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Introdução ao LATEX
Outubro de 2010
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Endereço eletrônico rodrigoozon@yahoo.com.br Vide meu Curriculum Lattes. Erros e omissões são de minha
completa responsabilidade.
Ou é um Universo muito bem organizado ou um caos que se encolheu e abraçou a si mesmo, porém, em qualquer
caso, é um Universo, mesmo assim. Mas pode uma certa ordem substituir dentro de ti, enquanto se encontra a
desordem no Todo ?
– As meditações de Marco Aurélio, IV:27 (Século II)
Resumo
2 Procedimentos de Instalação 7
1 Introdução
O LATEX (ou simplesmente LaTeX, em forma escrita) é um conjunto de macros para
o processador de textos TEX utilizado amplamente para a produção de textos matemáticos
e cientı́ficos devido à sua alta qualidade tipográfica. Muitos economistas deparam-se com as
dificuldades quando necessitam escrever documentos cientı́ficos e de alta perfomance, com uma
formatação apresentável e técnica. Entretanto o LATEX , também é utilizado para produção de
cartas pessoais, artigos e livros sobre assuntos muito diversos.
Ele foi desenvolvido por Leslie Lamport a partir do programa TEX criado por Donald Knuth.
Podemos dividir os programas de processamento de texto em duas classes. Com os chamados
processadores de texto, existe um menu na tela apresentando os recursos, que podem ser usados
no processamento do texto, que por sua vez podem ser selecionados com o uso do mouse. Depois
de selecionado um recurso, o texto é digitado e aparece na tela exatamente como vai ser impresso
no papel. O usuário pode ver logo no estágio de entrada do texto, se o texto será impresso como
esperado. Este método é chamado “what-you-see-is-what-you-get” ou simplesmente WYSWYG.
A segunda classe, que é a que pertence o LATEX o processamento do texto é feito em duas
etapas distintas. O texto a ser impresso e os comandos de formatação são escritos em um
arquivo fonte com o uso de um editor de textos, isto é, um programa que escreve textos em meio
magnético. Em seguida o arquivo fonte é submetido a um programa formatador de textos, no
nosso caso o LATEX, que gera um arquivo de saı́da, que pode ser impresso ou visualizado na tela.
Programas deste tipo podem parecer inicialmente mais complicados do que os do outro
tipo, mas apresentam uma série de vantagens em relação aos processadores de texto (logicamente
apresentarei mais vantagens do que desvantagens), como por exemplo:
• Escrita de fórmulas complexas usando apenas comandos, sem distorcer o texto, como por
Ra 2
exemplo, 0 e−x dx, obtido com o comando
$\int_{0}^{a} e^{-x^2}dx$
• Ambos TEXe LATEX são programas livres, permitindo que existam versões para pratica-
mente todo sistema operacional disponı́vel.
2 Procedimentos de Instalação
Nos exemplos a seguir criaremos algumas equações utilizando o LATEX com o auxı́lio do editor
TeXcNiCenter.
6.1 Instalação
Para pode usar o abnTeX é preciso (logicamente) ter LATEX instalado. Há várias imple-
mentações, MikTeX é o mais usado em ambientes Windows. Para Unix, Linux e Mac o mais
usado é o teTeX. No Conectiva Linux o teTeX costuma estar localizado no segundo CD.
Uma vez instalado o LATEXverifique se há os seguintes pacotes instalados:
• O pacote setspace.sty
Antes de tudo, veja se você tem instalado o pacote setspace.sty. Sem esse pacote a classe
não funcionará.
• Se o seu MikTeX é recente, ele tem o MikTeX Package Manager. Abra-o e procure pelo
pacote setspace. Veja se ele está instalado, e caso nao esteja, instale-o. (É super simples:
no campo Name escreva setspace, clique em filter. aparecerá setspace mesmo que o pacote
nao esteja instalado. Clique sobre o pacote e se o botão + acender, o pacote não está
instalado. Clique sobre + e pronto.)
• Se seu MikTeX não tem o Package Manager, faça uma busca pelo arquivo setspace.sty.
Caso o arquivo não seja encontrado, vá à CTAN (repositório de arquivos para TEX),
procure pelo arquivo, puxe-o e ele será colocado no mesmo lugar em que o abnt.cls estiver
(dito a seguir). Isso instalará o pacote.
Vá até a página de download abnTeX e puxe o arquivo abntex− <versão>.zip e o descom-
pacte em uma pasta temporaria.
Encontre a pasta na qual o MikTeX instalou seus arquivos. A pasta default varia com as
versões do MikTeX. Pode ser C:/texmf, C:/Arquivos de Programas/texmf ou outra qualquer.
Para estas instruções, vou supor que a pasta do MikTeX é C:/texmf. (Dica: se não souber qual
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é a pasta, procure pelo arquivo latex.exe ou report.cls com a ferramenta “localizar” do Windows
Explorer e veja onde está a pasta “texmf ”)
Após extrair os arquivos de abntex− <versão>.zip numa pasta (vou supor que o conteudo
foi extraı́do na pasta C:
temp).
2. Agora vá na pasta C:/texmf, clique no painel direito (o dos arquivos) e cole (aperte Con-
trol+V).
3. (Se voce estava esperando um lugar para colocar o setspace, coloque-o na pasta C:/texmf/tex/latex/abn
4. IMPORTANTE!!! É necessário atualizar os arquivos que o latex sabe que existem. Para
fazer isso, vá em Menu Iniciar > MiKTeX > MiKTeX Options e clique no botão Refresh
Now, dentro do quadro File name database. Se não o encontrar (o MiKTeX muda a
maneira a cada versão), tente ir a Menu Iniciar > MiKTeX ¿ Maintenance e rode Refresh
Filename Database, ou algo semelhante a isso.
