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CADERNO REFLEXIVO 2

MATERIAL DE APOIO DA SEGUNDA FORMAÇÃO


CONTINUADA DO PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO
ACESSO PLENO À EDUCAÇÃO CIDADÃ
20 de dezembro de 2010
2

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS DA EQUIPE PAPEC

Nesta edição reforçamos nossos agradecimentos à CASA DA MOEDA DO BRASIL


por patrocinar nossa proposta e por apostar nesta ação, e pela forma atenciosa
com que tem acompanhado a execução do Laboratório de Promoção do Acesso à
Pleno à Educação Cidadã. E continuamos a agradecer à Diretora Marisa Carvalho
que cedeu espaço para os atendimentos especializados do Programa no Mini Posto
de Saúde Tinguazinho e ainda participa efetivamente das nossas atividades. À
Multiplicadora Silvania Lessa (E.M. José Luis da Silva) que apresentando o GEEMPA
veio trazer contribuições relevantes à busca por se entender como aplicar novas
práticas e metodologias, e também no entendimento de teorias fundamentais para
formação do professor. À Viviane Delfino (PAC’s), à Diaconiza Arlete Delfino e ao
Pastor Jarvis Brito por terem cedido lugar na Igreja Vinde Amados Meus para um
trabalho sem vínculos religiosos. E por terem cuidado com tanto esmero de todos
os detalhes do espaço da primeira edição da nossa Formação Continuada. À
Diretora Eliana Labanca (E.M. Ruy Barbosa) que acolheu este novo encontro em sua
Unidade Escolar. Aos nossos familiares, vamos sempre ter que insistir neste trecho,
por que eles entendem nossa ausência, por perceberem que é necessária muita
dedicação para que este tipo de empreendimento social consiga cumprir sua
proposta de fato e com efeito. Reconhecemos que este é um trabalho que está
sendo feito a mil mãos, por isso se não citamos todos os colaboradores e
apoiadores é devido apenas a falta de espaço, pois estão sendo muitos e todos
dignos do nosso mais profundo agradecimento.

Neila Dutra – Coordenação Geral


Elizabeth dos Santos – Coordenação Didático-Pedagógica
Viviane Faria – Articulação Comunitária e Institucional
Andréia Tardit – Fonoaudióloga
Janaína Soares – Psicóloga
Simone Santos – Orientadora Social

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SUMÁRIO
Apresentação do Material de Apoio.......................................................................... 04
Dinâmica de Grupo..................................................................................................... 04
Apresentação da RIMA............................................................................................... 06
Momento Reflexivo: ‘Um Panorama sobre a Metodologia aplicada pelo
GEEMPA’..................................................................................................................... 07

Momento Reflexivo: ‘O Valor do Lúdico no desenvolvimento infantil’................... 17

Próximos Tópicos Abordados.................................................................................... 19

Espaço para suas Percepções e Observações........................................................... 19

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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DE APOIO


Este material foi pensado para que todo educador que esteja presente em
cada um de nossos encontros possa compartilhar os conteúdos que forem
discutidos com os outros educadores de sua unidade escolar. Por isso este Material
segue a política de reprodução CopyLeft, ou seja, é permitido a sua reprodução
desde que seja citada a fonte. Além deste material impresso este Caderno terá uma
versão em PDF que será disponibilizada pelo sítio www.sociopolitico.org e também
pelo www.educapapec.wordpress.com.
O 'Caderno Reflexivo 2' contém uma breve apresentação da RIMA – Rede de
Intercâmbio de Materiais Didático e Pedagógico que a Equipe do Programa PAPEC
está desenvolvendo. Traz uma apresentação panorâmica do GEEMPA através da
voz de uma de suas Multiplicadoras. E aborda sob a perspectiva da Equipe PAPEC1 a
importância e aplicação prática do lúdico no processo de aprendizagem da criança.
Os Cadernos Reflexivos juntamente com os outros Materiais de Apoio
disponibilizados através da Rede de Intercâmbio de Materiais formam um conjunto
de Recursos Didáticos Diversificados para auxiliar o educador no exercício da sua
função.

DINÂMICA DE GRUPO
A Dinâmica aplicada na primeira Formação Continuada foi a da Bala. A
“Dinâmica da Bala” consiste em oferecer ao grupo uma porção de balas
embrulhadas em uma dobra dupla com uma condição básica e simples:

Para que a bala seja chupada pelos participantes ninguém pode tocar na bala com
suas próprias mãos para desembrulhar, nem para levá-la até a boca.

