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CADERNO REFLEXIVO 2
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SUMÁRIO
Apresentação do Material de Apoio.......................................................................... 04
Dinâmica de Grupo..................................................................................................... 04
Apresentação da RIMA............................................................................................... 06
Momento Reflexivo: ‘Um Panorama sobre a Metodologia aplicada pelo
GEEMPA’..................................................................................................................... 07
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DINÂMICA DE GRUPO
A Dinâmica aplicada na primeira Formação Continuada foi a da Bala. A
“Dinâmica da Bala” consiste em oferecer ao grupo uma porção de balas
embrulhadas em uma dobra dupla com uma condição básica e simples:
Para que a bala seja chupada pelos participantes ninguém pode tocar na bala com
suas próprias mãos para desembrulhar, nem para levá-la até a boca.
A Dinâmica de Grupo foi um sucesso por cumprir sua proposta que era
exatamente descontrair no primeiro momento das atividades e integrar o grupo de
uma forma onde se perceba que a atuação do indivíduo (que neste caso é o
educador) deve ser uma ação conjunta e não individual, deve possibilitar ao mesmo
tempo introspecção e reflexão.
E o melhor foi que esta dinâmica revelou traços essenciais dos participantes
e aspectos salientes do dia-a-dia da atuação como educador e a importância da
interação e companheirismo entre os profissionais da área da educação.
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Com base em discussões temáticas estabelecidas internamente englobando a visão de uma
especialista em psicologia, uma em mediação de conflitos, outra em fonoaudiologia e uma expert em
pedagogia.
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No primeiro momento todo mundo queria a bala, mas não sabia como ter
acesso a ela. Algumas participantes já conheciam a lógica desta dinâmica, mas
preferiram não se pronunciar para não atrapalhar a interação que deve se dar
naturalmente e sem interferências de quem já está a par. Por fim se percebeu que
todo mundo estava usando as mãos uns dos outros para “chupar a bala”.
Teve participante que na empolgação de ajudar a colega saiu
desembrulhando a bala e colocando na boca de quem estava ao seu lado. Ela queria
ser delicada e solícita, mas acabou colocando a bala na boca de quem tinha
restrições quanto à ingestão de doces. A colega era diabética. Este fato nos levou a
pensar, no momento da reflexão sobre a dinâmica, que mesmo quando temos boas
intenções é muito importante conhecer bem nossos companheiros de trabalho para
não acabar desrespeitando suas limitações.
Uma das participantes, a primeira a se manifestar, foi um caso muito
interessante. Ela pegou a mão da colega ao lado sem solicitar, levou até as balas
sem pompas, e a outra mecanicamente desembrulhou e lhe deu a bala na boca. Esta
por sua vez pegou a mão da mesma colega que havia usado sua mão anteriormente
e foi logo reproduzindo seu ato.
A dinâmica de grupo não teria nenhuma utilidade prática se não parássemos
juntos para refletir sobre como reagimos às suas propostas.
Quando debatemos reflexivamente sobre como tínhamos agido em relação
à necessidade de se pegar a bala todas estas ações ficaram patentes, expondo
representações reais da vida do profissional de educação.
O que se pôde ver com isso é que trabalhando em uma equipe em que se
confia podemos contar com nossos companheiros irrestritamente e com a certeza
de seremos atendidos na hora em que precisarmos. E que na hora dos apertos as
cerimônias acabam sendo abandonadas, criamos laços e intimidade suficiente para
pegar a mão do outro sem prévia solicitação. Esse reconhecimento de que
precisamos demais uns dos outros no desenrolar das “saias-justas”, no
“desembrulhar das balas” que surgem no dia-a-dia de nosso trabalho, nos ajuda a
romper educadamente e sem sermos invasivos com os protocolos. E esta ruptura
de fronteiras entre o “Eu” e o “Você” é que acaba nos permitindo “chupar a bala”,
ou seja, sentir o doce sabor de obter os melhores resultados no exercício de nossa
profissão.
