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Faculdade de Direito
Direito Processual Civil
Prof. Eduardo Arruda Alvim
1)
O Código de Processo Civil traz, em seu artigo 928, duas formas de julgamento coletivo de
ações: (i) o incidente de resolução de demandas repetitivas, (ii) e os recursos especiais e
extraordinários repetitivos. Ambos prezam pela segurança jurídica e pela celeridade
processual, visando diminuir a excessiva carga de trabalho dos tribunais de justiça dos
estados e dos tribunais superiores, bem como a padronização das decisões judiciais.
Entretanto, há diferenças significativas entre os institutos.
Ressalta-se outra diferença entre os institutos é sobre os casos paradigmas. Nos Recursos
Repetitivos, são selecionados para a realização da análise da matéria os casos mais
completos, com as melhores fundamentações, e, não necessariamente, os melhores
patronos da causa. Já no IRDR, o caso paradigma é aquele afetado a requerimento da
parte ou o juiz, independentemente da qualidade ou completude da defesa da tese de
direito.
2)
O primeiro é o art. 105, III, da Constituição Federal, o qual dita que compete ao STJ
“julgar, em recurso especial, as causas decididas...”, isto é, cabe ao STJ, em sede
de Recurso Especial re-analisar matéria a qual o Poder Judiciário já se pronunciou
sobre. É umas das condições de admissibilidade do Recurso Especial o
pré-questionamento da matéria impugnada. A partir deste dispositivo, o STJ não
pode decidir originariamente em um Recurso Especial.
O outro dispositivo é o art. 485, § 3º, do Código de Processo Civil. Tal dispositivo
dita que o juiz poderá reconhecer de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
sobre determinadas matérias, dentre elas, as condições da ação (CPC 485, VI).
Segundo o Prof. Nelson Nery Júnior, os recursos excepcionais possuem duas fases:
a cassação e a revisão da decisão impugnada. Para o juízo de cassação da
decisão, a Constituição Federal estabelece o requisito de que a questão posta tenha
sido efetivamente decidida (CF 105, III), sob pena de inadmissibilidade do recurso.
Após admitido o recurso, ou seja, reexaminando a questão, portanto, o STJ poderá,
pautado no efeito translativo do recurso, examinar as questões de ordem pública
pela primeira vez. Separa-se, assim, a admissibilidade do recurso da
admissibilidade da ação.