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Pura Física

Ondulatória

Grupos de estudo para


ENEM e vestibular.
Índice
Ondas 1 Ondas e luz 3
1 Oscilações 04 1 Onda eletromagnética 38

2 Ondas 09 2 Espectro eletromagnético 38

3 Fenômenos ondulatórios 12 3 Experimento de Young 40

4 Ondas estacionárias 17 4 Polarização da luz 42

5 Difração 19 5 Reflexão da luz 43

6 Refração da luz 46

Ondas e som 2
1 Ondas sonoras 26
2 Qualidade fisiológicas do som 27

3 Eco e reverberação 29

4 Ressonância e batimento 29

5 Efeito Doppler 30

Simulados
Simulado 01 : ......../10 página 07

Movimento harmônico simples (MHS).

Simulado 02: ......../15 página 21


Fundamentos sobre ondas, ondas em uma corda, ondas estacionárias e difração.

Simulado 03: ......../15 página 32
Qualidades fisiológicas do som, eco, ressonância, efeito Doppler.

Simulado 04: ......../15 página 52


Ondas e espectro eletromagnético, fenômenos ondulatórios envolvendo a luz.
Ondas
1 Oscilações
Movimento Harmônico Simples (MHS)

2 Ondas
Classificação das ondas
Propriedades de uma onda

3 Ondas em uma corda


Reflexão de um pulso
Refração de um pulso
Interferência

4 Ondas Estacionárias
Modos de vibração

5 Difração

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1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

1 Oscilações

Oscilação é o movimento de um lado para o outro em torno


de uma mesma posição central, denominada posição de equilíbrio,
que a posição que o corpo oscilante naturalmente assume quando
não há movimento.

Algumas grandezas físicas são fundamentais para estudar


e descrever os movimentos oscilatórios (e ondas). Uma delas é a
amplitude, cuja definição é dada por:

A amplitude é o máximo deslocamento que o cor-


po efetua em relação a posição de equilíbrio du-
rante o movimento oscilatório. Por se tratar de um
deslocamento, a amplitude é medida em metros
(S.I.)

Outras duas grandezas físicas que usaremos ao estudar-


mos os movimentos oscilatórios e ondas são a frequência e o
período, que já conhecemos no capítulo sobre o MCU.

Movimento Harmônico Simples (MHS)

O movimento harmônico simples é um movi-


mento retilíneo periódico de um corpo em torno
de uma posição de equilíbrio quando o corpo é
submetido a uma força restauradora.

Dentro do MHS estduremos dois exemplos desse tipo de


movimento: o oscilador massa-mola e o pêndulo simples

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Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas
Oscilador Massa-Mola
aprofundamento
O sistema representado na figura abaixo é conhecido como
o oscilador massa-mola. Ele é constituído por um bloco de massa No oscilador massa mola, a
m e uma mola de constante elástica k. força restauradora é a força
elástica, que já estudamos
no capítulo sobre energia
mecânica. A expressão dessa
força é dada pela Lei de Hooke

F = -kx
F -F
x
e a partir dela e da segunda lei
de Newton podemos deduzir
Quando o bloco é deslocado, comprimindo ou esticando a a expressão da aceleração do
mola, esta exerce um força elástica restauradora sobre o bloco, sistema massa-mola
buscando reestabelecer a posição de equlíbrio e colocando o blo-
co em movimento oscilatório (MHS) cujo período e frequência são a = - k.x/m
dados por:

m k
T = 2π f= 1
k 2π m aprofundamento

É importante notar que nem


o período e nem a frequência
do oscilador dependem do
questão de aula quanto a mola é esticada ou
comprimida originalmente.
1. (Espcex (Aman)) Uma mola ideal está suspensa verticalmente,
presa a um ponto fixo no teto de uma sala, por uma de suas ex- As equações nos mostram
tremidades. Um corpo de massa 80g é preso à extremidade livre da que essas grandezas só de-
mola e verifica-se que a mola desloca-se para uma nova posição
pendem da constante elástica
de equilíbrio. O corpo é puxado verticalmente para baixo e aban-
donado de modo que o sistema massa-mola passa a executar um da mola e da massa do bloco.
movimento harmônico simples. Desprezando as forças dissipati-
vas, sabendo que a constante elástica da mola vale 0,5N/m e con-
siderando π = 3,14 o período do movimento executado pelo corpo
é de
a) 1,256 s
b) 2,512 s
c) 6,369 s
d) 7,850 s
e) 15,700 s

5
1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

Pêndulo Simples

aprofundamento O pêndulo simples é um sistema constituído por uma mas-


sa presa a um fio de comprimento l, conforme ilustra a figura.
O pêndulo simples não
executa um MHS, pois sua tra-
jetória é circular e não retilínia,
mas para a situação em que
Θ < 5 ͦ, a trajetória se torna 0


muito pequena, podendo ser l

aproximada para retilínia e o


movimento pode ser consider-
ado como harmônico simples.

Quando o pêndulo simples executa um MHS (quando Θ <


5 ͦ) seu período e frequência são determinados pelas expressões:
aprofundamento

Note que o período do pên- l g


dulo não depende da sua T = 2π f= 1
g 2π l
massa e nem da amplitude do
movimento.

questão de aula

2. (Feevale) Um macaco tem o hábito de se balançar em um cipó


de 10m de comprimento.
Se a aceleração gravitacional local for 10m/s2 qual o período de
oscilação do macaco?
a) 2 s
b) 2 π s
c) 1 s
d) π s
e) 0,5 s

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Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas

simulado 01
5. (Uece) Um sistema massa-mola é preso ao teto. A
1. (Ufrgs) Um determinado pêndulo simples oscila com partir do ponto de equilíbrio faz-se a massa oscilar com
pequena amplitude em um dado local da superfície ter- pequena amplitude. Quadruplicando-se o valor da massa,
restre, e seu período de oscilação é de 8s. Reduzindo-se repete-se o mesmo procedimento. Neste caso, podemos
o comprimento desse pêndulo para 1/4 do comprimento afirmar corretamente que a frequência de oscilação
original, sem alterar sua localização, é correto afirmar que a) é reduzida à metade.
sua frequência, em Hz, será de b) dobra.
a) 2. c) permanece a mesma.
b) 1/2. d) quadruplica.
c) 1/4.
d) 1/8.
e) 1/16.

2. (Uepg) Pêndulo simples é um sistema físico constituí-


do por uma partícula material, presa na extremidade de
um fio ideal capaz de se mover, sem atrito, em torno de
um eixo que passa pela outra extremidade. Sobre esse
sistema físico, assinale o que for correto.
01) O período de um pêndulo simples é proporcional à
aceleração da gravidade local.
02) Quadruplicando o comprimento de um pêndulo sim-
ples seu período também quadruplica.
04) A energia mecânica total de um pêndulo simples é
constante e inversamente proporcional ao quadrado da
amplitude.
08) Quando afastado de sua posição de equilíbrio e aban-
donado, o pêndulo simples oscila em um plano vertical
por influência da gravidade.
16) O pêndulo fornece um método muito cômodo para
medir a aceleração da gravidade de um lugar qualquer.

3. (Ifsul) Um pêndulo simples é formado por um pequeno


corpo de massa igual a 100 g, preso a um fio de massa
desprezível e comprimento igual a 2 m, oscilando com
uma amplitude de 10 cm. Querendo-se diminuir o período
de oscilação, basta
a) diminuir a massa do corpo.
b) diminuir a amplitude da oscilação.
c) aumentar o comprimento do fio.
d) diminuir o comprimento do fio.

4. (Ufop) Dois sistemas oscilantes, um bloco pendurado


em uma mola vertical e um pêndulo simples, são prepara-
dos na Terra de tal forma que possuam o mesmo período.
Se os dois osciladores forem levados para a Estação Es-
pacial Internacional (ISS), como se comportarão os seus
períodos nesse ambiente de microgravidade?
a) Os períodos de ambos os osciladores se manterão os
mesmos de quando estavam na Terra.
b) O período do bloco pendurado na mola não sofrerá al-
teração, já o período do pêndulo deixará de ser o mesmo.
c) O período do pêndulo será o mesmo, no entanto o
período do bloco pendurado na mola será alterado.
d) Os períodos de ambos os osciladores sofrerão modifi-
cação em relação a quando estavam na Terra.

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1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

6. (Ufrgs) Assinale a alternativa que preenche correta- 9. (Enem PPL) Um enfeite para berço é constituído de
mente as lacunas do texto a seguir, na ordem em que um aro metálico com um ursinho pendurado, que gira com
aparecem. velocidade angular constante. O aro permanece orientado
na horizontal, de forma que o movimento do ursinho seja
Um artista do “Cirque du Soleil” oscila, com pequenas am- projetado na parede pela sua sombra.
plitudes, pendurado em uma corda de massa desprezível. Enquanto o ursinho gira, sua sombra descreve um mov-
O artista, posicionado a 5,0 m abaixo do ponto de fixação imento
da corda, oscila como se fosse um pêndulo simples. Nes- a) circular uniforme.
sas condições, o seu período de oscilação é de, aproxi- b) retilíneo uniforme.
madamente, ___________ s. Para aumentar o período de c) retilíneo harmônico simples.
oscilação, o artista deve _____________ mais na corda. d) circular uniformemente variado.
e) retilíneo uniformemente variado.
(Considere g = 10 m/s2.)

a) 2π - subir 10. (Ufv) Uma partícula presa a uma mola executa um


b) π √2 - descer movimento harmônico simples. É CORRETO afirmar que
c) π - descer o módulo da velocidade da partícula é:
d) π /√2 - subir a) máximo quando a elongação é máxima.
e) π /2 - descer b) mantido constante.
c) máximo quando ela apresenta a aceleração máxima.
d) mínimo quando a elongação é mínima.
e) mínimo quando ela apresenta a aceleração máxima
7. (Ufpb) Um Professor de Física utiliza uma mola, de
constante elástica k e comprimento L (quando não dis-
tendida), para demonstrar em sala de aula o movimento
harmônico simples (MHS). A mola, presa ao teto da sala,
pende verticalmente. Um corpo de massa m é preso à
extremidade livre da mola e subitamente largado.
Desprezando todas as forças dissipativas, admitindo que
a mola tem massa desprezível e que a gravidade terrestre
é g, analise as afirmações a seguir:
(g = 10 m/s2)

I. O período do MHS obtido é T = 2π (L/g)1/2 .


II. O corpo não realiza MHS devido à gravidade.
III. A nova posição de equilíbrio está deslocada de ∆L =
mg/k.
IV. A energia mecânica total do corpo, no movimento ver-
tical, é igual à soma das suas energias cinética, potencial
elástica e potencial gravitacional.

Estão corretas apenas: gabarito


a) I e II
b) I e III 1.c 2.24 3.d 4.b 5.a
c) I e IV
d) II e III 6.b 7. e 8.c 9.c 10.e
e) III e IV

8. (Uece) Das afirmativas a seguir:

I. Todo movimento periódico é um movimento harmônico


simples
II. No movimento harmônico simples, a aceleração é pro-
porcional ao deslocamento e tem sentido oposto
III. O período de oscilação de um pêndulo simples, cujo
movimento se realiza nas vizinhanças do equilíbrio es-
tável, é proporcional ao comprimento do pêndulo.

