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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Aprovado em 11 de Dezembro:
_____________________________________________
José Mario Doleys Soares, Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
_____________________________________________
Rogério Cattelan Antocheves de Lima, Dr. (UFSM)
_____________________________________________
Juliana Pippi Antoniazzi, Dr. (UFSM)
Santa Maria, RS
2017
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica geral sobre as
manifestações patológicas mais comuns em estruturas de concreto armado,
detalhando as causas, ensaios para detecção e possíveis soluções para as mesmas.
Além disso, foi realizado um estudo de caso para aplicação das informações
estudadas. Primeiramente, é feita uma descrição de alguns conceitos relevantes
sobre estruturas de concreto armado. A seguir, é discutida a fundamentação sobre
patologia em estruturas de concreto armado, descrevendo as causas e os tipos de
manifestações. Conhecendo-se estes mecanismos de funcionamento das
manifestações patológicas, elas podem ser evitadas antes que ocorram, tanto na
fase de projeto, execução ou utilização. Também são apresentados os ensaios mais
comuns que podem ser realizados para identificação do tipo, causa e intensidade
das manifestações patológicas. A última parte da revisão bibliográfica trata sobre
possíveis soluções de recuperação e reforço das estruturas, para que a estrutura
apresente segurança e durabilidade para os usuários e que cumpra sua função. Por
fim, é relatado um estudo de caso em uma estrutura de concreto armado
abandonada, onde foram verificadas várias das manifestações patológicas e
apresentadas propostas soluções para recuperação e reforço para possível
continuidade da obra. Com o trabalho, concluiu-se que a falta de cobertura e
vedação teve grande impacto no aumento das manifestações apresentadas.
ABSTRACT
This work has as objective make a general bibliographical review about the most
common pathological manifestation in reinforced concrete structures, detailing the
causes, tests for detection and possible solutions for the pathologies. Furthermore, a
case study was realized to apply the studied information. First, a description of some
relevant concepts was done, about reinforced structures. Next, the bibliographical
review about pathology in reinforced structures is discussed, describing the causes
and the types of manifestations. Knowing the operating mechanisms of pathological
manifestations, it can be avoided before they occur, both in the phase of design,
execution or use. Also, was presented the most common tests that can be realizes
for identification of the type, cause and intensity of the pathological manifestations.
The last part of the theoretical foundation it is about the possible solutions of
recuperation and reinforcement of structures, so that the structure presents safety
and durability for the users and fulfill your function. Lastly, a case study in an
abandoned reinforced concrete structure is reported, where many presented
pathological manifestations were verified and solutions were proposed to
recuperation and reinforcement for possible continuity of the edification. With this
work, we concluded that the missing roof and seal had a huge impact in the increase
of the presented manifestations.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ataque de sulfatos em estrutura de concreto. ........................................... 21
Figura 2 - Pilar de um edifício com manifestação patológica causada por ataque
álcali-agregado. ......................................................................................................... 22
Figura 3 - Ataque por íons cloretos. .......................................................................... 23
Figura 4– Carbonatação. ........................................................................................... 24
Figura 5 - Vegetação crescendo na junta de dilatação de um viaduto. ..................... 25
Figura 6 - Fissuras provocadas por ressecamento de laje maciça. ........................... 26
Figura 7 - Retração em muro de concreto apoiados no solo. .................................... 27
Figura 8 - Fissura entre alvenaria e laje de cobertura. .............................................. 28
Figura 9 - Viga sub-armada submetida a flexão. ....................................................... 28
Figura 10 - Recalque diferencial causado pela falta de homogeneidade do solo...... 29
Figura 11 - Eflorescência entre vigas. ....................................................................... 30
Figura 12 - Segregação do concreto. ........................................................................ 30
Figura 13 - Esclerômetro com medidor. .................................................................... 32
Figura 14 - Ações para adotar na recuperação de fissuras. ...................................... 34
Figura 15 - Preparação da fenda para injeção. ......................................................... 35
Figura 16 - Reparo de fissura com espessura entre 10mm e 30mm. ........................ 36
Figura 17 - Reparo de uma fissura por grampeamento. ............................................ 37
Figura 18 - Pilar reforçado com perfis metálicos. ...................................................... 39
Figura 19 - Fachada - Rua General Neto. ................................................................. 41
Figura 20 - Fachada - Rua General Sampaio............................................................ 42
