Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Referências bibliográficas
Rotinas em Anestesiologia
Fundamentos de Anestesiologia Clínica
Anestesiologia
Os pacientes devem ser questionados sobre uma história pessoal de dificuldade de intubação
traqueal, náuseas ou vômitos prolonga- dos no pós-operatório, dificuldade associada com
raquianestesia, e assim por diante.
MEDICAMENTOS
A supressão suprarrenal deve ser considerada em qualquer paciente que tenha feito uso de
esteroides cronicamente em uma dose equivalente a 5 mg/dia, por pelo menos 1 mês, dentro
de 6 a 12 meses antes da cirurgia proposta. Pacientes que ainda fazem uso de corticoides
devem continuá-los no perioperatório.
Os diuréticos costumam ser descontinuados, com exceção dos tiazídicos usados para
tratamento da hipertensão. Podem ser continuados em pacientes com sobrecarga volêmica
acentuada, como ICC grave ou ascite.
.Existe um consenso quase geral de que o AAS deve ser suspenso durante 7 a 10 dias antes
de cirurgias em que o sangramento traria consequências catastróficas. Sugere-se a suspensão
do uso de clopidogrel e ticagrelor por 5 dias, de prasugrel por 7 dias e de ticlopidina por
10 dias no período pré-operatório. Se o uso for descontinuado no pré-operatório, esses
medicamentos devem ser novamente tomados assim que possível.
A varfarina deve ser suspensa 5 dias antes de uma cirurgia eletiva. Em pacientes com função
renal normal, a dabigatrana deve ser suspensa 1 a 2 dias antes da cirurgia; em pacientes
com uma depuração de creatinina < 50 mL/min, deve ser suspensa 3 a 5 dias antes da
cirurgia. A rivaroxabana e a apixabana são menos dependentes da função renal para a
depuração e podem ser suspensas 1 a 2 dias antes da cirurgia.
Pacientesque tomam opioides para dor crônica devem manter esses medicamentos no
perioperatório. Os fármacos administrados para pacientes em recuperação por dependência de
opioide ou alcool devem ser suspensos antes da cirurgia, já que interferem com as
propriedades de alívio da dor dos opioides administrados.
Cateterismo:
- Aspiração gástrica em pctes com estenose pilória, distensão por suboclusão ou oclusão
intestinal e Cx de emergência (risco de broncoaspiração no momento da indução aneastésica).
- Cateterismo vesical indicado qnd há necessidade de monitorar perfusão tecidual.
Geralmente m Cx pélvicas ou das vias urinárias.
Avaliação nutricional:
- Atenção na anamnese: pcte com perda de peso > 10% do peso corporal em menos de 6
meses ou de 5% em um mês; história de vômitos repetidos, disfagia, hiporexia ou anorexia.
- Exame físico: procurar atrofia de Mm. Temporais, de membros superior e de panturrilhas.
Perda de bola de Bichat, caquexia e edema são sinais de desnutrição avançada. Peso, IMC,
perda de peso, dobra cutânea tricipital, circunferência muscular na região mediana do braço.
- Exames laboratoriais: albumina (<2,2g/dl mau prognóstico), pré-albumina (transtirretina),
transferrina, disfunção da imunidade celular.
Desnutrição, doença hepática, doença renal.
Pctes desnutridos podem fazer nutrição parenteral em período antes da cirurgia.
Avaliação hematológica:
- Avaliar anemia.
- Quando considerar transfusão pré-operatória?
Níveis de Hb > 6g/dl.
Valores entre 6-10g/dl na presença de doença isquêmica do miocárdico ou doença
cerebrovascular.
Valores entre 6-10g/dl em procedimentos que acompanham perda estimada de mais de
30% da volemia (70kg perda de 1500ml).
- História familiar de sangramentos anormais, sangramentos profusos após extrações
dentárias, presença de equimoses e petéquias.
- Trombocitopenia:
Abaixo de 100.000/mm3 não realizar Cx oftalmológica ou NeuroCx.
Abaixo de 50.000mm3 não realizar qualquer cirurgia.
*Doença de von Willebrand: redução do fvW (adesão plaquetária na parede vascular) no pcte.
Elevar os níveis desse fator antes da cirurgia (adm intranasal ou IV de vasopressina ou infusão
do concentrado do fator).
- Propensão à doença tromboembólica:
Fatores de risco: idade, tipo de procedimento cirúrgico, tromboembolismo prévio,
câncer, obesidade, vias varicosas, doença inflamatória intestinal, Sd. nefrótica, gravidez
e uso de estrógenos.
Procurar diagnósticos de base: tromboembolias hereditárias (mutante do fator V,
mutante do gene da protrombina, deficiência da proteína C ou S) ou Sd. de
anticorpo antifosfolípide.
ANTIBIOTICOTERAPIA PROFILÁTICA
Os antibióticos são administrados antes de procedimentos cirúrgicos visando a prevenção de
infecções do sítio cirúrgico (ISC).
As feridas cirúrgicas são classificadas em quatro categorias com base no grau da
contaminação bacteriana esperada: limpa; limpa-contaminada; contaminada; e suja.
O risco de ISC inclui também a duração da cirurgia, o estado de saúde do paciente e
a técnica operatória.
Para feridas limpas, as ISCs geralmen-te são causadas por uma flora cutânea gram-positiva, tal
como o Staphylococcus aureus – CAUSA MAIS COMUM DE INFECÇÃO CIRÚRGICA,
Stapylococcus epidermidis e espécies de estreptococos. Para feridas limpas-contaminadas, os
microrganismos envolvidos são comumente os gram-negativos.
.As infusões de antibióticos devem ser administradas dentro do período de uma hora da
incisão, com exceção da vancomicina e das fluoroquinolonas, que podem ser administradas
duas horas antes da incisão. Eles devem ser suspensos até 24 horas após a cirurgia.
PREVENÇÃO DO TVP/TEP
O tromboembolismo venoso engloba a TVP e o TEP.
- O TEP é responsável 5-10%5 dos casos de óbitos
intra-hospitalares.
- Tto TEP: heparinização sistêmica e uso de cumarínicos mínimo 6 meses; com choque (TEP
maciço) trombólise; contraindicação a heparinização filtro de V. cava.
Profilaxia quando?
A tromboprofilaxia geralmente é mantida até a alta
hospitalar, quando o pcte estiver deambulando.
Situações especiais incluem a cirurgia oncológica
abdominal ou pélvica, onde se recomenda profilaxia
estendida até 4 semanas do pós-op e em casos de
grandes cirurgias ortopédicas, onde a profilaxia é
estendida por até 35 dias.
PROTEÇÃO LEGAL NA CIRURGIA
Existem, no momento, duas concepções distintas sobre o consentimento informado. Em uma
delas, que tem a medicina defensiva como referencial, se entende que o termo de
consentimento informado é um instrumento documental, que deve ser assinado pelo paciente
e que tem como objetivo constituir provas para uma futura defesa de um eventual processo
judicial de responsabilidade médica. Já na outra concepção, fundada na bioética, percebe-se o
consentimento informado como um processo contínuo de informação e esclarecimento
recíproco nas relações entre prestadores e usuários de serviços de saúde, visando a proteger
prioritariamente a autodeterminação do paciente.