A Dinâmica de Grupo foi um sucesso por cumprir sua proposta que era
exatamente descontrair no primeiro momento das atividades e integrar o grupo de
uma forma onde se perceba que a atuação do indivíduo (que neste caso é o
educador) deve ser uma ação conjunta e não individual, deve possibilitar ao mesmo
tempo introspecção e reflexão.
E o melhor foi que esta dinâmica revelou traços essenciais dos participantes
e aspectos salientes do dia-a-dia da atuação como educador e a importância da
interação e companheirismo entre os profissionais da área da educação.

1
Com base em discussões temáticas estabelecidas internamente englobando a visão de uma
especialista em psicologia, uma em mediação de conflitos, outra em fonoaudiologia e uma expert em
pedagogia.

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No primeiro momento todo mundo queria a bala, mas não sabia como ter
acesso a ela. Algumas participantes já conheciam a lógica desta dinâmica, mas
preferiram não se pronunciar para não atrapalhar a interação que deve se dar
naturalmente e sem interferências de quem já está a par. Por fim se percebeu que
todo mundo estava usando as mãos uns dos outros para “chupar a bala”.
Teve participante que na empolgação de ajudar a colega saiu
desembrulhando a bala e colocando na boca de quem estava ao seu lado. Ela queria
ser delicada e solícita, mas acabou colocando a bala na boca de quem tinha
restrições quanto à ingestão de doces. A colega era diabética. Este fato nos levou a
pensar, no momento da reflexão sobre a dinâmica, que mesmo quando temos boas
intenções é muito importante conhecer bem nossos companheiros de trabalho para
não acabar desrespeitando suas limitações.
Uma das participantes, a primeira a se manifestar, foi um caso muito
interessante. Ela pegou a mão da colega ao lado sem solicitar, levou até as balas
sem pompas, e a outra mecanicamente desembrulhou e lhe deu a bala na boca. Esta
por sua vez pegou a mão da mesma colega que havia usado sua mão anteriormente
e foi logo reproduzindo seu ato.
A dinâmica de grupo não teria nenhuma utilidade prática se não parássemos
juntos para refletir sobre como reagimos às suas propostas.
Quando debatemos reflexivamente sobre como tínhamos agido em relação
à necessidade de se pegar a bala todas estas ações ficaram patentes, expondo
representações reais da vida do profissional de educação.
O que se pôde ver com isso é que trabalhando em uma equipe em que se
confia podemos contar com nossos companheiros irrestritamente e com a certeza
de seremos atendidos na hora em que precisarmos. E que na hora dos apertos as
cerimônias acabam sendo abandonadas, criamos laços e intimidade suficiente para
pegar a mão do outro sem prévia solicitação. Esse reconhecimento de que
precisamos demais uns dos outros no desenrolar das “saias-justas”, no
“desembrulhar das balas” que surgem no dia-a-dia de nosso trabalho, nos ajuda a
romper educadamente e sem sermos invasivos com os protocolos. E esta ruptura
de fronteiras entre o “Eu” e o “Você” é que acaba nos permitindo “chupar a bala”,
ou seja, sentir o doce sabor de obter os melhores resultados no exercício de nossa
profissão.

“Não existe nada mais prático do que uma boa teoria.”


[ Ester Pillar Grossi ]

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APRESENTAÇÃO DA RIMA
A Rede de Intercâmbio de Materiais Didáticos e Pedagógicos (RIMA) vem
propor o uso de Recursos Diversos na educação através de uma rede de
compartilhamento de informações e materiais Online e também fora do espaço
virtual. Este intercâmbio só é possível, porque cada um tem um pouco para oferecer
e está disposto enriquecer estas relações entre os educadores envolvidos.
A Rede tem uma área virtual de acesso restrita, podendo ser visitada apenas
por profissionais inscritos e que respeitem seus termos de utilização de materiais.
Muitos dos Materiais e Recursos que foram selecionadas pela Equipe PAPEC
para suas pesquisas e Formações Continuadas são compartilháveis e por isso estão
na Rede de Intercâmbio de Materiais Didáticos e Pedagógicos.
Cada Material e Recurso têm suas regras próprias, de acordo com o cedente,
que são expressas em sua descrição. Alguns são Copyleft e outros são Copyright. O
programa informa expressamente cada regra e pede para que os participantes da
Rede não infrinjam as regras copiando materiais protegidos por lei.
Alguns materiais podem ser baixados pelo Wordpress sem estarem
condicionados à participação ou cadastramento prévio. Outros materiais são
preparados para distribuição gratuita condicionada a participação presencial nos
encontros de Formação Continuada a que o Material se refere.
Na aba “RIMA” do Wordpress2 do Programa se encontra o link para o
formulário de inscrição. E na aba “Materiais” se encontram alguns dos materiais que
estão disponíveis pela rede.
FÓRUNS TEMÁTICOS ONLINE
Por meio da Rede também são promovidos debates sobre práticas didáticas
e pedagógicas, envolvendo assim os professores através de Fóruns Temáticos
Online.
Os primeiros Fóruns Temáticos Online do PAPEC propõem uma série de
debates entre os profissionais de educação participantes de nossos Laboratórios
sobre as metodologias e suas aplicações práticas.

