Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Curso
Licenciatura em Pedagogia EaD
Coordenadora do Curso
Maria Lucia Queiroz Guimaraes Hernandes
Disciplina
Educação Ambiental
Professores
Cristiane Fortes Gris Baldan
Hugo Baldan Júnior
Diagramação da Capa
Igor Xavier de Magalhães Silva Brasil
Diagramação
Pamela Hélia de Oliveira
Muzambinho
2018
Apresentação da disciplina
Abraço!
Sumário
1.
1.2 Educação ambiental como base para a reversão do quadro atual .......................................... 4
2.3 A importância da lei 9.795/99 e das diretrizes curriculares nacionais da educação ambiental
para docentes ................................................................................................................................... 30
2.4 Um olhar sobre a educação ambiental expressa nas diretrizes curriculares nacionais para a
educação ambiental ......................................................................................................................... 46
2.4.4.Considerações finais........................................................................................................... 57
3.3.2 Trabalho com a educação ambiental dentro das atuais práticas pedagógicas .................. 84
3.4 A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais ......................................... 103
1
Educação Ambiental:
Histórico, Conceitos e
Princípios
Celso Marcatto
Licenciatura em Pedagogia
Educação Ambiental: Histórico, Conceitos e Princípios
Adaptado de: MARCATTO, Celso. Educação ambiental: conceitos e princípios. 1
ed. Belo Horizonte: FEAM, 2002. 64p.
1.1 Introdução
do que conhecia-se no passado. Isso, porém, não tem sido suficiente para deter o
processo de degradação ambiental em curso.
Essas são questões relevantes e atuais que estão, cada vez mais, atraindo a
atenção de organismos de estado, organizações não-governamentais e parcelas
significativas da população, sejam elas organizadas ou não.
Recuperar e preservar o meio ambiente não pode e não deve ser uma tarefa
Educação Ambiental: Histórico, Conceitos e Princípios 3
CURSO SUPERIOR DE
LICENCIATURA EM
PEDAGOGIA
exclusiva dos organismos de Estado, mesmo porque, a realidade tem mostrado que
somente leis, normas, regulamentos e fiscalização punitiva por parte do Estado não
são suficientes para deter o avanço do processo de degradação ambiental em curso.
As possíveis respostas para as questões que envolvem a compatibilização
entre desenvolvimento e conservação/preservação passam necessariamente pela
participação da sociedade civil, pelo coletivo. A população deve estar sensibilizada
para o problema e disposta a contribuir, a trabalhar conjuntamente com os organismos
governamentais no processo de uso sustentável, no controle e preservação dos
recursos naturais.
1.7.1 Antecedentes
Grupo de trinta especialistas que se reuniu na Itália, a convite de um empresário preocupado com as questões
ambientais, para debater sobre “a crise atual e futura da humanidade”.
seus efeitos econômicos, sociais e ecológicos. Nessa época tem início um processo
de tomada de consciência de que os problemas como poluição atmosférica, chuva
ácida, poluição dos oceanos e desertificação são problemas universais.
Carta da Terra: declaração de princípios da ECO 92, sem força de lei e sem
detalhamento de medidas concretas a serem adotadas.
- A Agenda 21 estabelece que cada país deve elaborar sua própria Agenda 21
Nacional.
REFERÊNCIAS
ALLEN, P. Connecting the social and the ecological in sustainable agriculture. In:
_____. Food for the future: conditions and contradictions of sustainability, New
York: John Wiley & Sons, 1993. p.1-16.
MEDINA, N.M. Breve histórico da Educação Ambiental. In: PADUA, S.M.; Tabanez,
M.F. (Orgs)., Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília: Instituto
de Pesquisas Ecológicas, 1997. 283p..
2
Educação ambiental:
aspectos legislativos
Celso Marcatto (adaptado)
Licenciatura em Pedagogia
Educação ambiental: aspectos legislativos
2.2
Divisor de Águas
Ministério do Meio Ambiente
Licenciatura em Pedagogia
Educação ambiental: aspectos legislativos
2.2 Divisor de Águas
Edgar Morin
Dizem que no Brasil certas leis “pegam” e outras não. Em 27 de abril de 1999,
quando o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a
lei 9.795/99, que “dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional
de Educação Ambiental e dá outras providências”, o fato foi festejado entre
educadoras/es ambientais de todo país. No entanto, sabiam que havia um longo
Educação ambiental: aspectos legislativos 23
CURSO SUPERIOR DE
LICENCIATURA EM
PEDAGOGIA
trajeto a percorrer para garantir uma mudança efetiva no contexto brasileiro, para
levar a EA ao cotidiano de brasileiras/os.
