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As batalhas mortíferas entre o Sul e o Norte

A Guerra de Secessão americana é apontada pela maioria dos estrategistas


militares como uma fonte inesgotável de erros crassos na difícil arte de
conduzir uma batalha. Desde o princípio evidenciou-se que os confederados
tinham melhores comandantes, possivelmente pela tradição aristocrática dos
costumes sulistas que associavam o grande proprietário de terras à arte de
saber liderar homens, enquanto que os oficiais nortistas, geralmente vindos
da classe média, tiveram que aprender a fazê-lo ao longo da guerra. Os
generais de ambos os lados optaram, em geral, por ataques frontais contra as
defesas dos adversários, levando em pouca conta os efeitos mortais das
barreiras de tiros, tanto da artilharia como das fuziladas da infantaria
entrincheirada. O efeito disso é que as batalhas tornaram-se, mais do que em
qualquer outra época, açougues em céu aberto.

O ataque do general nortista Ulisses Grant em Shiloh Church, no Rio


Tennessee - onde o seu auxiliar, o general Sherman gritou "Give them hell!"
(dêem o inferno a eles!) -, por exemplo, provocou a morte de 25 mil
americanos.

Em Antietam, um riacho no estado de Maryland, nas margens do qual o


general nortista George McLellan deteve a ofensiva do comandante supremo
do Sul, o general Robert Lee, fez com que num só dia de batalha, o 17 de
setembro de 1862 - chamado "America's Bloodiest Day", o mais sangrento
dia da América - 22.726 homens morressem ou ficassem gravemente feridos
(mais do que as baixas sofridas no Dia-D na Normandia, em 1944).

Enquanto que em Gettysburg, na Virgínia, entre os dias 1º e 3 de julho de


1863, quando o general Robert Lee ordenou um desastroso avanço em
campo aberto, a "Pickett's charge", o assalto do general Pickett, direto ao
centro das defesa do general nortista George Mead, provocou 51 mil baixas
de ambas as partes, ou seja 1/3 dos soldados que participaram da grande
batalha.O ataque indireto do general Sherman: William Tecumseh
Sherman, um general nortista de 44 anos, é apontado pelos estrategistas
como uma exceção entre os militares ianques, notoriamente medíocres.
Substituindo Ulisses Grant, nomeado por Lincoln para o importante fronte
da Virgínia em 1864, Sherman conduziu um surpreendente reide à
retaguarda do Sul. Partido do Meio-oeste com um exército de 60 mil homens
inteiramente composto pela cavalaria, ele executou um impressionante
ataque em direção à Atlanta, capital da Geórgia, entroncamento ferroviário e
celeiro do Sul, distante há 200 quilômetros da sua base. Sherman criara,
conforme suas próprias palavras, uma "máquina móvel disposta e capaz de
funcionar quase instantaneamente e subsistir com o mínimo de
alimentação". Por onde passou tal máquina, arrasou tudo, pontes, celeiros,
fazendas, postes de telégrafo, trilhos de trem, vilarejos e cidades.

Sherman, fundador da guerra total: consideram-no um dos fundadores da


guerra moderna, da guerra total, isso é, aquele que faz guerra
simultaneamente ao exército e aos civis, à economia e ao povo do país. Em
setembro de 1864 ele tomou e incendiou Atlanta, feito que garantiu a
reeleição de Lincoln em novembro daquele ano. Depois rumou para o mar,
em direção às Carolinas, para arrasar as linhas que abasteciam os exércitos
de Robert Lee, mais ao norte, na Virgínia. O efeito psicológico da campanha
de Sherman, que cavalgou combatendo por 680 quilômetros no território
inimigo, foi devastador, quebrando a moral dos soldados sulistas e forçando
o seu alto comando a render-se. Por vezes seus batedores, punham os
defensores sulistas a correr simplesmente lhes dizendo: "Somos os
incursores de Bill Sherman... Será melhor vocês fugirem!" Ao socar
rudemente no estômago do Sul, ele afroxou a mão que empunhava o fuzil.