Está(ão) correta(s):
a) apenas I e II
b) apenas I e III
c) somente II
d) somente III

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Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas

2 Ondas

As ondas possuem inúmeras aplicações práticas e muitos


movimentos e comportamentos podem ser descritos como sen-
do ondulatórios. Por ser tão vasto, o conceito de onda é de difí-
cil definição, por isso faremos uma definição genérica que iremos
aprofundando e complementando ao longo do capítulo.

Uma onda é uma perturbação em um meio, que


se propaga transportando energia sem que haja
transporte de matéria.

Classificação da ondas
As ondas podem ser classificadas quanto a sua natureza e
quanto a sua forma de propagação. Em relação a sua natureza, a
ondas podem ser do tipo mecânica ou eletromagnética.

Ondas mecânicas são aquelas que precisam de um meio


material para se propagarem (não se propagam no vácuo). São
exemplos de onda mecânica, a onda em um corda, cujo meio de
propagação é a corda, as ondas no mar, cujo meio de propagação
é a água e o som, que se propaga através do ar (o som também se
propaga em sólidos e líquidos).

As ondas eletromagnéticas, embora se propaguem nos


meios matérias, não precisam do meio para se propagarem, tendo
a capacidade de se propagarem no vácuo. É o caso da luz, das
ondas de rádio, infra-vermelho, entre outras. Voltaremos a estudar
as ondas eletromagnéticas em um capítulo a parte.

Dentro das ondas mecânicas, podemos subdividí-las em


uma nova classificação, quanto a sua forma de propagação. On-
das transversais são aquelas em que a direção de oscilação é
perpendicular à direção de propagação, conforme ilustra a figura
abaixo.

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1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

Já as ondas longitudinais são aquelas em que a direção


de oscilação e propagação são as mesmas, conforme mostra a
figura abaixo.

Propriedades de uma Onda


O esquema abaixo representa uma onda senoidal (pois
tem o formato de um gráfico da função seno). Nele estão repre-
sentadas algumas das propriedades de uma onda.

amplitude
posição de
equilíbrio

λ
Crista: corresponde ao ponto mais alto de uma onda.

Vale: corresponde ao ponto mais baixo de uma onda.


aprofundamento
Amplitude (a): é o máximo deslocamento em relação a posição
A amplitude está diretamente de equilíbrio. A amplitude é medida em metros (S.I.) do ponto de
relacionada com a energia equilíbrio até a crista ou até o vale.
que a onda transporta. Quan-
Comprimento de onda (λ): é a distância (em metros, no S.I.) per-
to maior a amplitude, maior a corrida pela onda (ou pelo pulso de onda) durante uma oscilação
energia transportada. completa. No esquema, o comprimento de onda compreende a
distância entre dois pontos iguais da onda.

Período (T): é o tempo (medido em segundos no S.I.) de uma os-


cilação completa.
aprofundamento
Frequência (f): é o número de oscilações que a onda executa em
A frequência e o período de um determinado intervalo de tempo. No S.I., a frequência é medida
uma onda são determinados em Hertz (Hz).
pela fonte que a produz. Velocidade (v): como qualquer velocidade, é a razão entre a
distância percorrida e o intervalo de tempo gasto para percorrê-la.

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Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas
Considerando um ciclo completo, a distância é o compri-
mento de onda e o tempo é o período.
aprofundamento

v= λ A velocidade de uma onda


T
depende exclusivamente das
características do meio ma-
terial em que ela se propa-
Como T = 1/f, a equação pode ser reescrita da seguinte ga. Para um mesmo meio
forma: homogêneo, a velocidade
será constante, e para tal,
v = λ.f podemos deduzir que a fre-
quência e o comprimento de
onda serão inversamente pro-
porcionais
questões de aula

3. (G1 - ifpe) A figura a seguir representa um trecho de uma onda


que se propaga com uma velocidade de 320 m/s. A amplitude e a
frequência dessa onda são, respectivamente:

a) 20 cm e 8,0 kHz
b) 20 cm e 1,6 kHz
c) 8 cm e 4,0 kHz
d) 8 cm e 1,6 kHz
e) 4 cm e 4,0 kHz

R: D

4. (Enem) Em um dia de chuva muito forte, constatou-se uma go-


teira sobre o centro de uma piscina coberta, formando um padrão
de ondas circulares. Nessa situação, observou-se que caíam duas
gotas a cada segundo. A distância entre duas cristas consecutivas
era de 25 cm e cada uma delas se aproximava da borda da piscina
com velocidade de 1,0 m/s. Após algum tempo a chuva diminuiu e
a goteira passou a cair uma vez por segundo.
Com a diminuição da chuva, a distância entre as cristas e a veloci-
dade de propagação da onda se tornaram, respectivamente,
a) maior que 25 cm e maior que 1,0 m/s.
b) maior que 25 cm e igual a 1,0 m/s.
c) menor que 25 cm e menor que 1,0 m/s.
d) menor que 25 cm e igual a 1,0 m/s.
e) igual a 25 cm e igual a 1,0 m/s.

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1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

5. (Uern) Em duas cordas A e B de materiais diferentes se propag-


am ondas periódicas, sendo que a velocidade das ondas na corda
A é igual a 0,5 m/s e na corda B é igual a 0,4 m/s. Considerando-se
que ambas são movimentadas pela mesma fonte e que o período
de propagação da onda na corda B é igual 0,25 s, então o compri-
mento de onda da corda A é
a) 7,5 cm.
b) 9,6 cm.
c) 16,8 cm.
d) 12,5 cm.

R: D

3 Ondas em uma corda



São muitos os fenômenos ondulatórios, aplicáveis aos
mais diversos tipos de ondas. Em alguns casos, as características
e consequências desses fênomenos dependem do tipo de onda
envolvida. Iniciamos nossos estudos com quatro fenômenos bási-
cos.

Reflexão de um pulso
A reflexão é um fenômeno característico de qualquer propa-
gação ondulatória que encontra um alteração no meio de propa-
gação, o fim do meio ou um obstáculo.

Quando um pulso se propaga em uma corda que possui a


sua extremidade livre, o pulso refletido possui a mesma forma do
pulso incidente, sem sofrer inversão de fase.

pulso incidente

12
Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas
Quando a extremidade está fixa, o pulso reflete com in-
versão de fase (180 ͦ ou π rad), conforme ilustra a figura

pulso incidente

questão de aula

6. (Unifesp) A figura representa um pulso se propagando em uma


corda.

Pode-se afirmar que, ao atingir a extremidade dessa corda, o pulso


se reflete
a) se a extremidade for fixa e se extingue se a extremidade for livre.
b) se a extremidade for livre e se extingue se a extremidade for
fixa.
c) com inversão de fase se a extremidade for livre e com a mesma
fase se a extremidade for fixa.
d) com inversão de fase se a extremidade for fixa e com a mesma
fase se a extremidade for livre.
e) com mesma fase, seja a extremidade livre ou fixa.

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1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

Refração de um pulso

A refração ocorre sempre que a onda muda de meio de


propagação. Na interface entre o meio de incidência (meio de ori-
gem) e o meio de refração, também ocorre reflexão da onda. Des-
sa forma, parte da onda se transmite para o novo meio (refração) e
aprofundamento parte retorna para o meio de origem (reflexão).

Como a velocidade é uma


característica da onda que Suponha que duas cordas diferentes estejam conectadas,
depende exclusivamente do sendo uma mais grossa do que a outra. A primeira figura ilustra
um pulso passado da corda mais fina para a mais grossa. Parte do
meio de propagação, a re- pulso é refratado e a outra parte é refletida com inversão de fase.
fração, por se tratar de uma
mudança no meio de propa-
gação, altera a velocidade da
antes
onda refratada. No caso dos pulso incidente
pulsos se propagando em cor-
das de espessuras diferentes,
a velocidade é sempre maior
na corda mais fina. O com- depois
pulso transmitido

primento de onda também é


alterado na proporção direta
com a velocidade, porém a
frequência se mantém con-
stante.

aprofundamento Na situação oposta, quando o pulso passa da corda mais


grossa para a mais fina, parte do pulso refrata e a outra parte re-
Respeitando o princípio da flete sem inversão de fase, com ilustra figura.
conservação da energia, par-
te da energia transporta pelo
pulso incidente fica com o antes
pulso incidente
pulso refratado e a outra parte
fica com o pulso refletido, por
isso a amplitude do pulso inci-
dente é maior que amplitude depois pulso transmitido
dos pulsos após a refração e a
reflexão.

14
Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas
Interferência

Quando duas ondas se cruzam, elas interferem,


produzindo uma onda resultante que terá am-
plitude igual a soma algébrica das amplitudes
das ondas originais. Após o cruzamento, as on-
das originais permanecem com suas carcterística
inalteradas.

São dois os tipos de interferência:

Interferência construtiva

A amplitude da onda resultante é a soma das amplitudes


das ondas originais.

pulso A pulso B

AA AB

A = A A+ A B

pulso B pulso A

AB AA

Interferência destrutiva

A amplitude da onda resultante é a subtração das ampli-


tudes das ondas originais.

pulso A pulso B

AA
AB

pulso B pulso A

AA
AB

15
1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

questões de aula

7. (Ufmg) Duas pessoas esticam um corda, puxando por suas ex-


tremidades, e cada uma envia um pulso na direção da outra. Os
pulsos têm o mesmo formato, mas estão invertidos como mostra
a figura.

Pode-se afirmar que os pulsos


a) passarão um pelo outro, cada qual chegando à outra extremi-
dade.
b) se destruirão, de modo que nenhum deles chegará às extremi-
dades.
c) serão refletidos, ao se encontrarem, cada um mantendo-se no
mesmo lado em que estava com relação à horizontal.
d) serão refletidos, ao se encontrarem, porém invertendo seus la-
dos com relação à horizontal.

8. (Ufscar) Dois pulsos, A e B, são produzidos em uma corda es-


ticada, que tem uma extremidade fixada numa parede, conforme
mostra a figura.

Quando os dois pulsos se superpuserem, após o pulso A ter sofrido


reflexão na parede, ocorrerá interferência

a) construtiva e, em seguida, os dois pulsos seguirão juntos no


sentido do pulso de maior energia.
b) construtiva e, em seguida, cada pulso seguirá seu caminho,
mantendo suas características originais.
c) destrutiva e, em seguida, os pulsos deixarão de existir, devido à
absorção da energia durante a interação.
d) destrutiva e, em seguida, os dois pulsos seguirão juntos no sen-
tido do pulso de maior energia.
e) destrutiva e, em seguida, cada pulso seguirá seu caminho, man-
tendo suas características originais.