Nesse sentido, ele destacou, como acerto do texto legal, a visão não-
reducionista da EA exposta no artigo 4. É onde se recomenda: “a concepção do
meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio
natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade”, na
escala local, regional, nacional e global.
Vale saber que o artigo 1 da mesma lei foi dos mais criticados por militantes e
pesquisadoras/es da área por caminhar na direção contrária. Lá se define a EA
como: “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para
a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Destacar a conservação ambiental na
definição oficial da EA seria, segundo as críticas, deixar de lado a visão consolidada
na América Latina, questionadora do modo de produção e consumo, das injustiças
socioambientais, causas e consequências da degradação ambiental. Também
permitiria delegar para outro plano as ações pela melhoria da qualidade de vida, o
controle social e participação de seres humanos, entendidas como parte da EA.
Quem lê a lei hoje, terá curiosidade em saber o teor do Artigo 18, onde
consta a palavra “(vetado)”. Originalmente, é nesse ponto que a lei atenderia a
antiga reivindicação de quem é do ramo, de criar um mecanismo para a
sustentabilidade da EA. O texto vetado previa que pelo menos 20% da arrecadação
de multas decorrentes do descumprimento de leis ambientais fossem direcionados a
ações de EA. Segundo notícias da época, o veto – que desagradou educadoras/es
e ambientalistas, atendeu argumento do Ministério da Fazenda, de que parte dos
recursos das multas já iam para o MMA. Na justificativa do veto, consta que outra
Lei, a dos Crimes Ambientais, já impõe que recursos de multas sigam para os
fundos nacionais do Meio Ambiente e Naval, além de outros, estaduais e
municipais.
2.3
A importância da lei
9.795/99 e das diretrizes
curriculares nacionais da
educação ambiental para
docentes
Berenice Gehlen Adams
Licenciatura em Pedagogia
Educação ambiental: aspectos legislativos
2.3 A importância da lei 9.795/99 e das diretrizes curriculares nacionais da educação ambiental para docentes
Resumo
Apresentação
Entre várias definições sobre o que é EA, destaca-se que, para Medina
(2001):
Portanto, percebe-se que foi preciso criar outras ferramentas jurídicas que
possibilitassem o avanço desta prática. E foi com a publicação da Lei 9.795, de
27/4/99, que dispõe sobre a EA, e que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências é que esta prática educativa ganhou mais
força.
Para que seja alcançado com êxito o primeiro objetivo fica claro que o
trabalho de vivências com estes documentos deve se iniciar pela Lei que
regulamenta a EA em nosso País.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2.4
Um olhar sobre a
educação ambiental
expressa nas diretrizes
curriculares nacionais
para a educação
ambiental
Taís Conceição dos Santos e Marco Antônio Ferreira da
Costa
Licenciatura em Pedagogia
Educação ambiental: aspectos legislativos
2.4 Um olhar sobre a educação ambiental expressa nas diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental
SANTOS, T.C. dos; COSTA, M.A.F. da. Um olhar sobre a educação ambiental
expressa nas diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental. Revista
Práxis, ano VII, n.13, janeiro 2015.
Resumo
2.4.1 Introdução
mais uma visão reducionista do conceito de EA, na qual são privilegiadas apenas
questões relativas ao meio ambiente, restringindo suas atividades ao ensino da
ecologia.
A Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 225 afirma que “Todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL,
1988). Contudo, Santos (2000) destaca que, no Brasil, mesmo constando na
Constituição Federal que a promoção da EA deve ser em todos os níveis de ensino,
pouco estava sendo feito no contexto educativo para a sua implantação de forma
satisfatória e eficaz.
de ensino.
2.4.2 Metodologia
que ele rompe com o paradigma pedagógico tradicional, que acaba por reduzir a
EA a explicações simplificadas e desconexas, ao contrário pelo princípio do
pensamento complexo o meio ambiente deve ser estudado de maneira
integradora.
ambiental sustentável.