2
www.educapapec.wordpress.com

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UM PANORAMA SOBRE A METODOLOGIA APLICADA PELO GEEMPA


*Viviane Faria

1. Processo de Produção da Pesquisa de Melhores Práticas

Durante as primeiras semanas do mês de junho, a Equipe PAPEC começou


um trabalho integrado de Benchmark, que é uma pesquisa em torno de melhores
práticas.

Buscando elementos para esta pesquisa de melhores práticas educacionais


do Laboratório PAPEC a Coordenadora Geral da Equipe, Neila Dutra, participou das
atividades do GEEMPA (Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia de
Pesquisa e Ação), que se deram na SEMED, socilicitou autorização para gravar e
transcrever as atividades. A Coordenadora Didático-Pedagógica, Elizabeth dos
Santos, transcreveu todo o material dos dialógos, e por fim a Articuladora
Comunitária e Institucional, Viviane Faria, desenvolveu o relatório que se segue da
análise do material.

O texto a seguir não é uma transcrição “Ipsis Litteris” dos diálogos, porque
obviamente seria muito desconfortável tentar ler um texto transcrito tal e qual foi
proferido. Este texto busca reproduzir da maneira mais fiel possível tudo que foi
dito nos diálogos sobre a Metodologia GEEMPA e atividades do grupo, porém
compilada e resumidamente. Além das falas dos diálogos e de nossas intervenções
analíticas, buscamos reforçar as idéias e conceitos com citações de fontes variadas.
Tornando a leitura mais leve e dinâmica por conter exemplificações e conceituações
bem explícitas.

* Embora Viviane Faria tenha escrito este artigo, não se atribui autoria individual a este texto e sim
coletiva, pois é importante ressaltar que existem muitos trechos retirados diretamente da transcrição
de palestras/aulas proferidas pela Multiplicadora Silvania Lessa (estes trechos estão em Itálico e entre
aspas), e que Neila Dutra por colher este material e Elizabeth dos Santos por transcrevê-lo trouxeram
grande contribuição para sua composição final.

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2. Relatos Diretos e Trechos Relevantes

Nos diálogos mediados pela multiplicadora Silvania Lessa foram discutidas


algumas teorias e a aplicação prática do conhecimento destas teorias.

Ela começou explicando que “Os professores em sua maioria já estudaram


algumas coisas sobre psicogênese da língua escrita”, inclusive ela, mesmo antes de
tomar contato com o GEEMPA. E em meio a sua explicação ela admitiu que seus
contatos iniciais com estes tópicos teóricos não foram muito aprofundados. E que
isso é normal. Algumas coisas a gente acaba deixando passar, escapa nos primeiros
contatos, mas ao logo de um certo tempo de contato com estes tópicos isso se
torna parte da percepção do profissional. Contou que quando participou de uma
capacitação pelo GEEMPA inicialmente se assustou um pouco com tanta
informação. Relatou que quando o curso terminou, ela comentou com a uma amiga
de sala, Kátia Melo, que “havia ficado muito angustiada e com a sensação de que
nunca iria conseguir fazer aquilo, ainda bem, porque a gente ainda não havia partido
para a prática”.

O que reforça que a formação acadêmica não é suficiente para formar um


bom profissional de educação, a isso deve ser somado o comprometimento em se
envolver cada vez mais no conhecimento da área e também a empiria e a prática.

“Mas o simples fato de saber que tem um jeito diferente, que a gente pode
tentar de um jeito diferente, foi muito importante pra mexer com a segurança que eu
tinha com a minha forma de trabalho. E a gente sabe muito bem, que hoje a Escola não
está ensinando a todos os alunos. A gente tem que mudar o olhar da escola para o
aluno e enxergar a partir do olhar do aluno. Então a gente começa a perceber que esse
problema brasileiro, de falta de aprendizagem, e quiçá mundial, não está no aluno está
na escola que não está conseguindo ensinar a todo mundo. Então, não é porque o
aluno é disléxico, porque isso são em proporções muito pequenas, crianças com
dislexia, com hiperatividade e etc. A grande parte dos que não aprendem são crianças
inteligentes, saudáveis e que não tem problema nenhum para aprender, e que não
estão aprendendo é porque a escola não está ensinando.”