16
Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas

4 Ondas estacionárias em uma corda


Quando um sequência de pulsos se propaga em uma cor-
da em direções opostas, não é possível perceber o que acontece
antes e depois da interferência desses pulsos. Como são muitos
pulsos interferindo simultaneamente, só é possível enxergar o du-
rante, ou seja, o resultado das interferências. Essa configuração
recebe o nome de onda estacionária.

Na figura acima, V representa o ventre, o ponto onde a os-


cilação da corda é máxima e N representa o nó, o ponto onde a
oscilação da corda é nula.

Modos de vibração

O número de ventres de uma onda estacionária depende


da frequência da onda que se estabelece na corda. Quanto maior
for a frequência, maior será o número de ventres e menor será o
comprimento de onda.

aprofundamento

n Configuração Relação Repare que nas ondas esta-
(número de (limitado pelo entre
ventres) comprimento l) le cionárias, o comprimento de
onda corresponde a dois ven-
tres.

1 l=1
2

2 l=2
2

3 l=3
2


4 l=4
2

17
1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

Quando se estabelece apenas um ventre na corda (n =1),


trata-se do modo fundamental de vibração e a corda inteira é ocu-
pada por metade do comprimento de onda. Quando n = 2, temos o
segundo modo de vibração, com dois ventres e a comprimento de
onda é igual ao comprimento da corda. Não há limite para o núme-
ro de ventres em que se pode estabelecer em uma corda. A tabela
representa uma sequência dos modos de vibração possíveis e o
seu comprimento de onda.

Da tabela podemos generalizar uma equação para calcular


o comprimento de onda de cada modo de vibração, onde L é o
comprimento da corda e n é o modo de vibração.

2L
λ= n

questões de aula

9. (Pucrj) Uma corda presa em suas extremidades é posta a vibrar.


O movimento gera uma onda estacionária como mostra a figura.

Calcule, utilizando os parâmetros da figura, o comprimento de


onda em metros da vibração mecânica imposta à corda.
a) 1,0
b) 2,0
c) 3,0
d) 4,0
e) 6,0

10. (Pucpr) Uma corda de 1,0 m de comprimento está fixa em


suas extremidades e vibra na configuração estacionária conforme
a figura a seguir:

Conhecida a frequência de vibração igual a 1000 Hz, podemos


afirmar que a velocidade da onda na corda é:
a) 500 m/s
b) 1000 m/s
c) 250 m/s
d) 100 m/s
e) 200 m/s

18
Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas
11. (Cesgranrio) Uma corda de violão é mantida tencionada quan-
do presa entre dois suportes fixos no laboratório. Posta a vibrar,
verifica-se que a mais baixa frequência em que se consegue esta-
belecer uma onda estacionária na corda é f0 = 100Hz. Assim, qual
das opções a seguir apresenta a sucessão completa das quatro
próximas frequências possíveis para ondas estacionárias na mes-
ma corda?
a) 150 Hz, 200 Hz, 250 Hz, 300 Hz
b) 150 Hz, 250 Hz, 350 Hz, 450 Hz
c) 200 Hz, 300 Hz, 400 Hz, 500 Hz
d) 200 Hz, 400 Hz, 600 Hz, 800 Hz
e) 300 Hz, 500 Hz, 700 Hz, 900 Hz

5 Difração de uma onda


aprofundamento
A difração ocorre quando a onda contorna um Na difração, somente a for-
obstáculo ou atravessa uma fenda, modificando o ma das frentes de onda são
formato das frentes de onda. modificadas. A frequência, o
comprimento de onda e a ve-
locidade da onda permane-
cem iguais.

Como podemos ver na figura, as frentes de onda incidem


planas e ao difratarem pela fenda tornam-se circulares. A inten-
sidade da difração depende da relação entre o comprimento de
onda e o tamanho da fenda. Quanto menor for a fenda comparada
com o comprimento de onda, mais acentuado será o efeito da di-
fração.

Quanto maior o comprimento de onda (menor a frequên-


cia), maior a possibilidade da onda difratar. Isso explica porque
escutamos um som, mesmo quando não conseguimos enxergar a
fonte que o produziu, como duas pessoas que falam separadas por
um muro, conforme a figura.
19
1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

A luz visível possui comprimento


de onda muito menor que o
som e não consegue difratar
pelo muro.

olá ! ? ?
? ?

questões de aula

12. (Ufmg) Para se estudar as propriedades das ondas num tan-


que de água, faz-se uma régua de madeira vibrar regularmente,
tocando a superfície da água e produzindo uma série de cristas e
vales que se deslocam da esquerda para a direita. Na figura a se-
guir estão esquematizadas duas barreiras verticais separadas por
uma distância aproximadamente igual ao comprimento de onda
das ondas.

Após passas pela abertura, a onda apresenta modificação


a) em sua forma e em seu comprimento de onda.
b) em sua forma e em sua velocidade.
c) em sua velocidade e em seu comprimento de onda.
d) somente em sua forma.
e) somente em sua velocidade.

13. (Ufmg) O muro de uma casa separa Laila de sua gatinha. Laila
ouve o miado da gata, embora não consiga enxergá-la.
Nessa situação, Laila pode ouvir, mas não pode ver sua gata,
PORQUE
a) a onda sonora é uma onda longitudinal e a luz é uma onda
transversal.
b) a velocidade da onda sonora é menor que a velocidade da luz.
c) a frequência da onda sonora é maior que a frequência da luz
visível.
d) o comprimento de onda do som é maior que o comprimento de
onda da luz visível.

20
Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas

simulado 02

1. (Mackenzie)

O gráfico acima representa uma onda que se propaga


com velocidade constante de 200m/s Considerando as informações da figura e sabendo que
a velocidade de propagação dessas ondas na superfície
A amplitude (A), o comprimento de onda (λ) e a frequência da água é 13,5 cm/s, é correto afirmar que o número de
(f) da onda são, respectivamente, vezes que a haste toca a superfície da água, a cada se-
gundo, é igual a
a) 2,4 cm; 1cm; 40 kHz a) 4,5.
b) 2,4 cm; 4cm; 20 kHz b) 3,0.
c) 1,2 cm; 2cm; 40 kHz c) 1,5.
d) 1,2 cm; 2cm; 10 kHz d) 9,0.
e) 1,2 cm; 4 cm; 10 kHz e) 13,5.

2. (Pucrs) Um estudante de Física encontra-se num bar-


co ancorado num lago de águas calmas. Repentinamente,
começa a soprar uma brisa leve, que gera pequenas on-
dulações na superfície da água, fazendo oscilar uma folha
que flutua nas proximidades do barco. Observando essas
ondulações e o movimento da folha, o estudante estima
que a distância entre duas cristas de onda sucessivas é
aproximadamente 40cm e que passam pela folha 30 cris-
tas por minuto.

De acordo com essas informações, a frequência, o com-


primento de onda e a velocidade de propagação das on-
das são, respectivamente,

a) 0,50Hz 0,40m 0,20m/s


b) 0,50Hz 0,40m 2,0m/s
c) 2,0Hz 0,20m 2,0m/s
d) 2,0Hz 0,80m 0,20m/s
e) 30Hz 0,80m 8,0m/s

3. (Unesp) A imagem, obtida em um laboratório didático,


representa ondas circulares produzidas na superfície da
água em uma cuba de ondas e, em destaque, três cristas
dessas ondas. O centro gerador das ondas é o ponto P,
perturbado periodicamente por uma haste vibratória.

21
1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

4. (Enem PPL) Ao assistir a uma apresentação musical, 8. (Ufmg) A figura mostra pulsos produzidos por dois ga-
um músico que estava na plateia percebeu que conseguia rotos, Breno e Tomás, nas extremidades de uma corda.
ouvir quase perfeitamente o som da banda, perdendo um Cada pulso vai de encontro ao outro. O pulso produzido
pouco de nitidez nas notas mais agudas. Ele verificou que por Breno tem maior amplitude que o pulso produzido por
havia muitas pessoas bem mais altas à sua frente, blo- Tomás. As setas indicam os sentidos de movimento dos
queando a visão direta do palco e o acesso aos alto-fa- pulsos.
lantes. Sabe-se que a velocidade do som no ar é 340m/s
e que a região de frequências das notas emitidas é de, Assinale a alternativa que contém a melhor representação
aproximadamente, 20Hz a 4000Hz dos pulsos, logo depois de se encontrarem.

Qual fenômeno ondulatório é o principal responsável para


que o músico percebesse essa diferenciação do som?
a) Difração.
b) Reflexão.
c) Refração.
d) Atenuação.
e) Interferência.

5. (Enem PPL) As moléculas de água são dipolos elétri-


cos que podem se alinhar com o campo elétrico, da mes-
ma forma que uma bússola se alinha com um campo
magnético. Quando o campo elétrico oscila, as molécu-
las de água fazem o mesmo. No forno de micro-ondas, a
frequência de oscilação do campo elétrico é igual à fre-
quência natural de rotação das moléculas de água. As-
sim, a comida é cozida quando o movimento giratório das
moléculas de água transfere a energia térmica às molécu-
las circundantes.

HEWITT, P. Física conceitual. Porto Alegre: Bookman,


2002 (adaptado).
A propriedade das ondas que permite, nesse caso, um au-
mento da energia de rotação das moléculas de água é a
a) reflexão.
b) refração.
c) ressonância.
d) superposição.
e) difração.

6. (Ufscar) Você já sabe que as ondas sonoras têm ori-


gem mecânica. Sobre essas ondas, é certo afirmar que:
a) em meio ao ar, todas as ondas sonoras têm igual com-
primento de onda.
b) a velocidade da onda sonora no ar é próxima a da ve-
locidade da luz nesse meio.
c) por resultarem de vibrações do meio na direção de sua
propagação, são chamadas transversais.
d) assim como as ondas eletromagnéticas, as sonoras
propagam-se no vácuo.
e) assim como as ondas eletromagnéticas, as sonoras
também sofrem difração.

7. (Ufc) Usando seus conhecimentos sobre ondas longi-


tudinais e transversais, assinale a alternativa correta.
a) Ondas longitudinais são aquelas para as quais as vi-
brações ocorrem numa direção que é ortogonal à direção
de propagação da onda.
b) Ondas transversais são aquelas para as quais as os-
cilações coincidem com a direção da propagação.
c) Ondas luminosas e ondas de rádio são exemplos de
ondas longitudinais.
d) Apenas ondas transversais podem ser polarizadas.
e) Apenas ondas longitudinais se propagam no vácuo.

22
Prof. Rafael Irigoyen 1. Ondas
9. (Uece) A figura mostra dois pulsos ideais, x e y, idênticos
e de amplitude a, que se propaga com velocidade em
uma corda, cuja extremidade P é fixa. No instante em que
ocorrer a superposição, o pulso resultante terá amplitude:

a) a
b) 2 a
c)
d) zero

10. (Ufes) A perturbação senoidal, representada na


figura no instante t = 0, propaga-se da esquerda para
a direita em uma corda presa rigidamente uma sua
extremidade direita. A velocidade de propagação da
perturbação é de 3m/s e não há dissipação de ener-
gia nesse processo. Assinale a alternativa contendo
a figura que melhor representa a perturbação após
1s.