2.4.4.Considerações finais
REFERÊNCIAS
BECK, C.G; ARAUJO, A.C.; CÂNDIDO, G.A. Problemática dos Resíduos Sólidos
Urbanos do Município de João Pessoa: Aplicação do Modelo P-E-R. Qualit@s
Revista Eletrônica, v.8, n.3, 2009.
DIAS, G.F. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9ª edição. São Paulo: Gaia,
2004.
DUTRA, F.; TERRAZZAN, E.A.E. Reflexos das normativas legais sobre formação de
3
Educação Ambiental e a
Formação de Professores
Cristiane Fortes Gris Baldan e Hugo Baldan Júnior
Licenciatura em Pedagogia
1 Educação Ambiental e a Formação de Professores
pelo Ministério do Meio Ambiente “Muito por Fazer”; na Unidade 3.2 o texto
“Educação Ambiental e formação de professores” de autoria de Maria Esther
Pereira Flick; na Unidade 3.3 “A formação do professor e a educação ambiental” de
Alfredo Morel dos Reis Júnior e por fim, na Unidade 3.4 “Importância da educação
ambiental na escola nas séries iniciais” de autoria de Medeiros e colaboradores.
3.1
Muito por Fazer
Ministério do Meio Ambiente
Licenciatura em Pedagogia
Educação Ambiental e a Formação de Professores
3.1 Muito por Fazer
“Gasto este momento mágico a olhar para o fundo das coisas, até ao limite do
espanto.”
João Apolinário
preconceito dos próprios pais dos alunos (“lugar de estudante é na escola”). E, nas
universidades, a maioria dos cursos de administração, jornalismo, direito, economia
e engenharia, entre outros, ainda não tinha incorporado a dimensão ambiental em
seus currículos. Portanto, delas sairiam profissionais despreparados, que iriam
“engrossar o rol dos devastadores”.
3.2
Educação Ambiental e
Formação de Professores
Maria Esther Pereira Flick
Licenciatura em Pedagogia
Educação Ambiental e a Formação de Professores
3.2 Educação Ambiental e formação de professores
Resumo
A escola, é de longe, o lugar mais adequado para a inserção das práticas
educacionais inerentes ao meio ambiente. Um dos desempenhos mais respeitáveis
da escola é sua força de influência e transformação em relação a conceitos da
comunidade em que está inserida. Nesse contexto e, na temática ambiental, a
escola oferece um impacto expressivo na sociedade, através da sua mais fiel
tradução: o trabalho dos profissionais em educação, em função da abertura de
caminhos de difusão com os alunos, que permitam reflexões sobre o papel destes,
como cidadãos em relação ao meio ambiente. Este é o mister do professor: a
A forma holística pela qual deveria ser tratada a Educação Ambiental fica
relegada ou, ainda não foi adotada, pela escola e pelos educadores ambientais. É
público e notório que a Educação Ambiental é – timidamente, desenvolvida nas
escolas, estando na maioria das vezes ausente das práticas adotadas pelos
educadores, não obstante algumas atividades pontuais sejam propostas inerentes “à
preservação do ambiente”.
De acordo com Dias (1992, p. 26) […] tratar a questão ambiental abordando
apenas um de seus aspectos – o ecológico – seria praticar o mais ingênuo e
primário reducionismo. Seria adotar o verde pelo verde, o ecologismo, o
desconsiderar de forma lamentável as raízes profundas das nossas mazelas
ambientais, situadas nos modelos de desenvolvimento […]. Os currículos escolares
Educação Ambiental e a Formação de Professores 71
CURSO SUPERIOR DE
LICENCIATURA EM
PEDAGOGIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PHILIPPI JR., Arlindo et al. Curso de gestão ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004.
3.3
A formação do Professor
e a Educação Ambiental
Alfredo Morel dos Reis Júnior (adaptado)
Licenciatura em Pedagogia
Educação Ambiental e a Formação de Professores
3.3 A formação do professor e a educação ambiental
3.3.1 Introdução
ainda precisa ser feito, quais os procedimentos e ações efetivas para enfrentar os
problemas detectados.
[...]
