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EXCELENTÍSSIMO DR.

(A) JUIZ DA 1ª VARA DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DE TEIXEIRA DE FREITAS – BA,

Processo: 0004560-56.2015.8.05.0256

JOZIMAR SOARES DE JESUS E ROSINELIA SANTOS DE JESUS, já


devidamente qualificados nos autos acima epigrafados, vem, por seu
procurador, respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
conforme despacho colacionado aos autos em evento 36 do PROJUDI,
tempestivamente apresentar suas contrarrazões ao recurso inominado
interposto, esperando o seu recebimento e remessa dos presentes autos
a Colenda Turma Recursal, com as inclusas contrarrazões de recurso.

Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Teixeira de Freitas – BA, 16 de Outubro de 2017.

DANILO SOUSA ARAÚJO


OAB-BA 35821

Origem: 1ª Vara do Sistema do Juizado Especial Cível da comarca de


Teixeira de Freitas – BA

Processo: 0004560-56.2015.8.05.0256

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Recorrido: JOZIMAR SOARES DE JESUS E ROSINELIA SANTOS DE JESUS

Recorrente: BOM NEGOCIO ATIVIDADES DE INTERNET LTDA

Egrégia Turma Julgadora,

Colenda Turma!

1.SÍNTESE DO FEITO

Trata-se de demanda proposta pela recorrida em face da recorrente


com o fito de obter o reconhecimento de seu direito à percepção de
indenização pelo fato de ter sido vítima de fraude advinda de serviço
fornecido pela demandada, o que causou aos autores, vários prejuízos
das mais diversas ordens.

A recorrente em sede de contestação se resumiu a afirmar a legalidade


de sua conduta, informando basicamente não ter responsabilidade no
dano ocorrido.

Em audiência de instrução e julgamento, o MM Juízo, após analisar os


documentos juntados aos autos, prolatou sentença julgando
procedente os pedidos constantes em peça exordial, condenando a
parte ré a restituir à parte autora, a quantia de R$ 34.000,00 (trinta e
quatro mil reais) com correções monetárias desde a data da compra
em 25/06/2015 e juros de mora de 1% desde a citação.

Com relação ao pedido de danos morais, JULGO PROCEDENTE o


pedido, e condeno a acionada ao pagamento da quantia de
R$ 2.000,00 (dois mil reais), devendo ser corrigidos monetariamente nos
termos da sumula 362 do STJ e acrescidos de juros de 1% ao mês a partir
desta decisão.

O Recorrente, inconformado com a r. sentença acostada aos autos no


evento (22) do Projudi, interpôs recurso inominado (evento 29), em
síntese aduzindo o mesmo referido em contestação, bem como, que
não houve razoabilidade da quantificação do dano moral supra.

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
2.DA NECESSÁRIA MANUTENÇÃO DA SENTENÇA

2.1DA ILEGITIMIDADE PASSIVA

Alega a parte ré ser ilegítima para figurar no pólo passivo da relação


processual, por supostamente não ter sido causadora de nenhum dos
danos narrados em peça exordial, afirmando ser apenas
intermediadora de vendas de produtos, O QUE EM NADA AFASTA A SUA
RESPONSABILIDADE, CONFORME MUITO BEM NARRADO EM EXORDIAL.

O argumento expendido pela empresa demandada não merece


guarida legal, pois conforme muito bem narrado em peça preambular,
o autor é cliente da empresa ré (ATRAVÉS DE SEU SITE), e no caso em
comento, POR UMA FALHA DA EMPRESA REQUERIDA EM NÃO ANALISAR
QUEM ANUNCIA EM SEUS CANAIS, ACABOU POR SER VÍTIMA DO CRIME
DE ESTELIONADO.

É evidente, no caso em tela, a responsabilidade da empresa requerida,


que ao contrário do que alega em sua defesa, aufere mensalmente
lucros astronômicos justamente pela atividade que desenvolve
(intermediação de venda).