11. (Pucrj) Uma corda é fixa em uma das extremidades,


enquanto a outra é vibrada por um menino. Depois de al-
gum tempo vibrando a corda, o menino observa um pa-
drão de ondas estacionário. Ele verifica que a distância
entre dois nós consecutivos deste padrão é de 0,50 m.
Determine em metros o comprimento de onda da vibração
imposta à corda.
a) 0,25
b) 0,50
c) 1,00
d) 1,25
e) 1,50

23
1. Ondas Prof. Rafael Irigoyen

12. (Enem PPL) Em um violão afinado, quando se toca a 15. (Uece) Uma corda de 90 cm é presa por suas extremi-
corda Lá com seu comprimento efetivo (harmônico funda- dades, em suportes fixos, como mostra a figura.
mental), o som produzido tem frequência de 440 Hz.
Se a mesma corda do violão é comprimida na metade do
seu comprimento, a frequência do novo harmônico
a) se reduz à metade, porque o comprimento de onda do-
brou.
b) dobra, porque o comprimento de onda foi reduzido à
metade.
c) quadruplica, porque o comprimento de onda foi reduz-
ido à metade.
d) quadruplica, porque o comprimento de onda foi reduz- Assinale a alternativa que contém os três comprimen-
ido à quarta parte. tos de onda mais longos possíveis para as ondas esta-
e) não se modifica, porque é uma característica indepen- cionárias nesta corda, em centímetros.
dente do comprimento da corda que vibra. a) 90, 60 e 30
b) 180, 90 e 60
c) 120, 90 e 60
13. (Ufpr) Uma fila de carros, igualmente espaçados, de d) 120, 60 e 30
tamanhos e massas iguais faz a travessia de uma ponte
com velocidades iguais e constantes, conforme mostra
a figura abaixo. Cada vez que um carro entra na ponte,
o impacto de seu peso provoca nela uma perturbação
em forma de um pulso de onda. Esse pulso se propaga
com velocidade de módulo 10 m/s no sentido de A para
B. Como resultado, a ponte oscila, formando uma onda
estacionária com 3 ventres e 4 nós.

Considerando que o fluxo de carros produza na ponte


uma oscilação de 1 Hz, assinale a alternativa correta para
o comprimento da ponte.
a) 10 m.
b) 15 m.
c) 20 m.
d) 30 m.
e) 45 m.

15. (Pucrs) O comprimento de uma corda de guitarra é


64,0 cm.
Esta corda é afinada para produzir uma nota com fre-
quência igual a 246 Hz quando estiver vibrando no modo gabarito
fundamental. Se o comprimento da corda for reduzido à
metade, a nova frequência fundamental do som emitido 1.d 2.a 3.d 4.a 5.c
será:
6.e 7. d 8. c 9. d 10. a
a) 123 Hz
b) 246 Hz 11. c 12.b 13.b 14. e 15. b
c) 310 Hz
d) 369 Hz
e) 492 Hz

24
Ondas e Som
1 Ondas Sonoras
Velocidade do som
Infrassom e ultrassom

2 Qualidades fisiológicas do som


Altura
Intensidade
Timbre

3 Eco e reverberação

4 Ressonância e batimento

5 Efeito Doppler

2
2. Ondas e Som Prof. Rafael Irigoyen

1 Ondas sonoras

aprofundamento
As ondas sonoras são ondas tridimensionais mecânicas
longitudinais que produzem sensações audíveis nos seres vivos.

No ar à temperatura de 15 ͦC Na nossa experiência diária, as ondas sonoras mais comu-


e pressão de 1 atm, a veloci- mente se propagam no ar, mas elas também podem se propagar
dade som é de 340 m/s. Esse em meios líquidos e sólidos. A velocidade de propagação depende
é o valor mais utilizado nas de características do meio tais como a densidade, elásticidade,
temperatura e pressão.
questões, mas não se sur-
preenda se a questão trabalhar O som, ao se propagar, produz uma oscilação nas partícu-
com um valor diferente. las do meio, gerando zonas de compressão, onde essas partículas
estão mais concentradas e zonas de rarefação, onde as partículas
estão mais dispersas.

rarefação

compressão

Velocidade do som

A velocidade com a qual as vibrações sonoras se


propagam depende muito do meio em que se encontram.
Velocidade do som no ar (20oC) = 340 m/s; velocidade do
som no ferro = 5.100 m/s.

Em geral, podemos dizer que

Vsólido > Vlíquido > Vgases

Infrassom e Ultrassom

Cada espécie de animal é capaz de ouvir sons dentro


de uma determinada faixa de frequências. Os seres humanos
conseguem ouvir sons entre 20 Hz e 20 KHz. Para seres hu-
manos, sons com frequência menor do que 20 Hz são inaudíveis e
são chamados de infrassom. Sons acima de 20 KHz também são
inaudíveis para seres humanos e são chamados de ultrassom.

26
Prof. Rafael Irigoyen 2. Ondas e Som

2 Qualidades fisiológicas do som

As qualidades fisiológicas do som são propriedades das


ondas sonoras que influênciam nas características do som per-
cebido. São três as que estudaremos: a altura, a intensidade e o
timbre.

Altura
dica
Altura é a qualidade do som relacionada com a
frequência das ondas sonoras. Sons baixo, são Não confundir altura (frequên-
sons de baixa frequência, percebidos como sons cia) com volume (amplitude).
graves. Sons altos, são sons de alta frequência,
percebidos como agudos.

Uma nota musical é caracterizada principalmente pela sua


altura, ou seja, pela sua frequência. Quando um instrumento emite
diferentes notas musicais, ele está emitindo sons de diferentes fre-
quências. Quanto mais aguda a nota emitida, maior a frequência
(altura) da onda sonora.

Amplitude Amplitude
Alta frequência Baixa frequência

Tempo Tempo

Intensidade

A intensidade sonora, que é a energia transporta-


da pela onda, está diretamente relacionada com
a amplitude da onda. Amplitudes maiores sig-
nificam maior intensidade sonora, ou seja, maior
volume.

A intensidade sonora não depende somente da energia


transportada pela onda a cada segundo, mas também da área
em que essa energia se distribui. Quanto maior for a área de dis-
tribuição, menor será a intensidade sonora percebida, por isso
que o som fica mais fraco conforme nos afastamos da fonte de
emissão.

27
2. Ondas e Som Prof. Rafael Irigoyen

Amplitude

Maior volume
Menor volume

Tempo

Timbre

O timbre é a qualidade da onda que permite


nota mi ao ouvido humano diferenciar duas notas
musicais idênticas emitidas por fontes (instru-
mentos) diferentes.

nota mi Quando um piano e um violão emitem notas idênticas, de


mesma frequência e mesma amplitude, ainda assim conseguim-
os diferenciar o som emitido por cada instrumento, assim como
conseguimos diferenciar a voz de pessoas diferentes cantando a
mesma música dentro da mesma tonalidade.
nota mi (com
O timbre, qualidade que permite essa diferenciação, é uma
assinatura do instrumento composta pela sobreposição de várias
ondas. Quando, por exemplo, um violão vibra suas cordas para
produzir notas musicais, não só as cordas vibram, mas todos os
componentes do instrumento. As diferentes vibrações se combi-
nam para produzirem o timbre do instrumento.

questões de aula

1. (Uel) Os morcegos, mesmo no escuro, podem voar sem colidir


com os objetos a sua frente. Isso porque esses animais têm a ca-
pacidade de emitir ondas sonoras com frequências elevadas, da
ordem de 120.000 Hz, usando o eco para se guiar e caçar. Por
exemplo, a onda sonora emitida por um morcego, após ser refle-
tida por um inseto, volta para ele, possibilitando-lhe a localização
do mesmo.Sobre a propagação de ondas sonoras, pode-se afirmar
que:

a) O som é uma onda mecânica do tipo transversal que necessita


de um meio material para se propagar.
b) O som também pode se propagar no vácuo, da mesma forma
que as ondas eletromagnéticas.
c) A velocidade de propagação do som nos materiais sólidos em
geral é menor do que a velocidade de propagação do som nos
gases.
d) A velocidade de propagação do som nos gases independe da
temperatura destes.
e) O som é uma onda mecânica do tipo longitudinal que necessita
de um meio material para se propagar.
28
Prof. Rafael Irigoyen 2. Ondas e Som
2. (Uece) Os termos a seguir estão relacionados às ondas sono-
ras.

I - Volume se refere à intensidade da sensação auditiva produzida


por um som e depende da intensidade e da frequência da onda.
II - Altura se refere a uma qualidade da onda que depende somente
da sua frequência: quanto menor a frequência maior a altura.
III - Batimento se refere às flutuações na intensidade do som quan-
do há interferência de duas ondas sonoras de mesma frequência.
IV - Timbre é uma característica que depende da frequência e da
intensidade dos tons harmônicos que se superpõem para formar a
onda sonora.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.

3 Eco e reverberação
São fenômenos provocados pela reflexão do som. Em
geral os humanos distinguem o retorno de um som após 0,1 se-
gundo da emissão do mesmo.

exemplos de aula

3. Considerando que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, qual


a distância mínima que deve estar a superfície refletora para se
ouvir o eco?

4 Ressonância e batimento

Através do estudo da Termodinâmica sabemos que os áto-


mos e moléculas de qualquer corpo estão sempre num movimento
de vibração que causa o efeito da Temperatura. Assim, todos os
corpos vibram naturalmente com certa freqüência denominada fre-
qüência natural ou própria.

Quando a freqüência de uma fonte de vibração é igual à


freqüência natural de um corpo ocorre o fenômeno da ressonân-
cia. Quando um sistema entra em ressonância ele recebe energia
e as ondas se somam. Desta forma a amplitude da oscilação vai
aumentando. No caso de corpos com estrutura regular a amplitude
pode aumentar tanto até quebrar a ligação química entre os áto-
mos e/ou moléculas.

29
2. Ondas e Som Prof. Rafael Irigoyen

5 Efeito Doppler

Nem sempre a fonte que emite o som ou o observador que
a recebe estão em repouso. Quando há movimento relativo entre
ambos, as características do som percebido serão alterados.

O efeito Doppler é a alteração no comprimento


de onda e na frequência do som percebido em
relação ao som emitido quando há movimento
relativo entre a fonte e o observador.

VF
F
F

Quando a fonte se aproxima do observador, ele recebe on-


das sonoras que tem o seu comprimento de onda diminuído devido
ao movimento da fonte, com isso a frequência com que as frentes
de onda atingem o observador aumenta, tornando o som percebi-
do mais agudo.

Quando a fonte se afasta do observador, ele recebe ondas


sonoras que tem o seu comprimento de onda aumentado devido
ao movimento da fonte, com isso a frequência com que as frentes
de onda atingem o observador diminui, tornando o som percebido
mais grave.

