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ESPÉCIE: REQUERIMENTO DE REGISTRO DE CANDIDATURA
PROCESSO Nº 06006592820186250000
INTERESSADO:BELIVALDO CHAGAS SILVA
RELATOR(A): JOSÉ DANTAS DE SANTANA
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355 c/c 15, ambos do CPC.
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ingressou com a AIRC), situação que, na visão do Parquet Eleitoral, gera a
inelegibilidade pretendida pelo impugnante, pelas razões seguintes.
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- Considerando que a Constituição Federal, em seu art. 37, inciso
II, exige a realização de concurso público para a investidura em
cargos, empregos ou funções públicas;
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prejudica os alunos uma vez que estes demandam tempo para se
readequarem aos novos métodos de aprendizagem adotados;
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Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 87, Data
10/05/2013, Página 27 )
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em que poderia perfeitamente ter sido obtida pelo candidato durante o
processamento de seu registro de candidatura e utilizada em sua defesa.
Nesse sentido: Acórdão nº 156, Ação Rescisória nº 156, relª Ministra
Ellen Gracie, de 21.10.2003.
2. O autor pretende simplesmente rediscutir a causa de indeferimento
de seu registro, o que não é possível por meio da via excepcional da
ação rescisória.
Agravo regimental a que se nega provimento". (TSE - AAR 209-
Jucurutu/RN, Rel. Min. Carlos Eduardo Caputo Bastos, unânime, j. Em
31/03/2005, pub. DJ 20/5/2005, p. 113)
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"RECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATURA.
INDEFERIMENTO. INELEGIBILIDADE. REJEIÇÃO DE CONTAS.
CONTRATAÇÃO DE CONTADOR SEM CONCURSO
PÚBLICO. IRREGULARIDADE INSANÁVEL. LIMINAR. TCE.
MOMENTO. POSTERIORIDADE . DECISÃO. RECURSO. TRE.
INEFICÁCIA. SUSPENSÃO. INELEGIBILIDADE.
DESPROVIMENTO.
1. A partir da interpretação dada à ressalva da alínea g do inciso I do
art. 1º da LC nº 64/90, firmada no Verbete nº 1 da Súmula do Tribunal
Superior Eleitoral, é necessário que, para afastar a cláusula de
inelegibilidade, se obtenha, anteriormente ao pedido de registro de
candidatura, provimento judicial ou administrativo que suspenda os
efeitos da decisão de rejeição de contas.
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2. Não sendo possível determinar se a propositura ocorreu até o pedido
de registro, como exige o Enunciado nº 1 da Súmula desta Corte
Superior, o efeito suspensivo atribuído pelo TCE à decisão que rejeitou
as contas não tem o condão de afastar a inelegibilidade prevista na
alínea g do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90.
3. Recurso especial a que se nega provimento". (TSE - RespE 29520-
Esperança Nova/PR, Rel. Min. Marcelo Ribeiro, unânime, j. em
2/10/2008, pub. em sessão).
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sua oposição à medida impugnada - responde pela contratação de
servidores, sem concurso público, para o Legislativo municipal.
(...)
13. Recurso Especial não provido. (REsp 817557/ES, 2ª T., Rel. Min.
Herman Benjamin, unânime, j. em 2/12/2008, pub. DJe 10/2/2010)
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3.6. Nos termos do inciso V, do artigo 11, da Lei 8.429/92, constitui ato
de improbidade que atenta contra os princípios da administração
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, notadamente a
prática de ato que visa frustrar a licitude de concurso público. Nesse
sentido, a "contratação de funcionários sem a observação das
normas de regência dos concursos públicos caracteriza
improbidade administrativa" (REsp 817.557/ES, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 10.02.10).
(...)
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Portanto, tendo em vista que os fatos que ensejaram a rejeição das
contas do recorrente pelo TCE configuram vício insanável e ato doloso de
improbidade administrativa (arts. 10 e 11 da Lei n. 8.429/92), conclui-se
que BELIVALDO CHAGAS SILVA encontra-se inelegível, devendo seu registro
de candidatura ser indeferido, nos termos do art. 14, § 9º, da Constituição
Federal c/c art. 1º, inciso I, alínea "g", da Lei Complementar nº 64/90 (redação
da LC 135/2010).
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Por todos os fundamentos expostos, o MINISTÉRIO PÚBLICO
ELEITORAL oficia pela procedência da ação de impugnação de registro de candidatura
- AIRC - (ID 33.369) e, consequentemente, pelo INDEFERIMENTO o presente
requerimento de registro de candidatura.
EUNICE DANTAS
PROCURADORA REGIONAL ELEITORAL
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