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DIREITO CONSTITUCIONAL
quentes.
uma constituição anterior ser recepcionada pela nova constituição, com status de
norma constitucional.
uma sociedade.
ração de inconstitucionalidade de uma norma que não tenha sido objeto do pedido,
No que diz respeito aos direitos fundamentais, julgue os itens que se seguem.
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ção aquisitiva.
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11. A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câ-
Com base nas disposições da CF acerca das competências dos juízes federais,
12. Aos juízes federais compete processar e julgar, entre outros crimes, os que
DIREITO ADMINISTRATIVO
Julgue o item que se segue, relativo à administração indireta e aos serviços so-
ciais autônomos.
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15. A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado que pode
serviço público.
à pessoa jurídica.
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parte da sua competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierar-
quicamente subordinados.
20. Considere que uma empresa vencedora de certame licitatório subcontrate, com
haver previsão expressa para tanto no edital ou no contrato. Nessa situação, caso
o contrato seja prestado dentro do prazo estipulado e com estrita observância aos
pria administração pública, ao passo que o controle dos atos administrativos após
ao servidor a conduta prevista no art. 10, inc. VIII, da Lei n. 8.429/1993, segundo
ou dilapidação dos bens públicos, notadamente o ato que frustrar a licitude de pro-
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22. Caso o MP também ajuíze ação penal contra o servidor, pelo mesmo fato, a
24. Caso o MP não tivesse ajuizado a referida ação, qualquer cidadão poderia ter
DIREITO PENAL
26. A multa aplicada cumulativamente com a pena de reclusão pode ser executada
em face do espólio, quando o réu vem a óbito no curso da execução da pena, res-
peitando-se o limite das forças da herança.
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30. Configura autoria por convicção o fato de uma mãe, por convicção religiosa,
não permitir a realização de transfusão de sangue indicada por equipe médica para
31. Segundo a teoria causal, o dolo causalista é conhecido como dolo normativo,
pelo fato de existir, nesse dolo, juntamente com os elementos volitivos e cogniti-
32. Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após ter sido
hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida agressão após o devido
processo legal, não caberá, como efeito da condenação, a decretação de sua inca-
33. Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um des-
excesso intensivo.
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34. Suponha que determinada sentença condenatória, com pena de dez anos de
reclusão, imposta ao réu, tenha sido recebida em termo próprio, em cartório, pelo
35. Considere que Jorge, Carlos e Antônio sejam condenados, definitivamente, a uma
mesma pena, por terem praticado, em coautoria, o crime de roubo. Nessa situação, in-
ção a Jorge, essa interrupção não produzirá efeitos em relação aos demais coautores.
37. Ocorre legítima defesa sucessiva, na hipótese de legítima defesa real contra
Com relação aos crimes previstos no CP, julgue os itens que se seguem.
te-se a incidência da figura privilegiada (pequeno valor do prejuízo) por ser circuns-
dessas informações.
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dade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito,
cionário público autorizado, com o fim específico de obter vantagem indevida para
42. O delito de sequestro e cárcere privado, inserido entre os crimes contra a pes-
soa, constitui infração penal de ação múltipla, e a circunstância de ter sido pratica-
No que diz respeito aos crimes previstos na legislação penal extravagante, jul-
43. O crime de lavagem de capitais, delito autônomo em relação aos delitos que o
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46. Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte dro-
47. Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito, tendo a perícia téc-
disparos. Nessa situação, configura-se atípica a conduta de porte de arma, não po-
dendo ser considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como
cional, sendo permitida, por outro lado, a quebra do sigilo de dados telefônicos da
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trou vazio o cofre do veículo, pois, por erro de estratégia, efetuara a abordagem
Por fim, os criminosos acabaram fugindo sem nada subtrair. Nessa situação, ante a
de São João na cidade. Nessa situação, o delito abstratamente previsto é uma in-
especiais criminais, podem ser feitos, de forma válida, por meio de correspondên-
cia ou qualquer outro meio idôneo de comunicação para cientificar seus destinatá-
rios, como por exemplo, por telegrama, por fax ou por telefonema.
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53. Considere que, no curso de inquérito policial em que se apure crime de ação
com solicitação de retorno para novas diligências, a vítima do delito requeira a sua
habilitação nos autos como assistente de acusação. Nessa situação, o pedido deve
ser negado, visto que a figura do assistente é admitida no processo somente após
guida de uma assertiva a ser julgada em relação ao inquérito policial e suas pe-
penal brasileiro.
55. No curso de inquérito policial presidido por delegado federal, foi deferida a in-
terceptação telefônica dos indiciados, tendo sido a transcrição dos dados em laudo
pericial juntada em apenso aos autos do inquérito, sob segredo de justiça. Enca-
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telefônica, a divulgação desse conteúdo é ilegal e invalida a prova colhida, uma vez
56. Um homem penalmente capaz foi preso e autuado em flagrante pela prática de
nou a juntada do laudo toxicológico definitivo, o que não ocorreu. Nessa situação,
de acordo com a jurisprudência do STJ, não poderá o juiz proferir sentença conde-
perpetradas pelo grupo. Nessa situação hipotética, cabe à Polícia Federal a instau-
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59. José foi indiciado em inquérito policial por crime de contrabando e, devidamen-
situação hipotética, cabe à autoridade policial alertar José de que a sua recusa em
Nessa situação hipotética, findo o procedimento policial, os autos deverão ser re-
metidos à justiça estadual, pois a atuação da Polícia Federal não transfere à justiça
62. Suponha que a instrução criminal de um processo tenha sido presidida pelo juiz
sido proferida por juiz substituto, diverso do que tenha colhido as provas e acompa-
nhado a instrução processual. Suponha, ainda, que a defesa, no prazo legal, tenha
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natória em face de ter sido proferida por juiz que não presidira à instrução. Nessa
situação hipotética, não assiste razão à defesa, visto que não vigora, no processo
de pena de multa, o que foi aceito por João, com a consequente homologação do
cautelar por excesso de prazo para conclusão da instrução criminal deve ser ana-
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vel de sursis, graça, indulto ou anistia, não podendo as penas a que eventualmente
risprudência STF.
de lavagem de dinheiro, uma vez que a repressão a esses crimes é imposta por
tratado internacional.
inquérito policial para apurar a ocorrência do referido delito, não sendo necessária
delitos antecedentes.
