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SAÚDE DA
MULHER
IESC
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Objetivo 1
Abordar os métodos
contraceptivos, suas indicações,
contraindicações, forma de uso e
potenciais efeitos adversos levando
em consideração que seu uso deve
ser individualizado a cada paciente
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Métodos
comportamentais
z Abstenção periódica: pressupõem o
conhecimento do período fértil
Método de Ogino-Knaus (Tabela) – método do calendário:
fisiologia do ciclo menstrual da mulher e principalmente a ovulação, que ocorre 12 a 16
dias antes da menstruação; o espermatozoide pode permanecer no trato genital feminino,
com capacidade de fertilizar o óvulo por 48 horas;
Condom feminino
É uma bolsa cilíndrica feita de plástico fino (poliuretano), transparente e suave, do mesmo
comprimento que o preservativo masculino, porém com dois anéis flexíveis, um em cada
extremidade, sendo uma delas oclusa por uma membrana. Antes da relação sexual a
mulher insere o condom na vagina, pela extremidade oclusa, que deve alcançar o fundo,
enquanto a aberta fica para fora, em contato com a vulva. Seu anel tem a finalidade de
mantê-la aberta, para possibilitar a penetração do pênis em seu interior. Contraindicações:
alergia ao látex ou poliuretano e prolapsos genitais.
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Espermicidas
São substâncias químicas que, introduzidas na vagina,
comprometem a vitalidade dos espermatozoides e servem como
barreira ao acesso deles ao trato genital superior. São
apresentadas de diversas formas, sendo as mais usadas: cremes,
geleias, comprimidos, tabletes e espuma
Diafragma
O diafragma é uma membrana de silicone, em forma de cúpula, portanto, côncavo-convexa,
circundada por um anel flexível. Sua inserção deve ser feita de tal modo que cubra
completamente a cérvice e a parede vaginal anterior. Por isso, a paciente deve capacita-se ao
autoexame, após inserir o diafragma, para conferir se o aparelho está corretamente posicionado.
É recomendável que o diafragma seja usado em associação a um creme ou geleia espermicida,
para aumentar a eficácia contraceptiva.
As críticas ao método se concentram em: provoca alteração da flora vaginal e aumenta a
ocorrência de vaginoses; aumenta o risco de infecções urinárias; não pode ser usado por
mulheres com alterações anatômicas; pode ocorrer reação alérgica.
z DIU
Provoca uma reação inflamatória estéril que produz lesão tecidual mínima,
porém suficiente para ser espermicida. Provocam alterações histológicas e
bioquímicas importantes (aumento de citocinas citotóxicas), que interferem na
fisiologia normal da espermomigração, fertilização do óvulo e implantação do
blastocisto.
COBRE:
Os íons de cobre interferem na vitalidade e na motilidade espermática, prejudicando-as, e
também diminui a sobrevida do óvulo no trato genital. O cobre é responsável por um aumento
da produção de prostaglandinas e inibição de enzimas endometriais. Estas mudanças afetam
adversamente o transporte de esperma de modo que raramente ocorre a fertilização. O tipo
Tcu380A pode ser eficaz até 12 anos. Riscos: expulsão em 1 ano, perfuração uterina.
• Estrogênio e Progestagênio.
Amamentação;
Hipertensão
Câncer de mama
AÇÃO:
Espessamento do muco cervical.
Redução da motilidade tubária.
Inibição da proliferação endometrial.
Praticamente todas as mulheres podem utilizar PSPs de forma segura
z CONTRACEPTIVOS HORMONAIS INJETÁVEIS
Possuem como qualidade principal não terem uma primeira passagem pelo fígado. Há dois tipos
básicos de formulações: injetáveis combinados (mensais) e injetáveis só de progestágeno (trimestrais).
da paciente.
z ANEL VAGINAL
- Deve ser colocado pela própria paciente entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual.
- Cada anel deve ser usado por um ciclo (com duração de 21 dias)
- Pausa de 7 dias;
Devem ser substituídos a cada semana, por três semanas consecutivas, seguindo-
se uma semana de pausa, sem o adesivo. Portanto, o uso é por 21 dias, seguido de
pausa de sete dias
z z
ANTICONCEPÇÃO
DE EMERGÊNCIA
Método de Yuzpe
Progestágenos
A ligadura das trompas (LT) é feita por várias técnicas, sendo a mais comum a técnica de
Pomeroy, que consiste em uma salpingectomia segmentar. O segmento da trompa ressecado é
isolado por meio de uma pinça hemostática, de modo a se ter uma alça. A base da alça é ligada
com fio absorvível.
