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AULA 04 – Estruturas de Mercado (Parte I):


Concorrência Perfeita

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA


Tipos de mercados 02
Maximização de lucros 04
Concorrência perfeita 08
Curvas de Receita da Firma 12
Equilíbrio da firma no curto prazo 15
Curva de oferta da firma no curto prazo 18
Curva de oferta da indústria no curto prazo 22
Equilíbrio da firma no longo prazo 23
O caso da oferta negativamente inclinada 26
O caso da oferta horizontal 27
Resumo da concorrência perfeita 27
Lista de questões apresentadas na aula 34
Gabarito 36

Olá caros(as) amigos(as),

Hoje, começaremos o estudo das estruturas de mercado. O tema


de hoje é bastante extenso. Por isso, o tópico será dividido em 02 partes
(aulas 04 e 05).

Gostaria de avisar que, após a aula de teoria dos Jogos (aula 06),
nós teremos terminado o conteúdo de Microeconomia do curso. Após isso,
vou disponibilizar uma lista adicional de questões do CESPE (vou fazer
uma varredura nas provas mais recentes do CESPE), disponibilizando uma
aula extra com estas questões comentadas. Assim, ao final das aulas de
Micro, já teremos comentado mais de 300 questões do CESPE (ou seja,
no final do curso, é bem provável que passemos bastante do nosso
objetivo inicial de 500 questões).

Antes de iniciar a aula, também gostaria de avisá-los que as provas


de Economia do CESPE não cobram cálculo. Isto (cobrança de cálculos)
acontece de forma muita rara e, mesmo assim, quando acontece, é em
provas específicas para o cargo de Economista. Assim, na prova de
Economia da parte de Conhecimentos Gerais (voltada para todos os
cargos), podem estudar partindo do pressuposto que não cairá cálculos
na prova de Economia. A forma de cobrança da banca vai muito mais pelo
entendimento teórico da matéria, conforme vocês já devem ter percebido
nas inúmeras questões comentadas nas aulas passadas.

Bem... então, chega de papo, e vamos à aula de Mercados!

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1. TIPOS DE MERCADOS

Aqui, nós veremos apenas as diferenças de cada mercado. As


características e especificidades de cada um deles serão vistas a partir do
item 3 da aula. Basicamente, são três as variáveis que diferenciam as
estruturas de mercado:

• Número de firmas produtoras no mercado;


• Diferenciação do produto;
• Existência ou não de barreiras à entrada de novas empresas.

Alguns autores ainda colocam outras variáveis1, mas, para fins de


concursos, estas três são suficientes. Podemos classificar os mercados
em: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística,
oligopólio, oligopsônio e monopsônio. Vejamos, sucintamente, as
características principais de cada um deles:

i. Concorrência perfeita: número infinito de produtores e


consumidores, produto transacionado é homogêneo, não há
barreiras à entrada de firmas e consumidores, perfeita
transparência de informações entre consumidores e vendedores,
perfeita mobilidade de fatores de produção. Exemplo mais próximo:
mercado agrícola.

ii. Monopólio: é o oposto da concorrência perfeita. Há apenas uma


empresa para inúmeros consumidores. O produto não possui
substitutos próximos e há barreira à entrada de novas firmas.
Exemplo: Companhias de energia elétrica dos municípios ou
estados.

iii. Oligopólio: pequeno número de firmas que dominam todo o


mercado, os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados,
com barreiras à entrada de novas empresas.

iv. Concorrência monopolística (ou imperfeita): muito semelhante


à concorrência perfeita, com a diferença que o produto
transacionado não é homogêneo2. Isto é, cada firma possui o
monopólio do seu produto/marca, que é diferenciado dos demais.
Exemplo: lojas de roupas (muitas firmas, muitos compradores,
porém o produto é diferenciado, cada loja possui o monopólio da
sua marca).

v. Monopsônio: é a antítese do monopólio. Neste, há apenas um


vendedor, enquanto, no monopsônio, existe apenas um comprador.
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É o caso, por exemplo, de regiões em que há várias fazendas de
gado e apenas um frigorífico. Naturalmente, este frigorífico será o
único comprador (monopsonista) da carne das fazendas.

vi. Oligopsônio: de forma inversa ao oligopólio, no oligopsônio, existe


um grupo de compradores que dominam o mercado. Temos como
exemplo o mercado de peças automotivas em que um pequeno
grupo de compradores (Ford, GM, Fiat, etc) adquirem grande parte
da produção de peças automotivas.

Não confunda “concorrência monopolística” com


“monopólio”. O primeiro é um mercado concorrencial,
onde cada produtor detém o monopólio do seu
produto/marca. Veja que, apesar de a firma inserida em
uma concorrência monopolística deter o monopólio de seu
produto, ela está inserida dentro de uma concorrência. Ou
seja, ela não é a única produtora no mercado (não é
monopolista).

Vejamos questões de prova:

01. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro - Ciências


Econômicas – SEGER/ES – 2009) - Mercados organizados sob a
forma de concorrência monopolista envolvem um número
relativamente grande de firmas que operam de forma não-
colusiva e caracterizam-se por adotarem estratégias de
diferenciação do produto.

COMENTÁRIOS:
A maior dificuldade da questão era relacionada ao Português, afinal, o
que significa “não-colusiva”? Operar de forma “não-colusiva” significa
operar de forma que não seja imprópria. Desta forma, está correta a
assertiva, pois as firmas inseridas em uma concorrência monopolísitca
concorrem “ferozmente” entre si, o que as diferencia de uma
concorrência perfeita é o fato de que cada firma possui monopólio sobre
o seu produto. Ou seja, elas adotam estratégias de diferenciação para
seus produtos.

GABARITO: CERTO

02. (CESPE/Unb – Analista de meio ambiente – SEAMA – 2007) -


Na agricultura, a presença de muitos estabelecimentos agrícolas,

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aliada a relativa homogeneidade do produto e à inexistência de
barreiras à entrada, faz que esse mercado seja uma boa
ilustração da concorrência perfeita.

COMENTÁRIOS:
A agricultura é o exemplo clássico da existência da concorrência perfeita.
Em qualquer livro de microeconomia, o autor exemplificará esta estrutura
de mercado citando a agricultura.

GABARITO: CERTO

2. A HIPÓTESE DE MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS

Antes de adentrarmos a fundo no estudo da nossa primeira


estrutura de mercado (a concorrência perfeita), no item 3, devo falar da
condição de maximização dos lucros. Resolvi fazer isto em um tópico
separado, pois esta condição de maximização de lucros que eu vou
explicar para vocês vale para qualquer firma, independentemente do
mercado em que ela esteja (concorrência perfeita, monopólio, oligopólio,
etc).
Em nossas análises, estaremos a todo instante supondo que o
objetivo das firmas é a maximização de lucros e que o seu equilíbrio
acontece neste momento. Esta suposição decorre da racionalidade
econômica de supor que o objetivo do empresário é, a todo o momento,
buscar o nível de produção que maximize o seu lucro.
Ressalto que existem várias teorias que procuram explicar o que
realmente as firmas buscam ou o seu objetivo. Algumas dizem que elas
buscam maximizar a participação no mercado; outras dizem que elas
buscam maximizar a margem sobre os custos (maximizar o mark up).
A teoria que utilizaremos em nosso curso é a chamada teoria
neoclássica ou marginalista, cujo pressuposto básico é o de que as firmas
buscam maximizar os lucros (receitas MENOS despesas).
Indo direto ao que interessa, vamos estatuir a condição de
maximização de lucros da empresa, válida para qualquer mercado:

A empresa maximiza lucros quando o custo


marginal (Cmg) se iguala à receita marginal
(Rmg).

Maximização de lucros ! Rmg=Cmg

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Mas o que é receita marginal?


O conceito é bem parecido com o de custo marginal, só que avaliando
sob o ponto de vista da receita, é claro.
A receita marginal é o acréscimo na receita total decorrente da produção
e venda de uma unidade a mais de um bem produzido.
Exemplo: suponha uma firma produtora de cervejas e que, em
determinado momento, ela venda 10.000 garrafas por mês e tenha uma
receita total (Receita Total = preços x quantidades) de R$ 30.000. Pense
agora que ela aumenta a produção em 01 unidade e, como
consequência, a receita total vá para R$ 30.003. Qual foi o acréscimo na
receita total em decorrência desta garrafa adicional de cerveja vendida?
A resposta é fácil, o acréscimo na receita total foi de R$ 3,00. Assim, a
Receita marginal é igual a 3 para essa última garrafa produzida e
vendida.
10.000 garrafas " Receita total = 30.000
10.001 garrafas " Receita total = 30.003 " Receita marginal = 3
Algebricamente, podemos representar a receita marginal da
seguinte maneira:

!!∀
!∀# ! !
!!

