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Caro aluno, para um melhor desempenho neste contudo sugerimos que você leia este PDF,
referente aos 4 blocos sobre o estudo da ORGANIZAÇÃO DO ESTADO.
No Brasil, a Federação tem tríplice capacidade: é formada pela união indissolúvel da União, Estados e
Municípios e DF. Veda-se o chamado direito de secessão, vez que a Federação é, nos termos do art. 1º da CRFB/88,
indissolúvel.
Art. 1o. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos (...)
Nesse dispositivo fica caracterizado que a forma de estado federação -se o nome
de Federação ou Estado federal a um Estado composto por diversas entidades territoriais autônomas, dotadas de
governo próprio. Por autonomia, compreende-se um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela
Constituição que não podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central. A autonomia dos
entes federados conduz a:
Auto-organização: capacidade de se auto organizarem, produzindo, para tanto, suas próprias normas (auto
legislação), desde que de acordo com os preceitos da Constituição Federal.
Autogoverno: os entes federativos têm autonomia para eleger seus próprios governantes;
Autoadministração: diretamente relacionada com a distribuição de competências tributárias e
administrativas entre os entes da Federação. Sobre a repartição de competências, a Constituição Federal
adotou, como regra, a predominância do interesse e que enumera os poderes da União, define
indicativamente os dos municípios e atribui os poderes remanescentes para os estados.
Destaca-se, porém, que autonomia difere de soberania. No Brasil, apenas a República Federativa do Brasil
(RFB) soberana, inclusive para fins de direito internacional
os Estados federados são reconhecidos pelo direito internacional apenas na medida em que a RFB autoriza.
A soberania é atributo da República Federativa do Brasil. A soberania, no plano internacional, é exercida
pela União, representante do Estado brasileiro. Estados, Distrito Federal e Municípios possuem autonomia, e não
soberania. No plano interno, a União também não possui soberania. A soberania representa um elemento do
Estado (os outros dois elementos são o povo e o território).
Outra importante diferença que deve ficar clara para voc federação (que acabamos de
estudar) e confederação
FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO
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Continuemos nossa análise sobre a organização da República Federativa do Brasil (RFB) pela leitura do art.
18 da Constituição:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição.
“caput” 1o da CF/88, que acabamos de rever, enumera
os entes federativos que compõem a República Federativa do Brasil: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Além disso, confere autonomia a todos esses entes, que podem decidir sobre matérias específicas, den
Constituição.
O § 1o 1
confunde com o Distrito Federal, ocupando apenas parte do seu território.
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dos da Federação,
passando a ser apenas integrantes da União, conforme determina o art. 18, §2 o da Carta Magna os Territórios
Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.
FIQUE LIGADO!!!
Os territórios não gozam sequer de autonomia e são definidos como autarquias federais. conforme
determina o art. 18, §2o, da Carta Magna: Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
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emitida pela Secretaria da Fazenda do Tocantins, por exemplo. Trata-se de uma garantia que visa a fortalecer o
pacto federativo.
III. criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Finalmente, o inciso III acima também reforça o pacto federativo, ao vedar que os ente
concurso público estabeleça que somente os naturais de Minas Gerais poderão concorrer a determinada vaga.
corresponde a uma proporção do número de Deputados Federais, a ser calculado na forma do art. 27. As imunidades
dos Deputados Estaduais e as regras sobre sistema eleitoral, inviolabilidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às forças armadas seguem as regras dos parlamentares federais (CRFB/88, art.
27, § 1o e art. 53).
No tocante à repartição de competências, os Estados-membros possuem:
COMPETÊNCIA
Comum (cumulativa): pode ser exercida em conjunto com os demais entes federados
(CRFB/88, art. 23).
ADMINISTRATIVA
(ou material): Residual (remanescente ou reservada): aquelas matérias que não sejam de competência
dos outros entes federados, e desde que não haja vedação expressa, podem ser
disciplinadas pelos Estados-membros (CRFB/88, art. 25, §1º).
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Concorrente: neste caso, cabe à União legislar sobre normas gerais e aos Estados-
membros, sobre normas especiais. Trata-se de competência legislativa concorrente
(CRFB/88, art. 24).