Obs.: Instale o pacote setspace.sty se este não tiver instalado leia a documentação que vem com
os arquivos compactados. Lá você encontrará um Makefile para uma instalação mais automática.
Testando.
e rode:
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latex teste
bibtex teste
latex teste
latex teste
e visualise no seu programa preferido (isto depende da sua instalação).
No MATLAB existe um comando latex(expr) que gera uma representação em LATEX da expressão
simbólica expr. Exemplo:
Neste link você pode encontrar os pacotes para integração do Stata com o LATEX .
Por exemplo, eu baixei o pacote estout.zip em seguida abri o arquivo .zip e descompactei
os arquivos numa pasta temporária qualquer. Abri o Stata e digitei net from C:/ESTOUT, ou
seja, o diretório onde descompactei o arquivo. Finalmente digitei no Stata net install estout,
replace .
Para obter maiores esclarecimentos é só ir no help do Stata e visualizar os exemplos (demos)
que já vem prontos.
7.3 LATEX e R
O Sweave é uma biblioteca do R que permite a interpretação de uma seção do R dentro do texto
em LATEX .
Para integração com o R os procedimentos são mais simples: (Extraı́do de http://www.linux.ime.usp.br/
Para se escrever um texto usando o sweave, você terá que usar uma das extensões abaixo:
• .rnw ou .Rnw
• .snw ou .Snw
\documentclass [a4paper]{article}
\title {Sweave Example 1}
\author {Fábio Rampazzo Mathias }
\begin {document}
\maketitle
Neste exemplo mostramos como é o fonte de um arquivo a ser interpretado usando sweave.
<<>>=
(código em R)
@
\end{document}
Perceba que o documento é igual ao documento .tex, a única diferença é da sintaxe “<<>>=”
até “”, que será o código interpretado pelo R. O sweave abrirá o R, executará todos os códigos
do R que estão no .snw e unirá os códigos não-R com os códigos R já tratados dentro de um
.tex.
O LSD (Laboratory for Simulation Development) é um software livre desenvolvido por Marco
Valente que já contém alguns modelos da teoria econômica embutidos.
Para criar uma interação com o LATEX abra o LSD, escolha a opção Browse Models, escolha
o grupo Example Models em seguida os modelos da literatura, vá em model, run model, file,
load e escolha uma simulação já pré-definida.
Rode o modelo:
Vá em run, run.
Em seguida vá em Model, e selecione Generate LaTeX report. Abra a pasta onde esta
simulação foi salva e abra o arquivo . tex gerado automaticamente pelo LSD.
1. Abra o GeoGebra;
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4. Clique em Gerar Código PsTricks e em seguida copie e cole para o seu editor LATEX o
código gerado.
\psfractal[type =Mandel , xWidth =10cm , yWidth =10cm , dIter =15](-2.5 , -1.3) (0.7,1.3)
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Onde: type : pode ser Julia (para conjunto Julia) ou Mandel (Mandelbrot)
xWidth : é a largura do comprimento do eixo horizontal (plano cartesiano eixo de x)
yWidth : é a largura do comprimento do eixo horizontal (plano cartesiano eixo de x)
dIter : Nro de iterações. A cor é estabelecida pelo comprimento de onda para RGB conversão
do número iteração, onde dIter é o passo, por 1 predefinida. O comprimento de onda é dado
pelo valor do iter acrescentado de 400.
Você ainda tem a opção de colocar depois do comando yWidth =10cm, para o background
da figura, que são as cores das partes convergentes do fractal....
Exemplo de figura fractal Mandelbrot gerada pelo LATEX ... dIter =15 E será criado dois
belos triângulos de Sierpinski no seu documento .tex ...basecolor=white, ou variantes red, blue,
black, etc, para o background da figura, que são as cores das partes convergentes do fractal....
Exemplo de figura fractal Mandelbrot gerada pelo LATEX ...
2o a) O comando plotpoints
Esta opção somente é valida para criar triângulos de Sierpinski.
Por exemplo, digite os seguintes comandos no seu documento:
E será criado dois belos triângulos de Sierpinski no seu documento .tex ...
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Finalizando
Você pode criar várias outras imagens complexas como por exemplo:
ou então
Cı́rculos de Apolônio
Árvores
As imagens que o LATEX reconhece geralmente devem respeitar as extensões .ps (coloridas)
ou .eps (preto e branco).
Um software muito útil e leve (também é free) é o Gimp. Com ele a conversão para .ps ou
.eps fica extremamente facilitada.
A única recomendação que faço é que você sempre salve os arquivos .ps ou .eps gerados pelo
Gimp no seu diretório C: para que o caminho do arquivo não apareça sobreposto a figura.
Para que você não sofra com a criação de tabelas no seu documento LATEX (vide apostila
do Reginaldo J. Santos), recomendo que você primeiramente a crie no Excel e em seguida abra o
seu navegador de internet, acesseo google e digite lá Excel2LaTEx e selecione o idioma da busca
para o português. A primeira referência que o google achará provavelmente será a do site do
Adriano Gonçalves que contém um conversor online para o formato .tex.
A tarefa é muito simples, basta que você copie a tabela gerada no Excel e cole no campo do
site para que ele automaticamente converta para o formato de tabela do LATEX
Para que você saiba quais são as demais opções de conversão de formatos .tex para outros
vide o Wiki do Tex-BR em www.tex-br.org.
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Referências
[1] CTAN The Comprehensive TEX Archive Network.
Disponı́vel em: < http://www.ctan.org >.