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Departamento de História
Nós, estudantes, resistimos por 30 dias nas ocupações, sob ameaça de violência
por parte de grupos contrários, sujeitando-nes a noites mal dormidas e alimentação
precária, vivendo à beira da criminalização. Mesmo assim, saímos de cabeça erguida,
cientes de que naquele momento apenas uma batalha estava terminada e a luta
continuaria, uma vez que nossa pauta não estava vencida. A greve estudantil continua
e com uma pauta justa: o fim da PEC 55 e da MP 746. Toda essa movimentação por
parte dos estudantes é a favor da educação, da saúde, da assistência social e de todos
os serviços públicos. Alguns chamam para si a etiqueta de maioria silenciosa, mas não
fazemos parte desse grupo, por entendermos que não são as maiorias silenciosas que
mudam o mundo, mas sim as minorias indignadas, que se põe em ação e lutam para
que suas vozes sejam ouvidas.
Estudantes fizeram um enorme peso em Brasília, inclusive discentes dos nossos cursos
de História. Nossos colegas e amigos, que foram sujeitos e sujeitas a toda a violência
do Estado enquanto lutavam pelo futuro de todas e todos. É possível voltar à a
normalidade quando tudo à nossa volta se encontra em uma situação de decadência e
de precarização? A educação é para todos um direito, contudo, para nós e para vocês,
ela é, também, um dever. Não existe, portanto, outro caminho senão este, o de
mobilização e de luta. Permaneceremos nele.