Pois bem, vamos analisar essa condição de maximização de lucros,


para que o entendimento fique claro. Em primeiro lugar, gostaria de
ressaltar que essa condição vale para qualquer estrutura ou tipo
de mercado, independentemente se é curto ou longo prazo. Assim,
qualquer empresa (estando inserido em um mercado monopolista,
oligopolista, concorrência perfeita, etc), estando no curto ou no longo
prazo, buscará produzir até o ponto em que o seu custo marginal de
produção seja igual à receita marginal. Por isso, resolvi colocar esse item
separado na aula.
Existem variadas maneiras de provarmos este teorema da
maximização de lucros dentro da nossa abordagem marginalista da teoria
firma. Faremos uma demonstração intuitiva, sem cálculos.
Pense comigo e tente responder às seguintes perguntas:
- O que acontece se a empresa está com um nível de produção tal
em que a receita marginal seja superior ao custo marginal?
- E o que acontece se o custo marginal for superior à receita
marginal?

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No primeiro caso, a firma está estimulada a aumentar a produção,
uma vez que o fazendo, estará aumentando os lucros. Isto ocorre
justamente porque a receita adicional decorrente da produção adicional
(receita marginal) é superior ao custo adicional (custo marginal). Ou seja,
produzir mais significa ter mais lucro, uma vez que o acréscimo de receita
será superior ao acréscimo de custo.
No segundo caso, a firma deve reduzir a produção, uma vez que o
fazendo, estará aumentando os lucros. Isto ocorre porque se reduzir a
produção, o decréscimo de custo (custo marginal) será superior ao
decréscimo de receita (receita marginal). Ou seja, reduzindo a produção,
o custo total será reduzido em montante maior que a redução na receita
total, fazendo os lucros aumentarem.
Esquematicamente, temos o seguinte:

Empresário AUMENTA a produção Empresário REDUZ a produção

Nível de
produção
Rmg > Cmg Rmg < Cmg
(Q)
Rmg = Cmg

Observe que, se a receita marginal é superior ao custo marginal de


produção, é interessante para o empresário continuar produzindo, pois se
o fizer, o lucro será aumentado. No entanto, à medida que a produção
aumenta (caminhamos para a direita), o custo marginal de produção vai
crescendo (lembre que o custo marginal, em regra, é crescente com o
aumento da produção) e chega uma hora em que ele passa a ser maior
que a receita marginal. Quando isto ocorre (Rmg<Cmg), o empresário
deve reduzir a produção.
Quando o custo marginal é maior que a receita marginal, o
empresário deve reduzir a produção, pois a redução de custo proveniente
da redução de produção é superior que a redução de receita. Logo, se
reduzir a produção (quando Cmg>Rmg), haverá aumento de lucro.
O único ponto em que não é possível aumentar os lucros é
exatamente onde a receita marginal é igual ao custo marginal.
Este ponto representa o equilíbrio da firma (lucro máximo).
Podemos resumir desta forma o que foi colocado nos parágrafos
acima:

! Se Rmg > Cmg; aumenta-se a produção;


! Se Cmg > Rmg; reduz-se a produção;
! Se Cmg = Rmg; não se altera a produção (a firma está no lucro
máximo).

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Diante do exposto, percebe-se que, nos casos em que os valores da
receita e custo marginal são diferentes, a firma estará sempre buscando
aumentar ou reduzir a produção. O único ponto em que ela estará em
equilíbrio (não sendo possível aumentar os lucros) é onde o custo
marginal é igual à receita marginal.
Por fim, destaco que esta condição de maximização de lucros reflete
um dos princípios da racionalidade econômica, que explica que os agentes
econômicos pensam “na margem”. Isto é, quando algum consumidor ou
empresa toma uma decisão econômica, ele(a) pensará naquela decisão
em uma perspectiva incremental, adicional, “na margem”, ou marginal;
sendo este último o termo preferido dos economistas.
Assim, uma empresa que está na dúvida se aumenta ou não a
produção, se contrata ou não mais um empregado, pensará assim:
quanto a mais eu vou ganhar3? Quanto a mais eu vou ter de gastar4? Se,
por exemplo, o que ela ganhar a mais (marginalmente) superar o que vai
ter de gastar a mais (marginalmente), a produção será aumentada; caso
contrário, não. Se o ganho adicional for igual ao gasto adicional, nada
será feito (a produção não se altera).
Por fim, ressalto mais uma vez que esta condição de maximização
de lucros vale para qualquer estrutura de mercado (concorrência perfeita,
monopólio, oligopólio, concorrência monopolística, etc), tanto para o curto
quanto para o longo prazo.

Vejamos agora alguns exercícios sobre esta


questão da maximização dos lucros. Estas
questões se apresentam extremamente simples
☺:

03. (CESPE/Unb - Banco da Amazônica – 2010) - Empresas


monopolistas e empresas em mercados de concorrência perfeita
maximizarão seus lucros quando suas receitas marginais e seus
custos marginais se igualarem.

COMENTÁRIOS:
Moleza, não?! Esta nem precisa comentar, certo!?

GABARITO: CERTO

04. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) – A regra de que o


lucro é maximizado quando a receita marginal é igual ao custo
marginal é válida para todas as empresas, sejam competitivas ou
não.
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GABARITO: CERTO

05. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - A regra


segundo a qual as empresas maximizam seus lucros quando a
receita marginal iguala-se ao custo marginal aplicase unicamente
às empresas que atuam em mercados competitivos.

COMENTÁRIOS:
Aplica-se a qualquer estrutura de mercado.

GABARITO: ERRADO

06. (CESPE/Unb – Analista do Meio Ambiente – SEAMA – 2007) -


Quando a fabricação de uma unidade adicional de um
determinado produto conduz a um aumento no custo total
superior ao aumento da receita total, a necessidade daí
decorrente de se restringir a produção desse bem contradiz a
hipótese de maximização de lucros nesse mercado.

COMENTÁRIOS:
Quando o aumento no custo total é superior ao aumento na receita total,
o custo marginal é superior à receita marginal. Nesse caso, deve-se
reduzir a produção, pois haverá redução do custo marginal em montante
superior à redução da receita marginal, de forma que o custo total será
reduzido em montante maior que a redução da receita total, havendo,
portanto, aumento dos lucros. Restringir a produção neste caso,
portanto, não contradiz, mas se alinha com a hipótese de maximização
de lucros.

GABARITO: ERRADO

Passadas estas noções iniciais, podemos iniciar a análise mais


pormenorizada das estruturas de mercado, a começar pela concorrência
perfeita.

3. CONCORRÊNCIA PERFEITA

A essência do modelo de concorrência perfeita é a de que o


mercado é inteiramente impessoal, no sentido de que o mercado é tão
diversificado, possui tantos produtores e tantos consumidores que não
sobra espaço para “rivalidades” pessoais. Ou seja, não existe aquele
negócio de a empresa X ser rival direta da empresa Y, que é rival direta
da empresa W e assim por diante.

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O fato de o mercado em concorrência perfeita (também chamado
de mercado competitivo) ser inteiramente impessoal, nos leva, portanto,
à conclusão da não existência de “rivalidade” entre os vendedores no
mercado; ao mesmo tempo, os compradores não reconhecem a sua
competitividade vis-à-vis5. Vale ressaltar que estamos falando da
rivalidade no sentido de concorrência direta entre os agentes econômicos.
Quando vemos a concorrência entre as empresas produtoras de
automóveis, por exemplo, há uma concorrência direta ou pessoal entre as
firmas. É possível para os compradores reconhecer a competitividade vis-
à-vis; sabe-se que a Fiat é rival da Ford, e que essas duas são rivais da
GM. Ou seja, os consumidores percebem uma competição de forma mais
pessoal ou vis-à-vis entre as firmas. Este conceito de concorrência,
entretanto, aplica-se ao mundo empresarial, mas não à teoria econômica.
Para esta, a concorrência perfeita é aquela em que há total
impessoalidade nas transações de mercado.
Assim, quando a Hyundai vai à televisão e diz que o Tucson é o
melhor carro do mundo (?!) e, na propaganda seguinte, a Volkswagen diz
que os seus carros são os mais confiáveis, temos um exemplo de
concorrência, mas apenas para o mundo empresarial. Esta concorrência é
feita de forma pessoal, vis-à-vis. Este mercado, portanto, para a teoria
econômica, não configura uma concorrência perfeita.
Por outro lado, quando você vai à Rua 25 de Março, em São Paulo,
ou à Rua Uruguaiana, no Rio de Janeiro, comprar DVDs pirateados a R$
2,00 a unidade, certamente, a concorrência entre os vendedores é feita
de forma impessoal e os compradores não reconhecem a competitividade
vis-à-vis, de forma pessoal ou personalizada, então, neste caso, temos
um mercado que se assemelha ou poderia ser enquadrado como
concorrência perfeita para a teoria econômica.
Basicamente, são quatro as condições que definem a concorrência
perfeita. Juntas, estas condições garantem um mercado livre e impessoal,
no qual as forças da demanda e da oferta determinam os preços e as
quantidades transacionadas. Explicaremos agora essas quatro condições:

1) Atomicidade (grande número de pequenos vendedores e


compradores)
Todos os agentes econômicos devem ser pequenos em relação ao
mercado, de forma a não exercer influência significativa sobre o todo.
Assim, compradores e vendedores devem ser como “átomos”, de tal
forma que um “átomo” isolado não tenha condições de afetar os preços.
A principal consequência desta atomicidade (grande número de
vendedores e compradores) é o fato de que as empresas e os
consumidores simplesmente aceitarão o preço que o mercado impõe.
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Desta forma, o preço dos bens é decidido pelo mercado e os vendedores e
consumidores apenas aceitam este preço. Podemos dizer, portanto, que,
em concorrência perfeita, empresas e consumidores são tomadores
(ou aceitadores) de preços6.
O fato de a empresa ser uma aceitadora de preços, bastante
pequena em relação ao mercado, tem uma importante consequência para
a curva de demanda com a qual a empresa individualmente se defronta.
Por ser tomadora de preços, a empresa praticará exatamente o preço
determinado pelo mercado. Se decidir vender o produto acima deste
preço determinado pelo mercado, nenhum consumidor adquirirá o
produto. Ao mesmo tempo, não venderá abaixo do preço de mercado,
pois a firma não é boba! Deste modo, a curva de demanda com a qual a
empresa se defronta será uma reta horizontal exatamente no nível do
preço de mercado. Por isso, dizemos que a curva de demanda
individual da empresa, em concorrência perfeita, é uma reta
horizontal. Veja:

DEMANDA DE MERCADO E DEMANDA INDIVIDUAL


(FIRMA ISOLADA) EM MERCADOS COMPETITIVOS

Não haverá demanda para


Preço Demanda de o produto, caso a firma
s mercado O adote preço acima do O
mercado
PE2
E1 DFIRMA
PE1 E1 PE1

Demanda para a
firma competitiva
DMERCADO

QE1 Quantidade QE1


de produtos

a) MERCADO TOTAL b) FIRMA INDIVIDUAL

Veja, através da figura 1.b, que o preço que a firma isolada deve
praticar é aquele mesmo preço de equilíbrio do mercado (PE1). Se a firma
praticar um preço acima de PE1, simplesmente não haverá interseção
entre este preço (PE2) e a curva de demanda, pois só há qualquer
demanda quando o preço é PE1. Isto é, ela deve praticar exatamente o
preço de equilíbrio decidido pelo mercado (PE1). Se praticar um preço
acima do mercado, ninguém comprará o produto. De forma oposta, pela

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racionalidade econômica, ela não venderá o produto por um preço abaixo
do preço de mercado, pois estará sendo “burra” se o fizer.
Por fim, o fato de a curva de demanda para a firma ser horizontal
nos permite concluir que a demanda para a firma em concorrência
perfeita é infinitamente elástica ou perfeitamente elástica, conforme
aprendemos na aula 00.

2) Produto homogêneo
Uma segunda condição da concorrência perfeita é que o produto de
qualquer vendedor num mercado de concorrência perfeita deve ser
homogêneo ao produto de qualquer outro vendedor. Esta homogeneidade
pode ser encontrada quando os produtos de todas as empresas em um
mercado são substitutos perfeitos entre si.
Neste caso, nenhuma empresa pode elevar o preço de seu produto
acima do preço de mercado, porque todos os consumidores trocariam o
consumo do seu produto pelo consumo dos produtos das outras
empresas, que são substitutos perfeitos, em virtude da homogeneidade.
Um exemplo clássico de produtos homogêneos são os produtos
primários (matérias-primas, produtos agrícolas, etc). Como a qualidade
destes produtos primários é bastante similar entre os produtores, não faz
diferença para os compradores de quem eles estão comprando o produto.
Ou seja, temos uma impessoalidade nas transações.
Como exemplo destes produtos primários, temos os produtos
agrícolas (feijão, milho, algodão), petróleo, gás, minérios, metais como o
ferro, alumínio, cobre, ouro, etc. Esses produtos caracterizados pela sua
homogeneidade são chamados de commodities.
Em contrapartida, quando os produtos não são homogêneos, cada
empresa pode elevar seu preço acima do preço praticado pelo
concorrente, desde que seu produto seja de qualidade superior,
descaracterizando, portanto, a homogeneidade.

3) Livre mobilidade de fatores de produção (recursos) – livre


entrada e saída
Esta pré-condição implica que cada fator de produção ou recurso
pode imediatamente entrar e sair do mercado como resposta a mudanças
em suas condições (alterações de preços, por exemplo).
Baseado neste pressuposto, temos outros dele decorrentes:
• O fator de produção mão-de-obra é móvel, podendo mudar de uma
empresa para outra;
• Os requisitos para exercer qualquer trabalho por parte da mão-de-
obra são poucos, simples e fáceis de aprender;

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• Os fatores de produção estão disponíveis para todas as empresas,
ou seja, não existe insumo ou fator de produção que seja
monopolizado por um proprietário ou produtor.
• Novas empresas podem entrar e sair livremente, sem maiores
dificuldades. Neste ponto, ressalto que se, grandes investimentos
ou patentes/licenças iniciais são necessários, então, não temos livre
entrada e saída, nem livre mobilidade de recursos.

4) Perfeito conhecimento
Os consumidores devem ter perfeito conhecimento dos preços, caso
contrário eles podem comprar a preços altos quando outros menores
estão disponíveis. Os produtores, similarmente, devem conhecer seus
custos tão bem quanto os preços, a fim de atingir o lucro máximo.
Lembre-se de que supomos que as firmas sempre buscam maximizar os
lucros e a existência de desinformações que afastem a firma desse seu
objetivo não se coaduna com as características da concorrência perfeita.
Vendo estas quatro características acima, podemos ser levados à
conclusão de que não existe nenhum mercado perfeitamente competitivo
(concorrência perfeita). Essa é uma questão polêmica, mas várias bancas
(o CESPE/Unb é uma delas) aceitam os mercados agrícolas como um
exemplo clássico de concorrência perfeita. Mas a regra geral é que os
mercados, na vida real, no cotidiano, não sejam organizados sob a forma
de concorrência perfeita. A partir daí, você pode se perguntar: por que é
que estudamos algo que é extremamente difícil de ser verificado na
realidade?
Existem várias respostas, mas, para os nossos objetivos, basta
uma: devemos estudar porque cai no concurso.

3.1. CURVAS DE RECEITA DA FIRMA (EM CONCORRÊNCIA


PERFEITA)

Nós já vimos que a curva de demanda individual da firma, na


concorrência perfeita, é uma reta horizontal, na mesma linha do preço de
mercado P0 (figura 01b). Definiremos agora qual será a curva da receita
média (Rme) e da receita marginal (Rmg) da firma.
A receita média (Rme) é a receita total por unidade de produto
vendida. Algebricamente, Rme=RT/Q. Como a receita total é preço
multiplicado pelas quantidades (RT=P.Q); então:

!∀ !! !
!∀# ! !! !!
! !

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!
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Ou seja, a receita média de uma firma é o próprio preço
unitário de mercado do bem (Rme=P).
Obs: essa afirmação de que a receita média é igual ao preço também é
válida para qualquer estrutura de mercado (concorrência perfeita,
monopólio, etc).
A receita marginal (Rmg) é o acréscimo na receita total (∆RT)
decorrente da venda adicional de 01 produto (∆Q). Acompanhe a figura
02 e raciocine comigo. Qual será a receita marginal se a empresa
aumentar a produção de 1 para 2? Ao vender mais um produto no
mercado (∆Q=1), a firma receberá exatamente o valor de seu preço.
Neste caso, o acréscimo de receita (∆RT) será igual a P e o ∆Q será igual
a 1. Assim,

!∀# !
!∀# ! ! !!
!∀ !