A realidade brasileira é que há uma deficiência quanto ao assunto quando se trata de termos
legais, os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes são pouco mencionados se não
mencionados, como por exemplo o Estatuto da Criança e do Adolescente , não há menção
sobre o assunto.
2. Garantia da continuação do estudo em ambiente domiciliar após oitavo mês de gravidez e durante o
período da licença maternidade.
5. Proteção aos indivíduos portadores de HIV como o sigilo, e a ilegalidade da requisição de exames,
como a discriminação de pessoas portadores do vírus.
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Referências
Discutir as particularidades da
anamnese e do exame físico em
ginecologia (propedêutica
ginecológica);
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Estabelecimento da relação
médico-paciente.
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ANAMNESE
Entendimento do contexto social da
mulher, procurando conhecer seus
receios, expectativas e, se
possível, os mitos que cercam
determinadas doenças e condições
fisiológicas (por exemplo:
menstruação e climatério)
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Identificação
Importante: nome completo, idade, procedência, estado civil, nível
socioeconômico e escolaridade
Idade: incidência de algumas doenças e condições fisiológicas varia
com a faixa etária da paciente
Malformações algumas identificadas mais na infância, outras
somente na adolescência; corrimentos-queixa de pré- puberes e
em vulvovaginites; na adolescência- alterações do
desenvolvimento puberal, gestação e DSTs, etc.
Procedência: hábitos de vida, mitos e populações de risco sobre
certas doenças
Estado civil: DSTs são mais comuns em pacientes solteiras sem
parceiro fixo.
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Queixa principal:
História familiar
Investigação de doenças de
caráter hereditário
Pesquisa de cânceres de
ovário e mama, principalmente
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A profissão pode alertar para
História alguns riscos, devido a exposição
a certos riscos (profissionais do
social sexo- DSTs; profissionais de
saúde- doenças infecto-
contagiosas).
P: número de partos
A: número de abortamentos
Descrever o exame
das mamas
O diagnóstico precoce do câncer da mama
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representa, sem a menor dúvida, o objetivo maior
na tentativa da cura dos cânceres em geral. Os
Introdução esforços têm sido concentrados no diagnóstico da
chamada “forma mínima” do câncer.
• Posições
• Palpação
• Pressão
• Perímetro
• Padrão de busca
• Educação da Paciente
A mulher deve inspecionar as mamas estando de pé ou sentada na frente do espelho, observando
se há qualquer assimetria, ondulação da pele ou retração da papila.
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A elevação dos braços acima da cabeça ou a pressão das mãos contra os quadris para contrair os
músculos peitorais ressaltarão qualquer ondulação da pele.
Como o exame Por fim, a mulher deve examinar as mamas enquanto se curva ou se inclina para frente. De pé ou
sentada, ela deve palpar com cuidado as mamas com os dedos da mão oposta.
deve ser
realizado?
Então, deve deitar e palpar mais uma vez cada quadrante da mama e também a axila, com a ponta
dos três dedos do meio com três pressões - leve, média e forte - , cobrindo toda a mama desde a
clavícula até a prega inframamária, do esterno até o grande dorsal lateralmente.
A área do perímetro da mama deve ser palpada, de preferência, utilizando um método de vai e vem
perpendicular, em faixas verticais, em vez dos métodos circulares ou radiais concêntricos, nos
quais as margens do tecido mamário são frequentemente omitidas.
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O exame das mamas na mesma
Ele pode ser realizado durante o
época, todos os meses, é útil para
banho; o sabão e a água
desenvolver uma rotina. Mulheres
aumentam a sensibilidade da
na pré-menopausa devem
palpação, e a privacidade
examinar as mamas todos os
proporciona um ambiente que
meses, sete a dez dias após o
provoca menos ansiedade.
início do ciclo menstrual.
Em mulheres na pós-menopausa,
a escolha de uma data específica Se o médico não puder confirmar
é útil para lembrar-se de realizar o os achados da paciente, o exame
autoexame mensal. As pacientes deve ser repetido em um mês ou
devem ser instruídas a relatar aos após o próximo período
seus médicos, quaisquer menstrual.
anormalidades ou alterações.
