Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Combatatentes
Estados Unidos da Estados Confederados
América da América
Bandeira confederada
Bandeira americana
até maio de 1863.
entre 1861 e 1863, 34
estrelas, após a
admissão de Kansas à
União.
A personagem Scarlett O'Hara era moderna até para o fim da década de 1930:
impulsiva, voluntariosa, ousada e exibida, casou-se várias vezes (uma delas com o
cafajeste profissional Rhett Butler). A produção trouxe o que de mais moderno havia em
termos de tecnologia de cinema naqueles tempos. Representou, ainda, um investimento
monstruoso para os padrões do período: US$ 3,9 milhões. Faturou igualmente alto, US$
200 milhões, e garantiu um dos maiores lucros já registrados. Para além de tudo isso,
era mesmo um filmaço. E continua sendo, até hoje.
Os outros dois DVDs, com cenas e informações extras, são também especiais. Há
depoimentos de Olivia de Havilland, que interpretou Melanie, a rival de Scarlett na
disputa pelo amor do insosso oficial Ashley Wilkes (Leslie Howard). Fala também
George Cukor, um dos três diretores a ter comandado o projeto, que consumiu três anos
de trabalho. Depois de muitos reveses financeiros e artísticos, Cukor foi substituído por
Victor Fleming, conhecido por seu estilo ''rédea curta'' de comando. Foi recuperada até
uma entrevista com Butterfly McQueen, que fazia a jovem escrava Prissy. Já idosa
(morreu em 1995), a atriz mantinha a mesma voz esganiçada que mostrava no filme. O
minidocumentário The Old South, ou o Velho Sul, que era exibido antes das sessões
para explicar a Guerra de Secessão à platéia, é outra atração.
Já O Making of de uma Lenda fará o deleite dos fãs. Esse caprichado documentário
narra o episódio descrito no início deste texto. Traz ainda imagens dos testes feitos por
dezenas de atrizes que tentaram ganhar o papel de Scarlett (que viria a ser da inglesa
Vivien Leigh, para desgosto das concorrentes americanas). Outras candidatas foram
Katharine Hepburn, Bette Davis e Lana Turner.
Clark Gable, que aceitou o papel de Rhett Butler muito a contragosto, surge num teste
de câmera no qual a má vontade é visível - seu olhar blasé deixa claro por que razão ele
era perfeito para o personagem. Numa deliciosa indiscrição, perdoável pela passagem
dos anos, revela-se que Gable pediu bônus de US$ 50 mil, além de seu cachê, para
acertar as contas com a ex-mulher, de quem estava se divorciando. E há também a
história da censura, que quase tirou do filme uma das frases mais famosas de
Hollywood: ''Frankly, my dear, I don't give a damn'' (''Francamente, querida, estou
pouco me lixando''), dita por Butler num tom considerado grosseiro no período. A
declaração só sobreviveu ao corte final por conta da insistência e teimosia de David O.
Selznick. Após assistir aos DVDs, tem-se a certeza de que ele, mais que Vivien Leigh
ou Clark Gable, foi o grande responsável por essa lenda do cinema.