Note que a receita marginal da firma, na concorrência


perfeita, também é igual ao preço de mercado do bem (esta
afirmação só é válida para a concorrência perfeita, pois somente nela a
curva de demanda individual da firma é horizontal, como está nas figuras
01 e 02). Se fizermos o mesmo procedimento para qualquer nível de
produção, a receita marginal será sempre igual a P.

Importante: na concorrência perfeita (e somente


nela), a receita marginal é igual ao preço.

Concorrência perfeita ! Rmg=P

A conclusão a que chegamos é que as curvas de demanda, da


receita média e da receita marginal serão equivalentes, isto é, serão
linhas retas horizontais ao nível do preço de equilíbrio do mercado. Na
figura 02, este preço é P0.

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!
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P (R$)

+RT=P
P0
+Q=1

A receita total (RT) é PxQ. Assim, a RT,


para determinado nível de produção Q=2, é
a área abaixo da curva de demanda da
firma, representada pela área cinza.

Quantidade
0 1 2 3 4 5 6 produzida (Q)

Por fim, a receita total, dado um nível de produção (Q), será


exatamente a área abaixo da curva de demanda limitada pela linha que
passa por Q. Na figura 02, nós apontamos a receita total (área do
retângulo cinza) para o nível de produção Q=2. A receita total (RT) é PxQ,
ou seja, é a base do retângulo (Q) multiplicada pela altura do mesmo (P).
Dica: em regra, quando temos uma curva de alguma coisa “média”,
a área abaixo dessa curva indicará a coisa “total”. Por exemplo, a área
abaixo da curva de receita média indica o valor da receita total. O
retângulo abaixo da curva do custo médio indica o custo total, o retângulo
abaixo da curva do custo variável médio indica o custo variável, e assim
por diante.

3.2. CURVAS DE CUSTO

As curvas de custos são as mesmas vistas na aula passada, onde


estudamos os custos.

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!
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Custo
em R$

Cmg

Cme
B
CVme
A

(Q)
0

Ou seja, aquelas curvas que nós estudamos na teoria dos custos


nos servem também na análise das estruturas de mercado (elas servem
para qualquer estrutura de mercado).

3.3. EQUILÍBRIO DA FIRMA NO CURTO PRAZO

Conforme provado no item 2, a firma está em equilíbrio


(maximização de lucros) quando a receita marginal é igual ao custo
marginal. Na concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço
(Rmg=P), de forma que o equilíbrio é alcançado quando Cmg=P.
Assim, a firma inserida em um mercado de concorrência perfeita terá o
seu equilíbrio quando a curva do custo marginal interceptar a linha do
preço (que é igual à linha da Rmg). Veja:

Custo
em R$
Cmg

A B
P

(Q)
0 QA QB

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Importante: como na concorrência perfeita, Rmg=P, e o equilíbrio
(maximização de lucros) de qualquer firma é atingido quando Rmg=Cmg,
então, na concorrência perfeita (somente nela), a firma se
equilibra quando Cmg=P. Este nível de preço existente na concorrência
perfeita, que é igual ao custo marginal, é chamado de preço
socialmente ótimo.
A princípio, pode nos parecer que há dois equilíbrios (pontos A e B),
pois há dois níveis de produção, QA e QB, em que o Cmg=P=Rmg. No
entanto, apenas em um deles o lucro é maximizado. Observe que o ponto
A não pode ser o ponto de maximização de lucros, uma vez que, se
aumentarmos a produção além de QA, o lucro será aumentado. À direita
de QA e à esquerda de QB, a receita marginal (acréscimo de receita) é
maior que o custo marginal (acréscimo de custos), o que indica que os
lucros serão aumentados se aumentarmos a produção além de QA até QB.
Se é assim, o que temos então no ponto A, ao nível de produção
QA? No ponto A, ao nível de produção QA, onde Rmg=Cmg=P, ocorre o
ponto de prejuízo total máximo. O prejuízo (Prej) pode ser entendido
como a diferença entre os custos totais (CT) e a receita total (RT). Assim,

Prej = CT – RT

Matematicamente, não é difícil demonstrar por que o ponto A é o


ponto de prejuízo máximo. Mas tal demonstração não nos interessa.
Apenas guarde o seguinte: no lucro máximo, o custo marginal é
crescente; no prejuízo máximo, o custo marginal é decrescente.
Vemos, então, que a igualdade entre o preço e o custo marginal é
condição necessária para a maximização de lucro, mas, geralmente, não
constitui condição suficiente. O fato de encontrarmos um ponto onde o
preço é igual ao custo marginal não significa que encontramos o ponto de
lucro máximo. Mas, por outro lado, se encontrarmos o ponto de lucro
máximo, sabemos que, obrigatoriamente, o preço tem que igualar-se ao
custo marginal.
Assim, podemos definir de forma mais precisa a situação de lucros
máximos na concorrência perfeita:

Rmg = P = Cmg # sendo Cmg crescente

Se Cmg é decrescente, e P=Cmg, temos prejuízo máximo.


No entanto, se cair na sua prova uma questão em que a banca
afirme que o lucro máximo é atingido quando preço é igual a custo
marginal. Você deve marcar certo ou errado?

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Primeiro, você deve verificar se se trata de concorrência perfeita. Se
não for concorrência perfeita, então é errado (apenas em concorrência
perfeita, temos P=Cmg, nas outras estruturas, temos Rmg=Cmg).
Agora, se for concorrência perfeita, você deve marcar certo, pois
esta é a regra geral (lucro máximo " P=Cmg). Agora, se vier algo do tipo
“sempre que tivermos preço igual ao custo marginal, em concorrência
perfeita, haverá lucros máximos”, aí, neste caso, você deve marcar
errado, pois a palavra sempre torna a assertiva incorreta, tendo em vista
que se tivermos custo marginal decrescente e, ao mesmo tempo, P=Cmg,
teremos prejuízo máximo e não lucro máximo.

3.4. ÁREAS DE LUCRO TOTAL, RECEITA TOTAL E CUSTO TOTAL

Acompanhe as explicações pela figura 05.


A receita total (RT), conforme visto na figura 02, será a área abaixo
da curva de demanda da firma (não é a curva de demanda do mercado!
Esta é negativamente inclinada) limitada pela linha do nível de produção
(Q) no equilíbrio (quando Cmg=Rmg=P; isto ocorre no ponto A da figura
18). Na figura 05, a RT será a área representada pelo retângulo
0_QE_A_P.
O custo total (CT) pode ser encontrado através da curva de custo
médio. O custo médio (Cme), por definição, é CT/Q. Observando a
equação, vemos de modo claro que CT=CmexQ. Vejamos:

!∀
!∀# ! !!!! ! !!!!!!∀ ! !∀#! !
!

O custo total, então, será o custo médio (Cme) multiplicado por


(Q). O valor de (Q) é a quantidade produzida no equilíbrio, QE (quando
Cmg=P). O Cme será o preço (ou custo) encontrado quando a linha
vertical que sai do nível de produção de equilíbrio (Q) encontra a curva do
Cme (na figura 05, isso ocorre no ponto B). O custo total (CT) será a
multiplicação de (Q) pelo (Cme). Na figura 05, o CT é a área do retângulo
0_QE_B_Cme, que é a área abaixo da curva de custo médio para o nível
de produção QE, onde a firma maximiza lucros (onde P=Cmg).
O lucro total (LT) será a diferença entre a receita total (RT) e o
custo total (CT). Por conseguinte, a área representativa do lucro total
será a área da receita total menos a área do custo total. Na figura 05, o
LT será a área Cme_B_A_P.

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Custo
em R$
Cmg

A
P P=Rme=Rmg
Cme
Cme
B

(Q)
0 QE

3.5. CURVA DE OFERTA DA FIRMA NO CURTO PRAZO

Em primeiro lugar, devemos relembrar o que é curva de oferta: é a


curva que relaciona a produção da firma (oferta) de acordo com o nível de
preços do mercado. Então, o ponto chave para determinar a curva de
oferta da firma é traçar uma curva que mostre níveis de quantidades
(níveis de produção – Q) para cada nível de preço que o mercado
imponha à firma.
Na figura 06, diagrama a, nós temos o trecho ascendente da curva
de custo marginal de uma firma. Suponha que o nível de preço seja P1. A
este nível de preço, a firma está em equilíbrio no ponto 1 (onde P=Cmg),
e ofertará (produzirá) Q1 produtos. Se o preço aumentar para P2, a firma
ofertará Q2 (no ponto 2, teremos novamente P=Cmg). Se o preço
aumentar para P3, a oferta será Q3 (no ponto 3, teremos também P=Cmg)
e assim por diante. No diagrama b, nós temos uma curva que representa
as diversas quantidades ofertadas (quantidades produzidas) relacionadas
a diversos níveis de preços. Ora, a curva que relaciona preços e
quantidades ofertadas/produzidas é a nossa famosa curva de oferta.
Então, pelo que se vê na figura 06, a curva de oferta da firma, no
curto prazo e na concorrência perfeita, é derivada a partir do
trecho ascendente da curva de custo marginal.

