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EXMO(A). SR(A).

JUIZ(A) DE DIREITO DA COMARCA DE ESMERALDAS / MG

Autos nº: 0241.05.017011-7

Requerente: Gilberto Ciro Ferreira


Requeridas: Sebastião José Pereira
Construtora Dez Ltda

GILBERTO CIRO FERREIRA, já qualificado nos autos em


epígrafe, por seu procurador infra-assinado, na ação que
tramita neste juízo, em face das requeridas acima descritas e
já qualificadas, vem respeitosamente à presença de V. Exa.,
para

IMPUGNAR AS CONTESTAÇÕES,

Conforme razões de fato e de direito adiante narradas.

I. DAS CONTESTAÇÕES:
Em apertada síntese, as requeridas contestaram que:

1. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO, REQUERIDA 1: Sebastião José


Pereira.
1.1 Em sede de preliminar, alegou carência de ação e
impossibilidade jurídica do pedido. Em síntese, diz
que o autor é carecedor de ação, dada a
impossibilidade jurídica do pedido nos termos em que
preconiza os artigos 267, incisos IV, VI e 301,
inciso X, ambos do CPC. Afirma ainda que, os Srs.,
Miramar de Araújo e Ami Ribeiro de Amorim, não

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detinham poderes para representar o Seminário Bíblico
Mineiro e portanto não poderia outorgar a procuração.
1.2 No mérito, que o autor noticiava que foi alertado
por um funcionário da Prefeitura Municipal de
Contagem, de que o requerido estava tentando receber
os valores referentes a terceira e última parcela,
relativo a desapropriação, mediante um
substabelecimento de procuração.
A. O requerido afirma que recebeu substabelecimento
de procuração da Sra. Maria Aparecida de Carvalho
Silva; que esta, por sua vez, recebeu
substabelecimento de procuração do Sr. Gilberto
Ciro Ferreira, documento este, lavrado no Cartório
de Registro Civil e Notas do Distrito de Melo
Viana-Esmeraldas (fls. 280).
Que por esta razão, o requerido tornou-se titular
do direito relativo ao imóvel junto à prefeitura
de Contagem, nos termos da Cláusula Terceiro do
contrato celebrado entre ele e o Seminário (fls.
277 e 278). Assim sendo, não havia portanto,
qualquer forma irregular quanto ao recebimento da
última parcela.
B. Que postulou ação de Retrocessão na Comarca de
Contagem.
C. Que interpos recurso junto ao TJMG; que o tribunal
manteve a sentença do juiz de primeiro grau, ou
seja, negou a retrocessão; porém lhe ressalvou o
direito de receber o valor da terceira e ultima
parcela (fls. 297 a 305).
D. Que mediante direitos assegurados no acórdão,
pleiteou recebimento da terceira e ultima parcela
junto à municipalidade de Contagem; fato este,
gerou um processo administrativo. Que deste,
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resultou de forma amigável, que o município
devolveria os lotes 1, 2, 3 e 4 em troca do
pagamento do terceira e ultima parcela, via
decreto expropriatório (fls. 309 a 312).
E. Que vendeu o lote 4 para a empresa Construtora Dez
Ltda. e que esta registrou o imóvel (fls. 315 a
318).
F. Que vendeu o lote 1 para o Sr. Carlos Roberto
Santiago Junior (fls. 319 e 320), conforme
contrato particular de compra e venda e Escritura
Pública.
G. Que mediante despacho desde juízo, foi mantida a
procuração nos termos em que a mesma se encontrava
inicialmente e que, o requerente, mesmo sabendo do
despacho, não se opôs; manifestando com seu
silêncio, sua concordância.
H. Que todos os documentos que deram origem a
lavratura da Escritura de Compra e Venda foram
emitidos por órgãos competentes e que, por esta
razão, não há o que se falar em fraude.
I. Quanto às informações sobre o endereço do
requerente (em Belo Horizonte), este é
irrelevante, pois o mesmo poderá ter mais de um
endereço, não cabendo ao requerido saber seu atual
endereço.
J. Com respeito ao carimbo de autenticação do
Cartório de Registro Civil do Distrito de Melo
Viana, este nada tem haver com os atos discutidos
nestes autos, pois foram apresentados a aquela
serventia somente para ato de autenticação de
cópia conforme o original.
K. Afirma o requerido que é terceiro de boa-fé e que,
todos os documentos os quais embasaram o negócio
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jurídico, se deram de forma clara e transparente e
de conformidade com a lei; razão porque não se
pode afirmar que tais documentos são objetos de
vício, simulação, má-fé, fraude ou dolo.
1.3 Quanto à Denunciação à Lide, requer o requerido a
denunciação em face do Município de Contagem – MG,
(conforme artigo 70, inciso I, do CPC), na qualidade
de Alienante.
1.4 Ao final, pugna pela improcedência da presente ação em
todos os seus termos.

2. SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO, REQUERIDA 2: Construtora Dez Ltda.


2.1 Da concordância com os pedidos. Ausência de
resistência. Da boa-fé da manifestante.
A. Que adquiriu de Sebastião José Pereira, o lote 4,
mediante lavratura de Escritura Pública de Compra e
Venda.
B. Que pesquisou através de certidões negativa e só teve
conhecimento da presente lide, quando do recebimento
de ofício ordenando a imediata paralisação das obras
que empreendia no local.
C. Que constatou nos autos, a existência de prova
pericial confirmando a falsidade do substabelecimento
supostamente outorgado pelo autor a Maria Aparecida
de Carvalho Silva.
D. Que foi o substabelecimento falso que permitiu que o
lote 4 fosse registrado em nome de Sebastião José
Pereira, que posteriormente lhe o mesmo.
E. Que a aquisição a “Non Domino” é nula de pleno
direito, conforme já registrado pelo TJMG.

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F. Que não oferece resistência aos pedidos iniciais,
motivo pelo qual não há que se condená-a em verba
sucumbencial.
G. Que denuncia à lide o Sr. Sebastião José Pereira
(evicção), por ter sido ele (proprietário do imóvel)
quem lhes vendeu o lote 4. Uma vez que, os lotes 1,
2, 3 e 4 retornarão ao patrimônio jurídico do
Município de Contagem e que, o Seminário Biblico
Mineiro voltará a ser detentor de um crédito contra o
ente público, pois a aquisição feito pelo requerido 1
foi mediante uma alienação non domino, com a presença
do substabelecimento falsificado. Desta forma, a
aquisição é nula, bem como todos os demais atos dela
decorrentes, incluindo-se o termo de acordo de
negociação amigavel e a própria escritura celebrada
entre ambas as requeridas.
H. Que desta forma, a procedência dos pedidos acarretará
a perda da posse e propriedade por parte da
manifestante do lote 4 da quadra 02-A, em Contagem.
I. Que requer o deferimento de medida cautelar
incidental que indisponibilize os imóveis listados
(fls. 363 e 364), de propriedade do requerido 1.

II. DA IMPUGNAÇÃO DOS FATOS CONTESTADOS

QUANTO ÀS CONTESTAÇÕES FEITAS PELO SR. SEBASTIÃO JOSÉ PEREIRA


– Requerido 1:
Ponto 1.1. - Relativo á preliminar, esta não deve prosperar;
o requerido 1 afirma que: “os Srs., Miramar de Araújo e Ami
Ribeiro de Amorim, não detinham poderes para representar o
Seminário Bíblico Mineiro e portanto não poderia outorgar a