71. No que se refere à legitimidade para o polo passivo da ação penal por lavagem
nheiro nos delitos a ele antecedentes, sendo suficiente que ele tenha conhecimento
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da ilicitude dos valores, dos bens ou de direitos cuja origem, localização, disposi-
autorizada pela justiça estadual, foi executada pela polícia militar. No decorrer das
aos fatos investigados transcritas nos autos. Acerca dessa situação hipotética e do
73. Apesar de a lei prever o prazo máximo de quinze dias para a interceptação te-
lefônica, renovável por mais quinze, não há qualquer restrição ao número de pror-
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litar, mediante autorização judicial e sob supervisão do MP, executar interceptações te-
civis nos delitos investigados, não sendo a execução dessa medida exclusiva da autori-
dade policial, visto que são autorizados, por lei, o emprego de serviços e a atuação de
cas conduzidas pela autoridade policial são ilegais, por violação ao princípio consti-
76. Na situação considerada, ainda que o CD-ROM com o conteúdo das conversas
telefônicas tenha sido juntado aos autos da ação penal, houve violação aos princí-
CRIMINOLOGIA
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ção do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do método empí-
axiológica da ciência.
gia a noção da normalidade do desvio como fenômeno social, podendo ser situada
82. Ações como controle dos meios de comunicação e ordenação urbana, orien-
prevenção primária.
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DIREITO CIVIL
seguir.
86. A revogação de uma norma pela superveniência de outra que disponha sobre
87. Como causa de perda de propriedade de bem móvel, o abandono pode ser pre-
88. Se o beneficiário de ato jurídico praticado por incapaz provar ter agido de bo-
a-fé, o ato será anulado somente em caso de o incapaz ser interditado por ocasião
de sua prática
DIREITO EMPRESARIAL
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personae, uma vez que ele é o organizador da atividade empresarial. Por isso, ele
ao credor, por simples tradição, títulos de crédito emitidos por terceiros, sem en-
91. De acordo com o STJ, o habeas data é instrumento idôneo para a obtenção de
sos públicos.
92. habeas corpus constitui a via adequada para o devedor de pensão alimentícia
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envolvidas na relação processual, de modo que a natureza da lide pode não ser
A antecipação dos efeitos da tutela, por ser medida voltada ao procedimento co-
especial.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
José abriu uma pequena padaria no bairro onde reside e contratou dez fun-
aos cofres da previdência social. Com base nessa situação hipotética e na legislação
96. Nesse caso, mesmo que o valor não recolhido por José seja pequeno, não é
97. Se, até antes do início da ação fiscal, José confessar a dívida e efetuar es-
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ser extinta.
98. Ainda que não tivesse descontado das remunerações de seus empregados os
atividade que lhe garantisse a subsistência, tendo sido aposentada por invalidez.
99. Caso Maria comprove necessitar de assistência permanente de outra pessoa, ela
fará jus ao valor da aposentadoria por ela recebida acrescido de 25%, ainda que ul-
trapasse o teto de pagamento de benefícios do RGPS, acréscimo que cessará com sua
morte, visto que não é incorporável ao valor da pensão a ser paga a seus dependentes.
100. O direito de requerer pensão por morte decai após dez anos da morte do se-
gurado.
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Acerca das normas que regem os segurados da previdência social, julgue o item
abaixo.
103. Caso um delegado da Polícia Federal eleito deputado no estado onde atue
como delegado opte pelo exercício do mandato eletivo, ele não poderá se filiar ao
DIREITO TRIBUTÁRIO
empresa, que tinha consciência dos fatos. Considerando essa situação hipotética,
104. Se o uso do crédito fictício só for constatado pela autoridade tributária após
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DIREITO FINANCEIRO
107. Exige-se, para a aprovação de emendas que acrescentem despesas a projeto de lei
orçamentária anual, além da compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de dire-
trizes orçamentárias, a indicação dos recursos necessários para custeá-las, que podem
DIREITO INTERNACIONAL
Julgue os itens de 109 a 112, relativos às relações consulares, aos tratados in-
109. A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados estabelece que o Estado
que tenha assinado um tratado, ainda que não o tenha ratificado, está obrigado a
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Estado receptor.
a exercer, na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite
113. É fonte de direito internacional reconhecida a doutrina dos juristas mais qua-
lificados das diferentes nações.
114. A extradição poderá ser concedida pelo Estado brasileiro quando o pedido do
governo estrangeiro for fundado em tratado ou em promessa de reciprocidade.
DIREITO EMPRESARIAL
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infração legal, deve diferenciar se o ato ilegal foi praticado por pessoa jurídica em-
presa ou por pessoa física ou jurídica empresário, pois a empresa não se confunde
com a pessoa que a compõe, tendo personalidade jurídica distinta da de seus sócios.
118. Uma sociedade estrangeira não pode funcionar no Brasil sem autorização do
governo do estado onde será instalada e sem certidão de nada consta emitida pela
Polícia Federal, por meio de sua superintendência local. De acordo com a legislação
não está previsto na legislação, segundo a qual o cheque é uma ordem de paga-
apresentação, de modo que a instituição não pode ser responsabilizada pelo paga-
mento imediato de cheques datados com lembrete de desconto para data futura.
atividade empresarial, que deve ser certificada pelo delegado que tenha acompa-
nhado o inquérito.
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PROVA DISCURSIVA
deputados de várias legendas, foi aprovada pela unanimidade dos membros do Po-
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dos atos praticados pela prefeitura [valor: 1,00], abordando os poderes administra-
3. Discorra sobre a tentativa inidônea e suas espécies [valor: 1,20]. Explicite, ain-
PEÇA PROFISSIONAL
Almir foi preso em flagrante no aeroporto Antônio Carlos Jobim, na cidade do Rio
de Janeiro – RJ, após adentrar em território nacional com duas malas repletas de
ção e que Geraldo e Gabriel eram apenas seus amigos. Após pagar fiança arbitrada
pela autoridade policial, Almir foi solto e, dentro do prazo legal, recorreu adminis-
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terceptação telefônica do indiciado, o que foi deferido pelo prazo de quinze dias.
viajariam aos Estados Unidos da América para comprar mercadorias, que seriam
revendidas no Brasil por preços inferiores aos de mercado, sendo o preço das pas-
sagens aéreas e os lucros das vendas repartidos por todos. Constatou-se que as
viagens ocorreram durante os últimos três anos e que os envolvidos não pagavam o
ro – RJ, utilizando os ganhos com a infração penal, muito embora tenha constado
conversa travada entre Geraldo e João, seu advogado, verificou-se que os docu-
causídico, onde seriam destruídos por Gabriel em poucos dias. Verificou-se, ainda,
que o pagamento dos honorários de João era realizado mediante a entrega de par-
análise.