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Derivação da curva de oferta a curto prazo de um


produtor em concorrência perfeita
Preço
s Curva de Curva de
Cmg oferta
3
P3 O3
2 O2
P2
1 O1
P1

Q
Q1 Q2 Q3 Q1 Q2 Q3
a) Posições de equilíbrio a b) Quantidades ofertadas nos
curto prazo para a firma. equilíbrios de curto prazo da firma.

Entretanto, isto (curva de oferta = curva de Cmg) é apenas a regra


geral e necessitamos neste momento refinar nossa análise.

Pode haver situações em que, mesmo estando no trecho


ascendente da curva de custo marginal, a firma optará por não produzir
ou não ofertar produtos. Acompanhe o raciocínio pela figura 07. Imagine
que o preço de mercado do produto seja P1. A este nível de preço, a Rmg
será igual a P1 e o equilíbrio da firma acontecerá no ponto 1 quando
P1=Rmg1=Cmg1. Neste equilíbrio, a produção/oferta seria Q1, mas se isto
acontecer, a firma incorrerá em prejuízos. Vejamos por quê:

Custo Cmg
em R$ Cme

CVme
3
P3 P3=Rmg3=Rme3=Cmg3
CVme A 2
P2 P2=Rmg2=Rme2=Cmg2
1
P1 P1=Rmg1=Rme1=Cmg1

(Q)
0 Q1 Q2 Q3

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Se o preço for P1 e a firma produzir Q1 (equilíbrio no ponto 1), a


receita total será a área do retângulo 0_Q1_1_P1. No entanto, neste ponto
1, o custo variável médio de Q1 é CVme (o total do custo variável será a
área do retângulo 0_Q1_A_CVA). Observe que, produzindo Q1, a firma
obtém menos receita do que deve pagar de custo variável, uma vez que a
receita média (P1) é menor que o custo variável médio (CVme). Então,
podemos concluir que, produzindo a este nível, a firma teria que pagar
custos variáveis superiores à receita total. Pior: além de ter prejuízo no
confronto “receita x custos variáveis”, a firma ainda teria que pagar os
custos fixos, que são a diferença entre o custo total e o custo variável.
Diante disto, pergunto-lhe se é interessante produzir se o preço for P1? A
resposta, obviamente, é não! A firma terá custos variáveis superiores à
receita total e ainda terá que pagar os custos fixos. Ou seja, prejuízo
certo!
Se o preço for P3, a firma produzirá Q3 (equilíbrio no ponto 3).
Neste nível de produção, a receita média (P3) obtida será maior que os
custos variáveis médios, uma vez que o ponto de equilíbrio 3 (onde
P3=Rme3=Cmg3) está acima da intersecção da linha vertical que sai de Q3
e intercepta a curva do CVme. Ou seja, ao preço P3 e ao nível de
produção Q3, a receita total supera os custos variáveis. Diante disto,
pergunto-lhe: é interessante produzir? A resposta não é tão fácil, mas já
lhe adianto que é positiva, sim, a firma deve produzir.
Observe que, no ponto 3, a receita média supera os custos variáveis
médios, mas não supera o custo total médio, uma vez que a curva do
Cme está bem acima do nível de P3. Como o custo (total) médio é maior
que a receita média, podemos concluir que o custo total também será
maior que a receita total. Ainda que tenhamos a receita total superando
os custos variáveis, o custo total supera a receita total em virtude do
custo fixo, que é a diferença entre o custo total e o custo variável. Se a
receita total superasse o custo total, o ponto de equilíbrio estaria acima
da curva de Cme (custo total médio). Desta forma, no ponto 3, temos a
seguinte situação: a receita total serve para pagar os custos variáveis e
apenas uma parte dos custos fixos.
Mesmo que os custos fixos superem a diferença entre a receita total
e os custos variáveis, a empresa deve continuar a produzir. A justificativa
para isso está na própria definição de custos fixos. Se a firma decidir
parar de produzir, não haverá redução nos custos fixos, uma vez que eles
não dependem do nível de produção. Em outras palavras, se a firma pára
de produzir, não há redução de custos fixos.
Então, ainda que os custos fixos superem o montante a maior da
receita total sobre os custos variáveis, a firma deve continuar a produzir.
Nesta situação a firma apresentará prejuízos7, mas ela não deve paralisar
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Κ
! Λ#+−∗! +(−0∗12&! #6! Β0#! &+! 30+−&+! ,(Μ&+! +0/#.∗6! ∗! ∀(,#.#41∗! #4−.#! ∗! .#3#(−∗! −&−∗)! #! &+! 30+−&+!
>∗.(Χ>#(+<!−#6&+!&!+#70(4−#Α!ΝΓ!Ο!ΠΙ!Θ!ΝΡ!ΣΟ!ΝΓ!Τ!ΝΡ!Ο!ΠΙ!ΣΟ!ΝΙ!Ο!ΠΙ!ΣΟ!ΥΠ≅ςΩΞΨΖ8!

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a produção, pois assim teria que pagar todos os custos fixos. Dessa
forma, se pára, tem que pagar todo o custo fixo. Se produz, a receita
total permite pagar todos os custos variáveis e ainda uma parte dos
custos fixos, de tal forma que o prejuízo será menor.
Se o preço for P2, no ponto de mínimo do CVme, em que temos o
equilíbrio P2=Cmg, a receita média (P2) será exatamente igual aos custos
variáveis médios; por conseguinte, a receita total será igual aos custos
variáveis. Neste caso, será indiferente para a firma produzir ou não, pois,
produzindo ou não, o prejuízo será exatamente igual ao valor dos custos
fixos8.
Diante do exposto, resumimos assim as possíveis situações em que
pode se encontrar o preço do produto em relação ao nível de custos
variáveis médios da firma:

Situação Decisão da firma


A firma não produz (não há oferta), uma vez que a receita
P < CVme
total não cobre nem os custos variáveis.
A firma produz (há oferta), mesmo que o nível de custos
fixos faça com que o custo total supere a receita total.
P > CVme Neste caso, a empresa deve produzir, pois a receita total
pagará os custos variáveis e uma parte dos custos fixos,
reduzindo o prejuízo.
A firma é indiferente entre produzir ou não produzir. Em
P = CVme qualquer uma destas duas situações, o prejuízo será igual
ao valor dos custos fixos.

Vale ressaltar que se tivermos um nível de preço que esteja acima


da curva do Cme (P > Cme), então, neste caso, a receita média (que é o
próprio preço) será superior ao custo (total) médio. Por conseguinte, a
receita total será superior ao custo total (custos variáveis + custos fixos).
Conforme vimos na aula passada, isto caracteriza uma situação de lucros
extraordinários ou lucro econômico puro, em que a receita total é mais
que suficiente para pagar os custos dos fatores de produção.
Diante de tudo o que foi exposto nas últimas duas páginas,
podemos afirmar com precisão que a firma só ofertará/produzirá se o
preço do bem estiver acima do custo variável médio. Assim, nossa
conclusão inicial, em que verificamos que a curva de oferta da firma era o
trecho ascendente da curva de custo marginal, deve ser reformulada: a

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
[
!∴03.&]/.#⊥0=_&ΣΠΙΘΝΙ!ΣΟ!∴03.&]/.#⊥0=_&ΣΠΙΘ!ΝΓ!ΘΝΡ!ΣΟ!#!ΠΙΣΝΡ<!#4−2&<!∴03.&]/.#⊥0=_&Σ!ΘΝΓ8!

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!
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curva de oferta da firma, em curto prazo e em concorrência perfeita, será
o trecho ascendente da curva de custo marginal que estiver acima da
curva do custo variável médio.
Como a curva de custo marginal intercepta a curva do custo
variável médio em seu ponto de mínimo, podemos finalmente escrever a
proposição que define a derivação da curva de oferta da firma:
A curva de oferta de curto prazo de uma firma em
concorrência perfeita é, precisamente, a curva de custo marginal
para todos os níveis de produção iguais ou maiores que o nível de
produção associado ao custo variável médio mínimo. Para os
preços de mercado menores que o custo variável médio mínimo, a
quantidade ofertada de equilíbrio é zero.