2
Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho das Organizações Não-Governamentais, reunido durante a Rio
92, no Rio de Janeiro, (03 a 14 de junho de 1992)
Como citado por Grün (1996, p.54), eis algumas respostas que ilustram a
fragmentação, a falta de visão integrada, fruto do modelo cartesiano:
Para Barreto (1992, p.82), parece óbvio que essas respostas estão presas ao
marco de um paradigma epistemológico o qual induz a uma concepção dualista e
mecânica da relação entre desenvolvimento e meio ambiente, ou pobreza e
ecologia, ou ainda, em última instância, entre seres humanos e natureza, que assim
comenta:
Segundo Capra (apud GRÜN, 1996, p.64), “sistemas vivos incluem mais que
organismos individuais e suas partes. Eles incluem sistemas sociais – família ou
comunidade – e também ecossistemas. Muitos organismos estão apenas inscritos
em ecossistemas, mas são eles mesmos ecossistemas complexos, contendo
organismos menores que tem considerável autonomia e estão integrados
O fato de não dar oportunidade àquela criança que não tem aptidão, ou
melhor, que tem menos aptidão para o tipo de atividade, está diretamente ligado ao
desânimo, ao não - estímulo dela para continuar a frequentar a aula, influenciando
diretamente na sua autoestima, enquanto que, se houvesse atividades diversificadas
onde um conteúdo, por exemplo, pudesse ser trabalhado em forma de texto, ou na
matemática, ou na geografia, ou mesmo nas artes plásticas, essa mesma criança
teria a chance de estar experimentando outras maneiras de conhecer o assunto.
experiências e reflexões por meio de artigos, textos, livros, notícias, filmes, visitas,
oficinas, etc. e propiciar a elaboração e execução de projetos pelos professores
(como, por exemplo: a redução, reutilização e reciclagem do lixo; a água; as micro
bacias; o bairro; o trânsito; a poluição; a relação entre as pessoas e o ambiente onde
vivem, etc.), visando, por meio dessas atividades e dinâmicas, a provocar conflitos
cognitivos e morais nos educadores que participavam do processo e proporcionar
uma consistente fundamentação teórica para embasar o trabalho pedagógico deles.
Quanto aos assuntos que deveriam ser discutidos com as crianças ao estudar
as questões ambientais, houve também grande mudança em relação às respostas
apresentadas no pré e no pós-teste. No pré-teste priorizaram assuntos advindos do
senso comum, como animais em extinção, queimadas, preservação da natureza,
poluição, com maiores percentuais aparecem os conceitos de lixo, desmatamento e
poluição, todos com 21% das respostas, e o conceito todas, bastante genérico por
sinal, aparece com 42% nas respostas. Em contrapartida, no pós-teste encontramos
respostas mais complexas, que consideram as relações sociais, ambientais,
econômicas, mostrando que os professores compreenderam e estabeleceram
relações a partir da construção do conceito de meio ambiente. Alguns deles como
problemas sociais, relação entre os colegas; mudança no padrão de consumo (6%);
assuntos que despertem o interesse das crianças (24%); situações do dia-a-dia da
escola (33%), são respostas que rompem e desconstroem conceitos e paradigmas,
propiciando um olhar mais apurado para essas importantes questões.
Referências
3.4
A importância da
Educação Ambiental nas
Séries Iniciais
Aurélia Barbosa de Medeiros, Maria José da Silva Lemes
Mendonça Gláucia Lourenço de Sousa, Itamar Pereira de
Oliveira (Adaptado)
Licenciatura em Pedagogia
Educação Ambiental e a Formação de Professores
3.4 A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais
Resumo
3.4.1 Introdução
adultos.
Com o mundo cada vez mais globalizado, com a sociedade tão violenta e
com o acelerado crescimento das cidades que substituem os espaços verdes pelo
concreto, vem diminuindo o contato direto da criança com todos os elementos da
natureza.
Nesse paradigma a cada dia que passa as crianças passam a ter espaços
cada vez mais restritos para o contato com os elementos do ambiente e então as
crianças estão sendo obrigadas a ficarem trancadas em casa tendo como fonte de
lazer o uso das tecnologias, que na maioria das vezes, elas não sabem o que é o
meio ambiente nem tampouco os problemas que ele enfrenta e se a criança for
questionada, por exemplo, de onde vem o leite, é bem provável que ela responda
que vem da caixinha. Diante disso, Alves (1999) diz que: “há crianças que nunca
viram uma galinha de verdade, nunca sentiram o cheiro de um pinheiro, nunca
ouviram o canto do pintassilgo e não tem prazer em brincar com a terra. Pensam
que a terra é sujeira. Não sabem que terra é vida”.