Figura 21 - Lojas do pavimento térreo da estrutura. .................................................. 42
Figura 22 - Pilares e vigas que ligariam as duas edificações. ................................... 43
Figura 23 – Armadura positiva exposta de uma laje. ................................................ 44
Figura 24 - Escada com degraus em cascata ........................................................... 45
Figura 25 - Armaduras expostas na escada. ............................................................. 45
Figura 26 - Armadura exposta em uma viga. ............................................................ 46
Figura 27 - Pilares com corrosão de armaduras. ...................................................... 47
Figura 28 - Água empoçada na área da plateia inferior. ........................................... 47
Figura 29 - Umidade e bolor na abertura onde está localizada a escada. ................ 48
Figura 30 - Umidade em uma abertura para passagem de ventilação. ..................... 49
Figura 31 - Segregação do concreto em uma viga. ................................................... 49
Figura 32 - Segregação do concreto na parte inferior de uma laje............................ 50
Figura 33 - Impermeabilização danificada. ................................................................ 50
Figura 34 - Impermeabilização refeita com manta asfáltica. ..................................... 51
Figura 35 - Concreto projetado.................................................................................. 52
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Causas dos problemas patológicos em estruturas de concreto segundo
diversos autores ........................................................................................................ 17
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 13
1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos específicos .......................................................................... 13
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................... 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................. 15
2.1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ................................................. 15
2.1.1 Composição ......................................................................................... 15
2.1.1.1 Concreto ........................................................................................... 15
2.1.1.2 Armadura.......................................................................................... 15
2.1.2 Durabilidade ......................................................................................... 16
2.1.3 Desempenho ........................................................................................ 16
2.1.4 Vida útil ................................................................................................. 16
2.2 PATOLOGIAS DE ACORDO COM A FASE DA OBRA ............................... 16
2.3 CAUSAS DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS .................................... 18
2.3.1 Causas Mecânicas ............................................................................... 18
2.3.2 Causas Físicas ..................................................................................... 18
2.3.2.1 Ciclos de gelo-degelo ....................................................................... 18
2.3.2.2 Tensões térmicas ............................................................................. 19
2.3.2.3 Deformações por retração ou fluência ............................................. 19
2.3.2.4 Desgaste superficial por abrasão, erosão e cavitação ..................... 19
2.3.3 Causas Químicas ................................................................................. 20
2.3.3.1 Ataques por ácidos........................................................................... 20
2.3.3.2 Ataque por sulfatos .......................................................................... 20
2.3.3.3 Ataque por álcali-agregado .............................................................. 21
2.3.3.4 Ataque por cloretos .......................................................................... 22
2.3.4 Causas eletroquímicas – Corrosão de armaduras ........................... 23
2.3.4.1 Carbonatação ................................................................................... 23
2.3.5 Causas Biológicas ............................................................................... 24
2.4 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ............................................................ 25
2.4.1 Fissuração ............................................................................................ 25
2.4.1.1 Ressecamento ou retração plástica ................................................. 26
2.4.1.2 Retração ........................................................................................... 26
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1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre os tipos
de manifestações patológicas que ocorrem em estruturas de concreto armado e
apresentar um estudo de caso.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Composição
2.1.1.2 Armadura
2.1.2 Durabilidade
2.1.3 Desempenho
Nos tempos atuais, com o crescimento acelerado da população faz com que
se necessite cada vez mais velocidade na execução de obras civis. Muitas vezes,
essa rapidez faz com que as obras, erroneamente, não tenham seu projeto,
execução e utilização dentro das normas. Além disso, a utilização de materiais
inadequados também pode acarretar manifestações patológicas.