3.6. CURVA DE OFERTA DA INDÚSTRIA9 NO CURTO PRAZO

A curva de oferta da indústria será o somatório das curvas de oferta


das firmas. Veja a figura 08 e considere a indústria/setor sendo composto
por 100 firmas:
Figura 08

Preço
Cmg Oferta
s

P1

D1

Q1 Quantidade 100Q1
de produtos

A curva de custo marginal de cada empresa nos diz a quantidade


que a empresa fornecerá a cada preço. Dessa maneira, a curva de oferta
da indústria/setor (diagrama à direita) pode ser deduzida diretamente a
partir das curvas de custo marginal das empresas no mercado. Ao preço
P1, uma firma produz Q1. Ao mesmo preço, a indústria/setor produzirá
100Q1, considerando que o setor contém 100 firmas. Desta forma,

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
α
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podemos entender que a curva de oferta do mercado é a soma
horizontal das curvas de ofertas individuais.

3.7. EQUILÍBRIO DA FIRMA NO LONGO PRAZO

Antes de tudo, é importante que saibamos que, no longo prazo, as


firmas competitivas também buscam o nível de produção em que a
receita marginal se iguala ao custo marginal, conforme comentado no
item 02 da aula.
A diferença do longo para o curto prazo é a possibilidade de a firma
variar todos os fatores de produção. Como custo significa remuneração ou
preço de fator de produção, podemos considerar que no longo prazo
todos os custos são variáveis, uma vez que podemos variar todos os
fatores de produção.
Assim, em longo prazo, CT=CV e Cme=CVme. Como o equilíbrio
também é alcançado quando Rmg=Cmg, o nosso equilíbrio será bastante
semelhante à situação vista no curto prazo, com a existência de apenas
uma diferença que será crucial para a nossa análise. Vejamos essa
diferença:
No longo prazo, o mercado só estará em equilíbrio se a receita total
das firmas for exatamente igual aos custos totais. Em outras palavras, no
equilíbrio de longo prazo da concorrência perfeita, só possuímos
lucro econômico igual a zero, ou lucro normal, que é a situação em
que a receita é o valor exato utilizado para remunerar ou pagar os fatores
de produção (dentre estes fatores de produção, está o lucro do
empresário e todos os custos de oportunidade implícitos). Maiores
detalhes, releia o início da aula.
Se as firmas estiverem obtendo receita total superior ao custo total,
haverá lucro econômico positivo, ou lucros extraordinários. Nesta
situação, a firma recebe mais dinheiro do que o necessário para bancar o
custo dos fatores de produção. Quando isto acontece, há estímulos para a
entrada de novas empresas nesse mercado, uma vez que é pressuposto
da concorrência perfeita a livre entrada e saída de empresas. Com a
atração de novas firmas, a curva de oferta do mercado será deslocada
para baixo e para a direita. Se você relembrar as interações entre oferta e
demanda que estudamos na aula 00, verá que este deslocamento da
curva de oferta provocado pela entrada de novas firmas fará reduzir o
preço de equilíbrio do mercado. Esta redução de preço, por sua vez, fará
diminuir o lucro econômico da firma até o ponto em que tivermos lucro
econômico zero ou lucro normal.
Se as firmas estiverem obtendo receita total inferior ao custo total,
haverá prejuízo econômico. Nesta situação, há estímulos para a saída de
empresas, o que faz com que a curva de oferta do mercado seja
deslocada para a esquerda e para cima. Este deslocamento fará aumentar

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o preço de equilíbrio de mercado, reduzindo o prejuízo econômico até o
ponto em que tivermos novamente lucro econômico zero ou lucro normal.
Assim, vê-se que o equilíbrio competitivo de longo prazo é a
situação em que há lucro econômico zero (RT = CT). Como, nesta
situação, temos RT=CT, então, obrigatoriamente, temos também
Rme=Cme. Em concorrência perfeita, nós já vimos que a Rme é igual ao
preço, que é igual à Rmg. Então, no equilíbrio competitivo10 de longo
prazo, temos:

1) RT = CT (lucro econômico zero ou lucro normal)

2) Rmg = Rme = P = Cme = Cmg

Desta forma, é importante que você guarde o seguinte:

• Em curto e em longo prazo, a firma competitiva


maximiza lucros quando Rmg=Cmg.
• Em curto prazo, o equilíbrio pode ocorrer com
a firma obtendo lucro extraordinário, lucro normal
ou prejuízo econômico.
• No entanto, em longo prazo, o equilíbrio ocorre
necessariamente com lucro econômico zero
(lucro normal).

Graficamente, o equilíbrio de longo prazo será o ponto em que a


curva de custo marginal de longo prazo intercepta a curva de custo (total)
médio de longo prazo, ressaltando que esta intersecção representa o
ponto de mínimo da curva de custo total médio (é a escala ótima da
firma, aprendida lá na teoria dos custos). Vejamos a figura 09:

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∃δ
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Custo,
Preço
CmgLP
P = Rme = Rmg = Cmg = Cme

C
Po
O Equilíbrio de longo prazo
acontece quando temos
CmeLP mínimo.

Quantidade
0 Qo produzida (Q)

No ponto O, a receita total será a área do retângulo 0_Qo_O_Po. O


custo total terá a mesma área. Assim, o ponto O é o único ponto em que
haverá equilíbrio no longo prazo. Para preços maiores que Po, haverá
estímulos à entrada de mais empresas para o mercado, pois teremos RT
> CT, ou seja, lucro econômico positivo (=lucros extraordinários). Para
preços menores que Po, haverá estímulos à saída de empresas, pois
teremos RT < CT, ou seja, prejuízo econômico.
Por fim, é interessante lembrar que, no ponto O, os custos
marginais e médios de curto e de longo prazo também são iguais (ver
figura 13 da aula 03) e neste mesmo ponto, ainda, temos retornos
constantes de escala (ver figuras 9 e 10 da aula 03).

3.8. O CASO DA CURVA DE OFERTA NEGATIVAMENTE INCLINADA

Até o presente momento, nós falamos que a curva de oferta é


sempre positivamente inclinada, indicando que preços maiores indicam
maiores quantidades ofertadas. No entanto, existe um caso singular em
que a curva pode ser negativamente inclinada, isto é, preços maiores
indicam menores quantidades ofertadas.
Trata-se da curva de oferta de mercado (ou setor, ou indústria) no
longo prazo quando este setor possui economias de escala (ou
rendimentos crescentes de escala). Neste caso específico, a existência de
economias de escala no longo prazo faz com que o setor possa tirar
proveito da redução de custos (ou custos decrescentes) a partir do
aumento de produção.
Assim, ao aumentar a produção, o setor reduz o custo médio e os
preços. Isso pode alavancar as vendas e acaba fazendo com que o setor
acabe por aumentar as quantidades ofertadas e reduzir os preços. Ou
seja, a curva de oferta será negativamente inclinada nesta situação.

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Mas veja que isso é uma situação em que temos a curva de oferta
do setor, indústria ou mercado. Note que não se aplica para a análise da
curva de oferta de uma firma individual. Nós podemos ter curvas de
oferta positivamente inclinadas para cada firma, mas se o setor, como um
todo, possuir custos decrescentes (economias de escala, ou rendimentos
crescentes), a curva de oferta do setor será negativamente inclinada,
ainda que as curvas individuais possuam inclinação ascendente.
Outra observação importante é que estamos falando de longo
prazo. Afinal, toda a análise envolvendo rendimentos ou economias de
escala só tem sentido no longo prazo, que é o prazo no qual podemos
variar todos os fatores de produção. Se estivermos no curto prazo, não
podemos variar todos os fatores de produção, logo, não há meios de se
verificar, por exemplo, se a produção possui rendimentos crescentes11 de
escala, nem se há economias de escala12.
Assim, se tivermos concomitantemente os seguintes fatores:

i. Curva de oferta do setor, indústria ou mercado; e


ii. Longo prazo (se a questão falar em economias ou rendimentos de
escala, então, já está implícito que se trata do longo prazo); e
iii. Custos decrescentes (economias de escala, ou rendimentos
crescentes de escala);

(...) teremos também uma curva de oferta com inclinação


descendente.

Isso raramente é exigido em provas, mas pode acontecer de ser


cobrado e devemos estar preparados ☺.