As baixas da guerra de secessão: no total, a Guerra Civil americana


contabilizou 10.000 batalhas, combates, recontos e escaramuças, ao longo de
quatro anos. Esta encerrou-se com um Sul exausto e batido, obrigando a
rendição do general Robert Lee no Palácio da Justiça em Appomatox, na
Virgínia, perante o general Ulisses Grant, no dia 9 de abril de 1865. O
crescente aumento do potencial de fogo, a imperícia e escassa habilidade dos
generais americanos, a pressão para uma batalha decisiva, somado ao
progressivo ódio entre irmãos, fez com que no final da guerra os Estados
Unidos tivessem 624.511 mortos, um pouco menos do que os americanos
perderam em todas as guerras que participaram até os dias de hoje, que
apontam para 636.237 mortos.

Batalhas mais importantes


DATA LOCAL VENCEDOR ESTADO
12-14/04/1861 FORT SUMTER Sulistas CAROLINA DO SUL
21/07/1861 BULL RUN Sulistas VIRGINIA
06/02/1862 FORT HENRY União TENNESSEE
16/02/1862 FORT DONELSON União KENTUCKY
06-07/04/1862 SHILOH União TENNESSEE-MISSISSIPI
JACKSON'S VALLEY
04-05-09/06/1862 Sulistas VIRGINIA-WEST VIRGINIA
CAMPAING
31/05-01/06/1862 FAIR OAKS União VIRGINIA
25/06-01/07/1862 SEVEN DAYS Sulistas VIRGINIA
29-30/08/1862 BULL RUM II Sulistas VIRGINIA
17/09/1862 ANTIETAM União WEST VIRGINIA
08/10/1862 PERRYVILLE União KENTUCKY
13/12/1862 FREDERICKSBURG Sulistas VIRGINIA
3/12/1862
STONES RIVER Sulistas TENNESSEE
02/01/1863
01-04/05/1863 CHANCELLORSVILE Sulistas VIRGINIA
19/05/1863
SIEGE OF VICKSBURG União MISSISSIPPI-LOUISIANA
04/07/1863
13/07/1863 GETTYSBURG União PENNSYLVANNIA
12-20/09/1863 CHICKAMANGA Sulistas ALABAMA-TENNESSEE
23-25/11/1863 CHATTANOOGA União GEORGIA-ALABAMA
05-09/05/1864 WILDERNESS União VIRGINIA
SPOTSYVANIA COURT
08-12/05/1864 União VIRGINIA
HOUSE
03/06/1864 COLD HARBOR União VIRGINIA
27/06/1864 KENNESAW MOUNTAIN Sulistas GEORGIA
20/04/1864 -02/04/1865 SIEGE OF PETERSBURG União VIRGINIA
05/08/1864 MOBILE BAY União ALABAMA
02/09/1864 ATLANTA União GEORGIA
30/11/1864 FRANKLIN União TENNESSEE
15-16/12/1865 NASHVILLE União TENNESSEE
GENERAL LEE SE RENDE
09/04/1865 EM APPOMATTOX COURT União VIRGINIA
HOUSE
GENERAL JOHNSON SE
26/04/1865 RENDE AO GENERAL União CAROLINA DO NORTE
SHERMAN

Combatatentes
Estados Unidos da Estados Confederados
América da América

Bandeira confederada
Bandeira americana
até maio de 1863.
entre 1861 e 1863, 34
estrelas, após a
admissão de Kansas à
União.

Maio de 1863 - março


de 1865.
1863 - 1864, 35
estrelas, após a
admissão da Virgínia
Ocidental.

Desde março de 1865


até o fim da
18 confederação.
64 - 1865, 36 estrelas,
após a admissão do
Nevada.

A lenda, em versão digital

O lançamento de ...E o Vento Levou em edição restaurada e com muitos extras


mostra por que este é um dos maiores clássicos da história do cinema

Poucos filmes na história do cinema tornaram-se tão lendários - e produziram um


anedotário tão vasto - quanto ...E o Vento Levou, de 1939. E há poucas cenas tão
memoráveis quanto a seqüência que recriou o incêndio de Atlanta, quando os ianques do
norte invadiram a cidade durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), para desespero
de sulistas confederados e escravocratas como a heroína Scarlett O'Hara. A passagem,
que marcou o início das filmagens, tem uma história curiosa. Para realizá-la, o
ambicioso produtor David O. Selznick resolveu tocar fogo em todos os cenários que
havia em seus estúdios. Com uma só tacada, solucionou dois problemas: abriu espaço
para a cidade cenográfica que teria de ser construída para o épico e resolveu as tomadas
que sabia serem as mais complexas. Selznick, genro do todo-poderoso Louis B. Mayer,
via naquela produção sua grande chance de sair da sombra do sogro e crescer em
Hollywood. Estava certo.