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se refere às investigações.
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GABARITO
2. C 27. C 52. E
4. E 29. E 54. E
5. E 30. C 55. E
6. E 31. C 56. C
7. C 32. C 57. E
8. E 33. E 58. E
9. E 34. E 59. C
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77. E 104. E
78. E 105. C
79. C 106. C
80. E 107. E
81. C 108. C
82. C 109. C
83. E 110. E
84. E 111. E
85. C 112. C
86. C 113. C
87. C 114. C
88. E 115. C
90. C 117. C
91. E 118. E
92. E 119. C
93. C 120. E
94. C
95. E
96. E
97. C
98. E
99. C
100. E
101. E
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DIREITO CONSTITUCIONAL
quentes.
uma constituição anterior ser recepcionada pela nova constituição, com status de
norma constitucional.
Certo
Preste muita atenção, pois esse mecanismo é bem mais explorado nas provas, por-
Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quin-
to mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Consti-
tuição de 1967, com a redação dada pela Emenda n. 1, de 1969, e pelas posteriores.
§ 1º Entrarão em vigor com a promulgação da Constituição os arts. 148, 149, 150, 154,
I, 156, III, e 159, I, "c", revogadas as disposições em contrário da Constituição de 1967
e das Emendas que a modificaram, especialmente de seu art. 25, III.
Conforme adverte Pedro Lenza, “as referidas normas são recebidas por prazo certo,
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uma sociedade.
Certo
somatória dos fatores reais de poder em uma sociedade. Caso isso não aconteça,
Exemplo: Para se ter uma ideia, certa vez em uma aula de especialização, o pro-
Então, ele perguntou a nós, alunos: “O que é isso?” Claro que todos respondemos que
era uma Constituição. Foi daí que ele folheou, e não havia nada escrito nas páginas do
De novo ele perguntou: “O que é isso?”. Ele seguiu respondendo que a nossa respos-
tituição como resultado da somatória dos fatores reais de poder numa sociedade.
Por sua vez, o SENTIDO POLÍTICO de Constituição é ainda mais fácil: no sentido
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Em outras palavras, Constituição seria aquilo que realmente merece estar na nor-
ma mais importante. O resto, que lá está, mas não tem a mesma importância, seria
Fechando a trinca dos conceitos mais cobrados nas provas, no SENTIDO JURÍDICO,
Hans Kelsen diz que a Constituição estaria no mundo do dever ser (como as coisas
deveriam ser), e não no mundo do ser (mundo real, como as coisas são), caracte-
rizada como fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais.
Ela seria uma norma pura, sem qualquer consideração de cunho sociológico, políti-
co ou filosófico. Não é por outra razão que uma grande obra de Kelsen é chamada
de Lassale.
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ração de inconstitucionalidade de uma norma que não tenha sido objeto do pedido,
Certo
de olho para os outros nomes, que querem abordar a mesma coisa: inconstitucio-
O problema é que essa missão foi atribuída ao Congresso Nacional, que não deveria
ção, também foi para o brejo a Resolução que o TSE havia editado, promovendo a
Errado
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Antes mesmo de dar a resposta, vai uma dica: todas as vezes que for indagada a
Isso porque as perguntas giram em torno de temas com vários pontos de inter-
pergunta recairia sobre a diferença entre tênis e sapato. Em casos assim, o can-
lhança), o tênis é utilizado para ocasiões mais casuais, enquanto o sapato para
nário por juízes de primeira instância, por Turmas Recursais de Juizados Especiais
(embora colegiadas, são compostas por juízes de primeiro grau) e também pelas
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juízo positivo, não se faz necessário levar a questão ao Plenário ou ao órgão especial.
No que diz respeito aos direitos fundamentais, julgue os itens que se seguem.
Errado
Muito cuidado com questões acerca do cabimento – ou não – do HC, pois elas são
A regra de ouro é lembrar que o HC e o MS (os mais cobrados nas provas) exigem
dilação probatória. Assim, por exemplo, caso seja impetrado um HC para buscar a
denação, o remédio será incabível. Isso porque para abordar se as provas eram ou
não suficientes seria necessário analisar todas as provas, o que não é possível no HC.
ser usado exatamente por não ser necessário o revolvimento de provas, por ser
Dito isso, voltando à questão, não seria cabível, pois para se afirmar que a condena-
todo o processo, revisitando as provas nele constantes. Assim, o item está errado.
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Errado
Aproveito o tema para cuidar de um assunto que muito provavelmente será cobra-
sário que haja a autorização específica, não bastando previsão genérica no Estatuto.
cessuais. Nessa situação, não será necessária a autorização dos associados (STF,
Súmula 629).
Correto
O item está correto. A propósito, veja as atribuições da PF, previstas no artigo 144
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públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
ral – artigo 109 da Constituição –, que julga as infrações penais contra bens, servi-
Recomenda-se a leitura da Lei 10.446/02 que cita alguns exemplos de crimes com
ou do roubo de carga.
apenas à PF. Entretanto, na vida real a tarefa é realizada pelas Polícias Civil e Mili-
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Aqui é o ponto mais polêmico, pois a discussão gira em torno do poder de investi-
seguinte tese: “O Ministério Público dispõe de competência para promover, por au-
toridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que
pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipó-
Essa prerrogativa decorreria da adoção da chamada teoria dos poderes implícitos, origi-
nada no direito norte-americano. A ideia é simples: quem pode o mais, pode o menos.
Dentro dessa premissa, tem-se que lá no artigo 129, I, da Constituição consta ser fun-
acusador.
Só que para acusar é necessário ter provas. Estas normalmente são colhidas pelos
órgãos de polícia judiciária (PF e PC) por meio do inquérito policial. Normalmente,
Sendo ainda mais explícito, para viabilizar a tarefa de acusar (oferecimento de denún-
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mente. Afinal, quem pode o mais (acusar), pode o menos (coletar provas para acusar).
atividade privativa do Delegado de Polícia, não podendo ser exercida pelo Ministério
Errado
razão que se verifica na prática a grande atuação da Polícia Civil e também da Po-
quentes.
bem da União, devendo sua utilização ocorrer na forma da lei, em condições que
recursos naturais.
Errado
Ponto que é fácil e vive sendo cobrado em prova, mas se é fácil, por que cai tanto?
