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Universidade Estadual de Campinas – 13 a 19 de agosto de 2007

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Livro organizado por pesquisadores do Centro de Memória reúne verbetes de especialistas brasileiros e estrangeiros

Para saber a diferença entre


Ilustração: Dálcio Machado

a educação não-formal
e a educação informal
MANUEL ALVES FILHO
manuel@reitoria.unicamp.br

ocê sabe qual é a diferença entre educação não-formal e

V educação informal? Tem idéia do que é marketing so-


cial? Uma boa maneira de descobrir o que significam
essas expressões é consultar o livro Palavras-chave em
Educação Não-Formal, organizado por três pesqui-
sadores do Centro de Memória da Unicamp (CMU).

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A obra, que nasce como referência na área, re-

eu
Foto: Antoninho Perri
úne 128 verbetes escritos por 72 especialistas bra-

mn
sileiros e estrangeiros. Os autores tiveram a pre-

jy,
ocupação não apenas de conceituar e contex-
tualizar o uso dos termos, mas também de oferecer

nb
referências bibliográficas ao leitor, de modo a

hg
estimulá-lo a buscar informações complementa-

.Lt
res sobre os assuntos do seu interesse.

o
O livro será lançado no dia 25 de agosto, duran-
te a mesa-redonda “Artes e educação Renata Sieiro
Lançamento não-formal: espaços de formação e de ex- Fernandes,
Margareth
vai ser na periências”, no auditório da Pinacote-
ca do Estado, em São Paulo. Os organi- Brandini
Pinacoteca zadores da obra são Margareth Bran- Park e
Amarildo
do Estado dini Park, Renata Sieiro Fernandes e A- Carnicel,
marildo Carnicel, todos pesquisadores pesquisado-
do CMU e doutores em Educação pela Unicamp. res do CMU:
O objetivo da empreitada, de acordo com Renata refletindo
Fernandes, é contribuir para o esclarecimento das sobre
conceitos da
terminologias normalmente utilizadas no univer- educação
so da educação não-formal. Ela afirma que nem não-formal
sempre os termos são empregados de forma ade-
quada.
“Além disso, assim como em outros campos,
também neste há o uso de chavões e de palavras
geradas pelo modismo. Nossa intenção é oferecer
às pessoas um instrumento que as ajude a refle-
tir sobre os vários conceitos que compõem essa área do conhecimen-
to”, explica.
Para Margareth Park , o campo da educação não-formal carecia
de uma publicação que trouxesse esses esclarecimentos. Ela adverte,
Educação informal
(...) entende-se que educação tados são tão comuns e são pro- riências não são planejadas
porém, que embora a obra se preste a consultas freqüentes por parte
informal é toda gama de apren- duzidos tão completamente sem conscientemente para isso. Al-
das pessoas, inclusive aquelas diretamente envolvidas com essa
dizagens que realizamos (tanto consciência ou intenção que são guns incrementos de experiênci-
área da educação, ela não pode ser confundida com um dicionário.
no papel de ensinantes como de comumente pensados como sen- as da vida real constituem a edu-
“Nós não queríamos que o livro servisse apenas para definir um
aprendizes), e que acontece sem do ‘naturais’ ou ‘inerentes’. O fato cação informal”.
vocábulo. No contato que fizemos com os autores, pedimos que eles, que haja um planejamento espe- é que são aprendidos”. Fazem parte deste rol de apren-
mesmo de forma sintética, dessem maior consistência às explica- cífico e, muitas vezes, sem que Em seguida, dizem os autores dizagens e conhecimentos a per-
ções. Todas as palavras-chave são conceituadas e contextualizadas, nos demos conta (Trilla, 1996). sobre o outro termo que “as mes- cepção gestual, moral, comporta-
sendo que muitas delas têm o seu uso resgatado ao longo da histó- Acontece ao longo da vida, cons- mas experiências ou similares mentos, provenientes de meios
ria”, diz. titui um processo permanente e podem ser conscientemente exa- familiares, de amizade, de traba-
Amarildo Carnicel acrescenta que os verbetes contemplam ainda contínuo e não previamente or- minadas e deliberadamente in- lho, de socialização, midiática, nos
referências bibliográficas, que remetem o leitor a autores que tra- ganizado (Afonso, 1989). crementadas através de conver- espaços públicos em que repertó-
tam com profundidade os diversos aspectos ligados à educação não- Keis, Lang, Mietus e Tiapula (a- sa, explanação, interpretação, rios são expressos e captados de
formal. “Penso que esse cuidado pode estimular as pessoas a am- pud Brembeck, 1974) ainda fazem instrução, disciplina e exemplo formas assistemáticas. Tais expe-
pliarem a pesquisa sobre o assunto do seu interesse”, analisa. uma sutil diferenciação entre e- de pessoas mais velhas, de pares riências e vivências acontecem,
Os organizadores do livro relatam que tiveram a preocupação ducação informal e incidental. Pa- e de outros, tudo dentro do con- inclusive, nos espaços institucio-
de convidar especialistas de diferentes áreas para formularem os ra eles, este termo diz respeito “a texto de vivência individual e so- nalizados, formais e não-forma-
verbetes. Assim, a obra reúne pedagogos, psicólogos, médicos, mú- algumas experiências educacio- cial do dia-a-dia. Alguns incre- is, e a apreensão se dá de forma in-
sicos, sociólogos, biólogos, jornalistas, arte-educadores, economis- nalmente não-intencionais, mas mentos podem pretender ser e- dividualizada, podendo, poste-
tas, historiadores, entre outros. não menos poderosas. Os resul- ducativos, mas as próprias expe- riormente, ser socializada.
“Um aspecto que merece ser destacado é que temos entre esses
autores alguns estrangeiros e pessoas de várias partes do país, prin-
cipalmente das regiões Sul, Sudeste e Nordeste”, lembra Margereth.

