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Blog do Enem Literatura – Literatura Brasileira: Concretismo.

Questão 01 - (UNIFOR CE/2016)

(Haroldo de Campos)

O poema concreto de Haroldo de Campos trabalha com o aspecto material das palavras com o intuito de gerar
um significado para as palavras a partir de sua estrutura. Sendo assim, o efeito expressivo do poema é baseado
na

a) estrutura de apenas dois versos (dístico)que é fundamental para que se expressem tais conceitos
contemporâneos.
b) oposição entre as palavras “tudo” e “nada” cuja antítese é mais importante do que o aspecto semântico da
frase.
c) estrutura métrica peculiar ao período contemporâneo que é muito similar ao que era utilizado no
Parnasianismo.
d) oposição entre “fiz” e “quero” que demonstra os anseios de realizar ou não realizar as ações desejadas pelo
eu lírico.
e) dificuldade de prolongar a escrita na contemporaneidade dado o advento da tecnologia e do homem
fragmentado.

Questão 02 - (IFPE/2015)

Revista Veja. Editora Abril, 19 de novembro, 2008. Disponível em:


<http://www.cj.uenp.edu.br/files/Eventos/congressoeducacao/2010/10.pdf>. Acesso em: 01 out. 2014.

O cartaz aborda a temática da igualdade racial. Sobre as estratégias argumentativas que constituem o texto, é
correto afirmar que

a) a linguagem verbal se confunde com recursos visuais, formando uma crítica, de cunho econômico, a ações
racistas.
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b) o verbo “ser ” se repete para construir a definição de ações racistas.


c) verbal e visual se organizam esteticamente na construção de um poema concretista, representando uma
máscara delineada no centro do cartaz.
d) a conclusão do texto “enxergar os brasileiros como brasileiros” representa a tese do texto, endossando a
consciência negra, a qual deve estar acima das ideologias brancas.
e) a oração “fazer o futuro” se repete no cartaz, servindo como argumento para a valorização das diferenças e
das distâncias entre as raças.

Texto comum às questões: 3, 4


1 2
A Ilha Grande não merecia ser um presídio. Desde as casas brancas dos pescadores que foram ficando
3
para trás, lá embaixo, no Abraão, até os caminhos sinuosos que vão cortando as montanhas, tudo parece um
4 5
cenário de liberdade. Olho para baixo e lá está o azul para se mergulhar, aquela faixa molhada da praia onde
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costumamos caminhar para refrescar os pés, o toque da brisa. Além do mais há mato, vegetação, verde. Tudo
7
aqui é tão selvagem, tão natural, como é que poderiam ter imaginado um presídio nesta Ilha? Teria sido um
8
requinte de crueldade, deixar que os punidos se lembrem diariamente da água, da areia, da brisa e do mato?
9 10
Quando chegamos, todos os presos que tinham vista para a entrada estavam colados nas grades das
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celas. Queriam ver as novas caras. A Ilha seria o presídio de muitos anos, o lugar onde ficaríamos, talvez para
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sempre. Íamos olhando todo aquele cenário curioso, mas também com uma certa calma de quem vai
13 14
reencontrá-lo muitas vezes. Passamos a guarda na entrada, penetramos no prédio branco, ganhamos
uniformes e fomos introduzidos na galeria dos presos políticos.
Gabeira, Fernando. O que é isso, companheiro?
Rio de Janeiro: Codecri, 1979, p. 181.

Questão 03 - (UDESC SC/2015)

Analise as proposições em relação à obra O que é isso, companheiro?, Fernando Gabeira, e ao texto.

I. Na língua portuguesa, alguns substantivos mudam de sentido quando se alteram seus gêneros, a exemplo,
“a guarda” (Ref.13), o guarda. O mesmo ocorre com os substantivos a cabeça, o cabeça; a moral, o moral;
a estigma, o estigma.
II. Da leitura do sintagma “Queriam ver as novas caras “(Ref. 10) infere-se que os detentos, que se
encontravam na Ilha, ansiavam por ver somente os presos de pouca idade que lá chegavam.
III. A obra, apesar de ter sido escrita no período pós-modernista, apresenta vocabulário rebuscado, remetendo-
a aos moldes do estilo barroco.
IV. Da leitura da passagem “Teria sido um requinte de crueldade, deixar que os punidos se lembrem
diariamente da água, da areia, da brisa e do mato?” (Refs. 7 e 8) depreende-se um tom irônico que sugere
o tratamento dado ao preso político à época.
V. Em “lá embaixo, no Abraão, até os caminhos” (Ref. 2) as vírgulas foram usadas para separar adjuntos
adverbiais.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