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Porque os alunos não leem e vão pelo “achômetro”. É tudo o que o Examinador
queria. Ou seja, para o aluno é muito mais natural enxergar a caatinga ou o cerrado
como ecossistemas nacionais, do que alguns outros que estão no rol constitucional,
Então o negócio é conhecer para não ser feito de bobo, perdendo ponto em um
tema tranquilo.
ção aquisitiva.
Certo
O artigo 231, § 4º, prevê que as terras ocupadas pelos índios são inalienáveis e
tos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto (STF, Súmula 650).
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11. A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câ-
Errado
artigo 14 da Constituição.
Aborda o art. 61, § 2º, da Constituição, que a iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no míni-
mo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
A Lei n. 9.709/1998, em seu artigo 13, prevê que o projeto de lei de iniciativa po-
Ademais, ele não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos
Contudo, perceba que a Constituição faz referência a “projeto de lei”, o que abran-
ge as leis ordinárias (LO) e complementares (LC). Não há, na esfera federal, per-
Só isso já seria suficiente para apontar que o item está errado. De todo modo, tem-
popular. No âmbito estadual, o art. 27, § 4º, da Constituição aponta que “a lei dis-
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tuição por iniciativa popular. Também no Distrito Federal, que é regido por Lei Orgânica
Por fim, na esfera municipal, vale a exigência prevista no art. 29, XIII, da Consti-
do eleitorado.
A explicação para o percentual maior seria o fato de a maioria dos Municípios bra-
sileiros não ser tão grande. Assim, 1% de pouca coisa daria quase nada.
Destaca-se que igualmente na esfera municipal poderia haver a iniciativa popular para
Sistematizando as informações:
ESPÉCIES
ESFERA PREVISÃO REQUISITOS EXIGIDOS
NORMATIVAS
1% do eleitorado, dividido
em pelo menos 5 estados,
Federal Artigo 61, § 2º LC e LO
com no mínimo 0,3% de
votos em cada um
Artigos 32, § 1º, c/c A ser definido na legislação
Estadual PEC, LC e LO
27, § 4º local
A ser definido na legislação
Distrital Artigo 27, § 4º PELO, LC e LO
local
Municipal Artigo 29, XIII PELO, LC e LO 5% do eleitorado
Com base nas disposições da CF acerca das competências dos juízes federais,
12. Aos juízes federais compete processar e julgar, entre outros crimes, os que
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Correto
O item está correto. Decorre da aplicação direta dos incisos VI e X do artigo 109 da
Constituição.
DIREITO ADMINISTRATIVO
os itens seguintes.
Errado
Julgue o item que se segue, relativo à administração indireta e aos serviços so-
ciais autônomos.
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Certo
15. A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado que pode
serviço público.
Certo
jurídicas de direito privado, criadas por autorização legal, nos termos do art. 37, XIX
da CF. Segundo expressa disposição constitucional, ambas podem ter como objeto
Certo
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trito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Fede-
tem-se que para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licita-
Errado
veitamento do ato (convalidação) se daria por meio da confirmação que pode ser
à pessoa jurídica.
Errado
A permissão de serviços públicos pode ser atribuída tanto para pessoas físicas
como para pessoas jurídicas. Além disso, a titularidade do serviço público continua
nas mãos da Administração, mas o serviço, nesses casos, será prestado em nome
da permissionária. Neste sentido, o art. 2º, IV, da Lei n. 8.987 conceitua permissão
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tação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
parte da sua competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierar-
quicamente subordinados.
Correta
parte da sua competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierar-
quicamente subordinados.
20. Considere que uma empresa vencedora de certame licitatório subcontrate, com
terceiro, o objeto do contrato firmado com a administração pública, apesar de não
haver previsão expressa para tanto no edital ou no contrato. Nessa situação, caso
o contrato seja prestado dentro do prazo estipulado e com estrita observância aos
critérios de qualidade impostos contratualmente, não poderá a administração res-
cindir o contrato unilateralmente, visto que não se configura hipótese de prejuízo
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Errado
pria administração pública, ao passo que o controle dos atos administrativos após
Errado
O controle prévio dos atos administrativos pode ser realizado por todos os poderes.
Exemplo: O poder executivo pode realizar controle prévio dos atos administrativos,
trole prévio ao aprovar os nomes indicados pelo Presidente da República para o STF
e o poder judiciário também realiza controle prévio dos atos administrativos nas
ao servidor a conduta prevista no art. 10, inc. VIII, da Lei n. 8.429/1993, segundo
ou dilapidação dos bens públicos, notadamente o ato que frustrar a licitude de pro-
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22. Caso o MP também ajuíze ação penal contra o servidor, pelo mesmo fato, a
Errado
lização na esfera penal (art. 12, caput, da Lei n. 8.429/1992) e a Lei n. 8.429/92
Certo
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
24. Caso o MP não tivesse ajuizado a referida ação, qualquer cidadão poderia ter
Errado
A Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992 estabelece, em seu art. 17, que a ação
principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela
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Do mesmo modo, o art. 14 da referida lei estabelece que qualquer pessoa poderá
DIREITO PENAL
Errado
O item mistura a culpabilidade do fato com a culpabilidade do autor, por isso o erro.
26. A multa aplicada cumulativamente com a pena de reclusão pode ser executada
em face do espólio, quando o réu vem a óbito no curso da execução da pena, res-
peitando-se o limite das forças da herança.
Errado
Nos termos do artigo 5º, XLV, da CF: “nenhuma pena passará da pessoa do conde-
nado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o
limite do valor do patrimônio transferido”. Destarte, tendo o agente sido condenado
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ou formidine poence, ou por motivos subalternos, egoísticos, desde que não tenha
Certo
CP), os motivos que fizeram o agente não prosseguir na prática delitiva ou evitar o
resultado depois da prática dos atos executórios. Basta que exista voluntariedade.
pena unificada que perfaça, por exemplo, noventa anos de reclusão, fará jus ao livra-
QUESTÃO ANULADA.
Errado
30. Configura autoria por convicção o fato de uma mãe, por convicção religiosa,
não permitir a realização de transfusão de sangue indicada por equipe médica para
Certo
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Autoria por convicção é quando o indivíduo conhece da lei incriminadora, mas por
31. Segundo a teoria causal, o dolo causalista é conhecido como dolo normativo,
pelo fato de existir, nesse dolo, juntamente com os elementos volitivos e cogniti-
Certo
O dolo, para teoria causalista, era normativo porque era impregnado de elementos
bilidade (tendo o dolo, na teoria finalista, migrado para o fato típico, sem nenhum
elemento normativo).
32. Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após ter sido
hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida agressão após o devido
processo legal, não caberá, como efeito da condenação, a decretação de sua inca-
Certo
Só é possível, nos termos do artigo 92, II, do CP, decretar a incapacidade para
exercício do poder familiar quando o réu é condenado por crime doloso praticado
contra filho sob a pena de reclusão, e o crime de lesão corporal de natureza leve é
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33. Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um des-
excesso intensivo.
Errado
o outrora agressor, mesmo depois de cessada a agressão injusta). O item está er-
34. Suponha que determinada sentença condenatória, com pena de dez anos de
reclusão, imposta ao réu, tenha sido recebida em termo próprio, em cartório, pelo
Errado
artigo 389 do CPP – “A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos
35. Considere que Jorge, Carlos e Antônio sejam condenados, definitivamente, a uma
mesma pena, por terem praticado, em coautoria, o crime de roubo. Nessa situação, in-
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ção a Jorge, essa interrupção não produzirá efeitos em relação aos demais coautores.
Certo
Nos termos do § 1º, do artigo 117, do CP, a prescrição não resta interrompida para
tensão executória).
Errado
A detração não deve ser considerada na análise de nenhuma das hipóteses de prescrição.
37. Ocorre legítima defesa sucessiva, na hipótese de legítima defesa real contra
Errado
Legítima defesa sucessiva ocorre quando há legítima defesa contra excesso de le-
gítima defesa.
Com relação aos crimes previstos no CP, julgue os itens que se seguem.
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te-se a incidência da figura privilegiada (pequeno valor do prejuízo) por ser circuns-
QUESTÃO ANULADA
O gabarito original dava como errada a questão. Talvez por considerar, àquela época,
privilegiado (CP, art. 171, § 1º), ainda que se cuide de delito qualificado cometido
contra entidade de direito público (CP, art. 171 § 3º), em analogia com o privilégio
aplicável ao crime de furto de bem de pequeno valor (CP, art. 155, § 2º).
dessas informações.
QUESTÃO ANULADA
O gabarito original dava como certa a questão. É o que se infere da redação do art.
299 do Código Penal, que traz um crime formal e incrimina, entre outras condutas:
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“em documento público ou particular, [...] inserir ou fazer inserir declaração falsa
ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação
que, “ao não esclarecer se a análise da assertiva deveria se dar com espeque no
Código Penal ou na doutrina, gerou dúvida juridicamente relevante, uma vez que
Para Cleber Masson, todavia, o delito de falsidade ideológica (CP, art. 299), quanto
público ou particular, da declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridica-
dade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito,
Errado
O crime de falsa identidade (CP, art. 307) consiste em “atribuir-se ou atribuir a ter-
ceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para
causar dano a outrem”. É um delito de forma livre, que pode ser praticado de diver-
também pode ser cometido por escrito ou mesmo gestos. Basta que o autor, com
sua conduta, atribua-se a si mesmo ou à terceira pessoa identidade que não lhes
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cionário público autorizado, com o fim específico de obter vantagem indevida para
Errado
basta ser “funcionário”, que pode ou não estar autorizado a acessar e trabalhar no
42. O delito de sequestro e cárcere privado, inserido entre os crimes contra a pes-
soa, constitui infração penal de ação múltipla, e a circunstância de ter sido pratica-
Errado
O nome jurídico do crime do art. 148 do Código Penal induz ao erro: “sequestro e
cárcere privado”. Ao contrário do que pode parecer, há, no dispositivo penal, uma só
conduta reprimida, qual seja “privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou
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o que significa tolher ou diminuir seu direito de locomoção. Esta conduta, todavia,
pode ser praticada de forma livre, seja por intermédio do cárcere privado, que implica
nada obsta, inclusive, que ambas as figuras ocorram em um mesmo fato criminoso.
Assim, no caso do art. 148 do CP, não se pode mencionar delito de ação múltipla,
o que remete aos crimes que preveem, no mesmo tipo penal, distintas condutas
No que diz respeito aos crimes previstos na legislação penal extravagante, jul-
43. O crime de lavagem de capitais, delito autônomo em relação aos delitos que o
Certo
atualmente, o qual abrange: homicídio (Código Penal, art. 121), quando praticado
te, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); lesão
corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos
razão dessa condição; latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); extorsão qualificada pela
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morte (art. 158, § 2º); extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art.
159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º); estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); estupro de
vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); epidemia com resultado morte
nado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com
e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei
Assim, não se inclui no referido elenco o delito de lavagem de capitais, por sua vez
Certo
mecanismo de dissimulação da sua origem, que pode ser realizado por instituições
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financeiras, casas de câmbio, leilões de obras de arte, dentre outros negócios apa-
gration) dos recursos a uma economia onde pareçam legítimos. [...] 6) In casu, as
também pelas circunstâncias objetivas dos fatos provados, revelaram que o réu sa-
autor por somente uma infração caso pratique todos os verbos incriminados ou
somente um deles.
Errado
A Lei n. 8.137/1990 prevê, em seu art. 12, causas de aumento de pena de 1/3 até
por servidor público no exercício de suas funções; for praticado em relação à pres-
referidas causa de aumento somente incidem em relação aos delitos dos arts. 1º,
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46. Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte dro-
Certo
Assim como proposto na questão, o art. 33, § 3º, da Lei n. 11.343/2006 incrimina a
de seu relacionamento, para juntos a consumirem”. Não há, na redação do tipo penal,
47. Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito, tendo a perícia téc-
disparos. Nessa situação, configura-se atípica a conduta de porte de arma, não po-
dendo ser considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como
QUESTÃO ANULADA
Originalmente, o gabarito do item era errado. Após a análise dos recursos, a asserti-
va foi anulada sob o argumento de que, “na situação hipotética, há laudo pericial es-
tabilidade do artefato para servir como majorante por uso de arma em outro delito,
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a possibilidade apenas de anulação dos itens. Diante disso, opta-se pela anulação.”