Essa experiência relatada destes contatos iniciais com uma nova


metodologia demonstra como a questão da mudança é interessante, porque a
escola vai ter que mudar o seu jeito de enxergar o aprendizado e isso é muito
doloroso e difícil. Mas o estudo de conceitos teóricos somadas ao uso de bons
exemplos práticos tem permitido a construção deste novo olhar.

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3. Os Bons Exemplos Como Aplicação Prática

É importante demais reforçar sempre que as pessoas, não importa se adulto


ou criança, são indivíduos com anseios e visões de si mesmas e do mundo, e isso
deve ser respeitado na instituição escolar. A Escola tem que olhar cada indivíduo
com seus traços individuais. E isso pode fazer a diferença no ensino, na educação de
fato. Essa questão da mudança é a partir do olhar. Para mostrar de maneira prática
como isso se dá no cotidiano da profissão de educador veja o quadro abaixo:

TOMANDO O RELATO DE UMA EDUCADORA COMO UM BOM EXEMPLO

Minha sala é bem no final do corredor e a sala da terceira etapa também é bem no final
do corredor, todos os dias tem uma aluna que está na terceira etapa, ela é especial, e
todos os dias, a manhã inteira ela chorava. Aí todo mundo tentava amenizar a
situação. Lá ia a professora tentar trabalhar com ela, ia uma psicóloga, ia Orientadora
Pedagógica... E não se conseguia nada. Chega uma hora que você diz: não agüento
mais! Aí eu pensei comigo mesma que todos os recursos ela já estava recebendo, e não
estava sendo eficaz. Então não é possível, tem que ter outro olhar, ela tem o mesmo
nome da minha filha e a mesma idade, aí então eu digo, vou olhar como menina, de
oito anos, então eu pedi um espelho emprestado e mostrei pra menina e perguntei: “O
que você está vendo? É um bebê?”, Então eu mexi com ela, mexi com a vaidade dela,
que apesar do seu comprometimento é um ser humano, “e eu estou vendo uma moça.
E moça chora?” ela disse: “não.” “E o que moça faz?”, eu acho que uma moça conversa
pra resolver seus problemas, tenta solucionar. E emprestei um batom a ela, ela se
pintou e então prometi que se ela não chorasse mais, e se quando precisasse resolver
alguma coisa buscasse soluções ao invés de chorar, eu lhe daria um batom e a menina
não voltou a chorar. E que coisa legal ela queria a recompensa. Me cobrava todos os
dias enquanto eu não dei o batom a ela. Então estava todo mundo preocupado com a
questão psicológica e da deficiência, e não conseguiram olhar para ela como menina.
Então eu disse é menina, e tudo que eu tinha que ter era um outro olhar.

Este outro olhar é aquele em que o aluno é um indivíduo e precisa entender


onde se encontra dentro do processo de construção do conhecimento. “Todos os
estudos do GEEMPA são pautados na psicogênese da língua escrita. Segundo essa
teoria para o aluno aprender ele precisa ter consciência da sua aprendizagem, ele
precisa conhecer e saber aquilo que ele sabe, aquilo que ele não sabe, em que nível de
desenvolvimento ele está, porque isso vai ser muito importante pra que ele comesse a
galgar o seu aprendizado”. Para que o professor saiba como desenvolver um

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trabalho pautado nesta premissa, é necessário que ele saiba antes de tudo
identificar em que fase da escrita a criança se encontra:

 PS1(Pré Silábico 1);


 PS2 (Pré Silábico 2);
 S (Silábico);
 A (Alfabético).

Para exemplificar e tornar mais específica as passagens entre essas fases


apresentamos abaixo uma representação montada por Andrea Galvão 3. Um quadro
de evolução nesta escada que expressa muito bem como se dá a escalada por estes
degraus:

Estas são as primeiras partes da formação da representação simbólica, que


toma a forma de uma escada. Por isso é tão importante para o professor entender
esses degraus. É possível visualizar os níveis como professor. Mas e o aluno? Como
ele se vê e se percebe dentro desta hierarquia de níveis do aprendizado? “Não
adianta tentar mascarar uma situação que está estabelecida. A não aprendizagem de
um aluno não é ignorada em sala de aula. Por que eles como alunos sabem e os outros
alunos da sala também sabem. Quem esteve em sala de aula como professor também
sabe, e todos nós estivemos, e a gente sabe muito bem, que os próprios alunos
reconhecem quem são os alunos que tiram nota melhor, quem são os alunos que
copiam mais, quem são os alunos mais inteligentes, quem são aqueles que nunca
conseguem.”.