Questão 04 - (UDESC SC/2015)

Assinale a alternativa correta em relação à obra O que é isso, companheiro?, Fernando Gabeira, e ao texto.

a) Em “os caminhos sinuosos que vão cortando as montanhas” (Refs. 2 e 3) há antítese.


b) No período “Olho para baixo e lá está o azul para se mergulhar “(Refs. 3 e 4), os verbos destacados, quanto
à transitividade, são classificados, na sequência, como verbo transitivo direto e verbo de ligação.
c) Em “Além do mais há mato, vegetação, verde” (Refs. 5 e 6) tem-se uma oração sem sujeito e as palavras
destacadas são, sintaticamente, objeto direto.
d) A obra é narrada em 3ª pessoa com interferência do próprio autor, que relata também sua trajetória como
militante político, durante o período da ditadura militar no Brasil.

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e) No período “Passamos a guarda na entrada, penetramos no prédio branco, ganhamos uniformes e fomos
introduzidos na galeria dos presos políticos” (Refs. 13 e 14) há cinco orações coordenadas, sendo a última
coordenada sindética aditiva.

Questão 05 - (UFJF MG/2015)

Pulsar

CAMPOS, Augusto. Viva vaia – poesia 1949-1979.


São Paulo: Duas cidades, 1979, p. 175.

Explique como se articula a substituição de letras por outros sinais gráficos na construção do poema Concreto
“Pulsar”, de Augusto de Campos.
Limite sua resposta ao espaço abaixo:

Questão 06 - (UNIOESTE PR/2015)

§1° Instruções: para responder às questões de Literatura Brasileira, leia o texto abaixo. §1º Prezado amigo:
sobre o julgamento que você me pede a respeito do valor da Literatura Brasileira, não há melhor referência que
o mestre Antonio Candido: “Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, não outra, que
nos exprime. Se não for amada, não revelará a sua mensagem; e se não a amarmos, ninguém o fará por nós.”
Quanto ao fato de você afirmar que a nossa literatura é irreal e fantasiosa, cito Vargas Llosa, para quem “as
mentiras da literatura são também um precioso veículo para o conhecimento de verdades profundas da
realidade humana. Essas verdades não são sempre encantadoras; às vezes, o semblante que se delineia no
espelho que os romances e poemas nos oferecem de nós mesmos é o de um monstro”.
§2º O que você me diz, por exemplo, daquele conto, em forma de depoimento, em que o réu explica: “Isso aí,
chefia. O que a gente pede é um pouco de conforto lá dentro. Assim não tem condição de ficar, não. Tá vertendo
água das paredes. Não pode falar nadinha que leva porrada.”? E, aquele outro, desenvolvido em forma de uma
carta ao marido, em que o autor explora um de seus temas favoritos, as mazelas do inferno conjugal? Você dirá
que os contos desse autor são apenas fantasias?
§3º Veja, por outro ângulo, aquele escritor que, segundo o moçambicano Mia Couto, “fez pela projeção da
nação brasileira mais do que todas as instituições diplomáticas juntas”. Tal escritor cria um universo bem
brasileiro, permeado por heranças culturais africanas. São histórias de lutas pela posse de terras, de
assassinatos, de caxixes, de fraudes e negociatas, enfim, da região cacaueira de “terra adubada com sangue”.
§4º O que dizer, então, daquele contista regional que, após explorar o paradoxo entre o homem animalizado
e o animal – “perseverando na fidelidade e portador das verdadeiras qualidades humanas” – conclui assim seu
conto: “Cuê-pucha!... é mesmo bicho mau, o homem!”? Repare, também, na passagem daquele conto, publicado
no final do século XIX, espécie de ironia à política, bem apropriado à modernidade: “Como era calvo desde
verdes anos, decretou Bernardão que todos os seus súditos fossem igualmente calvos, ou por natureza ou por
navalha, e fundou esse ato em uma razão de ordem política, a saber, que a unidade moral do Estado pedia a
conformidade exterior das cabeças”. Por outro lado, pense na beleza do conto “Luas-de-Mel”, cuja história,
referente à chegada de um casal de namorados, fugidos da família para se casarem, propicia um desenrolar tão
inovador que, além de justificar o próprio título, revela-se deslumbrante na linguagem.
§5º E, já que ainda estamos imersos em Copa do Mundo, observe como este poeta definiu nossa paixão pelo
futebol: “De repente o Brasil ficou unido/ contente de existir, trocando a morte/ o ódio, a pobreza, a doença, o
atraso triste/ por um momento puro de grandeza/ e afirmação no esporte”. Observe, também, estes outros
versos: “Oi, meu flavo canarinho,/ capricha nesse trilo/ tanto mais doce quanto mais tranquilo/ onde estiver
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Bellini ou Jairzinho,/ o engenhoso Tostão, o sempre Djalma Santos,/ e Pelé e Gilmar,/ qualquer dos que em
Britânia conheceram/ depois da hora radiosa/ a hora dura do esporte/ sem a qual não há prêmio que
conforte,/pois perder é tocar alguma coisa/mais além da vitória, é encontrar-se/ naquele ponto onde começa
tudo/a nascer do perdido, lentamente.”
§6º Você afirma que nossos poetas são desleixados no ritmo e no metro. Discordo. Compare os poemas “Vila
Rica”, de Olavo Bilac e “Ouro Preto”, de Manuel Bandeira. Ou então, reflita sobre a arte de Ariano Suassuna, na
peça teatral O santo e a porca, em que o autor se apropria de um tipo de narrativa oral que tem os pés fincados
na realidade brasileira, principalmente nordestina. E, se ainda não estiver convencido, lembre-se de que “Deus
dá a todos uma estrela./ Uns fazem da estrela um sol./ Outros nem conseguem vê-la”.
§7º Caro amigo: espero ter colaborado para sua reflexão acerca do valor da Literatura Brasileira. Quanto a
mim, continuarei a lê-la e a estimular sua leitura para que, “quando a Indesejada das gentes chegar”, eu não
precise mais enfrentar aquele dilema existencial proposto por Cecília Meireles – “Ando à procura do espaço/
para o desenho da vida./ Em números me embaraço/ e perco sempre a medida./ Se penso encontrar saída,/ em
vez de abrir um compasso,/ projeto-me num abraço/ e gero uma despedida” –, mas possa dizer como o saudoso
Manuel Bandeira: “O meu dia foi bom, pode a noite descer./ (A noite com seus sortilégios.)/ Encontrará lavrado o
campo, a casa limpa,/ A mesa posta,/ Com cada coisa em seu lugar”.