prego de arma de fogo (como, atualmente, no art. 157, § 2º-A, inciso I, do CP) “so-
Desse modo, alternativa certa, pois o laudo pericial que atesta a impossibilidade de
cional, sendo permitida, por outro lado, a quebra do sigilo de dados telefônicos da
Certo
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Federal preveja, em seu art. 58, § 3º, que as comissões parlamentares de inquérito
previstos nos regimentos das respectivas Casas”, é antigo e pacífico no STF o en-
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação
(CF, art. 5º, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e de decretação da
prisão, ressalvada a situação de flagrância penal (CF, art. 5º, LXI) – não se es-
tende ao tema da quebra de sigilo, pois, em tal matéria, e por efeito de expressa
autorização dada pela própria Constituição da República (CF, art. 58, § 3º), assiste
excepcional ruptura dessa esfera de privacidade das pessoas” (MS 23.652, julgado
reserva de jurisdição a impedir que CPI decrete a quebra do sigilo de dados telefô-
trou vazio o cofre do veículo, pois, por erro de estratégia, efetuara a abordagem
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Por fim, os criminosos acabaram fugindo sem nada subtrair. Nessa situação, ante a
Errado
Na hipótese, tem-se roubo (Código Penal, art. 157), qualificado, na forma tentada
(CP, art. 14, inciso II). Conforme Nelson Hungria, “o roubo é um crime complexo,
isto é, crime que, embora juridicamente uno, apresenta na sua estrutura, como
se apresentar como furto (CP, art. 155), constrangimento ilegal (CP, art. 146)
ou lesão corporal (CP, art. 129), quando praticadas em conjunto, tais condutas
amoldam-se ao delito do art. 157 do CP, que será consumado ou tentado caso
da possibilidade de resistência.
por impropriedade relativa do objeto (o dinheiro não estava no carro forte tomado
de assalto) – cabendo lembrar que somente não se pune a tentativa por absoluta
Portanto, a conduta que descreve o constrangimento ilegal pode ser absorvida pelo
dizer que, o roubo permanece caracterizado, ainda que praticado na forma tentada.
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de São João na cidade. Nessa situação, o delito abstratamente previsto é uma in-
QUESTÃO ANULADA
O gabarito original dava como certa a questão, posteriormente anulada pelos mo-
tivos abaixo.
irregular de licitação (Lei n. 8.666/1990, art. 89) constitui uma infração penal em
ter sentido. Será heterogênea quando o complemento proibitivo da lei penal estiver
contido em outro ato normativo diferente de lei (decreto, resolução, portaria, ins-
remissão interna (dentro da própria lei penal); ou heteróloga, quando for o caso de
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mento em 16/12/2010);
gida, por parte dos réus, a superar a necessidade de realização da licitação. Pressu-
põe o tipo, além do necessário dolo simples (vontade consciente e livre de contratar
tatório), a intenção de produzir um prejuízo aos cofres públicos por meio do afas-
agente político: a vontade livre e consciente (dolo) de lesar o Erário, pois é assim
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dade da conduta dos agentes denunciados, já foi reconhecida pela Suprema Corte
(Inq. n. 2.646/RN, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 7/5/10).”
– “1. O tipo penal do art. 89 da Lei n. 8.666/93 pressupõe, além do necessário dolo
julgamento em 23/02/2016).
Por outro lado, na Corte Suprema, reclamando somente o fim especial de agir e
exige, para sua configuração, prova de prejuízo financeiro ao erário, uma vez que
o bem jurídico tutelado não se resume ao patrimônio público, mas coincide com
os fins buscados pela Constituição da República, ao exigir em seu art. 37, XXI,
art. 89 da Lei 8.666/93, o Supremo Tribunal Federal exige o especial fim de agir,
quando à toda evidência era ela obrigatória. Destarte, não se confunde o admi-
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quando outros elementos probatórios apontam nessa direção.” (1ª Turma, AP 971/
– “2. O delito do artigo 89 da Lei 8.666/93 exige, além do dolo genérico – represen-
tado pela vontade consciente de dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses
quisitos:
necessários à adequação típica – INQ 2.616, relator min. Dias Toffoli, Tribunal Ple-
Por tais motivos, a questão foi anulada acertadamente, já que mais seguro seria
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especiais criminais, podem ser feitos, de forma válida, por meio de correspondên-
cia ou qualquer outro meio idôneo de comunicação para cientificar seus destinatá-
rios, como por exemplo, por telegrama, por fax ou por telefonema.
QUESTÃO ANULADA
O art. 66 da Lei 9.099/95 não se permite concluir que qualquer ato possa ser realizado
suais através das intimações, notificações ou citação. A citação será pessoal e far-se-á
no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. Esta questão foi anulada
incluindo nos comunicados a citação, que por sua vez não poderia ser realizada por
qualquer meio. Optou a banca por anular a questão ao revés de considerá-la errada.
Errado
Conforme apregoa o art. 73, do CPP, a competência territorial nas ações penais
do caso em tela, seja ela exclusiva, como em regra geral, é sempre uma imposição
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à regra geral do art. 70 do CPP, qual seja competência do lugar onde se consumou
53. Considere que, no curso de inquérito policial em que se apure crime de ação
com solicitação de retorno para novas diligências, a vítima do delito requeira a sua
habilitação nos autos como assistente de acusação. Nessa situação, o pedido deve
ser negado, visto que a figura do assistente é admitida no processo somente após
Certo
Conforme se depreende do art. 268, “Em todos os termos da ação pública, poderá
legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no art. 31.” e do art. 269.
refira à expressão “em todos os termos da ação pública” e o art. 269, à expressão
“enquanto não passar em julgado”, que significa até seu trânsito em julgado. Como
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Errada
Conforme o art. 290, do CPP, se o réu (rectius, réu, indiciado ou infrator, pois
do preso. Assim, tanto a captura do réu fugitivo, indiciado ou aquele infrator que
cometeu um crime e está diante das circunstâncias do art. 302, III do CPP, sua
guida de uma assertiva a ser julgada em relação ao inquérito policial e suas pe-
penal brasileiro.
55. No curso de inquérito policial presidido por delegado federal, foi deferida a in-
terceptação telefônica dos indiciados, tendo sido a transcrição dos dados em laudo
pericial juntada em apenso aos autos do inquérito, sob segredo de justiça. Enca-
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telefônica, a divulgação desse conteúdo é ilegal e invalida a prova colhida, uma vez
Errada
O art. 1º, da Lei n. 9.296/96, que dispõe sobre interceptação, assevera que este
seja desvelado por ordem judicial, conforme art. 10, do mesmo diploma: “Constitui
56. Um homem penalmente capaz foi preso e autuado em flagrante pela prática de
nou a juntada do laudo toxicológico definitivo, o que não ocorreu. Nessa situação,
de acordo com a jurisprudência do STJ, não poderá o juiz proferir sentença conde-
Certo
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A assertiva pelo gabarito oficial está correta em 2013, porém, em 2016 o candidato
deve se atentar, quanto a esta questão, sobre o laudo prévio ser ou não capaz de
As questões sobre este assunto, a partir de 26/10/2016 precisarão trazer esta dis-
tinção sob pena de serem contestadas. Esta discussão decorre da redação do art.
remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministé-
dade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará
do laudo definitivo.”