3
GALVÃO, Andrea. Psicogênese da Língua Escrita. Disponível em
<http://andreagalvao.files.wordpress.com/2010/04/psicogenese-da-lingua-escrita.pdf> Acessado em
14 de dez. de 2010.

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Então a postura do GEEMPA quanto a isto é que é necessário acabar com


essa hipocrisia de fingir que todo mundo está no mesmo nível, e garantir ao aluno
que ele tenha consciência de sua posição nesta hierarquia de níveis. O respeito à
heterogeneidade de uma turma consiste justamente em atender ao aluno como
indivíduo. Deixá-lo consciente sobre em que nível de aprendizado ele está, e
mostrar que ele tem outros degraus pra subir. Quando ele se percebe dentro dessa
escada de aprendizado consegue perceber que pode subir os degraus, a partir, é
claro, das experiências pedagógicas que nós enquanto educadores oferecermos.

Parece muito difícil seguir isto tudo que está sendo dito. Parece distante
demais da nossa realidade. E é muito comum ouvirmos dentro da escola que a
teoria está longe da prática, e que na prática as coisas não acontecem como na
teoria. Mas já chegou o momento de começarmos a refletir sobre o fato de que
todos os nossos procedimentos pedagógicos estão embasados na teoria, e não
somente na prática. Às vezes a gente nem sabe que estão, mas estão.

Por isso daqui em diante passamos a apresentar um apanhado das


concepções pedagógicas de aprendizagem. E partir deste apanhado é que será
possível perceber que muitas das nossas práticas na sala de aula estão dentro da
concepção de determinada teoria e a gente nem sabe disso.

Citando somente algumas das linhas teóricas de aprendizagem temos a


Empirista, a Construtivista e o Pós-Construtivismo, o Interacionismo, a
Conscientização e por aí se vai. Nenhuma destas teorias citadas é uma novidade
para os participantes deste curso. Provavelmente o nosso participante já estudou
tudo isso, ou no Curso Normal ou no Curso de Pedagogia, ou quem não fez
Pedagogia, nas matérias didáticas, então não vamos falar nada novo por aqui.
Apenas vamos pedir para que o educador busque no arquivo de sua memória um
pouquinho daquilo que todo profissional da educação já sabe, já viu, já ouviu, já teve
que estudar.

Em primeiro lugar neste apanhado temos que relembrar o que é


conhecimento. Todo conhecimento é um ato ou um efeito de abstrair idéia ou
noção de alguma coisa, por exemplo, se temos noção de documentos de leis,
sabemos como lidar diante de alguma situação jurídica. Se temos conhecimento de
algum fato, podemos relatar este fato para alguém. Então conhecimento é o ato de
abstrair as idéias e ter noção de alguma coisa. Dentro da educação buscamos os
nossos conhecimentos dentro das teorias pedagógicas.

De vez em quando vemos ao até cometemos algumas confusões em torno


de conceitos extremante importantes para nossa atuação. Por exemplo, a troca do

11
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“conhecimento” pela “informação”. A informação se abstrai já o conhecimento,


além de abstrair vai ter uma utilidade um propósito.

MAIS UM BOM EXEMPLO PRÁTICO

“Por exemplo: numa sala de aula o aluno traz uma informação. Que tipo de
informação? Por exemplo: Você está num dia de aula que pode ser de matemática ou
não e o seu aluno traz uma informação de que, na padaria do seu Joaquim hoje às sete
horas da manhã estava havendo uma promoção que é uma informação. Aí como
educador você pergunta: Que promoção José? Aí o José fala assim tia ou professora, na
padaria do seu Joaquim a promoção hoje era dez pãezinhos por um real. Ele vai trazer
essa informação. E você esperta e criativa demais vai abstrair essa informação e vai
transformar em conhecimento. De que forma a gente transforma informação em
conhecimento? Vamos pensar num conteúdo matemático, você trabalhando com as
operações, você vai experimentar essas informações dentro de um conteúdo
matemático. Exemplo: “Vem cá José se você comprar dez pãezinhos por um real um
pãozinho sai a quanto?”. Aí você além de estar fazendo além de uma formação você
está sistematizando e aí você vai oferecer a ele enumeras possibilidades de
transformar aquela informação em conhecimento você vai trabalhar a quantidade
dentro da Matemática, Vai trabalhar um termo dentro de um texto de Português, você
pode trabalhar Geografia quando ele trata o caminho da casa dela à padaria até chegar
à padaria do seu Joaquim Então são “n” possibilidades de você estar ampliando essa
simples informações em conhecimento e as vezes a gente faz tanto isso e não toma o
conhecimento de que isso pode acontecer e você pode estar registrando isso e de sertã
forma ampliando o currículo do seu aluno esse currículo de conhecimento.”