30
Prof. Rafael Irigoyen 2. Ondas e Som

questões de aula

4. (G1 - cftsc) O efeito Doppler é um fenômeno ondulatório, que


surge quando existe um movimento relativo entre a fonte da onda
e um observador. O efeito analisa a frequência percebida pelo ob-
servador, que é diferente daquela emitida pela fonte.
Vamos supor que uma ambulância, com a sirene tocando, se mova
com velocidade constante de 25 m/s, em relação a um pedestre
que se encontra em repouso, em uma calçada.

Em relação à situação exposta, é correto afirmar que:


a) a frequência da sirene, percebida pelo pedestre, será a mesma,
quando a ambulância se afasta do mesmo.
b) a frequência da sirene, percebida pelo pedestre, será menor,
quando a ambulância se aproxima do mesmo.
c) a frequência da sirene, percebida pelo pedestre, será maior,
quando a ambulância se afasta do mesmo.
d) a frequência da sirene, percebida pelo pedestre, será a mesma,
quando a ambulância se aproxima do mesmo.
e) a frequência da sirene, percebida pelo pedestre, será maior,
quando a ambulância se aproxima do mesmo.

5. (Ufu) O efeito Doppler recebe esse nome em homenagem ao


físico austríaco Johann Christian Doppler que o propôs em 1842.
As primeiras medidas experimentais do efeito foram realizadas por
Buys Ballot, na Holanda, usando uma locomotiva que puxava um
vagão aberto com vários trompetistas que tocavam uma nota bem
definida. Considere uma locomotiva com um único trompetista
movendo-se sobre um trilho horizontal da direita para a esquerda
com velocidade constante. O trompetista toca uma nota com fre-
quência única “f”. No instante desenhado na figura, cada um dos
três observadores detecta uma frequência em sua posição. Nesse
instante, a locomotiva passa justamente pela frente do observador
D2.

Analise as afirmações abaixo sobre os resultados da experiência.


I. O som percebido pelo detector D1 é mais agudo que o som
emitido e escutado pelo trompetista.
II. A frequência medida pelo detector D1 é menor que f.
III. As frequências detectadas por D1 e D2 são iguais e maiores
que f, respectivamente.
IV. A frequência detectada por D2 é maior que a detectada por D3.

Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.


a) Apenas I e IV.
b) Apenas II.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas III.

31
2. Ondas e Som Prof. Rafael Irigoyen

simulado 03
a) duas ondas mecânicas, sendo a primeira com frequên-
1. (G1 - utfpr) Sobre ondas sonoras, considere as se- cia menor do que a segunda.
guintes informações: b) uma onda eletromagnética de pequeno comprimento
de onda e uma onda mecânica de grande comprimento
I. Decibel (dB) é a unidade usada para medir a carac- de onda.
terística do som que é a sua altura. c) duas ondas eletromagnéticas com iguais frequências e
II. A frequência da onda ultrassônica é mais elevada do diferentes comprimentos de onda.
que a da onda sonora. d) duas ondas mecânicas com iguais comprimentos de
III. Eco e reverberação são fenômenos relacionados à re- onda e diferentes frequências.
flexão da onda sonora. e) duas ondas mecânicas com iguais frequências, iguais
comprimentos de onda, mas diferentes amplitudes.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

2. (Ufsm) Dois engenheiros chegam à entrada de uma


mina de extração de sal que se encontra em grande ativi-
dade. Um deles está portando um decibelímetro e verifica
que a intensidade sonora é de 115 decibéis. Consideran-
do as qualidades fisiológicas do som, qual é a definição
de intensidade sonora?
a) Velocidade da onda por unidade de área.
b) Frequência da onda por unidade de tempo.
c) Potência por unidade de área da frente de onda.
d) Amplitude por unidade de área da frente de onda.
e) Energia por unidade de tempo.

3. (Pucrs) Nossos sentidos percebem de forma distinta


características das ondas sonoras, como: frequência, tim-
bre e amplitude. Observações em laboratório, com auxílio
de um gerador de áudio, permitem verificar o compor-
tamento dessas características em tela de vídeo e con-
frontá-las com nossa percepção. Após atenta observação,
é correto concluir que as características que determinam
a altura do som e a sua intensidade são, respectivamente,
a) frequência e timbre.
b) frequência e amplitude.
c) amplitude e frequência.
d) amplitude e timbre.
e) timbre e amplitude.

4. (Ucs) Um importante componente para um filme é sua


trilha sonora. Alguns sons, inclusive, já estão associados
a certas emoções que se desejam passar ao espectador
em uma cena. Por exemplo, em filmes de terror e mistério,
é comum o som de fundo da cena ser mais grave (embora
haja exceções). Imagine-se uma pessoa cuja percepção
sonora a permite distinguir os sons graves e agudos emiti-
dos por um instrumento musical. Se ela receber do mesmo
aparelho de som em sequência, e sem que ocorra nenhu-
ma mudança no meio de propagação da onda, primeiro
uma onda sonora que ela classifica como de som grave, e
depois uma onda sonora que ela classifica como de som
agudo, significa que ela recebeu, respectivamente,

32
Prof. Rafael Irigoyen 2. Ondas e Som
5. (Uece) Os termos a seguir estão relacionados às on-
das sonoras.

I - Volume se refere à intensidade da sensação auditiva


produzida por um som e depende da intensidade e da fre-
quência da onda.
II - Altura se refere a uma qualidade da onda que depende
somente da sua frequência: quanto menor a frequência
maior a altura.
III - Batimento se refere às flutuações na intensidade do
som quando há interferência de duas ondas sonoras de
mesma frequência.
IV - Timbre é uma característica que depende da frequên-
cia e da intensidade dos tons harmônicos que se super-
põem para formar a onda sonora.

Está correto o que se afirma em


a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.

6. (Pucrs) Em relação às ondas sonoras, é correto afir-


mar:
a) O fato de uma pessoa ouvir a conversa de seus viz-
inhos de apartamento através da parede da sala é um
exemplo de reflexão de ondas sonoras.
b) A qualidade fisiológica do som que permite distinguir
entre um piano e um violino, tocando a mesma nota, é
chamada de timbre e está relacionada com a forma da
onda.
c) Denominam-se infrassom e ultrassom as ondas sono-
ras cujas frequências estão compreendidas entre a míni-
ma e a máxima percebidas pelo ouvido humano.
d) A grandeza física que diferencia o som agudo, emitido
por uma flauta, do som grave, emitido por uma tuba, é a
amplitude da onda.
e) A propriedade das ondas sonoras que permite aos
morcegos localizar obstáculos e suas presas é denomi-
nada refração

7. (Uel) Os morcegos, mesmo no escuro, podem voar


sem colidir com os objetos a sua frente. Isso porque esses
animais têm a capacidade de emitir ondas sonoras com
frequências elevadas, da ordem de 120.000 Hz, usando
o eco para se guiar e caçar. Por exemplo, a onda sonora
emitida por um morcego, após ser refletida por um inseto,
volta para ele, possibilitando-lhe a localização do mesmo.

Sobre a propagação de ondas sonoras, pode-se afirmar


que:
a) O som é uma onda mecânica do tipo transversal que
necessita de um meio material para se propagar.
b) O som também pode se propagar no vácuo, da mesma
forma que as ondas eletromagnéticas.
c) A velocidade de propagação do som nos materiais sóli-
dos em geral é menor do que a velocidade de propagação
do som nos gases.
d) A velocidade de propagação do som nos gases inde-
pende da temperatura destes.
e) O som é uma onda mecânica do tipo longitudinal que
necessita de um meio material para se propagar.

33
2. Ondas e Som Prof. Rafael Irigoyen

8. (Uel) As ambulâncias, comuns nas grandes cidades,


quando transitam com suas sirenes ligadas, causam ao
sentido auditivo de pedestres parados a percepção de um
fenômeno sonoro denominado efeito Doppler.
Sobre a aproximação da sirene em relação a um pedes-
tre parado, assinale a alternativa que apresenta, corre-
tamente, o efeito sonoro percebido por ele causado pelo
efeito Doppler.

a) Aumento no comprimento da onda sonora.


b) Aumento na amplitude da onda sonora.
c) Aumento na frequência da onda sonora.
d) Aumento na intensidade da onda sonora.
e) Aumento na velocidade da onda sonora.

9. (Acafe) A previsão do tempo feita em noticiários de


TV e jornais costuma exibir mapas mostrando áreas de
chuva forte. Esses mapas são, muitas vezes, produzidos
por um radar Doppler, que tem tecnologia muito superior à
do radar convencional. Os radares comuns podem indicar
apenas o tamanho e a distância de partículas, tais como
gotas de chuva. O radar Doppler é capaz, além disso, de
registrar a velocidade e a direção na qual as partículas se
movimentam, fornecendo um quadro do fluxo do vento em
diferentes elevações.

Fonte: Revista Scientific American Brasil, seção: Como


funciona. Ano 1, N 8, Jan 2003, p. 90-91.(Adaptado)

O radar Doppler funciona com base no fenômeno da:


a) difração das ondas e na diferença de direção das on-
das difratadas.
b) refração das ondas e na diferença de velocidade das
ondas emitidas e refratadas.
c) reflexão das ondas e na diferença de frequência das
ondas emitidas e refletidas.
d) interferência das ondas e na diferença entre uma a in-
terferência construtiva e destrutiva.

10. (Ufsm) Um recurso muito utilizado na medicina é a


ecografia Doppler, que permite obter uma série de infor-
mações úteis para a formação de diagnósticos, utilizando
ultrassons e as propriedades do efeito Doppler. No que se
refere a esse efeito, é correto afirmar:
a) A frequência das ondas detectadas por um observador
em repouso em um certo referencial é menor que a fre-
quência das ondas emitidas por uma fonte que se aprox-
ima dele.

b) O movimento relativo entre fonte e observador não afe-


ta o comprimento de onda detectado por ele.
c) O efeito Doppler explica as alterações que ocorrem na
amplitude das ondas, devido ao movimento relativo entre
fonte e observador.
d) O efeito Doppler é um fenômeno que diz respeito tanto
a ondas mecânicas quanto a ondas eletromagnéticas.
e) O movimento relativo entre fonte e observador altera a
velocidade de propagação das ondas.