Neste sentido, trazemos à colação alguns precedentes do STJ com este viés inter-
sência do laudo toxicológico definitivo não pode ser suprida pela juntada do laudo
dentes no mesmo sentido “HC 228.928/RJ, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DE-
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verava que o laudo preliminar poderia em situações excepcionais, servir como com-
provação do crime através do próprio laudo provisório, desde que permita grau de
MS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 12/05/2009,
DJe 15/06/2009; AgRg no RHC 35.540/PA, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZ-
rém é necessário muito cuidado com esta questão, foi oposto embargos de diver-
definitivo somente seria necessário se o laudo prévio não pudesse constatar a na-
perpetradas pelo grupo. Nessa situação hipotética, cabe à Polícia Federal a instau-
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Errado
mista. Apesar de seu vínculo indireto com a União, não se coaduna com as infrações
penais que devem ser apuradas pela polícia federal. A principal fonte normativa so-
bre atribuições da polícia federal é a Constituição. Dispõe seu art. 144, §1º, I, CR:
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e man-
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
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Errado
atos investigatórios praticados após sua diplomação (HC 94.705/RJ, relator Minis-
(Inq 2.411/MT, Relator Gilmar Mendes).” Assim, não se insere neste contexto a
tigado parlamentar, mas somente a do Tribunal ao qual o mesmo possui o foro por
59. José foi indiciado em inquérito policial por crime de contrabando e, devidamen-
situação hipotética, cabe à autoridade policial alertar José de que a sua recusa em
Certo
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de duzentos mil réis a dois contos de réis, se o fato não constitui infração penal
mais grave, quem, nas mesmas circunstâncias, faz declarações inverídicas a res-
Nessa situação hipotética, findo o procedimento policial, os autos deverão ser re-
metidos à justiça estadual, pois a atuação da Polícia Federal não transfere à justiça
Certo
Segundo a Lei 10.446/02, que trata das atribuições da polícia federal, ao qual é
aludida na parte final do art. 144, §1º, I da CR/88, o candidato deve lembrar que
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Como os crimes da questão não estão inseridos neste rol, resta, por competência
competente será uma vara criminal de alguma comarca conforme dispuser o código
Min. Rel. RIBEIRO DANTAS, DJe 27/09/2017 e RHC 50.011/PE, Rel. Ministro SE-
Certo
Conforme o art. 514 do CPP, que dispõe sobre os procedimentos especiais por cri-
mes praticados por funcionários públicos, assevera o dispositivo que: “Nos crimes
ção nos crimes praticados por funcionários públicos, desde a vigência do código em
mente distintos do que se apresenta atualmente, após a alteração trazida pela Lei
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n. 11.719/08, na qual prevê como regra este mesmo juízo de admissibilidade para
Quanto à expressão “nos crimes afiançáveis”, o art. 323, do CPP, com a redação
introduzida pela Lei n. 12.403/11, fez com que a mesma perdesse o sentido haja
vista que os crimes inafiançáveis são outros ali elencados, não fazendo mais dife-
rença esta distinção, pois, atualmente, todos os crimes praticados por funcionários
62. Suponha que a instrução criminal de um processo tenha sido presidida pelo juiz
sido proferida por juiz substituto, diverso do que tenha colhido as provas e acompa-
nhado a instrução processual. Suponha, ainda, que a defesa, no prazo legal, tenha
natória em face de ter sido proferida por juiz que não presidira à instrução. Nessa
situação hipotética, não assiste razão à defesa, visto que não vigora, no processo
QUESTÃO ANULADA
Segundo o Art. 399, §2º, CPP, introduzido pela Lei n. 11.719/08, instituiu-se o
do princípio da oralidade. Princípio este que somente estava instituído no art. 132
do CPC de 1973, na qual não possui redação correspondente ao novo CPC instituído
Assim dispõe o art. 399: “Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e
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o art. 399, §2º do CPP, não dispôs de exceção ao princípio como teria feito o art.
132 do CPC/73, que deveria ser aplicado por analogia: “Art. 132. O juiz, titular ou
substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, li-
Como se pode verificar, a questão trata de decisão proferida pelo juiz substituto,
contudo, não elenca qual a hipótese motivadora de troca do juiz titular, o que en-
de pena de multa, o que foi aceito por João, com a consequente homologação do
QUESTÃO ANULADA
no bojo da moderna visão do processo penal, qual seja, justiça penal consensual,
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Com isso, é possível que a transação estipule multa ou pena restritiva de direitos.
aplicar por analogia o art. 51 do Código Penal e não o art. 85 da Lei n. 9.099/95,
por ser a redação daquele artigo do CP alterado pela Lei 9.268/96, teria revogado
o da Lei 9.099/95.
ser executada por meio de inscrição do valor em dívida ativa pela Fazenda Pública,
ser fixada em dias-multa, tendo em vista o art. 92 da Lei 9.099/95, que determina
mente este enunciado foi substituído pelo 87, que fixava a competência do próprio
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Errado
Seja pelo prazo estabelecido no art. 10 do CPP, cujo prazo é de 10 (dez) dias para
indiciado preso, ou pelo prazo previsto no art. 66 da Lei 5.010/66 que trata da Lei
cautelar por excesso de prazo para conclusão da instrução criminal deve ser ana-
Certo
Inicialmente, esta questão possui algumas súmulas do STJ que o candidato deve
Antes da Lei 11.719/90, a doutrina apontava um prazo de 81 dias como base para
Segundo a doutrina, após o advento da referida lei o prazo passou a ser considera-
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Tanto o STJ, quanto o STF adotam alguns critérios para analisar a razoabilidade da
STJ (STJ – RHC – Rel. Vicente Cernicchiaro – DJU, 16.12.1991, p. 18.553; STJ –
Salientamos, por oportuno o prazo previsto no art. 22 da Lei 12.850/13 é de 120 dias
soma-se a isso mais 68 dias, e em caso de recurso de apelação um prazo de 108 dias.
vel de sursis, graça, indulto ou anistia, não podendo as penas a que eventualmente
Errado
tornou-se erga omnes com a Resolução do Senado Federal n. 5 de 2012, que não
obstante se referir apenas o §4º do art. 33, o STF e a doutrina entenderam que se
risprudência STF.