A cada dia que passa a questão ambiental tem sido considerada como um
fato que precisa ser trabalhada com toda sociedade e principalmente nas escolas,
pois as crianças bem informadas sobre os problemas ambientais vão ser adultas
mais preocupadas com o meio ambiente, além do que elas vão ser transmissoras
dos conhecimentos que obtiveram na escola sobre as questões ambientais em sua
casa, família e vizinhos.
como dizia Freire (1987), assim levando-o a perceber que o problema ambiental
está mais perto de todos, do que se imagina. Em seguida, explicar que os
impactos ambientais existentes no mundo, atinge todos os seres vivos, por causa,
das atitudes de alguns que pensam que somente eles não adiantam tentar
preservar o planeta. A partir do momento em que o indivíduo perceber a existência
de um todo, deixar de lado a existência única e começar a notar a presença do
outro, o planeta vai caminhar para o equilíbrio natural.
O meio ambiente em que o ser humano está inserido está pedindo novos
olhares sobre ele. No entanto, se faz necessário estudar mais sobre esses novos
olhares, principalmente nas escolas onde tudo começa, porque para os adultos, que
já tem seus pensamentos arraigados, a possibilidade de mudança é pequena,
infelizmente (mas isso não significa deixar de lado os projetos ambientais onde os
todos estão inseridos).
remoto para trocar de canal e faz de conta, então, que nada está acontecendo e
não depende dele também a mudança para a melhoria desse problema que não é
individual, mas sim, global.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. O amor que acende a lua. Campinas: Papirus Speculum, 1999. 214 p.
4
A Prática Escolar em
Educação Ambiental
Cristiane Fortes Gris Baldan e Hugo Baldan Júnior
Licenciatura em Pedagogia
4. A Prática Escolar em Educação Ambiental
Segundo Funk e Santos (2008), por melhor qualificado que seja um ambiente
escolar, sempre existem bloqueios que dificultam o entendimento de certos
assuntos. O desinteresse da criança e o verbalismo excessivo que parte do
professor, são exemplos de alguns bloqueios que podem interferir na comunicação e
prejudicar a aprendizagem. O ideal é combinar recursos eficientes que se reforcem
mutuamente, de maneira que os alunos obtenham o maior rendimento possível em
sua aprendizagem.
Segundo Almeida (2001), o tema Meio Ambiente não deve oferecer apenas
um elenco de conteúdos, deve também oferecer aos educandos, instrumentos que
lhes possibilitem tomar posição frente as questões ambientais, e quando se fala em
Educação Ambiental na escola, surgem questões como: "Quais os conteúdos a
serem tratados?" Como documento mestre, os professores tem em mãos os
Parâmetros Curriculares do tema Meio Ambiente. Partindo desse pressuposto, cabe
ao educador pesquisar os temas que mais se adaptam a realidade a ser trabalhada,
procurando novas fontes de informações e documentos.
Além dos jogos, outro recurso dinâmico, que chama a atenção da criança por
possuir características lúdicas, que facilita tanto a compreensão quanto a exposição
de conteúdos que requeiram uma atenção especial, como é o caso da educação
ambiental, é o desenho em quadrinhos. Quando for escolhido de forma apropriada e
incorporado com outros métodos, pode transformar-se em um forte instrumento de
ensino e aprendizagem (FUNK; SANTOS, 2008). As revistas em quadrinhos podem
ser utilizadas pelos professores de maneira muito eficiente para despertar o
interesse, desenvolver o vocabulário e a técnica da leitura e também para servir de
trampolim para leituras de interesses mais amplos (WITTICH, 1968).
contribuam para que haja compreensão e participação. No entanto, para que exista
uma sadia relação com a criança e a história em quadrinhos é necessária a
orientação de um adulto, para que seja escolhida uma literatura adequada, como
deve acontecer em qualquer outro meio de leitura (FUNK; SANTOS, 2008).
REFERÊNCIAS
FUNK, S.; SANTOS, A.P. dos. A educação ambiental infantil apoiada pelo design
gráfico através das histórias em quadrinhos. II ENCONTRO DE
SUSTENTABILIDADE EM PROJETO DO VALE DO ITAJAÍ, 2008. Disponível em:
<http://ensus2008.paginas.ufsc.br/files/2015/09/A-educa%C3%A7%C3%A3o-
ambiental-infantil.pdf>. Acesso em: 15 jul 2018.