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procuração”; Exa., tal afirmação não reflete a verdade dos
fatos, senão vejamos.
a. Do Estatuto – O artigo 15 assim define as competências
do Presidente:
I. Representar o SBM ativa e passivamente,
perante os órgãos públicos, judiciais e
extrajudiciais, inclusive em juízo ou fora dele,
podendo delegar poderes e constituir procuradores
e advogados para o fim que julgar necessário;
II. Convocar e presidir as reuniões do Conselho
Diretor;
III. Convocar e presidir as Assembleias
Ordinárias e Extraordinárias;
IV. Organizar relatório contendo o balanço do
exercício financeiro e os principais eventos do
ano anterior, apresentando-o à Assembleia Geral
Ordinária.
V. Criar cursos, departamentos patrimoniais,
culturais, sociais e outros que julgar
necessários ao cumprimento das finalidades
sociais, nomeando e destituindo os respectivos
responsáveis;
VI. Nomear e demitir o Reitor que poderá exercer
a função através de contrato de voluntario;
VII. Delegar poderes ao reitor para administrar o
SBM, concordemente com o restante do Conselho
Diretor;
Parágrafo único – Compete ao Vice-Presidente,
substituir legalmente o Presidente, em suas
faltas e impedimentos, assumindo o cargo em caso
de vacância.

Dessa forma, o Presidente é competente, segundo o estatuto


(texto acima), para representar o SBM bem como para
constituir procuradores, dentre outras atribuições. Quanto ao
Vice-Presidente, este é competente para substituir legalmente
ao presidente, na inteireza do artigo 15 (Caput, incisos e
parágrafo); o parágrafo único nomeia em quais situações isso
poderá ocorrer: nas suas faltas, impedimentos e no caso de
vacância.

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b. Quanto aos Outorgantes - foi dito que ambos não detinham
poder para assinar a procuração, embora o estatuto
outorgue este poder somente ao presidente;
b.1 Sr. Miramar de Araújo (Reitor) – Em ata de 13/08/91
(doc. 01, fls. 01 a 04/16), o conselho diretor concedeu
poderes ao reitor, para em seu nome, “a representação para
todos os feitos e efeitos, em juízo e fora dele e para os
demais fins jurídicos que se fizerem necessários, sendo
decidido que ele é o preposto e representante legal da
entidade, podendo inclusive, passar procurações e
substabelecer, para fins de defesa e solução de situações
do interesse da entidade”. Porém tais poderes delegados
não passou a fazer parte do estatuto do SBM; é por esta
razão, que em 01/02/95, o então reitor (Pastor Miramar de
Araújo) assinou conjuntamente com o Pastor Ami Ribeiro de
Amorim; foi por excesso de zelo.
b.2 - Ami Ribeiro de Amorim (Presidente em exercício do
SBM nos anos de 94/95). Em ata datada de 07/11/92 (fls.
274/275), foram eleitos os diretores para o período de
1993 a 1995, onde consta o nome do Sr. Dervy Gomes de
Souza como presidente e do Pastor Ami Ribeiro de Amorim,
como vice-presidente.
Porém em 16/07/94 (Doc. 01 – fls. 10 a 12/16), o então
presidente, Sr. Dervy Gomes de Souza pediu o seu
desligamento da presidência do conselho do SBM, em razão
de ter sido nomeado como Secretário Municipal de Esportes
da Prefeitura de Belo Horizonte, o que foi aceito pelo
conselho do SBM.
Conforme prevê o estatuto do SBM em seu artigo 15,
parágrafo único (doc. 02 – 05/09), na vacância da
presidência, ocupa o vice-presidente o cargo vago,
tornando assim competente para exercer o cargo em sua
plenitude. Desta forma, quem outorgou procuração ao Sr.
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Gilberto Ciro Ferreira, foi o presidente em exercício do
SBM.