O episódio do incêndio no estúdio é um dos muitos casos divertidos relatados num


documentário que sai agora, lançado pela Warner. Mas, por mais saborosos que sejam
os bastidores, nada consegue destronar o lançamento principal. ...E o Vento Levou,
clássico por excelência, sai finalmente em DVD numa edição esmerada e restaurada,
com lançamento previsto para quinta-feira 10. São quatro discos. Nos dois primeiros
está o filme propriamente dito. A mitologia e o culto criados em torno do longa-
metragem são comparáveis apenas a um único outro produto de Hollywood, Ben-Hur.
Quando estreou, ...E o Vento Levou já vinha embalado pelo tremendo sucesso do livro
original de Margaret Mitchell. A produção trazia ao mesmo tempo uma imagem
romântica do passado americano e uma parábola dos tempos que corriam então,
de um mundo dividido, à beira da Segunda Guerra Mundial.

A personagem Scarlett O'Hara era moderna até para o fim da década de 1930:
impulsiva, voluntariosa, ousada e exibida, casou-se várias vezes (uma delas com o
cafajeste profissional Rhett Butler). A produção trouxe o que de mais moderno havia em
termos de tecnologia de cinema naqueles tempos. Representou, ainda, um investimento
monstruoso para os padrões do período: US$ 3,9 milhões. Faturou igualmente alto, US$
200 milhões, e garantiu um dos maiores lucros já registrados. Para além de tudo isso,
era mesmo um filmaço. E continua sendo, até hoje.

Os outros dois DVDs, com cenas e informações extras, são também especiais. Há
depoimentos de Olivia de Havilland, que interpretou Melanie, a rival de Scarlett na
disputa pelo amor do insosso oficial Ashley Wilkes (Leslie Howard). Fala também
George Cukor, um dos três diretores a ter comandado o projeto, que consumiu três anos
de trabalho. Depois de muitos reveses financeiros e artísticos, Cukor foi substituído por
Victor Fleming, conhecido por seu estilo ''rédea curta'' de comando. Foi recuperada até
uma entrevista com Butterfly McQueen, que fazia a jovem escrava Prissy. Já idosa
(morreu em 1995), a atriz mantinha a mesma voz esganiçada que mostrava no filme. O
minidocumentário The Old South, ou o Velho Sul, que era exibido antes das sessões
para explicar a Guerra de Secessão à platéia, é outra atração.

Já O Making of de uma Lenda fará o deleite dos fãs. Esse caprichado documentário
narra o episódio descrito no início deste texto. Traz ainda imagens dos testes feitos por
dezenas de atrizes que tentaram ganhar o papel de Scarlett (que viria a ser da inglesa
Vivien Leigh, para desgosto das concorrentes americanas). Outras candidatas foram
Katharine Hepburn, Bette Davis e Lana Turner.

Clark Gable, que aceitou o papel de Rhett Butler muito a contragosto, surge num teste
de câmera no qual a má vontade é visível - seu olhar blasé deixa claro por que razão ele
era perfeito para o personagem. Numa deliciosa indiscrição, perdoável pela passagem
dos anos, revela-se que Gable pediu bônus de US$ 50 mil, além de seu cachê, para
acertar as contas com a ex-mulher, de quem estava se divorciando. E há também a
história da censura, que quase tirou do filme uma das frases mais famosas de
Hollywood: ''Frankly, my dear, I don't give a damn'' (''Francamente, querida, estou
pouco me lixando''), dita por Butler num tom considerado grosseiro no período. A
declaração só sobreviveu ao corte final por conta da insistência e teimosia de David O.
Selznick. Após assistir aos DVDs, tem-se a certeza de que ele, mais que Vivien Leigh
ou Clark Gable, foi o grande responsável por essa lenda do cinema.

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