4.1
A Prática em Educação
Ambiental no Meio
Escolar
Paulo César Bahia de Aguiar; Renvil Fernandes Costa Neto;
Nelma Lima Bruno e Christiana Cabicieri Profice
Licenciatura em Pedagogia
Adaptado de: AGUIAR; P.C.B.de; COSTA NETO, R.F.; BRUNO, N.L.; PROFICE,
C.C.. Da teoria à prática em educação ambiental. R. Gest. Sust. Ambient.,
Florianópolis, v.6, n.2, p.111-132, jul./set. 2017.
dessas escolas está no eixo sudeste/sul do país (com destaque para o Estado de
São Paulo), embora os números não evidenciem a qualidade dessas práticas.
Referências
4.2
Exemplos de Práticas
Ambientais
Cristiane Fortes Gris Baldan e Hugo Baldan Júnior
Licenciatura em Pedagogia
A Prática Escolar em Educação Ambiental
4.2 Exemplos de práticas ambientais
como uma disciplina específica, mas sim que permeie os conteúdos, objetivos e
orientações didáticas em todas as disciplinas. A educação ambiental é um dos
temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da
Educação e Cultura.
Este jogo tem como objetivo encontrar os pares das figuras que tratam da
importância da água para os seres vivos e das consequências da sua má utilização.
Pode ser jogado em grupos de 2 ou 3 alunos.
Como jogar: As peças, que fazem parte do jogo, devem ser embaralhadas e
colocadas sobre a mesa com as figuras voltadas para baixo. Cada participante, na
sua vez (determinada por “dois ou um”, jogo de dados ou “par ou ímpar”), deve virar
duas peças e compará-las. Se as figuras forem iguais, ele as retira da mesa e tem o
direito de jogar novamente. Se forem diferentes, vira-se as peças novamente e
passa a vez para o próximo jogador. O jogo termina quando não houver mais peças
sobre a mesa e o vencedor será aquele que conseguir o maior número de pares.
sua quantidade e o seu uso inadequado. "A falta de água e sua poluição causam
problemas graves de saúde pública, limitam o desenvolvimento econômico e
agrícola e prejudicam o ecossistema" (Textos da Série Educação Ambiental do
programa Um Salto para o Futuro 2000, p.34-35). Para estudar essa situação, faz-se
necessário conscientizar a população para reduzir o nível de poluição da água e
utilizá-la de forma correta. Ao ser estudado este conteúdo, deve-se partir da
necessidade de tal recurso para a vida em geral e sua importância para sociedade,
bem como das consequências futuras causadas pela sua má utilização.
sai do jogo e inicia-se uma nova rodada para que fique apenas um jogador que será
o vencedor.
Mas como alguém pode criar menos lixo, se atualmente as prateleiras estão
lotadas de produtos com embalagens descartáveis que serão destinadas a lixo? O
problema é muito mais grave, o aproveitamento do que nos cerca é cada vez menor
e o consumista exagerado condiciona o homem a jogar fora o que não serve de
imediato para si. Consumir, na sociedade atual, significa status, apresentar o que
tem sem pensar no destino final das embalagens. Segundo estimativas do BNDES
(s.d.), "mais de 241 mil toneladas de resíduos são produzidos diariamente no país e
cerca de 63% dos domicílios contam com coleta regular de lixo. Aqueles que não
são atendidos pelo sistema público, normalmente queimam ou depositam seu lixo
em locais próximos de suas habitações ou em terrenos baldios causando danos ao
meio ambiente e impactos nocivos sobre a saúde humana".
Segundo Almeida (2001), os resultados com a aplicação dos jogos foi melhor
do que o esperado. A assimilação dos conteúdos ocorreu por aproximadamente
90% dos alunos, que demonstraram enorme interesse e preocupação em divulgar as
ações maléficas que o homem causa ao meio ambiente, bem como prosseguir com
as ações desenvolvidas em classe abrangendo a escola como um todo. O
reconhecimento das causas dos problemas ambientais em questão foram imediatas,
demonstrando um total envolvimento do aluno. As solicitações encontradas
buscando a minimização de alguns fatos perfilhados no ambiente de estudo foram
válidas e demonstraram a apreensão dos conteúdos pelos alunos. Assim, percebe-
se a validade dos jogos no ensino de educação ambiental, bem como seus efeitos
na atuação do educando no mundo que o cerca, conduzindo seus familiares a
mudanças de atitudes e levando-os a conscientização da importância da luta em
defesa do meio ambiente.
