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EXCELENTÍSSIMO SENHOR RELATOR DA TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS

PROCESSO Nº 0501320-31.2016.4.05.8103

ANTONIO FERREIRA DE MORAIS, já qualificada nos autos,


vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar contrarrazões ao
agravo interpostos pelo Instituto Nacional do Seguro Social contra a decisão que negou
seguimento ao prosseguimento do pedido de uniformização objeto do anexo 40, o
fazendo conforme linhas adiante.
Interpôs a agravante o recurso ora contrarrazoado, no fundamento de
que o acórdão embargado não enfrentou questão quanto a análise do ponto relevante,
inviabilizando inclusive a demonstração da divergência jurisprudencial e a
interposição de pedido de uniformização quanto ao mérito, violando inclusive o dever
de fundamentação e apreciação das provas produzidas, sob pena de nulidade.
Não prosperam os argumentos do recurso manejado. Na verdade tenta
o agravante omitir o ato de sua preclusão recursal externada nos segundos embargos
manejados, explica-se:
No anexo 31 consta embargos de declaração ao acórdão que reformou a
sentença e concedeu o auxílio-acidente pleiteado pelo agravado. O acórdão que julgou
os primeiros embargos do agravante manifestou-se sobre a matéria ali trazida pelo
INSS, qual seja, a existência de contradições atinentes a erro material, não tendo sido,
naquele momento, mencionado qualquer omissão no acórdão que julgou pela
procedência do recurso inominado.
Percebendo o erro cometido, o agravante opôs os novos embargos de
declaração objeto do anexo 36, infirmando haver omissão quanto ao ponto relevante,
mas que não apresentados nos primeiros embargos do anexo 31, inovando
completamente na sua pretensão, visando prequestionar matéria já acobertada pelo
manto da preclusão.
Neste contexto, pretende ver examinada a matéria invocando a nulidade
do acórdão que, segundo o agravante, negou manifestação sobre ponto relevante à
discussão nas instâncias superiores, enquanto que de fato o que se observou foi a
incúria do agravante em não ter requerido manifestação logo nos primeiros embargos
acerca da matéria constante dos segundos, o que gerou a incidência da preclusão.
Não há, portanto, nulidade alguma a ser corrigida.
É descabida a oposição de novos embargos para discutir questões que
deveriam ter sido, em momento oportuno, postas à análise, quando do julgamento dos
primeiros embargos. Portanto, vedada a interposição de embargos de declaração de
matéria preclusa. Neste sentido:

1 PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.


PRECLUSÃO.
Recurso Cível JEF nº:2004.35.00.715678-8Origem: 3º JEF -
2003.35.00.717858-4Classe: 70111Relator: Juiz JOÃO BOSCO
COSTA SOARES DA SILVA Rel. Suplente: Juiz ABEL
CARDOSO MORAIS Secretária: CLÁUDIA DE BASTOS
PEREIRA Embargante: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Advogado (a): JÚLIO CEZAR PROTÁSIO- OAB/GO nº
5.027Embargado (a): EDICÁSSIA RODRIGUES DE MORAIS
Advogado (a): FELIPE CARLOS SCHWINGEL - OAB/GO nº
21.398I - RELATÓRIO: Ingressa a UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS com embargos declaratórios em relação ao acórdão
que deu parcial provimento ao recurso da sentença que a
condenou a averbar o tempo de serviço especial convertido para
fins de aposentadoria da reclamante .Sustenta que o acórdão
merece ser corrigido, já que determinou a averbação do período
especial de 01.10.1981 a 31.12.90 sendo que o período a ser
averbado é somente até 11.12.1990, data em que a reclamante
passou para o regime estatutário pela vigência de Lei 8.112/90.II
- VOTO: Verifico que os embargos não merecem ser conhecidos.
Verifica-se que houve interposição de embargos de declaração
anterior a este (fls. 144/145). Sendo assim, a oposição de novos

1Disponível em https://www2.cjf.jus.br/jurisprudencia/tnu/ e
https://tnu.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6997776/recurso-civel-
200435007156788/inteiro-teor-12772655?ref=juris-tabs
embargos de declaração em relação ao acórdão de fls.139/142
não podem ser conhecidos para suprir eventual vício existente
naquele primeiro acórdão, tendo em vista da ocorrência da
preclusão consumativa. Neste sentido já se manifestou o
Tribunal Regional da Primeira Região: "Os primeiros embargos
opostos, nos termos do artigo 538 CPC, interromperam o prazo
para a interposição de outros recursos, não tendo o dom de
restituir à União o prazo já precluso para a oposição de embargos
de declaração ao acórdão de fls.193/201 (Tribunal Regional
Federal da 1ª Região, EDAMS 2000.38.00.007993-2 /MG, Relatora
Desembargadora Federal Maria do Carmo Cardoso)".Ante o
exposto, deixo de conhecer os embargos. É o voto. Juiz ABEL
CARDOSO MORAIS Relator Suplente
(TNU - RECURSO CÍVEL: 200435007156788, Relator: Juiz
Federal ABEL CARDOSO MORAIS, Data de Julgamento:
05/10/2004, Turma Nacional de Uniformização)

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


MATÉRIA PRECLUSA. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Não é
possível ao embargante, nos segundos embargos de declaração,
aludir pontos que não frequentaram os primeiros declaratórios
(concernente à omissão que supostamente consta no acórdão
que julgara a apelação), encontrando-se a matéria preclusa; 2.
Embargos de declaração rejeitados. (TRF-5 - EDAC:
1312542013405999902, Relator: Desembargador Federal Paulo
Roberto de Oliveira Lima, Data de Julgamento: 25/02/2014,
Segunda Turma, Data de Publicação: 27/02/2014)

Diante do exposto, não há que se falar em nulidade do acórdão por


ausência de prequestionamento, ante a operação da preclusão por parte do agravante,
razão pela qual deve ser julgado completamente improcedente o agravo manejado.

Termos em que
Pede deferimento.

Santa Quitéria-CE, 03 de setembro de 2018.

Raimundo NONATO Braga MUNIZ


OAB/CE nº 29.298

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