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1 - Introdução
2 - Conceito de Flagrante
*
Acadêmica de Direito da Faculdade Raimundo Marinho (FRM) em Penedo-AL.
1
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 13 Ed. São Paulo: Saraiva. 2006, p. 251.
2
Id. Ibid.
2
flagrante no processo penal, “[...] flagrante é, portanto, o que está a queimar, e em sentido
figurado, o que está a acontecer.” 3 Com esse entendimento, pode-se concluir que é passível de
prisão em flagrante todo crime que é percebido no momento de sua consumação ou, ainda, e
conforme autor já citado, logo após a consumação, ou seja, ser, o agente, surpreendido no
momento do delito, caracteriza o momento certo, válido para a aplicação da prisão em
flagrante.4
Duas espécies de flagrante são alvo de discussões acerca de suas validades
utilização, cuja finalidade é prender um criminoso, são elas: o flagrante preparado e o
flagrante esperado.
Dada a definição das duas espécies de flagrante, objeto deste estudo, é preciso
analisar a ocorrência de alguns requisitos para verificar a validade do flagrante e, por fim,
saber qual das espécies é válida no mundo jurídico. Como dito inicialmente, o flagrante delito
é considerado o crime que está sendo cometido, que acabou de ser consumado, sendo que a
sua existência é indiscutível, havendo a certeza visual do crime.10 Inexistindo a certeza visual
de que o crime foi cometido, já é fator capaz de invalidar o flagrante.
Com relação ao flagrante esperado, é simples concluir sua validade, pois a
autoridade policial ou terceiro não contribui à ocorrência do crime, há apenas o seu aguardo.
Assim, o criminoso pratica o delito sem estar sob qualquer influência, e o flagrante ocorre a
partir à espera de sua efetivação.11 Assim, o flagrante que ocorre sob a investigação policial
consistente no aguardo e sem influência na vontade e execução por parte do delinqüente, é
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TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 14 Ed. São Paulo: Saraiva, 1993.
8
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 13 Ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 254.
9
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 14 Ed. São Paulo: Saraiva, 1993.
10
Id. Ibid.
11
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 13 Ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
4
válido, pois não houve a utilização do agente provocador, e sim a simples espera do crime
cuja ocorrência já era sabida.12
No que concerne ao flagrante preparado (ou provocado), é possível notar a
contribuição do agente policial ou de terceiro à ocorrência do crime, a partir da utilização do
agente provocador, ou seja, a autoridade policial ou terceiro, munido de meios para efetuar a
prisão, induz o autor à prática do crime, prendendo-o em seguida, tornando-se inválida essa
espécie de flagrante.13 Posto isto, enfatiza Capez que “[...] neste caso, em face da ausência de
vontade livre e espontânea do infrator e da ocorrência de crime impossível, a conduta é
considerada atípica.”14 Portanto, a falta da vontade livre e espontânea do infrator torna
inválido o flagrante preparado, posto que é atípica sua conduta, pois a própria preparação do
flagrante torna impossível a consumação do crime.15
4 Considerações Finais
vontade livre e espontânea do infrator no momento do crime, pois sem ela, o flagrante delito
tornase inválido, uma vez que o crime cometido é atípico. Neste caso, foi possível identificar
que o flagrante preparado não é considero válido porque inexiste a vontade do infrator, este
acaba agindo por provocação da autoridade policial ou de terceiro que tomou providências
para efetuar a prisão, caso o crime viesse a ser consumado. O flagrante preparado se torna
inválido, não quanto à prisão, mas à consumação do crime, a motivação para execução do
mesmo, pois o infrator não age por vontade livre e espontânea, mas por uma provocação.
Foi possível identificar também que não é somente da autoridade policial a
capacidade de prender um infrator em flagrante delito, terceiros, isto é, o povo, também pode
prender em flagrante. Mas, é preciso identificar a forma como o crime para não cair no
descuido de efetuar uma prisão quando a conduta, na verdade, foi atípica.
12
BRASIL, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul RSTJ, 10/389.
13
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 13 Ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
14
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 13 Ed. São Paulo: Saraiva, 2006, pp. 253254.
15
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Vade Mecum Súmula 145. 10 Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 1767.
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provocador do agente para a ocorrência do crime, sendo que nas mesmas já há meios
empregados para efetuar a prisão no caso da ocorrência do delito, tendo o flagrante preparado
a contribuição do agente e no flagrante esperado um simples aguardo.
5 Referências
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Vade Mecum - Súmula 145. 10 Ed. São Paulo: Saraiva,
2010.
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 13 Ed. São Paulo: Saraiva. 2006.
TORNAGHI, Hélio. Curso de Processo Penal. 7 Ed. São Paulo: Saraiva, 1990.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 14 Ed. São Paulo: Saraiva, 1993.