Neste novo olhar oferecido pelo GEEMPA nós como educadores temos que
aproveitar todas as deixas dadas pelos alunos para trazer em cima da realidade dele
e das informações que ele traz um novo conhecimento. Oferecer caminhos, se
possível atalhos para permitir que ele mesmo construa seu conhecimento.

4. Conceitos e Teorias sobre o conhecimento

O estudo do conhecimento é chamado de Rinosiologia, termo que não pode


ser confundindo com Epistemologia. Estamos acostumados a ver nas literaturas
muita interferência em relação a estes termos. Essa nomenclatura, a Rinosiologia,
está ligada ao processo de aquisição de conhecimento próprio e interior do aluno,
enquanto a Epistemologia é apenas o processo de construção do conhecimento, por

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isso ocorre a confusão. Com base na distinção dos dois termos é que se entra em
uma reflexão:

Será que as pessoas já nascem com potencialidades, dons e aptidões que


serão desenvolvidos de acordo com o amadurecimento biológico ou tudo isso é
desenvolvido através da experiência do mundo externo? O que você acha?

Somos seres humanos então trazemos em nós a capacidade de aprender, e o


meio vai fazer com que essa capacidade se amplie, o ser humano tem sim essa
capacidade que ao mesmo tempo lhe é intrínseca é também condicionada ou
ampliada socialmente. Assim podemos ver que temos um pouco dos dois lados, o
que traz em si, e o que aprende, só que uns mais do que os outros e de acordo com
o amadurecimento, o desenvolvimento e o crescimento a idade, a experiência, os
mecanismos próprios desenvolvidos, os estímulos que nos são dados. Temos um
vasto mundo externo que vai nos tornando melhores. Bom isso é o que se espera
de todo ser humano e do seu meio.

Buscando lá nos filósofos vamos ver Sócrates dizendo que o conhecimento é


uma voz divina dentro de si, “como assim? Conhecer, conhecimento, é algo que
divinamente é uma benção, é isso? Alguém diz pra mim que é assim, uma voz do além e
eu simplesmente vou transferir esse conhecimento. Hoje nós sabemos que isso é o
que? Uma intuição, e muitas das vezes a gente enquanto educador é intuitivo, é ou não
é? Dentro de uma sala de aula. Só que hoje a gente não pode viver de intuição. Hoje a
ciência já nos respalda de muitos conhecimentos então a gente não pode viver de
achismos.” O conhecimento agora vai ter que ser construído com a vivência a
experimentação e a análise conceitual, é um conjunto.

“Platão, que era um cara também bastante safo, bebeu na fonte de Sócrates,
vai defender que as idéias são natas, o que são idéias natas? Quer dizer que já
nascemos com o conhecimento. Será que já nascemos com o conhecimento?”. Na
verdade não. Temos a capacidade de compreender algumas coisas, mas é através
do dia-a-dia é que se vai percebendo, como o conhecimento se dá e aí se vai
conhecendo as coisas. Aí está o conhecimento, através da experiência.

Para Platão o indivíduo nasce para aprender àquilo e somente aquilo que se
tem como conhecimento desde o dia em nasceu. “Aprendeu? Aprendeu, não
aprendeu não aprende mais. Você vem com uma cota de conhecimentos.”.

Na sala de o professor pode acabar reproduzindo este tipo de pensamento,


baseado na idéia de conhecimento de Platão, até sem perceber. Quem nunca teve
uma experiência desta em sua prática? “O Luisinho, não aprende, eu vou investir todo
o meu linguajar todo o meu discurso, vou dar todas as possibilidades e aí ele não vai

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aprender.” Mas Aristóteles, as coisas eram diferentes. Ele além de tudo era bastante
marcante com raciocínio lógico, bebeu na fonte de Platão, que bebeu na fonte de
Sócrates. Em sua visão “a nossa idéia é nata, mas através dos sentidos e das
experiências a gente vai obter o conhecimento.”. Então é exatamente aquilo fazemos
na sala da aula. Vamos buscar nas nossas práticas.

Outro conceito teórico que para o educador é importante entender para que
essa prática seja eficaz é o Empirismo. Os Empiristas consideram que ao nascer o
homem é uma folha em branco. E quantas vezes o educador usa isso em seus
discursos com as suas crianças? Dentro deste olhar a criança é uma folha em branco,
é um produto do meio. “A folinha dela vai sendo enfeitada de acordo com o mundo
em que ela vive de acordo com o ambiente em que ela vive, e aí a vida dela vai sendo
traçada.”. A idéia central do empirismo é a fonte única do conhecimento humano e
a experiência adquirida em função do meio físico.

