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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP

Faculdade de Direito
Direito Processual Civil
Prof. Eduardo Arruda Alvim

Turma NC7 11/06/2018

Eduardo Afonso Muniz Botelho RA00165186


Fernanda Tovani RA00159832
Julia Caselli RA00165066
Júlia Navarra RA00165318
Maria Orci RA00165001

1)

O Código de Processo Civil traz, em seu artigo 928, duas formas de julgamento coletivo de
ações: (i) o incidente de resolução de demandas repetitivas, (ii) e os recursos especiais e
extraordinários repetitivos. Ambos prezam pela segurança jurídica e pela celeridade
processual, visando diminuir a excessiva carga de trabalho dos tribunais de justiça dos
estados e dos tribunais superiores, bem como a padronização das decisões judiciais.
Entretanto, há diferenças significativas entre os institutos.

Quanto aos Recursos Extraordinários ​lato sensu repetitivos, tratam-se, esses, do


julgamento coletivo do mérito de várias ações. Ao reconhecer a repetição do mesmo pedido
e causa de pedir em diversos recursos excepcionais, o tribunal superior, em sede de
Recurso Repetitivo, pronuncia-se uma única vez, sendo, tal decisão, aproveitada para todos
os casos afetados.

Em contrapartida, no Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), o tribunal,


não necessariamente superior, não se pronuncia quanto ao mérito dos processos, mas
determina a tese de direito aplicável ao fato posto. Reconhecendo a efetiva repetição sobre
questão de direito em diversas ações e o risco de ofensa à segurança jurídica, o juiz ou a
parte requer a instauração desse incidente processual, para que o tribunal se pronuncie não
sobre os fatos, mas sobre a tese de direito aplicável ao fato que se deu.

Ressalta-se outra diferença entre os institutos é sobre os casos paradigmas. Nos Recursos
Repetitivos, são selecionados para a realização da análise da matéria os casos mais
completos, com as melhores fundamentações, e, não necessariamente, os melhores
patronos da causa. Já no IRDR, o caso paradigma é aquele afetado a requerimento da
parte ou o juiz, independentemente da qualidade ou completude da defesa da tese de
direito.
2)

​ x officio quanto à presença, ou


Para analisar a competência do STJ para decidir e
não, de determinada condição da ação, dois dispositivos legais devem ser
analisados.

O primeiro é o art. 105, III, da Constituição Federal, o qual dita que compete ao STJ
“​julgar, em recurso especial, as causas decididas​...”, isto é, cabe ao STJ, em sede
de Recurso Especial re-analisar matéria a qual o Poder Judiciário já se pronunciou
sobre. É umas das condições de admissibilidade do Recurso Especial o
pré-questionamento da matéria impugnada. A partir deste dispositivo, o STJ não
pode decidir originariamente em um Recurso Especial.

O outro dispositivo é o art. 485, § 3º, do Código de Processo Civil. Tal dispositivo
dita que o juiz poderá reconhecer de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
sobre determinadas matérias, dentre elas, as condições da ação (CPC 485, VI).

Não se trata, portanto, de uma discussão acerca da quebra de inércia do Poder


Judiciário, vista que o efeito translativo do recurso garante ao tribunal recursal o
conhecimento dessas matérias, mesmo sem requerimento da parte. O cerne da
questão está na legitimidade do STJ de decidir quanto à matérias sobre as quais o
juiz ainda não se pronunciou. A Constituição Federal limita a competência do STJ a
“causas decididas”, entretanto, tal requisito de admissibilidade do recurso não se
confunde com a admissibilidade da ação em si.

Segundo o Prof. Nelson Nery Júnior, os recursos excepcionais possuem duas fases:
a cassação e a revisão da decisão impugnada. Para o juízo de cassação da
decisão, a Constituição Federal estabelece o requisito de que a questão posta tenha
sido efetivamente decidida (CF 105, III), sob pena de inadmissibilidade do recurso.
Após admitido o recurso, ou seja, reexaminando a questão, portanto, o STJ poderá,
pautado no efeito translativo do recurso, examinar as questões de ordem pública
pela primeira vez. Separa-se, assim, a admissibilidade do recurso da
admissibilidade da ação.

Dessa forma, pode, sim, o Ministro levantar a ilegitimidade ativa de VHD


Construtora Ltda. para buscar a proteção aos direitos decorrentes da propriedade
da marca.

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