Note bem: O ser humano é um animal (mamífero). O que nos diferencia dos
demais animais é a nossa capacidade intelectual. Por meio da inteligência
desenvo1vemos a cultura, ou seja, as artes, as ciências e a tecnologia, a ética, a
política, as religiões etc. As nossas necessidades biológicas, porém, são as mesmas
dos demais, ou seja, alimento, abrigo, reprodução e repouso. Precisamos de água
potável, ar puro, alimentos saudáveis e segurança.
O comportamento da árvore
Contextualização: Quando se quer ressaltar que uma pessoa leva uma vida
sem graça, se diz: “Fulano não vive, vegeta". Ou seja, o vegetal não vive! Esse
equívoco vem se mantendo por séculos, contribuindo para formalizar uma
percepção errônea das plantas. Imagina-se que elas sejam seres inferiores, que
possuem a mais baixa hierarquia na organização da vida.
Note bem: Para medir o volume dos pingos, transfira a água do vasilhame
para algum copo graduado com as marcas em mililitro (ml). O copo de liquidificador,
por exemplo, tem marcas em ml.
Discussão: A maior parte dos mais de 5 mil municípios brasileiros bebe água
de baixa qualidade. Isso ocorre por várias razões: a primeira, é por ignorância. Essa
razão carrega as demais: poluição, desmatamento, descaso das autoridades com a
saúde do povo. Povo doente é povo carente, precisa de uma ambulância. Essa
ambulância sempre está disponível para prestar esse “favor” e levar esses doentes
para os hospitais das capitais. Com isso, as autoridades locais ficam livres de suas
responsabilidades com saúde pública, saneamento e outros.
A luz da vida
3
Plantio direto: constitui uma nova visão de relação com o solo, e, portanto, não se deve usar secantes para
formar a palhada! O uso desses produtos na agricultura descaracteriza o plantio direto e pode ser ainda mais
nocivo, pois a utilização de palhada favorece a infiltração de água no solo, contaminando o lençol freático com
estes produtos.
4
Terraceamento: construção de faixas planas nas encostas, como se fossem degraus, que suavizam o impacto
da água da chuva.
caixote, com a diferença de que o solo nu deve ser recoberto com uma placa de
grama. Em cada um deles, a terra deve ser socada para ficar firme e evitar torrões
de terra. Coloque os caixotes num local um pouco mais alto, sobre a mesa, por
exemplo. Na saída do caixote, bem abaixo do corte em V de cada caixote, coloque
as bacias, para recolher a água que cai. Encha o regador com água e jogue sobre a
parte alta da rampa inclinada do primeiro caixote.
Este procedimento simula os efeitos da água da chuva sobre uma colina com
solo exposto. Repita o procedimento para os cinco outros caixotes. Compare a
quantidade de terra carregada para o fundo do caixote e a cor da água que cai nas
bacias. Em qual das seis situações, a quantidade de terra carregada para as partes
baixas é maior? Repita o procedimento de jogar água com regador nos seis
caixotes. Observe se não há formação de pequenas ravinas. Como elas se
formaram? O que acontecerá com as ravinas se lhe for jogado água com regador
mais uma vez? Dialogue com os alunos sobre a relação destes resultados com o
processo de arenização descrito no texto e visto nas fotos.
Separe o lixo por tipo, para fins de reciclagem. Após a limpeza das praias,
vocês também podem instalar coletores de lixo por tipo de material. Que cores vocês
5
Redução: trata de gerar menos resíduos, pela diminuição do desperdício e o emprego de menos embalagens,
entre outros. Reutilização: trata de reaproveitamento de materiais que se tornariam resíduo, como lavagem e
reuso de vidros e uso de caixas para outras finalidades. Reciclagem: transformação de materiais residuais em
outros produtos novos, sempre envolvendo emprego de energia e maquinaria. Deve ser a última das prioridades
de atitude e ação.