34
Prof. Rafael Irigoyen 2. Ondas e Som
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 12. (Unisinos) A expansão do universo foi descoberta em
Considere um observador O parado na calçada de uma 1926, pelo astrônomo americano Edwin Hubble, que, ao
rua quando uma ambulância passa com a sirene ligada observar o espectro de emissão das galáxias, percebeu
(conforme a figura). O observador nota que a altura do que este estava desviado para o vermelho. Esse efeito
som da sirene diminui repentinamente depois que a am- poderia ser explicado devido ao fato de as galáxias es-
bulância o ultrapassa. Uma observação mais detalhada tarem se afastando de nós. A base dessas conclusões
revela que a altura sonora da sirene é maior quando a é o Efeito Doppler, descrito como uma característica ob-
ambulância se aproxima do observador e menor quando servada em ondas emitidas ou refletidas por fontes em
a ambulância se afasta. Este fenômeno, junto com out- movimento relativo a um observador. Esse efeito foi de-
ras situações físicas nas quais ele ocorre, é denominado scrito, teoricamente, pela primeira vez, em 1842, por Jo-
efeito Doppler. (...) hann Christian Andreas Doppler, tendo recebido o nome
de Efeito Doppler em sua homenagem.
Adaptado de JUNIOR, F. R. Os Fundamentos da Física. 8.
ed. vol. 2. São Paulo: Moderna, 2003, p. 429)

11. (Uepb) Acerca do assunto tratado no texto, que de-


screve o efeito Doppler, analise e identifique, nas prop- Uma fonte fixa emite uma onda com certa frequência,
osições a seguir, a(as) que se refere(m) ao efeito descrito. que se propaga com determinado comprimento de onda
e é percebida por um observador também fixo. Se, no
I. Quando a ambulância se afasta, o número de cristas de entanto, a fonte se mover, afastando-se do observador
onda por segundo que chegam ao ouvido do observador fixo, este perceberá uma onda, comparativamente àque-
é maior. la em que a fonte estava fixa, de comprimento de onda
_____________ e de frequência _____________.
II. As variações na tonalidade do som da sirene da
ambulância percebidas pelo observador devem-se a As lacunas são corretamente preenchidas, respectiva-
variações de frequência da fonte sonora. mente, por
a) maior ; maior.
III. Quando uma fonte sonora se movimenta, a frequência b) menor ; menor.
do som percebida pelo observador parado é diferente da c) menor ; maior.
frequência real emitida pela fonte. d) maior ; menor.
e) igual ; menor.
IV. E possível observar o efeito Doppler não apenas com o
som, mas também com qualquer outro tipo de onda.

Após a análise feita, conclui-se que é (são) correta(s) ape-


nas a(s) proposição(ões):
a) I
b) III e IV
c) II
d) I e III
e) II e IV

35
2. Ondas e Som Prof. Rafael Irigoyen

13. (G1 - cftmg) Em uma orquestra, uma flauta e um violi-


no emitem sons de mesma altura e de mesma amplitude.
Uma pessoa sentada à mesma distância desses instru-
mentos perceberá sons de:
a) frequências e timbres iguais.
b) frequências e intensidades iguais.
c) mesmo timbre e intensidades diferentes.
d) mesma frequência e intensidades diferentes.

14. (Ufpr) Os morcegos se orientam e encontram suas


presas emitindo, de suas narinas, ondas ultra-sônicas e
recebendo as ondas refletidas. Para detectar uma pre-
sa, na mais completa escuridão, o morcego emite ondas
numa certa frequência fE, que são refletidas pela presa
e voltam para ele com outra frequência fD. O morcego
ajusta a frequência emitida até que a recebida seja de 80
kHz, que corresponde ao máximo de sensibilidade para
a audição de um morcego. Dessa forma, ele pode tanto
calcular a posição quanto a velocidade da presa. Consid-
erando a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, é cor-
reto afirmar:
a) Ondas ultra-sônicas são ondas sonoras com frequên-
cias mais baixas que as detectadas pelo ouvido humano.
b) Se uma mariposa estiver voando de encontro ao morce-
go, a frequência detectada pelo morcego será menor que
a emitida por ele.
c) Se a presa produzir suas próprias ondas ultra-sônicas
pode confundir o sistema de detecção do morcego e as-
sim salvar sua vida.
d) Para a frequência de máxima sensibilidade de re-
cepção, o comprimento de onda vale 4,25 m.
e) Se o morcego está em repouso e uma mariposa está
se afastando dele, do ponto de vista do morcego, o com-
primento de onda detectado será menor do que o da onda
emitida por ele.

15. (Ueg) A rigor, todo o processo de ultra-sonografia


utiliza o eco. São as ondas ultra-sônicas refletidas que
mostram como está o feto no ventre da mãe ou detect-
am falhas internas em estruturas metálicas. No entanto, o
equipamento que utiliza o eco na forma mais tradicional,
com propagação de ondas sonoras na água, é o sonar.
O funcionamento é simples: o navio emite a onda sonora
em direção ao fundo do mar e, a partir do eco dessa onda,
obtém informações ou mapeia o fundo do mar. O ramo da
física que estuda os sons é a acústica.
GASPAR. A. “Física. Ondas, ópticas e termolo-
gia”, São Paulo: Ática, p. 74.

Com base em seus conhecimentos no campo da acústica,


assinale a alternativa INCORRETA:
a) O eco caracteriza-se pela percepção distinta do mesmo
som emitido e refletido.
b) O tempo em que o som permanece audível no ambi-
ente é denominado de tempo de reverberação.
c) A velocidade do som na água é de 340 km/s. gabarito
d) O ouvido humano só consegue distinguir dois sons
quando o intervalo de tempo entre eles for no mínimo de
0,1 segundo. 1.e 2.c 3.b 4.a 5.d
e) O som tem várias propriedades ondulatórias.
6.b 7.e 8.c 9.c 10.d
11. b 12. d 13.b 14.c 15.c

36
Ondas e Luz
1 Onda eletromagnética

2 Espectro eletromagnético

3 Experimento de Young

4 Polarização da luz

5 Reflexão da luz
Cor por reflexão da luz

6 Refração da luz
Índice de refração
Leis da refração da luz
Reflexão total

3
Dispersão da luz
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

1 Onda eletromagnética

Atualmente se sabe que a luz possui comportamentos


distintos, podendo se portar como onda em alguns fenômenos e
aprofundamento como partícula em outros fenômenos. Essa espécie de “dupla per-
sonlidade” deu para a luz uma característica chamada de duali-
Como toda onda, a veloci- dade onda-partícula. Nesse capítulo nos ateremos às situações e
dade da luz também depende fênomenos em que a luz pode ser descrita como uma onda.
do meio de propagação. As
leis que determinam a ve-
locidade em cada meio serão
estudadas mais adiante, mas
A luz é uma onda eletromagnética, também
por agora é importante adian-
chamada de radiação eletromagnética.
tar que a velocidade da luz no
vácuo, meio onde ela é mais
rápida, vale aproximadamente

c = 3x108 m/s Por ser uma onda eletromagnética, a luz se propaga no


vácuo e é um onda transversal, formado por oscilações de campos
elétricos e magnéticos perpendiculares entre si.

campo campo
elétrico magnético

2 O espectro eletromagnético
A luz visível não é o único tipo de onda eletromagnética.
Fazem parte deste um grupo uma série de outras radiações que
se diferem entre si por terem uma frequência bem definida (em
qualquer meio) e pela aplicação prática e tecnológica atribuída a
cada frequência.

O conjunto das radiações eletromagnéticas com-


posto pelas ondas de rádio, micro-ondas, in-
fra-vermelho, luz vísivel, ultra-violeta, raio-x e
raio-gama é chamado de espectro eletromagnéti-
co.

38
Prof. Rafael Irigoyen 4. Ondas e Luz
Na ordem apresentada acima, as ondas de rádio são as
de menor frequência e os raios-gama são as de maior frequência.
Conforme muda a frequência, mudam também outras característi-
cas da onda eletromagnética. Quanto maior for a sua frequência,
maior será a sua energia e seu poder de penetração na matéria e
menor será o seu comprimento de onda, conforme ilustra o esque-
ma ao lado.
400nm

Dentro do espectro eletromagnético, a luz vísivel corre- violeta

sponde apenas a uma pequena faixa de frequências. Dentro dessa azul

luz visível
faixa, a frequência é que determina a cor da luz, sendo o vermelho
verde

amarelo
a cor de menor frequência e o violeta a cor de maior frequência. laranja

vermelho
700nm

questões de aula

1. (G1 - ifce) Em 1864, o físico escocês James Clerk Maxwell


mostrou que uma carga elétrica oscilante produz dois campos
variáveis, que se propagam simultaneamente pelo espaço: um
campo elétrico e um campo magnético. A junção desses dois
campos variáveis e propagantes, damos o nome de onda eletro-
magnética. São exemplos de ondas eletromagnéticas a luz visível
e as ondas de Rádio e de TV. Sobre a direção de propagação, as
ondas eletromagnéticas são

a) transversais, pois a direção de propagação é simultaneamente


perpendicular às variações dos campos elétrico e magnético. aprofundamento
b) longitudinais, pois a direção de propagação é simultaneamente
paralela às variações dos campos elétrico e magnético. Como a velocidade da onda
c) transversais ou longitudinais, dependendo de como é feita a é determinada pelo meio, no
análise.
d) transversais, pois a direção de propagação é paralela à variação
vácuo, todas as ondas eletro-
do campo elétrico e perpendicular à variação do campo magnético. magnéticas do espectro se
e) longitudinais, pois a direção de propagação é paralela à variação propagam na velocidade da
do campo magnético e perpendicular à variação do campo elétrico. luz, ou seja, 3.108 m/s.

Veremos mais adiante que


2. (G1 - ifsp) Ondas eletromagnéticas só podem ser percebidas quando o meio não é o vácuo,
pelos nossos olhos quando dentro de determinada faixa de fre- a velocidade, além do meio,
quência. Fora dela não podem ser vistas, apesar de ainda poder- vai depender da frequência
em ser detectadas por outros meios. Numeradas por I, II e III, são da onda (isto somente para
apresentadas algumas características ou aplicações de determi- ondas eletromagnéticas).
nadas ondas eletromagnéticas. Em seguida, estão identificados
pelos números de 1 a 5 os nomes usuais de certas radiações.

I. É emitido por corpos aquecidos e é através deste tipo de radiação


que recebemos o calor do Sol. Permite a fabricação de óculos para
visão noturna, dentre outras aplicações tecnológicas.

II. É um fator importante na produção de melanina, o pigmento


que bronzeia a pele, mas o excesso de exposição a este tipo de
radiação pode provocar câncer de pele.
39
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

III. Produzidos pela rápida desaceleração de elétrons que incidem


num alvo metálico, são largamente utilizados em medicina na
realização de exames de imagens.

1) Ultravioleta
2) Micro-ondas
3) Infravermelho
4) Raios Gama
5) Raios X

A alternativa que contém os números relacionados aos nomes das


radiações correspondentes a I, II e III, nessa ordem, é:
a) 1, 3 e 5.
b) 2, 5 e 4.
c) 3, 1 e 5.
d) 3, 4 e 2.
e) 2, 1 e 5.

3. (Ufrgs) Considere as seguintes afirmações sobre ondas eletro-


magnéticas.