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APRESENTAÇÃO DA RIMA
A Rede de Intercâmbio de Materiais Didáticos e Pedagógicos (RIMA) vem
propor o uso de Recursos Diversos na educação através de uma rede de
compartilhamento de informações e materiais Online e também fora do espaço
virtual. Este intercâmbio só é possível, porque cada um tem um pouco para oferecer
e está disposto enriquecer estas relações entre os educadores envolvidos.
A Rede tem uma área virtual de acesso restrita, podendo ser visitada apenas
por profissionais inscritos e que respeitem seus termos de utilização de materiais.
Muitos dos Materiais e Recursos que foram selecionadas pela Equipe PAPEC
para suas pesquisas e Formações Continuadas são compartilháveis e por isso estão
na Rede de Intercâmbio de Materiais Didáticos e Pedagógicos.
Cada Material e Recurso têm suas regras próprias, de acordo com o cedente,
que são expressas em sua descrição. Alguns são Copyleft e outros são Copyright. O
programa informa expressamente cada regra e pede para que os participantes da
Rede não infrinjam as regras copiando materiais protegidos por lei.
Alguns materiais podem ser baixados pelo Wordpress sem estarem
condicionados à participação ou cadastramento prévio. Outros materiais são
preparados para distribuição gratuita condicionada a participação presencial nos
encontros de Formação Continuada a que o Material se refere.
Na aba “RIMA” do Wordpress2 do Programa se encontra o link para o
formulário de inscrição. E na aba “Materiais” se encontram alguns dos materiais que
estão disponíveis pela rede.
FÓRUNS TEMÁTICOS ONLINE
Por meio da Rede também são promovidos debates sobre práticas didáticas
e pedagógicas, envolvendo assim os professores através de Fóruns Temáticos
Online.
Os primeiros Fóruns Temáticos Online do PAPEC propõem uma série de
debates entre os profissionais de educação participantes de nossos Laboratórios
sobre as metodologias e suas aplicações práticas.
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www.educapapec.wordpress.com
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O texto a seguir não é uma transcrição “Ipsis Litteris” dos diálogos, porque
obviamente seria muito desconfortável tentar ler um texto transcrito tal e qual foi
proferido. Este texto busca reproduzir da maneira mais fiel possível tudo que foi
dito nos diálogos sobre a Metodologia GEEMPA e atividades do grupo, porém
compilada e resumidamente. Além das falas dos diálogos e de nossas intervenções
analíticas, buscamos reforçar as idéias e conceitos com citações de fontes variadas.
Tornando a leitura mais leve e dinâmica por conter exemplificações e conceituações
bem explícitas.
* Embora Viviane Faria tenha escrito este artigo, não se atribui autoria individual a este texto e sim
coletiva, pois é importante ressaltar que existem muitos trechos retirados diretamente da transcrição
de palestras/aulas proferidas pela Multiplicadora Silvania Lessa (estes trechos estão em Itálico e entre
aspas), e que Neila Dutra por colher este material e Elizabeth dos Santos por transcrevê-lo trouxeram
grande contribuição para sua composição final.
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“Mas o simples fato de saber que tem um jeito diferente, que a gente pode
tentar de um jeito diferente, foi muito importante pra mexer com a segurança que eu
tinha com a minha forma de trabalho. E a gente sabe muito bem, que hoje a Escola não
está ensinando a todos os alunos. A gente tem que mudar o olhar da escola para o
aluno e enxergar a partir do olhar do aluno. Então a gente começa a perceber que esse
problema brasileiro, de falta de aprendizagem, e quiçá mundial, não está no aluno está
na escola que não está conseguindo ensinar a todo mundo. Então, não é porque o
aluno é disléxico, porque isso são em proporções muito pequenas, crianças com
dislexia, com hiperatividade e etc. A grande parte dos que não aprendem são crianças
inteligentes, saudáveis e que não tem problema nenhum para aprender, e que não
estão aprendendo é porque a escola não está ensinando.”