Diante do dito, fica-se claro ser sim a empresa demandada responsável


pelo dano causado ao autor, que confiando na idoneidade do site
supra, acabou por ser vítima de estelionatários.

O entendimento quanto a responsabilidade de sites intermediadores de


compras virtuais vem sendo seguido amplamente por nossos tribunais,
principalmente quando demonstrado falha da prestação do serviço, se
não vejamos os julgados nesse sentido:

Reparação de danos. compra e venda de aparelho


de som e dvd automotivo, pela Internet. promoção
veiculada em site de compras coletivas conhecido
por "click on". serviço e produtos pagos e não
entregues. fraude. direito à restituição do valor

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
pago. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SITE
RESPONSÁVEL PELA INTERMEDIAÇÃO DA COMPRA E
QUE AUFERE LUCROS COM O SERVIÇO OFERTADO.
preliminar AFASTADA.

1. A parte recorrente, que administra a empresa de


compras coletivas, obtém lucro significativo com o
serviço que disponibiliza e a partir daí deve
responder por eventuais prejuízos decorrentes de
fraudes que seu sistema de segurança não consiga
impedir. Veja-se que a responsável direta pelo ilícito
-no caso a ré Vip Service Car - somente chegou até
o autor graças ao serviço disponibilizado pelo
demandado, o qual tinha tal loja em seus cadastros.
Em outras palavras, o responsável pela conduta
criminosa atingiu o autor graças ao serviço de
ofertas organizado e disponibilizado pela
demandada aos consumidores cadastrados,
lucrando, assim, valores significativos, e até por isso
deve responder quando o sistema mostra-se falho,
responsabilidade esta que pode ser afastada
quando demonstrada absoluta falta de cautela por
parte do usuário, o que não foi o caso.

2. Danos morais configurados. Inexecução


contratual que ultrapassa o limite do razoável no
caso concreto, submetido o autor a considerável
frustração, tendo que se valer da via judicial para
assegurar direito manifesto. Caráter punitivo e
pedagógico da medida. Quantum adequado (R$
2.000,00).

SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO.

Recurso Terceira
Inominado Turma
Recursal
Cível

Nº Comarca de
71003390861 Porto Alegre

CLICK ON RECORRENTE

VILMAR RECORRIDO
PEREIRA

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
CASTRO

VIP SERVICE RECORRIDO


CAR

Então, tentar agora alegar irresponsabilidade pelo dano causado ao


autor, SENDO QUE ESTA MESMA OBTÉM LUCRO COM A INTERMEDIAÇÃO
DE VENDAS EM SEU WEBSITE, é tentar justificar o injustificável, não
merecendo assim, guarida legal.

2.2.DO MÉRITO

Conforme já evidenciado do narrado em linhas alhures, a sentença do


Juízo monocrático, deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos,
já que se pautou justamente nas provas colacionadas aos autos, bem
como no fato de não ter sido comprovado pela acionada a legalidade
de sua conduta ou ao menos documentos que comprovassem ter
tomado todas as providencias necessárias para minorar o sofrimento
experimentado pela parte autora.

Em mérito se resume a empresa ré a afirmar não ter esta qualquer


relação com a obrigação ora travada, sendo apenas uma
intermediária das compras feitas EM SEU SITE.

Ora emérito julgador, conforme narrado alhures, ficou claro durante


toda exordial a falha na prestação do serviço ora ofertado.

Diante tal fato, é pública e notória a responsabilidade da empresa ré


(site intermediador de vendas), se não exclusiva, ao menos solidária,
conforme vem amplamente sendo seguido por nossos tribunais pátrios,
principalmente pelo fato de estes possuírem lucros com as vendas de
produtos.