Conceito amplo – Mas se educação não-formal é diferente de edu-


Educação não-formal
Buscando traçar o percurso do relação a: estrutura dos progra- nizada com uma determinada se-
cação informal, por que a segunda é um verbete contido num livro surgimento e usos do termo edu- mas, formas dos conteúdos abor- qüência (prévia) e proporcionada
que trata da primeira? A explicação, conforme Renata, é que educa- cação não-formal, passamos por dados, investimento temporal, pelas escolas, enquanto que a de-
ção não-formal é tratada na obra como um conceito mais abrangente. definições oferecidas por alguns fornecimento de uma certificação, signação não-formal, embora o-
“Embora os termos contemplados no livro tenham um caráter autores ao longo de um interva- locais de acontecimento, métodos bedeça a uma estrutura e a uma
autônomo, nós os submetemos ao contexto da educação não-for- lo de tempo que vai do final dos utilizados, participantes envolvi- organização (mesmo que não seja
mal. De alguma forma, essas palavras-chave transitam por vári- anos 80 até a atualidade, estan- dos e função. Posteriormente, nos essa a finalidade), diverge ainda da
os campos da educação. Justamente por isso, achamos por bem do ainda em momento de cons- anos 90, define o termo pensando educação formal no que respeita a
agregá-las e conceituá-las numa publicação”, esclarece. trução e passando por críticas em três funções: tendo papel com- não-fixação de tempos e locais e a
De acordo com Margareth, a expectativa dos organizadores é de tanto relacionadas a sua termi- plementar ao sistema formal-es- flexibilidade na adaptação dos
que o livro contribua para a formação das pessoas envolvidas com nologia quanto por suas práticas colar, como uma alternativa e co- conteúdos de aprendizagem a
a educação não-formal. Ela considera que a linguagem usada pe- e orientações no contexto atual. mo papel suplementar. Nesse sen- cada grupo concreto”.
los autores é acessível a um público amplo, a despeito da presença Um grupo de pesquisadores da tido, a oposição não é o foco, mas a A estes aspectos incorpora um
de alguns termos mais restritos ao ambiente acadêmico. Michigan State University, nos a- perspectiva de ampliar as experi- diferencial: a preocupação com a
“Nós ficaremos satisfeitos se o livro trouxer alguma colabora- nos 70, inicialmente define o termo ências escolares. mudança ou transformação so-
ção para a construção desse campo do conhecimento, que, espera- por antagonismo a educação for- Afonso (1989) também aponta cial por buscarem projetos de de-
mos, possa ser disseminado futuramente”, afirma Amarildo. mal-escolar, apontando o cami- as diferenças entre o formal e o não- senvolvimento. O foco de seu ar-
Com tiragem inicial de mil exemplares, o livro levou dois anos nho inverso na construção de sua formal em termos de oposição; gumento são os movimentos so-
para ser organizado. A obra, editada pela Editora Setembro, con- via, pontuando as diferenças em para ele, “por educação formal en- ciais, as ações políticas militan-
termos de flexibilidade maior em tende-se o tipo de educação orga- tes de grupos organizados.
tou com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego, Organiza-
ção Internacional do Trabalho (OIT), CMU e Unicamp. Opreço
Por Margareth Brandini Park e Renata Sieiro Fernandes
sugerido é de R$ 30.

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