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RESUMO: TRABALHO E TROCA: ADAM SMITH E O SURGIMENTO DO

DISCURSO ECONÔMICO, Hugo E. A. da Gama Cerqueira.

Na obra de Adam Smith a economia política adquire feições de uma ciência


autônoma, ciência - opondo-se aos mercantilistas, autônoma porque não está mais
subordinada à esfera da reflexão política e oral como no pensamento fisiocrático. Ele
apresenta um ​sistema de liberdade natural​, de forma que eliminado as restrições do
comércio impostas pelos mercantilistas, ou preferência dada à agricultura pelos fisiocratas,
ocorreria o funcionamento desimpedido da economia, de modo ordenado capaz de
proporcionar o máximo bem-estar possível à sociedade.

Smith pretendeu revelar os princípios que conectam e ordenam a vida em sociedade.


Sob influência do jusnaturalismo e filosofia estoica com suas ideias sobre uma harmonia
universal, formula o projeto de expor a cadeia invisível que liga as ações humanas e conduz a
sociedade ao melhor dos mundos. Assim o plano divino é uma norma ética e um padrão
analítico em relação ao qual o estágio evolutivo de cada sociedade pode ser avaliado.

A moralidade de uma ação é ditada apenas pela sua harmonia com o plano divino,
pelo fato de estar de cordo com as intenções da divindade. Sendo assim, um homem é
virtuoso na medida que combina e contrabalança seus sentimentos, sendo justo, prudente e
benevolente.

Todo homem é por natureza recomendado a cuidar primeiramente de si próprio, mas


esse egoísmo deve ser controlado. Pergunta-se de onde ocorrerá a capacidade de
autodomínio? Adam explica que por mais egoísta que se possa admitir que o homem seja,
existem alguns princípios em sua natureza que o levam a se interessar pela sorte de outros e
tomam a felicidade destes necessária para ele. Este sentimento de solidariedade é
denominado por Smith como simpatia, que é um sentimento possível de ser concebido por
quem julga os homens movidos pelo egoísmo, pois todo homem sente um prazer genuíno de
perceber nas pessoas que o rodeiam aquele sentimento de solidariedade para consigo.
Portanto, somos projetados a conhecer e moderar nossos sentimentos projetando-nos no
lugar do outro.

É através do padrão ideal que Smith é capaz de derivar o autodomínio, e é este


autodomínio que é capaz de manter a ordem social, prescindindo o poder do Estado. A
caridade é uma virtude superior que permite à sociedade florescer, porém o requisito da
existência da sociedade consiste apenas na virtude da justiça, pois esta consiste no sentido de
imparcialidade que emerge de nosso diálogo com o espectador imparcial.

Perseguindo apenas seus interesses próprios e tendo assegurada a condição mínima


de justiça, as ações econômicas proporcionam o bem-estar para a nação sem a necessidade
do Estado intervir diretamente sobre elas e sem que os homens tenham que contar com a
benevolência e generosidade do próximo.

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