c. Da Alienação do Imóvel – Às fls. 272 e artigo XXVII, o


texto diz:
“A alienação por qualquer modo de bem do
patrimônio imobiliário, somente poderá se
efetivar com autorização da Assembleia
especialmente convocada para o fim ou quando
constar como item especial ou geral, devendo
constar da pauta do edital, assim como da
convocação pessoal.”
Como se pode ver nas atas [doc. 01, fls.: 05/16
(10/09/91), 07/16 (05/03/94), 09/16 (01/06/94), 10/16
(16/07/94), 13/16 (09/05/95), 15/16 (07/11/95)], em todas
elas foi falado sobre a venda do imóvel de propriedade do
SBM; na ultima (07/11/95), foi acordado entre os
participantes da Assembleia, sobre a formação de uma
comissão para cuidar da venda do imóvel. Como demonstrado,
tal fato foi discutido em inúmeras vezes entre os
associados do SBM e o estatuto foi respeitado.
d. Da Ratificação da Procuração Pelo Atual Presidente do SBM
– MM., conforme às fls. 96 dos autos, em 20/12/2010, o
presidente do SBM, Sr. Charles Spencer Bacon, ratifica
todos os termos da procuração outorgada no ano de 1995 ao
Sr. Gilberto Ciro Ferreira pelo então presidente, Sr. Ami
Gomes de Souza, onde afirma pelo SMB, que “este é o único
que pode assinar em definitivo a escritura de venda do
imóvel acima especificado” e diz mais: “que jamais, em
tempo algum, outorgou outra procuração sobre o imóvel
acima descrito, a quem quer que seja. Declara ainda
desconhecer as pessoas: Sr. Sebastião José Pereira ou a
Sra. Maria Aparecida de Carvalho e com eles ter feito
qualquer documento ou negócio referente ao imóvel.” Desta
forma, os autos estão carreados de documentos que

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confirmam que o SBM só outorgou procuração para
representa-lo no assunto do terreno de matricula nº
23.393, registrado na comarca de Betim-MG, ao Sr. Gilberto
Ciro Ferreira. Como o Sr. Gilberto nunca substabeleceu a
referida procuração a quem quer que seja, ele continua
sendo o único e real procurador do SBM.
Desta forma, não há o que se falar em incapacidade da
parte, carência de ação ou mesmo da impossibilidade
jurídica do pedido, pois o requerente é o único e legar
procurador do SBM, conforme demonstrou cabalmente e de
forma documental; por isso impugna totalmente a preliminar
contestada, e requer pleno seguimento da presente ação.