Segundo Souza e Ripper (1998) há uma dificuldade em analisar qual a
principal atividade responsável pelo aparecimento de manifestações patológicas.
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Isso acontece porque as análises são feitas em locais muito distantes e porque
algumas vezes as causas são tantas que torna-se difícil definir a principal. No
Quadro 1 observa-se a análise de diversos autores, mostrando a porcentagem de
cada atividade nas causas dos problemas patológicos.
Quadro 1 - Causas dos problemas patológicos em estruturas de concreto segundo diversos autores
A ação do hidrogênio pode contribuir para a deterioração dos concretos. A origem mais
comum para o hidrogênio são os ácidos, cujo grau de reação com o concreto é determinado,
primordialmente, pela sua concentração e pela solubilidade do sal de cálcio resultante.
(Souza e Ripper, 1998, p. 39).
O ataque por sulfato pode se manifestar sob a forma de expansão e fissuração do concreto.
Quando o concreto fissura sua permeabilidade aumenta e a água agressiva penetra mais
facilmente em seu interior, acelerando, portanto, o processo de deterioração. (Mehta e
Monteiro, 2008, p.161).
“O chamado ataque por álcalis é uma reação química que ocorre devido ao uso de concretos
com agregados reativos aos hidróxidos alcalinos, normalmente provenientes do cimento. Esta
reação é chamada de reação álcali-agregado (RAA) e possui como consequência a formação
de um gel higroscópico que, na presença de umidade, é capaz de hidratar-se e aumentar de
volume.” Bolina et. al. (2013, p. 597).
Figura 2 - Pilar de um edifício com manifestação patológica causada por ataque álcali-agregado.
2.3.4.1 Carbonatação
al. (2013, p. 600). Esse gás carbônico reage com a água presente nos poros do
concreto e causa a diminuição do pH, ocorrendo a destruição da camada passivante
do aço, conforme Silva (2006). Na Figura 4 é apresentado um desenho de como
ocorre a carbonatação.
Figura 4– Carbonatação.
2.4.1 Fissuração
2.4.1.2 Retração
2.4.1.4 Carregamento
verificação pode ser feita por meio do uso de um detector de metais (pacômetro),
junto com o estudo do projeto estrutural.
O testemunho deve ser íntegro, sem fissura, segregação, ondulações, e não
podem possuir materiais estranhos, como madeira, segundo a NBR 7680/2015.
Testemunhos com algum desses problemas devem ser descartados.
2.5.2 Esclerometria
2.5.3 Ultrassom
2.6.1 Fissuras
E para fissuras com abertura maior que 30mm deve-se utilizar um cordão de
poliestireno extrudado ou uma mangueira plástica para apoio e isolamento do
selante ao fundo da fenda. A seguir aplica-se resina, geralmente epoxídica, para
aderência do mastique, colocado logo a seguir para o fechamento da fissura. Deve-
se observar no caso de fissuras com um abertura maior que 30mm se a superfície
dos bordos da fissura também não necessita de reforço, conforme Souza e Ripper
(1988).
2.6.3 Reforço
Segundo Cánovas (1988), o reforço com perfis metálicos é uma das técnicas
mais antigas dentro do campo dos reforços. Sua execução exige certos cuidados
para se conseguir a máxima eficiência e como o reforço não trabalha nas condições
para as quais foi projetado, podem aparecer defeitos secundários em outras partes
da edificação.
