAR I O REAL E I NFLAÇAO (TEOR I A E I LUSTRAÇAo EMP r R I CA) - Rau l José E ke rman
- 1 9 84

40 . TAXAS DE JUROS E FET I VAMENT E PAGAS POR TOMADORES DE E MP R�ST I MOS J UNTO A BA�
COS COMERC I A I S - C l ov i s de Fa ro 1 984
-

41 . R E GULAMENTAÇAO E DEC I SOES DE CAP I TAL EM BANCOS C OME �C I A I S : REV I SAo DA L I TI


RATU RA E UM ENFOQUE PARA O B RAS I L - U r i e l de Maga l h aes 1 9 84
-

42. I N D E XAÇAO E AMB I [N C I A GERAL DE N E GOC I OS - An ton i o Ma r i a da S i l ve i ra - 1 984

43 . E NSA I OS SOBRE I N FLAÇAo E I N DEXAÇAo - Fe rnando de Ho l anda Ba rbosa - 1 98 4


4 4 . S O B RE O N VO PLANO DO BNH : "S I MC"*- C l ov i s de Fa ro - 1 984

4 5 0 s U B s TD I OS CRED I T Tc l OS � EXPORTAÇAo - G re gó r i o F . L . S t uka r t - 1 984

46 . P ROCESSO DE D E S I N FLAÇAo - A n ton i o C . Po r to Gonça l ves - 1 984

47. I N DE XAÇAO E REAL I MENTAÇAo I N FLAC I ONAR I A - Fe rnando de Ho l a n da Ba rbo s a - 1 984

48 . S ALAR I OS MtD I OS E SALAR I OS I N D I V I DUA I S NO SETO R I N DU STR I AL : UM ESTU DO DE D I


F E RENC I AÇAO SALA R I AL ENTRE F I RMAS E E NTRE I N O I V f r,U OS - Ra u l José E ke rman e
U r l e l de Maga l hães - 1 984

49 . THE DEVELOP I N G-COUNTRY DEBT P ROBLEM - Ma r I o Hen r I que S l monsen - 1 984

5 0 . J OGOS DE I N FORMAÇAO I NC OMPLETA : UMA I NT RODU çAo - Sé rg i o R i be i ro da Cos ta


We r 1 ang- 1 984

5 1 . A TEOR I A MONETAR I A MODE RNA E O EQU I L T B R I O GE RAL WALRAS I ANO C OM UM NOMERO


I N F I N I TO DE BENS - A . A raujo 1 9 84
-

5 2 . A I N OETERM I NAÇAO DE MORGE N ST E RN - Anton i o Ma r i a da S i l ve i ra - 1 9 84

5 3 . O PROBLEMA DE C RE D I B I L I DADE E M POL TT I CA E CONOM I CA - Ru ben s Penha C y s ne -

1 984

54 . UMA ANAL I S E E STAT fST I CA DAS CAUSAS DA E M I S sAo DO C H E QUE S E M FUNDO S : FORMU ­
LAÇA0 DE UM P ROJETO P I LOTO - Fe rnando de Ho l anda Ba rbosa , C l ov i s de F a ro e
A l o rs l o Pes soa de A ra u j o 1 984
-

5 5 . POL TT I CA MACROECONOM I CA N O B RAS I L : 1 9 64 -66 - Ruben s Penha Cysne - 1 985

56 . EVOLU çAO DOS PLANOS aAs l c os DE F I NAN C I AMENTO PARA AQU I S I ÇAo D E C�SA P RO P R I A
DO BAN CO NAC I ONAL DE HAB I TAÇAO : 1 96 4 - 1 984 . - C l ov i s de Fa ro 1 9 85 -

5 7 . MOE DA I N DEXADA - Ru bens P . C y s ne - 1 98 5

58. I NFLAÇ�O E SALAR I O REAL : A E X P E R I � N C I A B RAS I L E I RA - Ra u l José Eke rman - 1 98 5


59 . O E N FOQUE MONETA R I O DO BALANÇO DE PAGAMENTOS : UM RET ROS P E CTO - Va l d I r Rama l ho
de Me l o - 1 985

6 0 . MOE DA E PRE ÇOS RE LAT I VOS : EV I DENC I A E MP r R I CA - A n to n I o S a l aza r P. B ra n dão -


'
1 985

61 . I NT E RP RETAÇAO E CONOM I CA , I N FLAÇAo E I N DE XAÇAo - An ton i o Ma r i a da S i l ve i ra -


1 985

62 , MAC ROECONOM I A - CAP I T U L O I - O S I STEMA MON ETAR I O - Ma r i o He n r i qu e S t mon s e n


e Rubens Penha C y s ne - 1 985

6 3 . MACROECONOM I A - CAP TTULO I I O BALA N Ç O DE PAGAMENTOS


- - Ma r i o H e n r r que
S l monsen e Rubens Penha C y s ne - 1 985

64'. MAC ROE CONOM I A - CAP TTU L O I I I - AS C ONTAS' NAC I ONA I S - Ma r i o Hen r I q ue S r monsen
e Rube ns Penha C y s ne - 1 98 5

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