Ponto 1.2. – Relativo ao Mérito – Exa., o Requerido 1 fez


toda sua defesa baseado em um documento sem lastro, documento
este já periciado e comprovado sua falsidade.
É insana a argumentação do Requerido 1, pois por um lado ele
tenta desacreditar sobre a veracidade da outorga pelos
legítimos representantes do SBM ao requerente (preliminar) e
por outro tenta buscar direito, baseado em um documento falso
pretensamente substabelecido pelo requerente, quando o
requerido 1 acabara de dizer que tal documento não está
revestido de legalidade. Tal defesa é totalmente insana e
controvertida.
Quanto ao ponto “A” – A tabeliã a época, declarou (fls. 19
destes autos) que “reconheço que a assinatura do documento de
identidade original apresentado a mim pelo outorgante não
confere com a assinatura do referido documento. Portanto
declaro nula o referido substabelecimento”.
Ora, é de se estranha o porquê do requerido 1 não ir buscar
seu direito de evicção junto a pretensa vendedora, Sra. Maria
Aparecida de Carvalho Silva. Se o requerido 1 entende que tem
direito, busque-o junto a quem lhe vendeu tal direito, pois é
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isto que lhe assegura o artigo 447 do Código Civil: “Nos
contratos onerosos, o alienante responde pela evicção.
Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha
realizado em hasta pública.”
Como está provado nos autos (fls. 138) que o
substabelecimento no qual o requerido 1 baseia ter seu
direito é falso, este deve buscar em causa própria reaver o
valor por ele pago ao alienante.
Não há como dizer o requerido 1, que ele tornou titular de um
direito relativo ao imóvel junto à prefeitura de Contagem,
pois a sustentação deste negócio é FALSO. Logo não existe
negócio; caso insista o requerido 1 no negócio, estaremos
diante de uma tentativa de estelionato, pois se o requerido 1
sabe que tal documento é falso e mesmo assim leva adiante seu
negócio, ele incorre no artigo 171 do Código Penal, que diz:
“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Por
estas razões, impugno a contestação do ponto “A”.
Quanto ao ponto “B” – Postular simplesmente uma ação de
retrocessão, não assegura ao requerido 1 o direito; Caso tal
ação fosse do conhecimento do requerente à época, seguramente
a ação seria encerrado nos moldes do artigo 301, inciso VIII
do CPC, ou seja: “Incapacidade da parte, defeito de
representação ou falta de autorização”. Por esta razão,
impugno a contestação do ponto “B”.
Quanto ao ponto “C” – Da mesma forma que foi impugnada a
contestação do ponto “B”, impugno a contestação do ponto “C”,
pois ao interpor recurso junto ao TJMG, o requerido 1 levou
aquela corte a julgar algo sobre o qual o requerido 1 não era
senhor do direito.
Quanto ao ponto “D” – O TJMG julgou de boa-fé o processo;
isso não garante ao requerido 1 a transformação de um
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documento falso em verdadeiro. Ele é falso na origem, não
pode, portanto gerar algo verdadeiro. Por esta razão, não
poderia ele pleitear direitos junto à administração pública
de Contagem, por ser conhecedor da fraude ocorrida no
Cartório de Melo Viana, distrito de Esmeraldas. Deve portanto
o requerido 1, como já acima mencionado, buscar direitos
contra seu alienante. Assim, impugno a contestação do ponto
“D”.
Quanto ao ponto “E” – Quanto a este ponto, a referida
construtora (DEZ Ltda) já se manifestou nos autos, onde
afirma que buscará seus direito de evicção. Assim, impugno a
contestação do ponto “E”.
Quanto ao ponto “F” – Quanto a afirmação do requerido 1, de
que vendeu o lote 1 para um Sr. Chamado Carlos Roberto
Santiago Junior, tal transação não ultrapassou o possível
contrato de compra e venda; tal venda bem como do item
anterior, não garante ao requerido 1 a legalidade do
substabelecimento. O documento continua sendo falso; por esta
razão, impugno a contestação de ponto “F”.
Quanto ao ponto “G” – O requerente 1, às fls. 232, logo no
primeiro parágrafo faltou com a verdade, ao afirmar que
“adquiriu do Seminário Bíblico Mineiro” um terreno; que por
intermédio de um substabelecimento de procuração, a transação
foi efetivada com a Sra. Maria Aparecida de Carvalho Silva
(segundo parágrafo) e que, o Seminário por seu primeiro
procurador, outorgou os poderes por substabelecimento
(parágrafo terceiro), fato este que também não é verdade. A
verdade é: o requerente 1 sabia neste momento do processo,
que havia declaração da tabeliã de Melo Viana, afirmando ser
falsa a assinatura do substabelecimento. Desta forma, o
requerente 1 induziu este juízo ao erro, ao apresentar fatos
carecedores de verdade fática. O silêncio do requerente
adveio de não ter recebido a citação, posto que não mais
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residia no endereço procurado. Portanto, não é verdade a
afirmativa de que o requerente sabia da manifestação e
contudo não se pronunciou. Por esta razão, impugno a
contestação do ponto “G”.
Quanto ao ponto “H” – Embora todos os documentos que deram
origem a lavratura da escritura foram emitidos por órgãos
competentes, isso não lhes garante veracidade, pois como a
lei prescreve, cabe prova em contrário, vejamos o artigo
1.231 do Código Civil: “A propriedade presume-se plena e
exclusiva, até prova em contrário.” No caso em questão, a
prova contrária garante que o verdadeiro proprietário do bem
é o SBM, que é representado pelo requerente. Desta forma,
impugno a contestação do ponto “H”.
Quanto ao ponto “I” – Quanto a afirmação de que “quanto às
informações sobre o endereço do requerente (em belo
Horizonte), este é irrelevante”, tal afirmação não é
verdadeira. O estabelecimento do devido processo legal requer
a citação das partes, para que haja plena defesa. Não estamos
falando aqui da parte se ocultar, falamos de citação em
endereço errado. Impugnamos a contestação do ponto “I”.
Quanto ao ponto “J” – Com respeito ao carimbo de autenticação
do Cartório, feito em documento, existe sim a nuvem da
falsidade rondando aquela serventia; como pode um documento
ser falseado numa serventia, ser declarado pela mesma que é
falso e logo depois esta serventia afirmar que tal documento
confere com o original? É no mínimo contraditório. Razão pelo
que impugnamos a contestação de ponto “J”.
Quanto ao ponto “K” – Sendo como afirma o requerido 1,
terceiro de boa-fé, deve ele buscar seus direitos contra com
seu alienante. Insistir contra a verdade fática denota má-fé.
Também não é verdade a afirmativa de que “todos os documentos
os quais embasaram o negócio jurídico, se deram de forma
clara e transparente e de conformidade com a lei;” pois o
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documento raiz afirma exatamente o contrario; ele mostra que
os documentos se embasaram num substabelecimento falso,
conforme perícia grafotécnica. Razão porque impugno a
contestação do ponto “K”.

