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Citações – Robert Kurz

“Por um lado, embora a revolução teórica de Marx represente uma ruptura com a
racionalidade iluminista do capitalismo, de acordo com as condições da época e com as suas
formas de expressão teóricas, ela carrega ainda as escórias dessa racionalidade (como, antes
de mais, a metafísica burguesa da história e do progresso na sua representação hegeliana).
[...]. É por isso que a crítica categorial da constituição fetichista do capital esbarra, por vezes,
nos resquícios da ontologia burguesa contidos no pensamento de Marx. Por outro lado, Marx
vinculou necessariamente a sua teoria, ao movimento operário ainda incipiente, cujo objetivo
imanente, no entanto, era apenas o seu próprio reconhecimento como sujeito funcional no
terreno das categorias capitalistas: uma tarefa que fazia parte da própria ‘modernização’
capitalista, e não da ruptura com a mesma. Daí nasceu uma tensão, não só entre a teoria de
Marx e a ideologia burguesa do movimento operário, mas também no seio da própria teoria
de Marx. A velha ortodoxia ainda tinha resolvido esta questão, em grande medida
unilateralmente, com recurso ao paradigma da modernização e do reconhecimento. Mas hoje,
no início do século XXI, o capitalismo já se desenvolveu até à notoriedade da sua essência
fetichista e da sua maturidade para a crise. Precisamente por isso, o marxismo até agora
existente teve de se esgotar em todas as suas correntes, na medida em que a intenção de
modernização e de reconhecimento se tornou pura e simplesmente irrelevante.” (KURZ, 2014,
p. 25).

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