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Minha sala é bem no final do corredor e a sala da terceira etapa também é bem no final
do corredor, todos os dias tem uma aluna que está na terceira etapa, ela é especial, e
todos os dias, a manhã inteira ela chorava. Aí todo mundo tentava amenizar a
situação. Lá ia a professora tentar trabalhar com ela, ia uma psicóloga, ia Orientadora
Pedagógica... E não se conseguia nada. Chega uma hora que você diz: não agüento
mais! Aí eu pensei comigo mesma que todos os recursos ela já estava recebendo, e não
estava sendo eficaz. Então não é possível, tem que ter outro olhar, ela tem o mesmo
nome da minha filha e a mesma idade, aí então eu digo, vou olhar como menina, de
oito anos, então eu pedi um espelho emprestado e mostrei pra menina e perguntei: “O
que você está vendo? É um bebê?”, Então eu mexi com ela, mexi com a vaidade dela,
que apesar do seu comprometimento é um ser humano, “e eu estou vendo uma moça.
E moça chora?” ela disse: “não.” “E o que moça faz?”, eu acho que uma moça conversa
pra resolver seus problemas, tenta solucionar. E emprestei um batom a ela, ela se
pintou e então prometi que se ela não chorasse mais, e se quando precisasse resolver
alguma coisa buscasse soluções ao invés de chorar, eu lhe daria um batom e a menina
não voltou a chorar. E que coisa legal ela queria a recompensa. Me cobrava todos os
dias enquanto eu não dei o batom a ela. Então estava todo mundo preocupado com a
questão psicológica e da deficiência, e não conseguiram olhar para ela como menina.
Então eu disse é menina, e tudo que eu tinha que ter era um outro olhar.
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trabalho pautado nesta premissa, é necessário que ele saiba antes de tudo
identificar em que fase da escrita a criança se encontra:
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GALVÃO, Andrea. Psicogênese da Língua Escrita. Disponível em
<http://andreagalvao.files.wordpress.com/2010/04/psicogenese-da-lingua-escrita.pdf> Acessado em
14 de dez. de 2010.
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Parece muito difícil seguir isto tudo que está sendo dito. Parece distante
demais da nossa realidade. E é muito comum ouvirmos dentro da escola que a
teoria está longe da prática, e que na prática as coisas não acontecem como na
teoria. Mas já chegou o momento de começarmos a refletir sobre o fato de que
todos os nossos procedimentos pedagógicos estão embasados na teoria, e não
somente na prática. Às vezes a gente nem sabe que estão, mas estão.
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“Por exemplo: numa sala de aula o aluno traz uma informação. Que tipo de
informação? Por exemplo: Você está num dia de aula que pode ser de matemática ou
não e o seu aluno traz uma informação de que, na padaria do seu Joaquim hoje às sete
horas da manhã estava havendo uma promoção que é uma informação. Aí como
educador você pergunta: Que promoção José? Aí o José fala assim tia ou professora, na
padaria do seu Joaquim a promoção hoje era dez pãezinhos por um real. Ele vai trazer
essa informação. E você esperta e criativa demais vai abstrair essa informação e vai
transformar em conhecimento. De que forma a gente transforma informação em
conhecimento? Vamos pensar num conteúdo matemático, você trabalhando com as
operações, você vai experimentar essas informações dentro de um conteúdo
matemático. Exemplo: “Vem cá José se você comprar dez pãezinhos por um real um
pãozinho sai a quanto?”. Aí você além de estar fazendo além de uma formação você
está sistematizando e aí você vai oferecer a ele enumeras possibilidades de
transformar aquela informação em conhecimento você vai trabalhar a quantidade
dentro da Matemática, Vai trabalhar um termo dentro de um texto de Português, você
pode trabalhar Geografia quando ele trata o caminho da casa dela à padaria até chegar
à padaria do seu Joaquim Então são “n” possibilidades de você estar ampliando essa
simples informações em conhecimento e as vezes a gente faz tanto isso e não toma o
conhecimento de que isso pode acontecer e você pode estar registrando isso e de sertã
forma ampliando o currículo do seu aluno esse currículo de conhecimento.”