Com base na peça O santo e a porca, aludida no §6º, assinale a alternativa CORRETA.

a) Ao sacrificar toda a existência à porca, Euricão Arábe, conhecido como Euricão Engole-Cobra, demonstra o
valor da preservação dos animais no sertão inóspito.
b) A porca aludida no texto é, na verdade, uma espécie de cofre de madeira onde o avarento Euricão
guardava suas economias.
c) Para salvar seu pai da ruína financeira, Margarida decide casar-se com Eudoro, apesar de seu grande amor
por Dodó, o filho bastardo de Pinhão.
d) Quando percebe a traição de sua esposa Benona com o compadre Pinhão, Euricão promete vender tudo e
devotar sua vida a Santo Antônio.
e) Ao final, descobrindo que seu dinheiro fora roubado e que as rezas ao santo não surtiam o efeito desejado,
Euricão decide vingar-se do ladrão.

Texto comum às questões: 7, 8, 9


1 2
Ela falava de um som grave e harmônico que parecia vir de algum lugar situado entre o céu e a terra para
3
em seguida expandir-se na atmosfera como o calor da caridade que emana do Eterno e de seu Verbo. E
4
comparava a sucessão de sons às mil vozes secretas das badaladas de um sino que acalmam as noites de
5 6
agonia e despertam os fiéis para conduzi-los ao pé do altar, onde o arrependimento, a inocência e a
7
infelicidade são evocados através do silêncio e da meditação. Talvez por isso Emilie parava de viver cada vez
8
que o eco quase imperceptível das badaladas da igreja dos Remédios pairava e desmanchava-se como uma
9
nuvem sobre o pátio onde ela polia os anjos de pedra após extrair-lhes o limo e os carunchos acumulados na
10 11
temporada de chuvas torrenciais. Ela interrompia as atividades, deixava de dar ordens a Anastácia e
12
passava a contemplar o céu, pensando encontrar entre as nuvens aplastadas contra o fundo azulado e
13
brilhante a caixa negra com uma tampa de cristal, os números dourados em algarismos romanos, os ponteiros
superpostos e o pêndulo metálico.
14 15
Isso foi tudo o que Hindié me contou a respeito do relógio e da permanência de minha mãe no convento
16
de Ebrin, há mais de meio século. Sem largar o cabo do narguilé, abanando-se com um leque descomunal
17
feito de fios trançados e enfeitados com penas de pássaros, ela só parava de matraquear para tomar fôlego e
18 19
enxugar o suor do rosto com a ponta da saia, sem se importunar em mostrar a folhagem de panos
transparentes que separava a pele do algodão florido da túnica que nunca tirava.
HATOUM, Milton. Relato de um certo Oriente.
São Paulo: Companhia das Letras, 2008, pp.30 e 31.