Estas formas de olhar o desenvolvimento humano ou excluem aspectos


relevantes do ambiente e do contexto social e familiar ou excluem aspectos
intrínsecos da criança, e por isso não estão muito adequados à noção de
diversidade.

O Construtivismo de maneira oposta traz a conceito de que o conhecimento


não é algo nato, mas também mostra que como educadores não saímos por aí
escrevendo em “folhinhas em branco”, porque “as folhinhas” têm vontade própria,
têm personalidade e se escrevem por conta própria. Para esta corrente o
conhecimento vai sendo construindo como resposta do indivíduo a fatos e
situações vivenciadas empiricamente, ou seja, o Construtivismo busca mostrar
como o desenvolvimento da inteligência humana se dá através de ações recíprocas
entre o indivíduo e o meio.

Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto,


acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em
nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação
do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o
mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por
qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal
modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem
4
consciência e, muito menos, pensamento.

As proposições em torno da construção do conhecimento de base


Construtivista são conseqüência direta das teorias da epistemologia genética de
Jean Piaget e da pesquisa sócio-histórica de Lev Vygotsky. Dentro das quais o
homem não nasce inteligente, contudo também não sofre de maneira passiva toda

4
BECKER. Fernando. O que é construtivismo? Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994. pp. 87 a 93

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a influência do meio. Olhando por este lado, esta teoria traz um equilíbrio entre as
idéias Empiristas e as idéias de que o homem já nasce feito.

O educador contemporâneo já está mesmo apto a entender que a criança


responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu
próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.

O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio


aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o
estímulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros
procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades
5
dos objetos e construindo as características do mundo.

As idéias construtivistas representam uma revolução muito positiva na


maneira de educar. Contudo com o tempo as linhas de atuação dentro desta
corrente foram se diversificando, e por fim muitos educadores acabaram por
interpretar de um jeito exagerado estas teorias.

“Porque houve uma época em que o construtivismo chega de uma forma


distorcida. Onde o aluno é um ser em eterno estágio de construção e então ele mesmo
vai buscar a sua construção. Então aconteceu muito isso nas escolas construtivistas, o
professor nem era o mediador, o professor chegava lá, deixava o seu aluno e ia
fazendo suas observações sobre ele se construindo.”.

Seguindo esta tendência o Construtivismo passou a sofrer ferrenhas críticas.


E aí é que entra o pós-construtivismo. Esta linha de atuação vem justamente
adequar, aperfeiçoar o construtivismo. Porque no pós-construtivismo existe a figura
do professor enquanto mediador, enquanto facilitador, ele precisa ter o adulto para
intermediar, para que essa construção possa se dar, porque a criança, o aluno, só é
um ser se estiver em contato com o outro.

“Então, o pós-construtivismo, vem exatamente ver o ser de forma integral, é


aquele aluno que agora a gente recebe como uma família, e de que forma essa família
atua na vida dele? Que laços, que vínculos ele tem? Aí entra Henri Wallon que vem falar
da importância da afetividade na construção do conhecimento, então a gente vai
chegando a um denominador de que esse ser é um ser integral e não mais aquele aluno
simplesmente na sala de aula.”

Este compilado de conceitos e teorias em torno da constituição do


conhecimento e do desenvolvimento da inteligência humana veio mostrar como se

5
SO Pedagogia. Linha Construtivista. Disponível em
<http://www.pedagogia.com.br/conteudos/construtivista.php> Acessado em 15 de dezembro de
2010.

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deu a evolução das formas de olhar o aluno, de olhar a criança e o ser humano, em
relação a sua forma de aquisição do conhecimento.

“É a construção do olhar sempre do novo, do querer aprender, porque, qual é a


criança que não quer aprender? Vai depender das possibilidades oferecidas pelo
educador, pela família, porque ele é um ser integral.”

Este é o olhar do GEEMPA, é um olhar que enxerga a criança como um ser


que é Biopsicossocial. Somos seres biológicos, ou seja, de constituição biologia, ao
passo que não deixamos de ser psíquica e ao mesmo tempo socialmente
construídos.

Vale a Pena refletir sobre o olhar do GEEMPA:

Olhamos para nossas crianças com os estigmas construídos ou conseguimos


enxergar em cada ser um indivíduo diferente respeitando sua personalidade? Será
que conseguimos trabalhar de fato os valores que pregamos de respeito à
diversidade?