I. Frequências de ondas de rádio são menores que frequências da


luz visível.
II. Comprimentos de onda de micro-ondas são maiores que com-
primentos de onda da luz visível.
III. Energias de ondas de rádio são menores que energias de mi-
cro-ondas.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

3 Experimento de Young

Dentro do histórico debate entre a verdadeira natureza da


luz, um capítulo fundamental foi o experimento de Thomas Young,
que provou que a luz era uma onda e ainda permitiu, pela primeira
vez na história, o cálculo do comprimento de onda de cada uma
das cores do espectro da luz visível. Um esquema do experimento
é mostrado na figura:

40
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz

franjas de
frente da onda interferência
luz coerente

franja
clara

máximo
central

franja
escura

anteparo com tela


uma fenda detectora
anteparo com
duas fendas

O experimento consiste em fazer a luz atravesar um fenda,


sofrendo difração, o que gera um feixe de luz coerente (com uma
única fase). Em seguinte, o feixe de luz coerente encontra um an-
teparo com duas fenda próximas uma da outra. Cada fenda produz
uma nova difração, divindo o feixe em dois. Os dois feixes inter-
ferem entre si, projetando em um segundo anteparo uma imagem aprofundamento
bem característica, formada por franjas claras, resultantes da inter-
ferência construtiva, e franjas escuras, resultantes da interferência A experiência de Young com-
destrutiva entre os feixes. provou que a luz se compor-
ta como onda, pois a imagem
formada só pode ser explica-
da pela interferência da luz e a
interferência é um fenômeno
exclusivo das ondas.

A equação que permite o cálculo do comprimento de onda


é da por:

λL
x= n
d

Na equação, x é posição da franja no anteparo em relação


ao máximo central, n é o número da franja clara, sendo n = 0 para
a franja central, L é a distância entre as fendas e o anteparo e d é
a distâncias entre as duas fendas.

41
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

4 Polarização da luz
Conforme se propaga, a onda eletromagnética oscila em
diversas direções. Quando há somente uma direção de oscilação,
dizemos que a onda eletromagnética está polarizada.

aprofundamento Polarização é o fenômeno que previlegia uma


direção de oscilação da onda eltromagnética e
A polarização também pode
aniquila as outras..
acontecer com as ondas
mecânicas, mas somente as
transversais. As ondas lon-
gitudinais não podem ser
polarizadas. ondas de luz movendo-se
num plano

ondas de luz movendo-se


em todos os planos

questão de aula

5. (Ita) Considere as afirmativas:

I. Os fenômenos de interferência, difração e polarização ocorrem


com todos os tipos de onda.
II. Os fenômenos de interferência e difração ocorrem apenas com
ondas transversais.
III. As ondas eletromagnéticas apresentam o fenômeno de polar-
ização, pois são ondas longitudinais.
IV. Um polarizador transmite os componentes da luz incidente não
polarizada, cujo vetor campo elétrico E é perpendicular à direção
de transmissão do polarizador.

Então, está(ão) correta(s)


a) nenhuma das afirmativas.
b) apenas a afirmativa I.
c) apenas a afirmativa II.
d) apenas as afirmativas I e II.
e) apenas as afirmativas I e IV.

42
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz

5 Reflexão da luz
A principal consequência da reflexão da luz é tornar os cor-
pos iluminado. A luz é emitida por uma fonte primária,ou corpo lu-
minoso, e reflete no corpo iluminado, tornando-o uma fonte de luz
secundária, quando a luz refletida chega aos nossos olhos, nos
enxergamos o objeto iluminado.

Existem dois tipo de reflexão da luz quando ela atinge um


objeto. O tipo de reflexão vai depender das irregularidades da su-
perfície do objeto iluminado. Em uma superfície polida, sem imper-
feições, a luz sofre reflexão regular.

Na reflexão regular, os raios luminosos que in-


cidem paralelos entre si, mantem-se paralelos
após a reflexão.

Em uma superfície irregular, a luz sofre reflexão difusa.

Na reflexão difusa, os raios luminosos que incidem


paralelos, refletem em várias direções.

superfíce superfíce
polida rugosa

43
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

Independentemente do tipo, regular ou difusa, toda reflex-


ão obedece à duas leis.

De acordo com a primeira lei da reflexão, o raio


incidente, a reta normal da superfície e o raio re-
fletido estão no mesmo plano.

De acordo com a segunda lei da reflexão, o ângu-


lo entre o raio incidente e a normal é sempre igual
ao ângulo entre o raio refletido e a normal.

Cor por reflexão da luz


aprofundamento

O que determina a frequên- Vimos anteriormente, que a cor da luz depende da sua fre-
cia que determinado material quência, mas o que faz um objeto ter determinada cor?
vai absorver ou refletir é a sua
estrutura atômica e molecular A cor de um objeto é uma consequência da relação entre as
e as leis físicas que regem tais frequências absorvidas e refletidas pelo objeto. Quando um objeto
processos são estudadas pela é iluminado por luz branca, que é formada por todas as cores do
mecânica quântica. espectro visível, o objeto vai absorver algumas frequências (acu-
mular energia) e refletir outra(s). A cor que chega aos nossos ol-
hos, e que enxergamos o objeto, é a cor refletida por ele. Não
enxergamos as outras cores, pois elas foram obsorvidas

44
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz

questões de aula

6. (G1 - cftmg) Sobre a propagação da luz, assinale V para as


afirmativas verdadeiras e, F para as falsas.

( ) Na reflexão da luz, em uma superfície espelhada, o ângulo de


incidência é igual ao de reflexão.
( ) A luz se propaga em linha reta, com velocidade constante, em
um determinado meio.
( ) Em uma superfície completamente irregular, o raio de luz inci-
dente e o refletido estão em planos diferentes.

A sequência correta encontrada é


a) V, F, V.
b) F, F, V.
c) F, V, F.
d) V, V, F.

7. (G1 - ifsp) O eco é um fenômeno que consiste em se escutar um


som após a reflexão da onda sonora emitida. Suponha que você e
seu amigo encontrem-se separados 60 metros entre si, e ambos a
40 metros de um obstáculo A, perpendicular ao solo, que pode re-
fletir ondas sonoras. Se seu amigo emitir um som, você perceberá
que o intervalo de tempo entre o som refletido e o som direto será
aproximadamente, em segundos, de

Dado: velocidade do som no ar V = 340 m/s

a) 0,12.
b) 0,20.
c) 0,50.
d) 0,80.
e) 1,80.

45
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

6 Refração da luz
Como já vimos antes, refração é o fenômeno que ocorre
quando a luz muda o meio de propagação. Para a luz, a refração
possui leis específicas, que estudaremos nesta seção.

Índice de refração

O índice de refração (n) é uma característica do meio de


propagação da luz. Ele consiste numa media comparativa entre
a velocidade da luz no vácuo, meio em que ela é mais rápida, e
no meio em questão. Ele é definido como sendo a razão entre a
velocidade da luz no vácuo e a velocidade no meio estudado.

c
n=
v

Quando maior for o valor do índice de refração


de um meio, mais lenta será a luz nesse meio. O
índice de refração não possui unidade.

aprofundamento

A intensidade do raio Leis da refração da luz


refratado é sempre menor
que a intensidade do raio in- Quando um raio de luz incide na superfície que separa dois
cidente, pois parte da energia meios diferentes, parte do raio é refletido para o meio original e a
fica com o raio que refletiu. outra parte penetra no novo meio. A figura abaixo representa um
modelo do que acontece. Nela também estão representados a reta
normal da superfície que separa os meios e o ângulo Θ entre o raio
A não ser pela intensidade, e a reta normal.
o raio refletido mantém
normal
exatamentamente as mes-
mas características do raio
incidente.
raio incidente

01 01
meio 1: ar
meio 2: água

02
raio refratado

46
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz
Quando o raio de luz penetra no novo meio, a sua veloci-
dade e o seu comprimento de onda mudam. O raio também pode
ser desviado de sua trajetória inicial. Essas modificações depen-
dem da relação entre os índices de refração dos meios de propa-
gação e do ângulo entre o raio incidente e a normal da superfície
que separa os meios.

As quatro situações possíveis são mostradas nas figuras


abaixo. Note que o raio refletido não está representado para deixar
a figura mais clara.

A relação entre os índices de refração (n1 e n2) e os ângulos


de incidência (Θ1) e de refração (Θ2) é dada pela lei de Snell.

n1senΘ1 = n2senΘ2

normal normal

1 1

meio 1 meio 1
meio 2 meio 2
2 2

normal normal

meio 1 meio 1
meio 2 meio 2

47
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

Reflexão total
Quando a luz passa do meio mais refringente (maior índice
de refração) para o meio menos refringente (menor índice de re-
fração) o seu desvio é tal que o raio refratado sempre se afasta da
normal. Quanto maior for o ângulo de incidência, mais afastado da
normal estará o raio refratado.

Essa característica leva a um limite em que o desvio é tão


acentuado que o raio de luz acaba permanecendo no meio de ori-
gem e a refração deixa de existir, pois não há mudança de meio e
todo raio é refletido.

normal normal

01 > L

raio incidente
raio incidente
L 01 > L
meio 1 meio 1
meio 2 meio 2
02 raio refratado

O cálculo do ângulo limite de incidência L, a partir do qual


ocorre reflexão total é dado pela seguinte expressão:

n2
senL =
n1

48
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz
Fibra óptica

A fibra óptica utiliza o fenômeno da reflexão total para trans-


mitir um sinal luminoso através de um caminho curvo.

Dispersão da Luz
Quando a luz é composta por apenas uma cor, dizemos
que se trata de luz monocromática. Quando composto por mais de
uma cor, esse feixe de luz é chamado de luz policromático. Quan-
do o feixe policromático for formado por todas as cores do espectro
vísivel, ele será branco.

A refração não altera a cor da luz, pois a refração é um


fenômeno que não altera a frequência da luz, mas a refração pode
separar as cores de um feixe policromático, revelando as cores
individuais que o formam. Esse fênomeno é chamado de dispersão
da luz.

A dispersão da luz consiste separação da luz poli-


cromática em suas cores individuais através da
refração.

49
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

Essa separação acontece, pois, para a luz (e qualquer


onda eletromagnética) o índice de refração de determinado meio
depende da frequência. Em um mesmo meio, as cores de menor
frequência possui um índice de refração ligeiramente menor que
as cores de maior frequência. Essa pequena diferença já é sufici-
ente para fazer as cores de menor frequência desviarem menos da
sua trajetória inicial. Essa diferença no desvio, faz cada cor seguir
em uma direção diferente, separando-as.

ca Ver
ran m
Luz B Lara elho
Am nja
a
Ver relo
de
Azu
Vio l
leta
Parede ou Tela

questões de aula

8. (Pucrj) Uma onda luminosa se propaga em um meio cujo índice


de refração é 1,5. Determine a velocidade de propagação desta
onda luminosa no meio, em m/s. Considere a velocidade da luz no
vácuo igual a 3,0x108 m/s
a) 0,5x108
b) 1,5x108
c) 2,0x108
d) 2,3x108
e) 3,0x108

R: c

9. (Uece) Um feixe de luz verde monocromática de comprimento


de onda 500 x 10-9 m passa do ar (assuma nar=1 e c = 300 000
km/s) para um cristal de quartzo (nq = 1,5). Em condições normais,
a frequência da onda é mantida inalterada. Assumindo estar nes-
sas condições, a velocidade da onda de luz e o seu comprimento
de onda no quartzo são, respectivamente

a) 300 000 km/s e 500 x 10-9 m.


b) 200 000 km/s e 500 x 10-9 m.
c) 300 000 km/s e 333 x 10-9 m.
d) 200 000 km/s e 333 x 10-9 m.