3.10. O CASO DA CURVA DE OFERTA HORIZONTAL

A análise deste caso é bastante semelhante àquela que fizemos no


item passado. No item 3.9, nós vimos que a existência de economias de
escala (custos decrescentes) no longo prazo faz com que a curva de
oferta do setor seja negativamente inclinada.

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∃∃
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Pois bem, quando temos retornos constantes de escala (= custos
constantes) no longo prazo, isso faz com que a curva de oferta do setor
seja uma reta horizontal. Ou seja, como o custo é constante, ele não
muda de acordo com o nível de produção. Neste caso, não importa se a
produção é baixa ou alta, o custo será o mesmo, o que implica dizer que
o setor cobrará o mesmo preço pelo produto, não importando o nível de
produção.
Neste caso, então, em que temos custos constantes (ou
rendimentos constantes de escala) a curva de oferta do setor em
longo prazo será uma reta horizontal.
A exemplo do que foi abordado no item 3.9, isto também é
raramente cobrado em provas, mas já aconteceu.
Antes de prosseguirmos para as questões de concorrência perfeita,
segue um resumo para facilitar a sua memorização:

Resumo da concorrência perfeita:

• Todos os agentes são tomadores de preço;

• Curva de demanda da firma é perfeitamente elástica


(horizontal);

• Única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita


marginal. Consequentemente, o ponto de maximização de
lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando o preço é igual
ao custo marginal (P=Cmg);

• A curva de oferta é a curva do custo marginal acima do custo


variável médio;

• No curto prazo, a firma pode obter prejuízo, lucro zero


(normal) ou lucro econômico. No longo prazo, ela obterá
obrigatoriamente lucro normal (zero), onde lucro total é igual
ao prejuízo total (ou Rme=Cme);

• Em longo prazo, no equilíbrio (ponto de mínimo da curva de


custo médio): Rmg=Cmg=P=Rme=Cme.

• Em longo prazo, se tivermos custos decrescentes (economias


de escala), a curva de oferta do setor será negativamente
inclinada. Se tivermos custos constantes (retornos constantes
de escala), a curva de oferta do setor será horizontal.

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Vejamos agora alguns exercícios sobre a


concorrência perfeita:

07. (CESPE/Unb - Especialista em Regulação de Serviços de


Transp. Aquaviários – ANTAQ – 2009) - Em concorrência perfeita,
o equilíbrio da firma, definido no ponto em que a receita marginal
se iguala ao custo marginal, só é válido como ponto de
maximização de lucros se o custo marginal for crescente.

COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 3.3, o ponto de maximização de lucros na
concorrência perfeita exige que o custo marginal seja crescente. Se o
custo marginal for decrescente, estaremos no ponto de prejuízo máximo.

GABARITO: CERTO

08. (CESPE/Unb - Especialista em Regulação de Serv. Púb. De


Telecomunicações – ANATEL – 2009) - A estrutura de um
mercado em concorrência perfeita, no qual inexistiriam
desvantagens, seria o ideal para o consumidor; contudo, ele é
praticamente inexistente no contexto da economia mundial.

COMENTÁRIOS:
Realmente o mercado em concorrência perfeita é muito difícil de ser
encontrado, mas não podemos dizer que é praticamente inexistente na
economia mundial (o mercado agrícola e de commodities são exemplos
de concorrência perfeita).
Ademais, nem sempre a concorrência perfeita é o mercado ideal para o
consumidor. Quando existem economias crescentes de escala no
processo de produção, conforme veremos na próxima aula, o monopólio
(natural) é o tipo de mercado que poderá oferecer o produto ao
consumidor com o menor preço, já que os custos de produção do
monopolista serão muito menores do aqueles que seriam verificados caso
tivéssemos um mercado concorrencial.

GABARITO: ERRADO

09. (CESPE/Unb - Economista – DFTRANS – 2008) - Em um


mercado concorrente perfeito, os empresários têm lucro zero no
curto prazo e, portanto, estão sempre insatisfeitos, o que força o
governo a subsidiar esses empresários.

COMENTÁRIOS:
Na concorrência perfeita, os empresários têm lucro zero no longo prazo.

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No curto prazo, podem ter lucro ou prejuízo econômico, desde que
igualem o preço ao custo marginal.

GABARITO: ERRADO

10. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - Para as


empresas que atuam em ambientes competitivos, no equilíbrio de
curto prazo, a competição entre firmas obriga-as a fixar o preço
ao nível do custo médio, anulando, assim, os lucros econômicos
dessas empresas.

COMENTÁRIOS: As firmas competitivas, no curto prazo, adotam (elas


não fixam o preço, mas apenas o aceitam) o preço de mercado e o
igualam ao custo marginal, e não ao custo médio.
Apenas em longo prazo, os preços adotados serão iguais ao custo médio
(em longo prazo: Cme=Cmg=P).

GABARITO: ERRADO

11. (CESPE/Unb – Técnico Municipal - Pref. Vila velha – 2008) -


Em concorrência perfeita, o lucro do empresário será zero no
curto prazo.

COMENTÁRIOS:
No curto prazo, a firma competitiva, em equilíbrio, poderá ter lucro
econômico positivo, nulo ou negativo. Apenas no longo prazo, o equilíbrio
ocorrerá obrigatoriamente com lucro econômico zero.

GABARITO: ERRADO

12. (CESPE/Unb - Analista Geral – SEBRAE/AC – 2007) -


Empresas que atuam em mercados competitivos podem, no longo
prazo, obter lucros maiores que aqueles mínimos suficientes para
induzi-las a permanecer nesses mercados.

COMENTÁRIOS:
Na concorrência perfeita, em longo prazo, as empresas possuem
lucro econômico zero, em que a receita total é o valor que exato que
cobre as remunerações dos fatores de produção. Ou seja, em longo
prazo, a receita total cobre o exatamente custo total e isso faz com que a
firma permaneça no mercado.

GABARITO: ERRADO

13. (CESPE/Unb – Analista de Meio Ambiente – SEAMA – 2007) -


No equilíbrio de longo prazo, nos mercados competitivos, o custo
médio de produção é o menor possível, para uma dada tecnologia.

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COMENTÁRIOS:
No equilíbrio de longo prazo da concorrência perfeita, o ponto de
equilíbrio acontece no ponto de mínimo da curva de custo médio, ou
seja, com o menor custo médio de produção possível (ver figura 22).

GABARITO: CERTO

14. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - TCE/AC – 2009)


- A curva de oferta de longo prazo das indústrias competitivas,
caracterizadas por custos de produção crescentes, é
perfeitamente inelástica.

COMENTÁRIOS:
Em regra, a curva de oferta de longo prazo do mercado (=indústria)
competitivo é ascendente e não perfeitamente inelástica (vertical).

GABARITO: ERRADO

15. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) - Uma empresa


competitiva pode continuar funcionando mesmo que o preço de
mercado seja menor do que o custo total médio.

COMENTÁRIOS:
A assertiva não especificou se devemos considerar o curto ou o longo
prazo.

No curto prazo, a firma competitiva continua operando desde que o preço


de mercado seja superior ao custo variável médio.

No longo prazo, a firma competitiva continua operando desde que o


preço de mercado seja superior ao custo total médio, uma vez que, em
longo prazo, o custo total médio é igual ao custo variável médio.

Assim, vemos que é possível sim que a firma continue funcionando


mesmo que o preço de mercado seja menor que o custo total médio.
Basta que consideremos uma situação de curto prazo (no curto prazo, o
preço pode ser menor que o custo total médio, mas superior ao custo
variável médio).

GABARITO: CERTO

16. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) - Em uma empresa


competitiva, quando todos os custos fixos são irreversíveis, a
curva de oferta no curto prazo corresponde à curva de custo
marginal acima da curva de custo total médio.

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COMENTÁRIOS:
A curva de oferta no curto prazo corresponde à curva de custo marginal
acima da curva de custo variável médio.

GABARITO: ERRADO

17. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) - A curva da demanda


de uma empresa competitiva é ao mesmo tempo sua curva de
receita marginal e do custo marginal.

COMENTÁRIOS:
A curva de demanda de uma empresa competitiva é ao mesmo tempo
sua curva de receita marginal e receita média. A curva de custo marginal
da firma competitiva nos dá a curva de oferta da firma competitiva.

GABARITO: ERRADO

18. (CESPE/Unb – Banco da Amazônia – 2010) – Uma condição


para o encerramento de uma empresa é os custos marginais
excederem os preços cobrados pela empresa.

