Dia 17 de maio é o dia internacional da luta contra a LGBTfobia, pois nessa
data, em 1990, a homossexualidade saiu da Classificação Internacional de Doenças. Apesar disso, a população LGBT ainda sofre diversos tipos de violências e violações de direitos. Na Psicologia, contamos com a resolução CFP 001/99, que estabelece normas de atuação em relação à questão da orientação sexual. Entretanto, tal resolução vem sofrendo diversos ataques de parcelas conservadoras da sociedade e da Psicologia, que se usam de nossa ciência e profissão para espalharem seu preconceito e manterem a condição de vulnerabilidade da população LGBT. Nossa diversidade deve resistir!
Muito ainda se concebe no imaginário distópico a Psicologia como uma
máquina de padronizar as pessoas. Talvez tenhamos nossa parcela de culpa enquanto psicólogas/os, quando em tempos sombrios ajudamos a espalhar ideias higienistas ou replicamos uma falsa moralidade opressora. Felizmente, as vozes de diálogo ajudaram e ainda ajudam a construir uma Psicologia mais inclusiva, compreendendo que nossas diferenças não são doenças, mas parte do que faz nossa sociedade mais rica e nossas vidas mais saudáveis. 17 de maio é reconhecido internacionalmente como um dia de luta contra a LBGBTfobia, pois neste dia em 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Esse é um marco histórico na garantia de direitos à população LGBT! Apesar dessa conquista, ainda são frequentes as notícias de violências e as mais diversas violações contra os direitos da população LGBT. Ainda esta semana, recebemos atônitas/os a notícia de um jovem que foi atacado com ácido nas ruas de Curitiba após ser chamado de “viado” por um estranho. Infelizmente, esta notícia não é um fato isolado. São constantes os casos de transexuais e travestis mortas nas ruas e outras violências cometidas com bases no ódio às pessoas que divergem de uma norma hegemônica de conduta e identidade. A luta contra o preconceito, a discriminação, a opressão e os processos de patologização é cotidiana. No âmbito da Psicologia, vivenciamos, nos últimos anos, diversos ataques à Resolução 001/99 que estabelece normas para a atuação de psicólogas/os sobre as questões relacionadas à orientação sexual. A resolução determina que as/os profissionais da Psicologia contribuam para reflexões que produzam conhecimento e esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações. Orienta também que as/os psicólogas/os não exerçam e/ou favoreçam ações que reafirmem as homossexualidades como doenças, desvio ou perversão. Diante nas inúmeras manifestações de LGBTfobia em nossa sociedade, não podemos nos calar! Desta forma, o Movimento É Tempo de Diálogo reafirma seu posicionamento contra quaisquer manifestações de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Destacamos o nosso compromisso na luta pela cidadania, direitos e políticas públicas para a população LGBT.