Questão 07 - (UDESC SC/2015) Assinale a alternativa incorreta em relação à obra Relato de um certo Oriente,
Milton Hatoum, e ao texto.

a) A palavra “ela’ (Ref. 8) é o referente de “Emilie” (Ref. 6).


b) No período “às mil vozes secretas das badaladas” (Refs. 3 e 4), em relação à figura de linguagem, há
hipérbole.
c) No período “desmanchava-se como uma nuvem sobre o pátio” (Ref. 8) a palavra destacada é o elemento
que estabelece a ideia de comparação.

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d) No período “E comparava a sucessão de sons às mil vozes secretas das badaladas de um sino” (Refs. 3 e
4) o sinal gráfico da crase é facultativo, como ocorre no período “deixava de dar ordens a Anastácia” (Ref.
10).
e) Da leitura do período “Ela falava de um som grave e harmônico que parecia vir de algum lugar situado entre
o céu e a terra” (Refs. 1 e 2), infere-se a ideia de sonoridade.

Questão 08 - (UDESC SC/2015) Analise as proposições em relação à obra Relato de um certo Oriente, Milton
Hatoum, e ao texto.

I. Da leitura do primeiro parágrafo, infere-se que, sutilmente, há uma referência à “hora do anjo” – momento
de introspecção para Emilie.
II. Em “abanando-se com um leque descomunal feito de fios trançados e enfeitados com penas de pássaros”
(Refs.16 e 17), em relação à colocação pronominal ocorre ênclise, como também no período “sem se
importunar em mostrar a folhagem de panos transparentes” (Refs. 18 e 19).
III. Na oração “ela polia os anjos de pedra” (Refs. 8 e 9), se a expressão destacada for substituída pela adjetivo
pétreos, mantém-se o sentido e a coerência no texto.
IV. Na oração “que acalmam as noites de agonia” (Ref. 4), quanto à transitividade o verbo é transitivo direto e
indireto, pois tem como complementos as noites – objeto direto e de agonia – objeto indireto
V. Da leitura do período “que parecia vir de algum lugar situado entre o céu e a terra” (Refs. 1 e 2), infere-se a
ideia de distanciamento.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.

Questão 09 - (UDESC SC/2015) Assinale a alternativa incorreta em relação à obra Relato de um certo Oriente,
Milton Hatoum, e ao texto.

a) Da leitura do período “Ela falava de um som grave e harmônico que parecia vir de algum lugar situado entre
o céu e a terra para em seguida expandir-se na atmosfera como o calor da caridade que emana do Eterno e
de seu Verbo” (Refs. 1, 2 e 3), depreende-se um matiz religioso, acentuado pelo uso das letras maiúsculas
em substantivos comuns no meio do período.
b) Da leitura do período “Talvez por isso Emilie parava de viver cada vez que o eco quase imperceptível das
badaladas da igreja dos Remédios pairava e desmanchava-se como uma nuvem sobre o pátio onde ela
polia os anjos de pedra após extrair-lhes o limo e os carunchos acumulados na temporada de chuvas
torrenciais” (Refs. 6 a 10), depreende-se que Emilie retomava suas memórias em relação ao convento de
Ebrin.
c) Em “extrair-lhes o limo e os carunchos acumulados na temporada de chuvas torrenciais” (Refs. 9 e 10) o
pronome destacado pode ser substituído pelo pronome los, sem que ocorra prejuízo gramatical e de sentido
no texto.
d) Da leitura do segundo parágrafo, infere-se que a descrição da personagem Hindié vem reforçar a influência
da cultura oriental na obra.
e) A palavra “onde” (Ref. 8), morfologicamente, equivale a um pronome relativo, pois refere-se ao pátio, logo
pode ser substituído pela expressão em que, sem que haja prejuízo na coerência e coesão.

Questão 10 - (ENEM/2015)

da sua memória

mil
e
mui
tos
out
ros
ros
tos
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sol
tos
pou
coa
pou
coa
pag
amo
meu
ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço.
São Paulo: Perspectiva, 1998.