1. Quanto à Denunciação à Lide, requer o requerido a denunciação em face do


Município de Contagem – MG, (conforme artigo 70, inciso I, do CPC), na
qualidade de Alienante.
2. Ao final, pugna pela improcedência da presente ação em todos os seus termos.

Ficam os demais pontos da contestação por ora não discorridos impugnados


genericamente.

QUANTO ÀS CONTESTAÇÕES FEITAS PELA CONSTRUTORA DEZ LTDA.


– Requerido 2:
Ponto 1.1. - Relativo

SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO, REQUERIDA 2: Construtora Dez Ltda.


2.1 Da concordância com os pedidos. Ausência de
resistência. Da boa-fé da manifestante.
A. Que adquiriu de Sebastião José Pereira, o lote 4,
mediante lavratura de Escritura Pública de Compra e
Venda.
B. Que pesquisou através de certidões negativa e só teve
conhecimento da presente lide, quando do recebimento
de ofício ordenando a imediata paralisação das obras
que empreendia no local.
C. Que constatou nos autos, a existência de prova
pericial confirmando a falsidade do substabelecimento
supostamente outorgado pelo autor a Maria Aparecida
de Carvalho Silva.

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D. Que foi o substabelecimento falso que permitiu que o
lote 4 fosse registrado em nome de Sebastião José
Pereira, que posteriormente lhe o mesmo.
E. Que a aquisição a “Non Domino” é nula de pleno
direito, conforme já registrado pelo TJMG.
F. Que não oferece resistência aos pedidos iniciais,
motivo pelo qual não há que se condená-a em verba
sucumbencial.
G. Que denuncia à lide o Sr. Sebastião José Pereira
(evicção), por ter sido ele (proprietário do imóvel)
quem lhes vendeu o lote 4. Uma vez que, os lotes 1,
2, 3 e 4 retornarão ao patrimônio jurídico do
Município de Contagem e que, o Seminário Biblico
Mineiro voltará a ser detentor de um crédito contra o
ente público, pois a aquisição feito pelo requerido 1
foi mediante uma alienação non domino, com a presença
do substabelecimento falsificado. Desta forma, a
aquisição é nula, bem como todos os demais atos dela
decorrentes, incluindo-se o termo de acordo de
negociação amigavel e a própria escritura celebrada
entre ambas as requeridas.
H. Que desta forma, a procedência dos pedidos acarretará
a perda da posse e propriedade por parte da
manifestante do lote 4 da quadra 02-A, em Contagem.
I. Que requer o deferimento de medida cautelar
incidental que indisponibilize os imóveis listados
(fls. 363 e 364), de propriedade do requerido 1.

DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS


Ex positis, reitera a parte autora os pedidos e requerimentos postos na exordial.

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Termos em que,

Pede e espera deferimento.

Contagem, 28 de fevereiro de 2012

___________________________________________
CLEITON DA CUNHA SILVA
OAB-MG 122.101

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