Nesse sentido merece trazermos mais um julgado onde é demonstrado


claramente a responsabilidade da EMPRESA RÉ em um caso
assemelhado a este, se não vejamos:

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
REPARAÇÃO DE DANOS. COMPRA E VENDA PELA
INTERNET. VEÍCULO. AQUISIÇÃO ATRAVÉS DO SITE
"MERCADO LIVRE". ILEGITIMIDADE PASSIVA.
PRELIMINAR REJEITADA. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DO SITE RESPONSÁVEL PELA
INTERMEDIAÇÃO DA COMPRA E QUE AUFERE
LUCROS COM O SERVIÇO OFERTADO. VALOR
ADIMPLIDO, MAS NÃO ENTREGUE O BEM. FRAUDE.
DIREITO À RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO. SENTENÇA
CONFIRMADA.

- A parte demandada obtém lucro significativo com


o serviço que disponibiliza e a partir daí deve
responder por eventuais prejuízos decorrentes de
fraudes que seu sistema de segurança não...
(Processo: 71003343563 RS. Relator(a): Carlos
Eduardo Richinitti. Julgamento: 12/04/2012. Órgão
Julgador: Terceira Turma Recursal Cível. Publicação:
Diário da Justiça do dia 18/04/2012).

Com relação a ilação expendida em recurso de suposta contribuição


do autor para os danos causados, por comprar um bem muito abaixo
do valor de mercado, cumpre trazer a baila consulta a tabela fipe que
comprova possuir o bem comprado, inclusive, valor de mercado,
inferior ao pago pelo autor, se não vejamos:

Assim, resta evidente que em momento algum, deu causa o autor a


conduta abusiva e desproporcional praticada pelo réu, que causou
sérios danos ao mesmo.

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Diferentemente da parte ré, a parte autora comprovou cabalmente a
clara atitude ilícita da empresa requerida, bem como as consequências
da dita atitude.

Ainda na parte dispositiva, o douto magistrado a quo, fundamenta sua


decisão levando em consideração a capacidade econômica das
partes, a extensão do dano e a intensidade da culpa. Dessa forma,
verifica-se que houve razoabilidade na sentença prolatada, e que o
réu, embora tenha obtido a oportunidade para provar sua tese, não o
fez, e não cumprindo o ônus probatório, se deve respeitar a r. decisão
do Juízo a quo.

Observa-se ainda que conforme se colhe na r. sentença que o Juiz


levou em consideração critérios essenciais como a prudência, o bom
senso, a razoabilidade, a capacidade de suportar a condenação, e
principalmente a justiça, que incute a parte ré uma prevenção
especial, a fim de não praticar novamente atos dessa natureza.

Em relação ao valor da condenação, não se pode falar que foi


exorbitante e que iria carrear enriquecimento sem causa, já que o r.
sentença fixou com prudência e bom senso o dano moral ora discutido,
sendo justo e suportável.

Salienta-se ainda que a empresa ré ao buscar reformar a r. sentença,


tenta esquivar-se de pagar pelos danos causados a outrem, haja vista
que tenta utilizar-se do judiciário para acobertar o abuso de direito, o
que não se pode admitir, como não foi pelo Juízo a quo.

O autor reitera o pedido de inversão do ônus da prova, por serem


verdadeiras as alegações da inicial, conforme comprovadas em
documentos anexadas aos autos, sendo descabidas as afirmações da
ré a este respeito, por ser este um direito do consumidor a ser deferido
pelo MM Juiz, havendo clara verossimilhança do alegado.

PEDIDO

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Ante tudo o quanto exposto e pelo que dos autos consta, requer a
recorrida que:

i. Que seja mantida a sentença proferida pelo magistrado a quo, pelos


seus próprios fundamentos na integra, condenando assim a requerida
no quanto sentenciado, acrescido de honorários advocatícios
sucumbenciais, na ordem de 20%, para que assim se possa atingir a
justiça social tão almejada por nossa sociedade, respeitosamente,

Pede e espera deferimento.

Teixeira de Freitas – BA, 16 de Outubro de 2017.

Danilo Sousa Araújo

OAB/BA 35.821

Assinado eletronicamente por: DANILO SOUSA ARAUJO;


Código de validação do documento: 5df1aa1a a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.

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