Trabalhando com recursos formais inspirados no Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se
caracteriza pela

a) interrupção da influência verbal, para testar os limites da lógica racional.


b) reestruturação formal da palavra, para provocar o estranhamento no leitor.
c) dispersão das unidades verbais, para questionar o sentido das lembranças.
d) fragmentação da palavra, para representar o estreitamento das lembranças.
e) renovação das formas tradicionais, para propor uma nova vanguarda poética.

Questão 11 - (UEPG PR/2013)

Reduza a marcha para viver melhor

Plugados, conectados, acelerados. Assim vivemos esses dias modernos. Assumimos muitos compromissos e
esperamos realizá-los em tempo recorde. Fazemos horas extras na empresa, checamos nossos e-mails a cada
instante e somos constantemente acompanhados pela incômoda sensação de que não vamos conseguir cumprir
tudo o que temos agendado.
Em resumo: são muitos deveres e pouco repouso. Além disso, muita gente confunde agenda lotada com
sucesso profissional e competência. Isso não passa de um equívoco. Pequenas pausas são fundamentais e
ajudam a reencontrar nossa identidade, que foi perdida no meio dessa correria sem fim.
Em contrapartida, quantas vezes, ao desacelerar um pouco, atingimos um silêncio interior tão grande que
chega a incomodar? Segundo a psicóloga Patrícia Gebrim, autora do livro Enquanto Escorre o Tempo (Editora
Pensamento Cultrix), isso acontece porque as pessoas que estão sempre com a cabeça nas atividades
tornaram-se meras cumpridoras de papéis, perdendo assim a sua essência. Elas correm tanto que se esquecem
de quem são e passam a se identificar com o que compram, fazem ou com o trabalho. Portanto, é preciso utilizar
momentos de sossego para dar um passo para trás e redescobrir quem somos. "Caso contrário, boicotaremos
qualquer tentativa de melhorar a qualidade de vida", pontua a psicóloga.
Adaptado de: Angela Tessicini. Revista Vida Natural.
Ano III. Edição 43 – novembro/2010.

Sobre as obras literárias, assinale o que for correto.

01. São personagens da obra "Dois Irmãos": Halim e Zana, os pais; os irmãos Yaqub, Omar e Rânia;
Domingas, a empregada; Ezequiel, o narrador.
02. Em "Dom Casmurro", o fragmento "Não esqueça-mos que um bispo presidiu a Constituinte, e que o Padre
Feijó governou o Império..." revela posições de destaque que um padre poderia ter na sociedade, interesse
que fundamentava a vontade de que Bentinho fosse padre.
04. A obra "O Guarani" ganhou destaque na literatura brasileira por sua linguagem audaciosa e descrição
realista da figura do índio marginalizado que se adapta aos costumes do século XX.
08. No poema "Muitas Vozes", de Ferreira Gullar, descreve-se a essência dos poemas como sendo a explosão
das vozes silenciosas das recordações das experiências vividas.

Questão 12 - (UDESC SC/2013) A poesia concreta foi lançada oficialmente na década de 50 com a Exposição
Nacional de Arte Concreta no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Analise as proposições em relação ao
movimento poético brasileiro – Concretismo.

I. À noção de poesia se incorpora um novo elemento: o visual.


II. Apresenta estrutura dinâmica e multiplicidade de movimentos concomitantes.
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III. Partindo do princípio de que o verso tradicional já havia encerrado o seu ciclo histórico, a poesia concreta
propõe o poema objeto.
IV. Há apelo ao ideograma ou apenas ao processo ideogramático de composição.
V. Apresenta desvinculação em relação à sintaxe.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II, III, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

Questão 13 - (UEPG PR/2012) Com relação às produções literárias brasileiras, assinale o que for correto.

01. A geração de 1945 retoma, na poesia, o modelo parnasiano, tendo como características: a disciplina
expressiva, o estudo da poética e a investigação verbal.
02. O concretismo, a poesia práxis e o poema/processo são tendências que surgiram a partir de 1950.
04. O fragmento "Não quero mais saber do lirismo que não é libertação", é uma crítica ao Parnasianismo.
08. A poesia marginal, assim conhecida pelo fato de seus autores venderem seus livros mimeografados ou
fotocopiados, sem passar por editoras, buscava temas do cotidiano, manifestando problemas sociais ou
pessoais.

Questão 14 - (UFJF MG/2012) Leia o poema concreto abaixo, de Décio Pignatari para responder à questão.