COMENTÁRIOS:
A assertiva utilizou indevidamente a expressão “custos marginais”. O
correto seria:

Uma condição para o encerramento de uma empresa é os custos


variáveis médios excederem os preços cobrados pela empresa.

GABARITO: ERRADO

19. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Se o preço de um


produto de determinada empresa encontrar-se acima do ponto
mínimo da curva de custo variável médio e os preços dos insumos
sejam dados, a curva de oferta de curto prazo dessa empresa
coincidirá com a curva de custo
marginal.

COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, veja que a questão não nos fala se se trata de um
mercado de concorrência perfeita. Como nós acabamos de ler a aula,
você sabe que a assertiva está correta, pois define de modo preciso a
curva de oferta de curto prazo.
Apenas fique atento que se a banca omitir o tipo de mercado de que se
trata, geralmente, ela está falando da concorrência perfeita, que é o
referencial teórico usualmente adotado.

GABARITO: CERTO

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20. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Para maximizar seus


lucros, as firmas deveriam escolher o nível de produção em que a
diferença entre a receita marginal e o custo marginal fosse a
maior possível.

COMENTÁRIOS:
Para maximizar seus lucros, as firmas devem escolher o nível de
produção em que a diferença entre Rmg e Cmg seja nula. Ou seja,
quando Rmg=Cmg.

GABARITO: ERRADO

21. (CESPE/Unb - Diplomacia – Instituto Rio Branco – 2010) – A


presença de substanciais economias externas de escala em
determinada indústria é compatível com a existência de uma
curva de oferta de longo prazo positivamente inclinada.

COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 3.9, quando temos um setor/indústria com a
existência de economias de escala, sua curva de oferta de longo prazo
será negativamente inclinada (ou seja, não terá inclinação positiva como
é o usualmente aceito).

Nesta questão, ainda, não era necessário a banca dizer que se trata da
curva de oferta de longo prazo, pois ela fala da existência de economias
de escala. Logo, já fica implícito que a situação descrita envolve uma
análise de longo prazo.

GABARITO: ERRADO

22. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Em uma indústria


competitiva caracterizada por custos decrescentes, aumentos da
quantidade ofertada coexistem com reduções no preço do
produto desse setor, gerando uma curva de oferta de longo prazo
negativamente inclinada.

COMENTÁRIOS:
Quando a questão fala em custos decrescentes, ela quer se referir à
existência de economias de escala. Conforme comentamos na questão
passada, e no item 3.9, tal situação coaduna-se com uma curva de oferta
negativamente inclinada, onde aumentos da quantidade ofertada
coexistem com reduções no preço do produto.

GABARITO: CERTO

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Bem pessoal, por hoje é “só”!

Na próxima aula, falaremos das outras esturutras de mercado (Monopólio,


Oligopólio, Concorrência Monopolística).

Abraço e bons estudos!


Heber Carvalho
hebercarvalho@estrategiaconcursos.com.br

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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS

01. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro - Ciências


Econômicas – SEGER/ES – 2009) - Mercados organizados sob a forma de
concorrência monopolista envolvem um número relativamente grande de
firmas que operam de forma não-colusiva e caracterizam-se por
adotarem estratégias de diferenciação do produto.

02. (CESPE/Unb – Analista de meio ambiente – SEAMA – 2007) - Na


agricultura, a presença de muitos estabelecimentos agrícolas, aliada a
relativa homogeneidade do produto e à inexistência de barreiras à
entrada, faz que esse mercado seja uma boa ilustração da concorrência
perfeita.

03. (CESPE/Unb - Banco da Amazônica – 2010) - Empresas monopolistas


e empresas em mercados de concorrência perfeita maximizarão seus
lucros quando suas receitas marginais e seus custos marginais se
igualarem.

04. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) – A regra de que o lucro é


maximizado quando a receita marginal é igual ao custo marginal é válida
para todas as empresas, sejam competitivas ou não.

05. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - A regra segundo


a qual as empresas maximizam seus lucros quando a receita marginal
iguala-se ao custo marginal aplicase unicamente às empresas que atuam
em mercados competitivos.

06. (CESPE/Unb – Analista do Meio Ambiente – SEAMA – 2007) - Quando


a fabricação de uma unidade adicional de um determinado produto
conduz a um aumento no custo total superior ao aumento da receita total,
a necessidade daí decorrente de se restringir a produção desse bem
contradiz a hipótese de maximização de lucros nesse mercado.
!
07. (CESPE/Unb - Especialista em Regulação de Serviços de Transp.
Aquaviários – ANTAQ – 2009) - Em concorrência perfeita, o equilíbrio da
firma, definido no ponto em que a receita marginal se iguala ao custo
marginal, só é válido como ponto de maximização de lucros se o custo
marginal for crescente.

08. (CESPE/Unb - Especialista em Regulação de Serv. Púb. De


Telecomunicações – ANATEL – 2009) - A estrutura de um mercado em
concorrência perfeita, no qual inexistiriam desvantagens, seria o ideal
para o consumidor; contudo, ele é praticamente inexistente no contexto
da economia mundial.

<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!25!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
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2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
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<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(6∆!
09. (CESPE/Unb - Economista – DFTRANS – 2008) - Em um mercado
concorrente perfeito, os empresários têm lucro zero no curto prazo e,
portanto, estão sempre insatisfeitos, o que força o governo a subsidiar
esses empresários.

10. (CESPE/Unb - Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - Para as


empresas que atuam em ambientes competitivos, no equilíbrio de curto
prazo, a competição entre firmas obriga-as a fixar o preço ao nível do
custo médio, anulando, assim, os lucros econômicos dessas empresas.

11. (CESPE/Unb – Técnico Municipal - Pref. Vila velha – 2008) - Em


concorrência perfeita, o lucro do empresário será zero no curto prazo.

12. (CESPE/Unb - Analista Geral – SEBRAE/AC – 2007) - Empresas que


atuam em mercados competitivos podem, no longo prazo, obter lucros
maiores que aqueles mínimos suficientes para induzi-las a permanecer
nesses mercados.

13. (CESPE/Unb – Analista de Meio Ambiente – SEAMA – 2007) - No


equilíbrio de longo prazo, nos mercados competitivos, o custo médio de
produção é o menor possível, para uma dada tecnologia.

14. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo - TCE/AC – 2009) - A


curva de oferta de longo prazo das indústrias competitivas, caracterizadas
por custos de produção crescentes, é perfeitamente inelástica.

15. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) - Uma empresa competitiva


pode continuar funcionando mesmo que o preço de mercado seja menor
do que o custo total médio.

16. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) - Em uma empresa


competitiva, quando todos os custos fixos são irreversíveis, a curva de
oferta no curto prazo corresponde à curva de custo marginal acima da
curva de custo total médio.

17. (CESPE/Unb – Analista do MPU – 2010) - A curva da demanda de uma


empresa competitiva é ao mesmo tempo sua curva de receita marginal e
do custo marginal.

18. (CESPE/Unb – Banco da Amazônia – 2010) – Uma condição para o


encerramento de uma empresa é os custos marginais excederem os
preços cobrados pela empresa.

19. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Se o preço de um produto de


determinada empresa encontrar-se acima do ponto mínimo da curva de
custo variável médio e os preços dos insumos sejam dados, a curva de

<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!26!∀#!23!
!∀#∃#%&∋()#%∗+,−∋(∗.(/0)!1(
!
2,#3&∋(4(566(78,9−:,9()!;<!.=∃>(
!
<3#?(≅,>,3()∋3Α∋+Β#(Χ(08+∋(6∆!
oferta de curto prazo dessa empresa coincidirá com a curva de custo
marginal.

20. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Para maximizar seus lucros,


as firmas deveriam escolher o nível de produção em que a diferença entre
a receita marginal e o custo marginal fosse a maior possível.
!
21. (CESPE/Unb - Diplomacia – Instituto Rio Branco – 2010) – A presença
de substanciais economias externas de escala em determinada indústria
é compatível com a existência de uma curva de oferta de longo prazo
positivamente inclinada.

22. (CESPE/Unb – Analista – STM – 2011) - Em uma indústria competitiva


caracterizada por custos decrescentes, aumentos da quantidade ofertada
coexistem com reduções no preço do produto desse setor, gerando uma
curva de oferta de longo prazo negativamente inclinada.

GABARITO
01 C 02 C 03 C 04 C 05 E 06 E 07 C
08 E 09 E 10 E 11 E 12 E 13 C 14 E
15 C 16 E 17 E 18 E 19 C 20 E 21 E
22 C

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