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O VALOR DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: DISCUSSÃO PRELIMINAR


SOBRE O USO DE JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
Viviane Faria

1. A importância do conceito de ludicidade

Se perguntarmos a um grupo de professores o que é ludicidade,


provavelmente ouviremos mais ou menos a mesma resposta de quase todos. É
nesta hora que vemos que a definição de conceitos e terminologias dentro do
âmbito da educação pode ser tão fundamental quanto a prática e a percepção
construída pela empiria.6

Geralmente o professor vai dizer que ludicidade é o uso de uma brincadeira


com uma intenção. Sendo assim ludicidade seria se utilizar da brincadeira, dos jogos
e brinquedos com a intenção de ensinar.

Na abordagem de um especialista o lúdico vira uma outra coisa, adquire um


significado ainda mais profundo. No olhar do especialista o lúdico significa
proporcionar a oportunidade da criança recriar com a utilização desta brincadeira,
dela criar situações, dramatizações e interpretações.

2. O Valor da construção de situações por meio de brincadeiras

Vendo desta forma jogos e brincadeiras tem se revelado como ferramentas


significativas na educação, não por ensinar a criança conceitos e informações
transmitidas pelo educador, mas por ajudá-la a descobrir por si própria significados
e lógicas em suas representações.

Todo professor já está ciente de que a brincadeira como entretenimento


também cumpre funções na evolução mental e intelectual da criança, ajudando no
seu desenvolvimento cognitivo, ajudando a entender regras e valores sociais, e na
descoberta do mundo. Mas muitos deles ainda não percebem a diferença entre as
brincadeiras direcionadas de maneira rígidas por um adulto, e as que são
conduzidas por um mediador, mas que contudo não perdem a flexibilidade quanto
a imaginação e liberdade da mente infantil.

Quando a criança brinca com qualquer coisa, uma boneca, uma bola, ou
bolinhas de gude, entre outros brinquedos, apenas manuseando, seguindo as
regras ou as intervenções de outros, este brinquedo é apenas parte de um jogo ou
6
Este texto é parte de um material integrado que engloba a apresentação de slides, apresentação
presencial de atividades lúdicas e não-lúdicas e um CD com Recursos Diversos.

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de uma brincadeira. De certa forma sabemos que isso tem sim seu valor no
desenvolvimento infantil. No entanto ao se utilizar destes elementos, destes
brinquedos, para representar algo que não está de fato ali, ou está de uma maneira
diferente do que a criança espera, é que este elemento está servindo de maneira
lúdica ao desenvolvimento de sua capacidade de construção.

3. Conceituação e percepção

O sentido etimológico da palavra lúdico conduz a uma interpretação em que


todo jogo, brinquedo e brincadeira é considerado um ato ou elemento lúdico por
divertir. Hoje este termo já adquiriu outro sentido onde se considera como lúdico a
possibilidade de construção e formulação espontânea, e não somente o brincar
espontaneamente.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”.
Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo
apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a
ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do
comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o
simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica
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extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo.

Este texto não tem a intenção de se prolongar na conceituação, antes visa


ajudar o educador a distinguir os jogos e brincadeiras com suas regras definidas,
que também são uteis na educação, das brincadeiras que permitem a criação e
recriação de suas representações pela criança.

4. Distinguindo o lúdico do não-lúdico

Algumas utilizações práticas de jogos, brinquedos e brincadeiras na


educação infantil são apresentadas pelos slides que acompanham este texto. E
depois desta apresentação sucinta do conceito de ludicidade e do uso prático das
brincadeiras, vem o momento de partir para a percepção empírica:

Como um exercício para entendermos melhor a diferença entre uma brincadeira


lúdica e uma não-lúdica, vamos propor neste encontro que cada um presente pense
em uma brincadeira para cada uma destas duas categorias (lúdica e uma não-
lúdica). E depois no CD que vai ser distribuído no próximo encontro de Formação
Continuada vamos conferir que brincadeiras se enquadram em que categoria.

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ALMEIDA, Anne. Recreação: Ludicidade como instrumento pedagógico. Disponível em:
<http://www.cdof.com.br/recrea22.htm> Acessado em 18 de dezembro de 2010.

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PRÓXIMOS TÓPICOS ABORDADOS

Entre os tópicos que deverão ser discutidos em nosso próximo diálogo:

O Bullying na Escola e a Questão do Respeito à Diversidade;


O Valor do Lúdico no Desenvolvimento Infantil: Discussão conclusiva sobre o uso
de jogos, brinquedos e brincadeiras na educação.

ESPAÇO PARA SUAS PERCEPÇÕES E OBSERVAÇÕES

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