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História familiar de câncer de mama (em especial antes da menopausa ou doença bilateral)
Número de parentes em primeiro grau com câncer de mama e suas idades no momento do diagnóstico
Distúrbios hereditários associados a alto risco para câncer de mama, incluindo genes BRCA1 e BRCA2,
síndrome de Li- Fraumeni, doença de Cowden, síndrome de ataxia- telangiectasia e síndrome de Peutz-
Jeghers
Patologia em biópsia prévia da mama mostrando atipia ou carcinoma lobular ou ductal in situ
Terapia hormonal
Consumo de álcool
O risco de câncer de mama pode ser determinado pelo modelo de avaliação de Risco
de Gail ou outros, disponíveis eletronicamente. O modelo de avaliação do Risco de
Gail calcula o risco com base na etnia da paciente, idade, idade da menarca, idade do
primeiro parto com feto vivo, número de parentes de primeiro grau com câncer de
mama, número de biópsias de mama anteriores e presença de atipia à biópsia.
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Descrever os principais
tumores benignos das
mamas e suas
características principais
z
Os cistos são originados no ducto terminal da unidade lobular, definidos como estruturas
com diâmetro maior que 3 mm, com comportamento biológico lábil, podendo aumentar ou
desaparecer, independente de medidas terapêuticas.
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Pode ocorrer desde a menarca até a senectude, mas é mais comum entre
20 e 30 anos de idade. Embora os esteróides sexuais sejam apontados
como agentes promotores, fatores parácrinos entre o epitélio e o estroma
parecem ser mais importantes no controle de seu crescimento, que é em
geral autolimitado, não ultrapassando 3 a 4 cm de diâmetro.
Quando o aspecto palpatório não é típico, recorre-se à ultrassonografia, que evidencia imagem
nodular circunscrita, ovalada, hipoecóide, com margens bem definidas e com maior eixo paralelo
à pele.
Os dados
foram
extraídos do
Inca
(Ilustração:
André
Moscatelli)
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Câncer de mama
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Os principais fatores de risco são a idade,
sendo a maior incidência em mulheres acima de 50 anos, pode ocorrer também em mulheres
mais jovens, mas a incidência é baixa, a história familiar, ausência de filhos, primeira gravidez
após os 30 anos, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool e a obesidade.
Em geral, este tipo de câncer apresenta um bom índice de cura, principalmente quando
diagnosticado em sua fase inicial.
O risco estimado de câncer de mama entre as brasileiras é de 49 casos a cada 100 mil
mulheres. Na Região Sudeste, esse é o tipo mais incidente (65 casos novos por 100 mil
mulheres). Sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de mama
também será o mais frequente nas mulheres das regiões Sul (64/100.000), Centro-
Oeste (38/100.000) e Nordeste (30/100.000).
Com aproximadamente 530 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do
útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, excetuando-se os
casos de pele não melanoma.
Ele é responsável por 265 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais freqüente de
morte por câncer em mulheres.
No Brasil, em 2016, são esperados 16.340 casos novos, com um risco estimado de
15,85 casos a cada 100 mil mulheres. É a terceira localização primária de incidência
e de mortalidade por câncer em mulheres no país, excluído pele não melanoma. Em
2013, ocorreram 5.430 óbitos por esta neoplasia, representando uma taxa de
mortalidade ajustada para a população mundial de 4,86 óbitos para cada 100 mil
mulheres.
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z Segundo o Globocan, cerca de 85% dos casos
de câncer do colo do útero ocorrem nos países
menos desenvolvidos e a mortalidade por este
câncer varia em até 18 vezes entre as
diferentes regiões do mundo, com taxas de
menos de 2 por 100.000 mulheres, na Ásia
Ocidental e de 27,6 na África oriental.
Câncer
de
ovário
Sabe-se que o uso de anticoncepcional oral por mais de 5 anos durante a vida é fator
protetor para não desenvolver câncer de ovário.
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O dois grandes problemas do rastreamento para detecção precoce do
câncer de ovário são: a menor incidência do tumor e os métodos atuais
de rastreamento (ultrassom pélvico e marcadores tumorais) não são
muito específicos e eficazes.