Ecologia animal
Isso evita que atraia o predador. Sempre que o leão baio estiver rondando os
animais da fazenda, ensine a todos a fazer bastante barulho, batendo em latas ou
soltando fogos, mas nunca utilize armas de fogo. Lembre-se que o leão-baio é
territorialista, e se os animais estiverem soltos na área que ele considera como parte
de seu território, ele irá atacar, e para esse animal, caçar uma presa doméstica é
muito mais fácil do que caçar uma presa silvestre, porque os últimos correm para
fugir, e os primeiros não têm reflexos anti predador.
Ciclo hidrológico
Corredores ecológicos
Tinha que atravessar um grande pasto. Mas Kika só sabia andar sobre as
árvores! Resolveu tentar pelo outro lado da floresta, mas não adiantou. Sem um
corredor de floresta ela não poderia atravessar!
Peça para os alunos ajudarem Kika a encontrar sua nova família, definindo o
melhor trajeto no mapa a seguir. Existem 7 fragmentos (identificados por letras de B
a H) por onde ela pode passar, mas encontrará dificuldades e cada fragmento vale
pontos (Figura 8). Faça o caminho mais seguro passando pelos fragmentos que
valem menos pontos.
Hidrelétricas
Tome por base o “1o Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre”,
produzido pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres
(RENCTAS) em 2001, e o Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito
destinada a “Investigar o tráfico ilegal de animais e plantas silvestres da fauna e da
flora brasileiras” (CPITRAFI), da Câmara dos Deputados Federal, instalada em 2002
e concluída em 2003.
Danos do fogo
“De qualquer pano de mato, de entre quase cada encostar de duas folhas,
saíam em giro as todas as cores de borboletas. Como não se viu, aqui se vê.
Porque, nos gerais, a mesma raça de borboletas, que em outras partes é trivial
regular - cá cresce, vira muito maior, e com mais brilho, se sabe; acho que é do seco
do ar, do limpo, desta luz enorme”, da obra Grande Sertão: Veredas (João
Guimarães Rosa, 1968, p.24).
6
Aceiros: são faixas de terra desmatadas, de largura variável de alguns metros, para evitar que o fogo se
alastre, limitando a área a ser queimada. Abafamento do fogo: pode ser obtido jogando-se terra sobre o material
em combustão e usando-se ferramentas manuais, como um chicote de mangueira.
Biomas brasileiros
Invasores exóticos
Divida os alunos em grupos. Peça para eles apontarem o que fariam com
diferentes animais domésticos como cachorro, gato, peixe, passarinho e tartaruga,
quando não quisessem ou não pudessem mais mantê-los em suas casas. Leia os
apontamentos e comente com os alunos sobre as consequências de atos como
soltar os peixes e tartarugas no rio mais próximo, ou abandonar os cachorros perto
de uma Unidade de Conservação da Natureza.
certificadas, e que ainda assim, advertem para não se soltar esses animais em rios e
lagos, mesmo sendo da fauna nativa, pelo desconhecimento do impacto dessa
soltura na fauna local. Destaque também os princípios da campanha pela posse
responsável de animais domésticos, que podem ser esclarecidos por veterinários.
Preservação de corais 1
alunos podem pedir para parar a encenação e substituir os atores, vivendo a seu
modo a história dos personagens e propondo, criativamente, uma nova forma de
solucionar o problema. Todos podem se surpreender com as emoções vividas e a
capacidade de problematizar e resolver os conflitos socioambientais.
Preservação de Corais 2
Seca no nordeste
Poderá ser elaborada uma maquete de uma área rural onde se confeccionará
uma cisterna conforme a da ASA, com os canos rodeando todo o telhado. Dialogue
com os alunos sobre a função socioambiental da cisterna, quantidade de água para
encher, os cuidados nos primeiros momentos da chuva tais como afastar o cano da
cisterna para as primeiras águas não caírem (deixar lavar o telhado para não cair
nenhum animal morto). Oriente os alunos para fazer a divisão do gasto de água por
mês.
BIBLIOGRAFIA
FUNK, S.; SANTOS, A.P. dos. A educação ambiental infantil apoiada pelo design
gráfico através das histórias em quadrinhos. II ENCONTRO DE
SUSTENTABILIDADE EM PROJETO DO VALE DO ITAJAÍ, 2008. Disponível em:
<http://ensus2008.paginas.ufsc.br/files/2015/09/A-educa%C3%A7%C3%A3o-
ambiental-infantil.pdf>. Acesso em: 15 jul 2018.