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Pelo que entendi a proposta do autor é discutir a avaliação educacional em três

níveis, aprendizagem, institucional e de rede de ensino numa perspectiva integrada,


sob a justificativa de ser este um campo de forças aberto a contradições que
necessitam ser enfrentadas por estudantes e professores.

Todo trabalho pedagógico pressupõe um momento de avaliação, seja ele de


natureza formal ou informal. Entretanto, apesar de inúmeros estudos realizados, a
avaliação continua sendo a parte mais obscura e ambígua do processo de
escolarização.

Tendo por objetivo contribuir com esse campo de debate, o livro Avaliação
Educacional Caminhando pela Contramão ajuda a lançar luz sobre o tema,
enfocando-se também na natureza informal da avaliação e expandindo seu local de
realização para a escola como um todo.

O primeiro capitulo do livro faz referencia a avaliação das aprendizagens, os


autores concentram a análise das relações entre professor e aluno que acontece na
sala de aula, defendendo uma visão não linear do processo de avaliação, onde é
levado em conta também o aspecto informal. Assim a avaliação não ocorreria no fim
do processo pedagógico, e sim durante os objetivos do trabalho que dão base para
a construção de um processo de avaliação, para que não fosse emitido nenhum
juízo de valor antecipadamente e depois avaliado a compreensão de aspectos dos
conteúdos das disciplinas que cada estudante alcançou.

O capitulo supracitado também relata outro ponto importantíssimo a escola publica


atual, que é capitalista, traduz em suas relações, as mesmas características de sua
sociedade. Ou seja, uma sociedade de desiguais, excludente, dificilmente
demandaria uma escola universalizada com real acesso de todos a todos os
conteúdos.

Assim, os objetivos e avaliação orientam todo o processo de ensino


aprendizagem. A partir disso, discute-se a função da escola na nossa sociedade e
propõe-se que a avaliação seja a ferramenta de transformação dessa função.

No segundo capitulo entendi que os autores continuam defendendo a linha do


raciocínio anterior, que desenvolvem o conceito de escola reflexiva. Assim como
atualmente se fala muito em professores reflexivos, os autores defendem que não
apenas os professores devem refletir sobre a situação, mas a escola como um todo
deve se configurar como um ambiente reflexivo, capaz de interpretar seu ambiente
de trabalho, discutir seus problemas em conjunção e propor soluções localmente.
Um importante conceito para a concretização deste nível de avaliação educacional
é a qualidade negociada. A avaliação do trabalho pedagógico da escola requer a
compreensão de papel de todos os atores escolares, assim como o da
responsabilização do estado para melhorar a qualidade da educação publica em
geral e da escola. As mudanças necessárias devem partir da realidade concreta
vivenciada pelo grupo, sendo portanto, uma construção local, que deve ser apoiada
pelo órgão central, que dará os subsídios para a efetivação das transformações.
Cobra-se do estado o que é preciso em termos de infraestrutura e melhoria das
condições de trabalho, mas espera-se do grupo o compromisso individual e coletivo
para avançar em garantir as aprendizagens de todos os estudantes.

Já tendo discutido a avaliação no âmbito da sala de aula e na escola como um


todo, o próximo tema a ser discutido é a avaliação em larga escala do sistema de
ensino. Os autores comprovam que sua eficácia pode ser questionada quando as
escolas não conseguem reconhecer os dados do desempenho dos estudantes ou
dos professores como pertencendo à escola. Não saber o que fazer com os
resultados dos testes ou cair na armadilha do ranqueamento das escolas segundo a
perspectiva das analises politicas, empobrece o que poderia representar um
instrumento útil para encontrar caminhos que melhorem a qualidade da educação.

A escola deveria se apropriar dos resultados da avaliação em larga escala para


procurar, a partir de seus próprios recursos e possibilidades, meios para melhorar
suas condições. Os autores também ressaltam a importância de não se utilizar os
resultados desse tipo de avaliação para a realização de ranqueamento ou para
complementar o salario do professor. Assim fica posta a relação entre os diferentes
espaços de avaliação na escola: a sala de aula, a escola como instituição e o
sistema de ensino no qual ela se insere cada qual tendo seu objetivo e importância
própria, contudo as três tendo de, obrigatoriamente, se complementar para que se
possa caminhar na direção de um ensino de melhor qualidade.

O referido livro foi escrito por Luiz Carlos Freitas...[et al], editora vozes, possui
oitenta e oito paginas divididas em três capítulos. O autor é professor na
Universidade Estadual de Campinas e também possui um blog sobre avaliação
educacional chamado blog do Freitas.

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