Os dados divulgados pelo INCA não nos permitem saber a exata situação da
epidemiologia do câncer de ovário.
Principais sintomas
Alteração no tamanho ou
forma da mama.
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O câncer de mama não tem
uma causa única. Diversos
fatores estão relacionados ao
aumento do risco de
Fatores desenvolver a doença, tais
como:
de risco • Idade (principalmente a partir dos 50
anos)
• Fatores endócrinos/história
reprodutiva
• Fatores comportamentais/ambientais
• Fatores genéticos/hereditários.
Referem-se ao estímulo do hormônio
z estrogênio:
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Fatores História de menarca precoce (antes
endócrinos dos 12 anos).
Nuliparidade
Estão relacionados à
presença de mutações
em determinados
genes transmitidos na
família, especialmente
BRCA1 e BRCA2.
Principais sintomas:
Na fase inicial, o câncer de ovário não apresenta sintomas.
Náusea
Cansaço constante.
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Fatores de risco:
O principal fator de risco para câncer de ovário é o risco genético
(mutação hereditária nos genes BRCA 1 e BRCA 2).
Endometriose
Infertilidade
Principais sintomas
Sangramento vaginal
(sangramento entre as
menstruações ou após a
menopausa)
Principais sintomas
Tabagismo
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Iniciação sexual precoce Fatores de
risco
Amultiplicidade de parceiros sexuais
Conhecer a estratégia
preconizada pelo MS no
rastreamento do câncer de
mama e do colo de útero e o
papel da APS neste contexto.
z Rastreamento de câncer do colo do útero
Recomendação:
Recomenda-se fortemente o rastreamento de câncer do colo do útero de
mulheres sexualmente ativas e que tenham a cérvice. Grau de
recomendação A.
Recomenda-se contra o rastreamento de rotina de câncer do colo do
útero em mulheres maiores de 65 anos que tiveram um rastreamento com
Papanicolau normal e que não fazem parte de grupo de alto risco para
esse câncer. Grau de recomendação D.
Recomenda-se contra o rastreamento de câncer do colo do útero em
mulheres que realizaram histerectomia total. Grau de recomendação D.
O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente
z na população feminina brasileira, excetuando-se o
z câncer de pele não melanoma. Para o ano de 2010,
foram estimados 18.430 casos novos de câncer do colo
do útero e uma taxa bruta de incidência de 4,87/100 mil
mulheres (INCA, 2009).
Por que é
Em 2007 essa neoplasia representou a quarta causa de
importante o morte por câncer em mulheres (4691 óbitos), com taxa
rastreamento? bruta de mortalidade de 4,82/100 mil mulheres (Divisão
de Informação/INCA).
Essa faixa etária é justificada por ser a de maior ocorrência das lesões pré-malignas
de alto grau, passíveis de serem efetivamente tratadas e não evoluírem para câncer.
Antes de 25 anos, prevalecem as lesões de baixo grau, cuja maior parte regredirá
espontaneamente e deverá ser apenas observada.
Após 60 anos, por outro lado, se a mulher tiver tido acesso à rotina dos exames
preventivos, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical
é diminuído, dada a sua lenta evolução.
Dos 12 milhões de exames realizados por ano, o que teoricamente cobriria 36 milhões
de mulheres (aproximadamente 80% da população-alvo do programa), mais da
metade é repetição desnecessária, ou seja, realizados antes do intervalo proposto,
diminuindo a efetividade do programa.
Recomendação
Recomenda-se o rastreamento de câncer de mama
bianual por meio de mamografia para mulheres entre 50 e
74 anos. Grau de recomendação B.
A decisão de começar o rastreamento bianual com
mamografia antes dos 50 anos deve ser uma decisão
individualizada, levando em consideração o contexto da
paciente, os benefícios e os malefícios. Grau de
recomendação C.
O câncer de mama, quando identificado em estádios iniciais (lesões
menores que 2 cm de diâmetro), apresenta prognóstico mais favorável e a
cura pode chegar a 100%. Em países que implantaram programas efetivos
z de rastreamento, a mortalidade por esse tipo de câncer vem apresentando
z tendência de redução.