O reforço em pilares, conforme Cánovas (1988), ocorre quando os pilares
possuem capacidade de carga deficiente. Geralmente, os pilares são reforçados
com cantoneiras metálicas colocadas nos quatro cantos e unidos lateralmente entre
si por meio de presilhas soldadas. O inconveniente deste método é que o sistema só
entra em funcionamento quando o concreto atinge a ruptura. Para que isso não
ocorra é necessária a ligação das chapas com o as vigas, lajes ou fundações que
estão ligadas ao pilar, como mostrado na figura 18.
39
3 ESTUDO DE CASO
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
A estrutura nessa parte da construção é composta de subsolo, lojas e
sobrelojas, que não foram analisados pois estão em uso (Figura 21), e a parte
superior onde seria localizado o cinema, com sala de espera, plateia superior,
inferior e depósito.
Fonte: Autor.
43
Os pilares e vigas que ligariam uma edificação foram construídos porém não
foram finalizados e estão expostos a intempéries, conforme mostra a Figura 22.
Fonte: Autor.
3.2.1.1 Lajes
A armadura positiva, na parte inferior das lajes, foi a que apresentou maior
exposição, como mostrado na Figura 23. Em praticamente todas as lajes analisadas
a armadura inferior estava exposta. Isso pode ter sido ocasionado pelo cobrimento
44
Fonte: Autor.
3.2.1.2 Escadas
A edificação apresenta duas escadas, uma em cada lado para subir na sala
de espera. Elas são arredondadas e com degraus em cascata (Figura 24). Ambas
apresentam manifestações patológicas na parte inferior onde há armaduras
expostas (Figura 25). É possível que esse dano tenha ocorrido porque as armaduras
estavam com o espaçamento muito pequeno e o agregado não atravessou o
espaçamento e não permitiu que a argamassa cobrisse toda a armadura. Também,
pode ter ocorrido devido ao pequeno cobrimento que fez com que o concreto se
desprendesse.
Apesar da exposição desta armadura, visualmente ela ainda não apresenta
grandes sinais de corrosão.
45
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
3.2.1.3 Vigas
Fotos: Autor.
O problema de corrosão mais grave encontrado foi nas armaduras dos pilares
da fachada da edificação e em alguns pilares internos. Uma grande parte dos pilares
estava com a armadura exposta próxima ao piso (Figura 27). Devido ao nível de
corrosão que apresentavam aparentemente, pode-se fazer necessário a reforço da
estrutura após sua recuperação. No segundo pilar da Figura 27 pode-se observar
que a armadura longitudinal já está causando um aumento na fissuração e
desplacamento de concreto devido seu estado de corrosão (aumento de volume).
47
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
48
Fonte: Autor.
49
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
51
Fonte: Autor.
3.3.2 Recuperação
Para o caso das lajes com a armadura exposta, por ser uma área onde não é
possível a utilização de formas, pode-se utilizar concreto projetado como
mencionado no item 2.6.3.1. A limpeza da armadura corroída e do concreto
danificado, anteriormente ao lançamento do concreto projetado, também deve ser
executada. Pode se fazer necessário a colocação de armadura extra adicional para
atender a resistência necessária de suporte da laje. A desvantagem é a onerosa
mão de obra e equipamentos para realização do concreto projetado. Pode-se
observar como é executado o concreto projetado na Figura 35.
Figura 35 - Concreto projetado
3.3.2.3 Umidade
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLINA, F.; CIOCCARI, L.; OLIVEIRA, M. et. al. Revisão da durabilidade e vida
útil das estruturas de concreto frente a mecanismos químicos de deterioração.
XII Congreso Latino americano de Patología de la Construcción y XIV Congreso de
Control de Calidad en la Construcción - CONPAT. Colômbia, 2013.
PECCHIO, M.; KIHARA, Y.; BATTAGIN, A. F. et. al. Produtos da reação álcali-
silicato em concretos de edificações da região do grande recife – PE. 48º
Congresso Brasileiro do Concreto. São Paulo. 2006.
RIPPER, E. Como evitar erros na construção. São Paulo: Editora Pini, 3 ed.,
1996. 168p.