R: d

50
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz
10. (Ufrgs) Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas do texto a seguir, na ordem em que aparecem.

Uma onda luminosa se propaga através da superfície de sepa-


ração entre o ar e um vidro cujo índice de refração é n = 1,33. Com
relação a essa onda, pode-se afirmar que, ao passar do ar para o
vidro, sua intensidade .......... , sua frequência .......... e seu compri-
mento de onda .......... .
a) diminui - diminui - aumenta
b) diminui - não se altera - diminui
c) não se altera - não se altera - diminui
d) aumenta - diminui - aumenta
e) aumenta - aumenta - diminui

11. (Ufms) Ondas retilíneas paralelas propagam-se na superfí-


cie da água de um tanque. As frentes de ondas encontram uma
descontinuidade PQ na profundidade da água. Embora a frente
de ondas seja única, observam-se três sistemas de ondas na
vizinhança da descontinuidade, com frentes de ondas cujos raios
são paralelos respectivamente às direções OM, ON e OS (veja
figura). Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) As ondas são geradas na região II.


02) A frequência das ondas, na região II, é maior do que na região
I.
04) O comprimento de onda, na região I, é igual ao comprimento
de onda na região II.
08) A velocidade de propagação das ondas, na região I, é maior do
que na região II.
16) A amplitude da onda gerada é maior que a amplitude das on-
das refletidas e refratadas.

51
3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

simulado 04
1. (Ufsm) Antes do seu emprego nas comunicações, as a) superior e ocorrer difração.
fibras óticas já vinham sendo usadas para a iluminação e b) superior e ocorrer reflexão interna total.
inspeção das cavidades do corpo humano, o que possi- c) inferior e ocorrer reflexão interna parcial.
bilitou o desenvolvimento de técnicas diagnósticas como d) inferior e ocorrer interferência destrutiva.
a endoscopia. O fenômeno físico que permite guiar a luz, e) inferior e ocorrer interferência construtiva.
através de um feixe de fibras flexíveis, por um caminho
curvo é a reflexão interna total. Para que esse fenômeno
ocorra, 4. (Pucrj) Leia.

I. a luz deve incidir a partir de um meio de índice de re- I. Quanto maior a frequência de uma onda luminosa,
fração mais alto sobre a interface com um meio de índice maior a sua velocidade de propagação.
de refração mais baixo. II. Quando um feixe de luz passa de um meio a outro,
II. o ângulo de incidência da luz sobre a interface de sep- seu comprimento de onda muda, mas sua velocidade se
aração entre dois meios deve ser tal que o ângulo de re- mantém constante.
fração seja de, no mínimo, 90o. III. O fenômeno de reflexão total pode ocorrer quando um
III. a interface de separação entre os meios interno e ex- feixe luminoso passa de um meio mais refringente para
terno deve ser revestida com um filme refletor. outro menos refringente.

Está(ão) correta(s) São corretas as seguintes afirmações:


a) apenas I. a) I, II e III.
b) apenas III. b) I e III, apenas.
c) apenas I e II. c) III, apenas.
d) apenas II e III. d) II e III, apenas.
e) I, II e III. e) I, apenas.

2. (Ibmecrj) Um raio de luz monocromática se propaga


do meio A para o meio B, de tal forma que o ângulo de
refração β vale a metade do ângulo de incidência α . Se
o índice de refração do meio A vale 1 e o senβ = 0,5 , o
índice de refração do meio B vale:

a) √2
b) 3
c) √3
d) 0,75
e) 0,5

3. (Enem PPL) A banda larga brasileira é lenta. No Japão


já existem redes de fibras ópticas, que permitem acessos
à internet com velocidade de 1 gigabit por segundo (Gbps),
o suficiente para baixar em um minuto, por exemplo, 80
filmes. No Brasil a maioria das conexões ainda é de 1
megabit por segundo (Mbps), ou seja, menos de um milé-
simo dos acessos mais rápidos do Japão. A fibra óptica é
composta basicamente de um material dielétrico (sílica ou
plástico), segundo uma estrutura cilíndrica, transparente e
flexível. Ela é formada de uma região central envolta por
uma camada, também de material dielétrico, com índice
de refração diferente ao do núcleo. A transmissão em uma
fibra óptica acontecerá de forma correta se o índice de
refração do núcleo, em relação ao revestimento, for
52
Prof. Rafael Irigoyen 3. Ondas e Luz
5. (Enem 2ª aplicação) O efeito Tyndall é um efeito óptico TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
de turbidez provocado pelas partículas de uma dispersão Não só a tecnologia contribui para identificar os proced-
coloidal. Foi observado pela primeira vez por Michael Far- imentos mais adequados à saúde. É preciso também
aday em 1857 e, posteriormente, investigado pelo físico domínio das particularidades do ser humano.
inglês John Tyndall. Este efeito é o que torna possível,
por exemplo, observar as partículas de poeira suspensas
no ar por meio de uma réstia de luz, observar gotículas 9. (Ufsm) São feitas as seguintes afirmações sobre os
de água que formam a neblina por meio do farol do carro raios X:
ou, ainda, observar o feixe luminoso de uma lanterna por
meio de um recipiente contendo gelatina. I. Os raios X são ondas mecânicas.

REIS, M. Completamente Química: Físico-Química. São II. Em módulo, a velocidade de propagação dos raios X é
Paulo: FTD, 2001(adaptado). igual à velocidade de propagação da luz.

Ao passar por um meio contendo partículas dispersas, um III. Os raios X têm frequências menores do que a da luz.
feixe de luz sofre o efeito Tyndall devido
a) à absorção do feixe de luz por este meio. Está(ão) correta(s)
b) à interferência do feixe de luz neste meio. a) apenas I.
c) à transmissão do feixe de luz neste meio. b) apenas II.
d) à polarização do feixe de luz por este meio. c) apenas III.
e) ao espalhamento do feixe de luz neste meio. d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

6. (Ufg) Um feixe de luz branca, ao atravessar um prisma,


decompõe-se em suas componentes monocromáticas por 10. (Ufrgs) O gráfico a seguir representa as intensidades
causa do efeito da dispersão. A componente que apresen- luminosas relativas de duas linhas do espectro visível
ta maior desvio da direção original é aquela que possui emitido por um hipotético elemento químico.
a) maior amplitude.
b) menor comprimento de onda.
c) menor índice de refração.
d) menor frequência.
e) maior velocidade.

7. (Ufla) Apresentam‐se a seguir, quatro proposições rel-


ativas à Óptica Física.

I – Ao passar do ar para a água, a luz sofre alteração na


velocidade de propagação e no comprimento de onda.
II – Um observador enxerga diferentes cores diante de
uma pintura a óleo, iluminada por uma luz policromática,
basicamente porque os fenômenos ondulatórios envolvi-
dos são a refração e a difração.
III – O fenômeno da interferência pode ser observado em
ondas eletromagnéticas, mas não em ondas mecânicas Nesse gráfico, a coluna menor corresponde a um compri-
sonoras. mento de onda próprio da luz laranja.
IV – A polarização da luz permite concluir que ela se con- A outra coluna do gráfico corresponde a um comprimento
stitui de uma onda longitudinal e uma das aplicações da de onda próprio da luz
luz polarizada está nos faróis de automóveis. a) violeta.
b) vermelha.
É CORRETO afirmar que c) verde.
a) somente a proposição I é correta. d) azul.
b) somente as proposições I, II e IV são corretas. e) amarela.
c) somente as proposições II e IV são corretas.
d) somente as proposições I e III são corretas.

8. (Pucrs) Ondas eletromagnéticas são caracterizadas


por suas frequências e seus comprimentos de onda. A al-
ternativa que apresenta as ondas em ordem crescente de
comprimento de onda é
a) raios gama - luz visível - micro-ondas.
b) infravermelho - luz visível - ultravioleta.
c) luz visível - infravermelho - ultravioleta.
d) ondas de rádio - luz visível - raios X.
e) luz visível - ultravioleta - raios gama

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3. Ondas e Luz Prof. Rafael Irigoyen

11. (Ufrgs) Considere as seguintes afirmações sobre 14. (Ufpa) A luz e o som são considerados como on-
fenômenos ondulatórios e suas características. das por transportarem energia sem haver transporte de
matéria, no entanto têm características diferentes. A alter-
I. A difração ocorre apenas com ondas sonoras. nativa correta sobre essas duas ondas é:
II. A interferência ocorre apenas com ondas eletromag- a) O SOM é uma onda Mecânica e pode ser Polarizado
néticas. enquanto a LUZ é uma onda Eletromagnética e não pode
III. A polarização ocorre apenas com ondas transversais. ser polarizada.
b) O SOM é uma onda Mecânica e não pode ser polariza-
Quais estão corretas? do enquanto a LUZ é uma onda eletromagnética e pode
a) Apenas I. ser polarizada.
b) Apenas II. c) Tanto o SOM como a LUZ são ondas Eletromagnéticas
c) Apenas III. e podem ser polarizadas.
d) Apenas I e II. d) Tanto o SOM como a LUZ são ondas Mecânicas.
e) I, II e III. e) Tanto o SOM como a LUZ são ondas Eletromagnéticas,
mas nenhuma delas pode ser polarizada.

12. (G1 - cftmg) A polarização NÃO se aplica às ondas 15. (Ita) Os físicos discutiram durante muito tempo so-
bre o modelo mais adequado para explicar a natureza
a) eletromagnéticas dos telefones celulares. da luz. Alguns fatos experimentais apóiam um modelo de
b) mecânicas transversais na superfície da água. partículas (modelo corpuscular) enquanto que outros são
c) sonoras no ar em um dia de inverno muito seco. coerentes com um modelo ondulatório. Existem também
d) luminosas provenientes do Sol até o planeta Terra. fenômenos que podem ser explicados tanto por um quan-
to por outro modelo. Considere, então, os seguintes fatos
experimentais:
13. (Enem 2ª aplicação) Nas rodovias, é comum motor-
istas terem a visão ofuscada ao receberem a luz refletida I. a luz se propaga em linha reta nos meios homogêneos.
na água empoçada no asfalto. Sabe-se que essa luz ad- II. os ângulos de incidência e de reflexão são iguais.
quire polarização horizontal. Para solucionar esse prob- III. a luz pode exibir o fenômeno da difração.
lema, há a possibilidade de o motorista utilizar óculos de IV. a luz branca refletida nas bolhas de sabão apresen-
lentes constituídas por filtros polarizadores. As linhas nas ta-se colorida.
lentes dos óculos representam o eixo de polarização des-
sas lentes. Neste caso, pode-se afirmar que o modelo ondulatório é
adequado para explicar:
Quais são as lentes que solucionam o problema descrito? a) somente I
b) somente III e IV
c) somente III
d) todos eles
e) nenhum deles
a)

b)

c)

d)

gabarito

e)
1.c 2.c 3.b 4.c 5.e
6.b 7.a 8.a 9. b 10. b
11.c 12. c 13. a 14.b 15.d

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