Estima-se que cerca de 25% a 30% das mortes por câncer de mama na
população entre 50 e 69 anos podem ser evitadas com estratégias de
rastreamento populacional que garantam alta cobertura da população-alvo,
qualidade dos exames e tratamento adequado (WHO, 2008).
Por que é
importante As evidências de impacto do rastreamento na mortalidade por essa
neoplasia justificam sua adoção como política de saúde pública, tal como
rastrear? recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Na análise dos malefícios, cabe considerar o número de mortes por câncer de mama
induzido por radiação, a taxa de resultados falso-positivos que implicam exames
complementares e maior ansiedade nas mulheres, além do sobrediagnóstico (overdiagnosis)
e sobretratamento (overtreatment), dados pelo fato de muitas lesões malignas de
comportamento indolente (pouco agressivo) serem identificadas e tratadas
independentemente da certeza sobre a evolução.
Para cada 2.000 mulheres convidadas para o rastreamento durante 10 anos, uma morte é
evitada e 10 mulheres são tratadas desnecessariamente (Screening for Breast Cancer with
Mammography – Review – The Cochrane Collaboration, Gozstche e Nielsen, 2006). A
estratégia brasileira para controle do câncer de mama está definida no Documento de
Consenso (BRASIL, 2004), elaborado pelo INCA, em parceria com gestores do SUS,
sociedades científicas e universidades.
Conforme o Consenso, a mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos
preconizados para o rastreamento de câncer de mama na rotina de atenção integral à saúde
da mulher.
Quando é importante o exame?
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O risco de câncer de mama aumenta com a idade e o rastreamento populacional para essa doença
deve ter como alvo as mulheres na faixa etária de maior risco.
Recentemente, a USPSTF fez novas recomendações que ainda não foram totalmente incorporadas
nas recomendações do INCA (2004).
Vale ressaltar que, em contextos em que a mamografia não é de acesso universal para o
rastreamento, o ECM passa a ser alternativa importante para a detecção substancial de casos de
câncer de mama (USPSTF).
Já o ensino sistematizado do autoexame não reduz a mortalidade por câncer de mama, porém orientar
a mulher a estar atenta à saúde da mama ajuda no diagnostico precoce. Desse modo, aquela que
apresentar queixas relacionadas às mamas deve ser prontamente acolhida para realização do ECM
(USPSTF).
É recomendável que o resultado do exame clínico seja descrito
z
seguindo as etapas de inspeção visual, palpação das axilas e
regiões supraclaviculares e tecido mamário. É considerado
exame normal ou negativo quando nenhuma anormalidade for
identificada e anormal quando achados assimétricos
Como demandarem investigação especializada.
Os resultados do
exame mamográfico O tipo de procedimento
são classificados de de investigação
acordo com o Breast Em relação à
diagnóstica
Imaging Reporting and mamografia, para
complementar depende
Data System (BI- cada resultado de
da lesão encontrada
RADS®), publicado categoria BI-RADS®,
nos achados clínicos
pelo Colégio é prevista uma
(lesões palpáveis e
Americano de conduta, desde o
lesões não palpáveis)
Radiologia (ACR) e retorno à rotina do
traduzido pelo Colégio e/ou dos resultados
rastreamento até o
Brasileiro de radiológicos. O Quadro
encaminhamento para
Radiologia (BRASIL, 9.5 sintetiza os
investigação
2007). Esse sistema resultados do exame
diagnóstica e/ou
utiliza categorias de 0 mamográfico e as
tratamento em
a 6 para descrever os principais condutas da
unidades de
achados do exame e atenção primária no
referência.
prevê as rastreamento de câncer
recomendações de de mama.
conduta.
Resultados da mamografia e condutas da atenção
z básica no rastreamento de câncer de mama:
z
Atenção Primaria à Saúde/Atenção Básica
As ações da Atenção Básica são diversas no controle dos cânceres do
colo do útero e da mama. Vão desde cadastro e identificação da
população prioritária ao acompanhamento das usuárias em cuidados
paliativos.
É fundamental que nas consultas o profissional realize o exame clínico das mamas
para detectar lesões palpáveis. Além de solicitar o exame, cabe realizar orientações
sobre a forma que o exame é feito, bem como a sua importância para fortalecer a
aderência da usuária à sua realização.
Grande parte das necessidades em cuidados paliativos pode ser realizada pela
equipe, na UBS ou no domicílio da usuária.