(PIGNATARI, Décio. “Contribuição a um alfabeto duplo”.


In.: Poesia, Pois é, Poesia. / Poetc. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 184.)

Uma das questões centrais para Décio Pignatari é a “afirmação plena da vida por meio da afirmação da razão,
do sensível e do sexual, numa síntese feliz” (SIMON, Iumna Maria & DANTAS, Vinícius. Literatura Comentada:
Poesia Concreta. São Paulo: Abril Educação, 1982, p. 18).

Levando em consideração esse comentário, elabore uma proposta de leitura para o poema acima.

Questão 15 - (UFPR/2011) Leia o texto transcrito abaixo, que pertence ao livro Muitas vozes, de Ferreira Gullar.

MEU PAI

meu pai foi


ao Rio se tratar de
um câncer (que
o mataria) mas
perdeu os óculos
na viagem

quando lhe levei


os óculos novos
comprados na Ótica
Fluminense ele
examinou o estojo com
o nome da loja dobrou
a nota de compra guardou-a
no bolso e falou:
quero ver
agora qual é o
sacana que vai dizer
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que eu nunca estive


no Rio de Janeiro

Assinale a alternativa correta.

a) Em “Meu pai”, por enfatizar logo na abertura uma doença que terminaria por matar um homem, percebe-se
uma crítica velada ao sistema de saúde do Brasil durante o Regime Militar (1964–1985).
b) O caráter narrativo do texto faz com que ele não pertença propriamente ao gênero poético, que se
caracteriza por ser a expressão do eu.
c) Ao tratar de um evento cotidiano, Ferreira Gullar renovou a poesia brasileira, de tendência dominantemente
espiritual, introduzindo nela temas antes considerados menos nobres.
d) “Meu pai” é uma exceção no livro Muitas vozes, já que nele não surge a forte crítica social que domina o
livro.
e) Em “Meu pai”, como em outros poemas de Muitas vozes, o poeta lança mão da memória pessoal de fatos
cotidianos para construir uma reflexão sobre a fugacidade da vida.

Questão 16 - (ITA SP/2011) Considere o poema abaixo, de Ronaldo Azeredo:

Esse texto

I. explora a organização visual das palavras sobre a página.


II. põe ênfase apenas na forma e não no conteúdo da mensagem.
III. pode ser lido não apenas na sequência horizontal das linhas.
IV. não apresenta preocupação social.

Estão corretas

a) I e II.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) II e IV.
e) todas.

Questão 17 - (UFV MG/2010) O texto abaixo é a primeira estrofe do poema “ovonovelo”, do poeta concretista
Augusto de Campos.

ovo
novelo
novo no velho
o filho em folhos
na jaula dos joelhos
infante em fonte
feto feito
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dento do
centro
(CAMPOS, Augusto de. Apud. CLÜVER, Claus.
Iconicidade e isomorfismo em poemas
concretos brasileiros. O eixo e a roda. Revista
de literatura brasileira, Belo Horizonte,
v. 13, p. 26, jul.- dez. 2006.)
É CORRETO afirmar que o poema:

a) enfatiza a subjetividade do poeta moderno.


b) faz uso construtivo dos espaços brancos da página.
c) emprega o verso tradicional.
d) produz um lirismo intimista.

Questão 18 - (UEMS/2008) Leia atentamente o poema de Lino Grünewald

FORMA
REFORMA
DISFORMA
TRANSFORMA
CONFORMA
INFORMA
FORMA

Considere as afirmativas que seguem e indique qual é a CORRETA


I. A poesia se fixa no âmbito do consumo auditivo. Esta informação pode ser confirmada pelo percurso cíclico
presente no poema e, sobretudo, na repetição do signo “forma” com o mesmo sentido em todos os versos do
poema.
II. A noção de poesia explora o elemento visual. As constantes inovações estéticas, o uso da folha de papel
como elemento significativo, de rimas internas em eco e a alternância semântica do signo “forma” são
exemplos das inovações presentes no texto.
III. O núcleo significativo do poema pode ser observado no quarto verso. A transformação da “forma” (primeiro
verso) pode ser entendida como reformulação da tradição ironicamente reformada (segundo verso). Dessa
maneira, o último verso (“forma”) pode ser lido como uma ironia face ao sentido fixo presente no primeiro
verso.

a) II e III
b) I
c) II
d) III
e) I e II

Questão 19 - (UFU MG/2007) Leia o poema seguinte e assinale a alternativa correta.