ESTADOS- DISTRITO
UNIÃO MUNÍCIPIOS
MEMBROS FEDERAL
Matérias de
Matérias de Matérias de Matérias de
interesse
interesse interesse interesse
REGIONAL e
GERAL REGIONAL LOCAL
LOCAL
Uma da õ
Constituição entre os arts. 21 a 24. Com o intuito de orientar o estudo dos candidatos, pode-se assim sistematizar:
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Competências da União
A União possui competência de natureza administrativa (ou material) e legislativa. A competência
administrativa (ou material) pode ser exclusiva (CRFB/88, art. 21, I a XXV) ou comum (CRFB/88, art. 23, I a XII). A
administrativa exclusiva é indelegável. A competência legislativa da União, por sua vez, divide-se em privativa
(CRFB/88, art. 22, I a XXIX) e concorrente (CRFB/88, art. 24, I a XVI). A competência legislativa privativa é delegável
aos Estados federados e ao DF (CRFB/88, art. 22, parágrafo único).
A competência administrativa comum pertence a todos os entes da federação (União. Estados, DF e
Municípios). Por sua vez, a concorrente não se aplica aos Municípios. Estes podem, eventualmente, tratar de
quaisquer matérias relegadas aos outros entes, desde que esteja presente o interesse local (CRFB/88, art. 30, I e II).
A competência comum é considerada cumulativa, ou seja, qualquer ente federado pode exercê-la juntamente com
os demais, versando sobre os mesmos aspectos. Já a competência concorrente é não cumulativa, porque cada
pessoa política tratará de um elemento diferente dentro da mesma matéria (CRFB/88, art. 24, § 2º). Aliás, à União,
em se tratando de competência legislativa concorrente, cabe a edição de normas gerais, devendo aquelas de
caráter especial ser produzidas pelos Estados-membros.
A competência tributária da União encontra previsão no art. 153 da CRFB/88. Mas cuidado: a União possui
uma competência tributária residual, podendo estabelecer novos impostos ou contribuições federais, desde que não
coincidentes com fatos geradores e bases de cálculos das exações já presentes (CRFB/88, art. 154, I, e 195, § 4º).
A Carta da República estabelece, em seu art. 21, as competências exclusivas da União:
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XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
Essas competências são administrativas, devendo a União atuar com exclusividade. São indelegáveis a
outros entes federativos. Mesmo diante da omissão da União, não podem os demais entes federados atuar no
âmbito dessas matérias.
O art. 22, da CRFB/88, estabelece a competência privativa da União. Leia-o na íntegra.
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São competências legislativas sobre as quais os demais entes federados não podem legislar, mesmo diante
da omissão da União. Entretanto, (jamais Municípios) legislem sobre
questões específicas (nunca gerais) dessas matérias, desde que a União lhes delegue tal competência por lei
complementar.
Competência comum
O art. 23, da CRFB/88, trata da chamada competência comum, concorrente administrativa, paralela ou
cumulativa da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico
ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento
básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Note que essas são matérias de competência administrativa de todos os entes da Federação, de forma
solidária, com inexistência de subordinação em sua atuação. Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja,
interesses de toda a coletividade.
-se que esta
tem como finalidade evitar conflitos e dispersão de recursos, coordenando-se as ações dos entes federativos em prol
de melhores resultados.
Competência legislativa concorrente
Em seu art. 24, a Constituição estabelece a competência legislativa concorrente. Vamos ler o artigo na
íntegra?
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
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A comp
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Art. 25, § 2o – Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação;
Art. 25, § 3o – Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
Destaca-se, ainda, que a Constituição atribui ao Distrito Federal as competências legislativas, administrativas
e tributárias reservadas aos estados e aos municípios (CRFB/88, art. 32, §1o).
Competências do Distrito Federal
A Constituição atribui ao Distrito Federal as competências legislativas, administrativas e tributárias
reservadas aos estados e aos municípios (CRFB/88, art. 32, §1o).
õ
competências do art. 21, XIII e XIV da CRFB/88, que são da União, diferentemente do que acontece com os Estados,
aos quais foi dada competência para tratar dessas matérias.
Competências dos Municípios
As competências dos Municípios são listadas, em sua maior parte, no art. 30 da Constituição, que leremos
juntos:
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