Neste novo olhar oferecido pelo GEEMPA nós como educadores temos que
aproveitar todas as deixas dadas pelos alunos para trazer em cima da realidade dele
e das informações que ele traz um novo conhecimento. Oferecer caminhos, se
possível atalhos para permitir que ele mesmo construa seu conhecimento.
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isso ocorre a confusão. Com base na distinção dos dois termos é que se entra em
uma reflexão:
“Platão, que era um cara também bastante safo, bebeu na fonte de Sócrates,
vai defender que as idéias são natas, o que são idéias natas? Quer dizer que já
nascemos com o conhecimento. Será que já nascemos com o conhecimento?”. Na
verdade não. Temos a capacidade de compreender algumas coisas, mas é através
do dia-a-dia é que se vai percebendo, como o conhecimento se dá e aí se vai
conhecendo as coisas. Aí está o conhecimento, através da experiência.
Para Platão o indivíduo nasce para aprender àquilo e somente aquilo que se
tem como conhecimento desde o dia em nasceu. “Aprendeu? Aprendeu, não
aprendeu não aprende mais. Você vem com uma cota de conhecimentos.”.
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aprender.” Mas Aristóteles, as coisas eram diferentes. Ele além de tudo era bastante
marcante com raciocínio lógico, bebeu na fonte de Platão, que bebeu na fonte de
Sócrates. Em sua visão “a nossa idéia é nata, mas através dos sentidos e das
experiências a gente vai obter o conhecimento.”. Então é exatamente aquilo fazemos
na sala da aula. Vamos buscar nas nossas práticas.
Outro conceito teórico que para o educador é importante entender para que
essa prática seja eficaz é o Empirismo. Os Empiristas consideram que ao nascer o
homem é uma folha em branco. E quantas vezes o educador usa isso em seus
discursos com as suas crianças? Dentro deste olhar a criança é uma folha em branco,
é um produto do meio. “A folinha dela vai sendo enfeitada de acordo com o mundo
em que ela vive de acordo com o ambiente em que ela vive, e aí a vida dela vai sendo
traçada.”. A idéia central do empirismo é a fonte única do conhecimento humano e
a experiência adquirida em função do meio físico.
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BECKER. Fernando. O que é construtivismo? Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994. pp. 87 a 93
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a influência do meio. Olhando por este lado, esta teoria traz um equilíbrio entre as
idéias Empiristas e as idéias de que o homem já nasce feito.
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SO Pedagogia. Linha Construtivista. Disponível em
<http://www.pedagogia.com.br/conteudos/construtivista.php> Acessado em 15 de dezembro de
2010.
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deu a evolução das formas de olhar o aluno, de olhar a criança e o ser humano, em
relação a sua forma de aquisição do conhecimento.
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Quando a criança brinca com qualquer coisa, uma boneca, uma bola, ou
bolinhas de gude, entre outros brinquedos, apenas manuseando, seguindo as
regras ou as intervenções de outros, este brinquedo é apenas parte de um jogo ou
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Este texto é parte de um material integrado que engloba a apresentação de slides, apresentação
presencial de atividades lúdicas e não-lúdicas e um CD com Recursos Diversos.
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de uma brincadeira. De certa forma sabemos que isso tem sim seu valor no
desenvolvimento infantil. No entanto ao se utilizar destes elementos, destes
brinquedos, para representar algo que não está de fato ali, ou está de uma maneira
diferente do que a criança espera, é que este elemento está servindo de maneira
lúdica ao desenvolvimento de sua capacidade de construção.
3. Conceituação e percepção
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ALMEIDA, Anne. Recreação: Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em:
<http://www.cdof.com.br/recrea22.htm> Acessado em 18 de dezembro de 2010.
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Realização:
Parceria:
Mini Posto de Saúde Tinguazinho
Apoio:
Secretaria de Educação de Nova Iguaçu (SEMED)
Patrocínio
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