“Filhos

A meu filho Marcos

Daqui escutei
quando eles
chegaram rindo
e correndo
entraram
na sala
e logo
invadiram também
o escritório
(onde eu trabalhava)
num alvoroço
e rindo e correndo
se foram
com sua alegria
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se foram

Só então
me perguntei
por que
não lhes dera
maior
atenção
se há tantos
e tantos
anos
não os via
crianças
já que
agora
estão os três
com mais
de trinta anos.”
Ferreira Gullar. Melhores poemas .

a) O poeta Ferreira Gullar é um escritor contemporâneo que participou de vários movimentos de restauração da
poesia, o que significa renovar sua estrutura, sua linguagem. Neste poema, a linguagem prosaica, os versos
livres e a emoção espontânea são conquistas do concretismo.
b) Ferreira Gullar passa por várias experiências poéticas, encontrando a razão do poema na comoção lírica. Em
acordo com os preceitos da essência lírica, o poema apresenta distanciamento e objetividade do sujeito lírico
com os fatos descritos.
c) Em entrevista à revista Língua portuguesa (São Paulo: Editora Segmento, 2006, nº 5), o poeta declara que
esse poema é fruto de uma circunstância, de um impulso, pois sonhou com a situação descrita nele. Desta
forma, ao descrever o sonho, pode-se afirmar que o gênero épico prevalece nesse poema.
d) O olhar do poeta Ferreira Gullar contempla grandes acontecimentos universais, pequenos fatos do cotidiano,
cenas da vida doméstica, não raro, imprimindo sobre esses episódios a consciência da efemeridade da vida.
Nesse poema, a lembrança de um passado familiar provoca a reflexão dessa consciência.

Questão 20 - (UFU MG/2007) Leia o poema abaixo e, em seguida, marque a alternativa correta.

o cão vê a flor
a flor é vermelha

anda para a flor


a flor é vermelha

passa pela flor


a flor é vermelha
Ferreira Gullar. Melhores poemas.

a) Este poema explora os espaços em branco e sua estrutura visual tenta sugerir o objeto descrito, permitindo
ao leitor que faça sua leitura tanto na direção horizontal como na vertical, sem que haja alteração do sentido
expresso.
b) Neste poema, percebe-se que o neoconcretismo é uma continuidade do concretismo, porque a linguagem se
assenta no substantivo, é fragmentada e se distancia do fluxo discursivo.
c) Este poema pode ser considerado neoconcreto porque, ao contrário do concretismo, não procura ser o objeto
descrito, mas falar sobre esse objeto, o que significa retomar a discursividade na poesia.
d) Este poema é neoconcreto porque afasta qualquer sugestão imagética em sua linguagem, consumando uma
das propostas do neoconcretismo, que é a de ruptura com as artes plásticas.

Questão 21 - (UFPR/2006) O poema que se segue integra o volume intitulado Muitas vozes, publicado por Ferreira
Gullar no ano de 1999.

Ouvindo apenas

e gato e passarinho
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e gato
e passarinho (na manhã
veloz
e azul
de ventania e ar
vores
voando)
e cão
latindo e gato e passarinho (só
rumores
de cão
e gato
e passarinho
ouço
deitado
no quarto
às dez da manhã
de um novembro
no Brasil)

Acerca do poema acima reproduzido, considere as seguintes afirmativas:

I. No plano da linguagem poética, pelo menos um dos procedimentos empregados pelo autor em Muitas vozes
encontra-se exemplificado em “Ouvindo apenas”: o texto espacializado (a linguagem de base visual).
II. O sujeito lírico de “Ouvindo apenas” mantém-se desligado do mundo objetivo, mostrando-se insensível a
estímulos físicos.
III. O emprego de quadras e tercetos isométricos associa “Ouvindo apenas” ao modelo estrutural do soneto.
IV. O poema justapõe dois registros da realidade: fora dos parênteses, os elementos da realidade são
relacionados de forma objetiva; dentro dos parênteses, fica evidenciada a atuação do componente subjetivo.
V. Embora use recursos do fazer poético concretista, Ferreira Gullar harmoniza a ousadia formal com a
representação da emoção.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.

Questão 22 - (UFU MG/2006) Leia o poema seguinte para responder às questões abaixo.

“No corpo

De que vale tentar reconstruir com palavras


o que o verão levou
entre nuvens e risos
junto com o jornal velho pelos ares?

O sonho na boca, o incêndio na cama,


o apelo na noite
agora são apenas esta
contração (este clarão)
de maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.”
Ferreira Gullar. Melhores poemas.

a) Explique e justifique se o poema é mais explicitamente de crítica social ou de crítica existencial.


b) Explique, de acordo com o contexto do poema, o último verso.

Questão 23 - (UFU MG/2006) Leia os versos do poeta Ferreira Gullar.


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“(...)
Quantas tardes numa tarde!
e era outra, fresca,
debaixo das árvores boas a tarde
na praia do Jenipapeiro
(...)
Muitos
Muitos dias há num dia só
porque as coisas mesmas
os compõem
com sua carne (ou ferro
que nome tenha essa
matéria tempo
suja ou
não)
(...)
É impossível dizer
em quantas velocidades diferentes
se move uma cidade
a cada instante”
Melhores poemas.

Com relação ao fragmento acima, marque a afirmativa correta.


a) O poeta faz uma reflexão sobre a simultaneidade e a temporalidade das coisas, excluindo, implicitamente, a
reflexão da temporalidade humana.
b) As lembranças e associações evocadas pela memória atualizam o passado, fazendo-o repetir-se sem
alterações, como se vê na primeira estrofe.
c) A assimetria dos versos e a forma como são dispostos no papel representam um estilo literário e
desconsideram o tratamento temático do texto.
d) Os versos são marcados pela idéia de simultaneidade, tanto da lembrança quanto da existência real das
coisas, o que leva o poeta à reflexão sobre o tempo.

Questão 24 - (UFU MG/2005) Segundo Alfredo Bosi, na poesia de Ferreira Gullar “o materialismo passa a ter acento
metafísico enquanto vigora a tensão entre as sensações do mundo e a consciência agônica do tempo”. Tendo em
vista essas informações, leia atentamente o poema seguinte e faça o que se pede.

“OVNI

Sou uma coisa entre coisas


O espelho me reflete
Eu (meus
olhos)
reflito o espelho

Se me afasto um passo
o espelho me esquece:
 reflete a parede
a janela aberta

Eu guardo o espelho
o espelho não me guarda
(eu guardo o espelho
a janela a parede
rosa
eu guardo a mim mesmo
refletido nele):
sou possivelmente
uma coisa onde o tempo
deu defeito”
Ferreira Gullar
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a) Interprete a relação que há entre o poema e seu título


b) Explique a tensão entre ser e tempo presente no poema, exemplificando com versos

Questão 25 - (UFU MG) O poema abaixo, de Ferreira Gullar, é do livro “A luta corporal”, obra que representa a luta
do poeta com “o Anjo da poesia”.
Considere esta informação e o poema seguinte para marcar a afirmativa INCORRETA.

“O Anjo

O anjo, contido
em pedra
e silêncio,
me esperava.

Olhoo, identificoo
tal se em profundo sigilo
de mim o procurasse desde o início.

Me ilumino! todo
o existido
fora apenas a preparação
deste encontro.”
(Ferreira Gullar. Melhores poemas)

a) O poema, em linguagem fluida e discursiva, privilegia a comunicação imediata com o leitor revelando uma
função ideológica para a poesia
b) O poema pode ser considerado metalingüístico porque o poeta voltase para o tema do fazer literário,
elegendo o anjo como metáfora da poesia
c) O poeta está em constante busca da poesia, a qual, mesmo quando identificada, manifestase distante,
indiferente, feita de “pedra” e “silêncio”.
d) O poeta revela que a busca da poesia faz parte de sua vida e que o encontro com ela é um momento
marcado por intensa emoção

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GABARITO:

1) Gab: B
2) Gab: C
3) Gab: C
4) Gab: C
5) Gab:
O autor substitui as vogais “e” e “o” por uma estrela e um círculo respectivamente, aproveitando, assim, a
temática espacial do “pulsar”. Essa analogia se complementa com a variação do tamanho dos sinais, reforçando
a imagem visual do poema.
6) Gab: B
7) Gab: D
8) Gab: B
9) Gab: C
10) Gab: D
11) Gab: 10
12) Gab: E
13) Gab: 15
14) Gab:
A leitura do poema de Pignatari deve privilegiar a ambiguidade dos sentidos e os recursos verbivocovisuais
empregados a fim de envolver o leitor na construção/interpretação do texto. Assim sendo, há múltiplas
possibilidades de leitura.
15) Gab: E
16) Gab: C
17) Gab: B
18) Gab: A
19) Gab: D
20) Gab: C
21) Gab: A
22) Gab:
23) Gab: D
24) Gab:
25) Gab: A

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