Errado
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liberdade provisória ex lege atribui a uma medida cautelar o mesmo efeito de uma
de lavagem de dinheiro, uma vez que a repressão a esses crimes é imposta por
tratado internacional.
Errado
A questão está errada porque a competência da justiça federal não é atraída pelo
inquérito policial para apurar a ocorrência do referido delito, não sendo necessária
Certo
Tendo em vista que a redação do art. 1º da Lei 9.613/98 em sua redação originária
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delitos antecedentes.
Certo
Corpus 207.936/MG, j. em 27.03.12, Rel. Min. Jorge Mussi. A própria lei de lavagem
em seu art. 2º, II e §1º da Lei 9.613/98. Neste sentido foi o informativo 494, do STJ:
A extinção da punibilidade pela prescrição quanto aos crimes antecedentes não im-
Lei n. 9.613/1998) imputado ao paciente. Nos termos do art. 2º, II, § 1º da lei men-
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71. No que se refere à legitimidade para o polo passivo da ação penal por lavagem
nheiro nos delitos a ele antecedentes, sendo suficiente que ele tenha conhecimento
da ilicitude dos valores, dos bens ou de direitos cuja origem, localização, disposi-
Certo
A questão está correta tendo em vista que o crime é classificado como comum, não
havendo no art. 1º, §1º da Lei 9.613/98 a exigência que o sujeito ativo do crime,
consequentemente aquele que figurará como réu em futura ação penal, qualquer
qualidade especial, razão pela qual, não precisa o sujeito ativo do crime de lava-
gem, autor ou partícipe do delito anterior, basta que tenha consciência e vontade
autorizada pela justiça estadual, foi executada pela polícia militar. No decorrer das
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aos fatos investigados transcritas nos autos. Acerca dessa situação hipotética e do
Errado
outrossim, não perpassa pela moralidade administrativa, mas sim pelos requisitos
exigidos pela Lei 9.296/96, que exige para a interceptação que esta seja a última
73. Apesar de a lei prever o prazo máximo de quinze dias para a interceptação te-
lefônica, renovável por mais quinze, não há qualquer restrição ao número de pror-
Certo
Tendo em vista que vem sendo esse o entendimento no âmbito dos Tribunais Su-
prazo de 15 dias, previsto no art. 5º da Lei n. 9.296/96, é prorrogável por igual pe-
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litar, mediante autorização judicial e sob supervisão do MP, executar interceptações te-
civis nos delitos investigados, não sendo a execução dessa medida exclusiva da autori-
dade policial, visto que são autorizados, por lei, o emprego de serviços e a atuação de
Certo
ção telefônica realizada pela polícia militar em suposta ofensa ao art. 6º da Lei
nas hipóteses e na forma da lei (CF, art. 5º, XII). Sublinhou-se que seria típica
reserva legal qualificada, na qual a autorização para intervenção legal estaria sub-
autorização judicial, sob supervisão do parquet, efetuar a mera execução das inter-
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que a execução da medida não seria exclusiva de autoridade policial, pois a própria
lei autorizaria o uso de serviços e técnicos das concessionárias (Lei 9.296/96, art.
cas conduzidas pela autoridade policial são ilegais, por violação ao princípio consti-
Errado
ral ou da justiça militar para a justiça estadual, que seriam juízos absolutamente
Nos casos julgados, semelhante ao caso concreto da prova, não havia, no início da
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de competência do Juízo não tem o condão de, só por si, invalidar a prova colhida
de sorte que, até então, aquele Juízo era o competente para tal ato. (...)”
76. Na situação considerada, ainda que o CD-ROM com o conteúdo das conversas
telefônicas tenha sido juntado aos autos da ação penal, houve violação aos princí-
QUESTÃO ANULADA
A questão foi anulada porque admitia duas respostas, tendo em vista os posiciona-
O informativo 404 do STJ de 2009, entendeu a Sexta Turma que não haveria viola-
“Não há ofensa ao princípio da ampla defesa no fato de o juiz de primeiro grau não
Contudo, por maioria, o Plenário do STF entendeu, no bojo da AP/AM 508, em feve-
reiro de 2013, que faz parte da formalidade da Lei 9.296/96 a transcrição integral
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CRIMINOLOGIA
Errado
Com a Escola Moderna da criminologia rompeu-se com uma visão das causas da
tes, existia um determinismo marcado pela Escola Positiva, voltada para um viés
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Errado
Como foi abordado, a Escola Moderna rompeu com as concepções da Escola Positi-
às regras estabelecidas dentro de uma sociedade, apenas existem pessoas que não
conseguem ou não querem seguir tais regras, sendo este o fundamento para a ocor-
rência dos crimes, pois as pessoas não estariam seguindo as regras apresentadas.
uma minoria dominante, para manter a realidade social como se encontra, utiliza
da imposição de normas contra uma maioria, que não concorda, fazendo surgir
direcionada) para manter a realidade social e, quem não se adapta a tais normas é
marginalizado e rotulado, cada vez mais. Nesse sentido, o CRIME NÃO SE IDENTI-
que instituições enquadram (etiquetaram) sua conduta como crime, de forma se-
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letiva e discriminatória. Por isso, não seria teoria da criminalidade, senão teoria da
a conduta tida como desviante, ou seja, seriam as pessoas que não estão seguindo
Nesse sentido, a teoria do laberling approuach tem uma visão voltada para a ideia
finição legal e das ações de instâncias oficiais de controle social a respeito do com-
“rotulam”, que uma conduta é desviante e tem aquela pessoa como criminosa.
parte suas análises dos fatos concretos e pontuais da sociedade. Ou seja, os pro-
ção do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do método empí-
axiológica da ciência.
Certo
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minoso comete o crime por opção. A Escola Positiva passa a realizar suas análises
gicos, diante dos estudos realizados por Enrico Ferri e Rafaelle Garófalo, também
Errado
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gia a noção da normalidade do desvio como fenômeno social, podendo ser situada
Certo
Além disso, tal teoria surgiu como as demais teorias sociológicas: teoria multifatorial,
82. Ações como controle dos meios de comunicação e ordenação urbana, orien-
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Certo
atua a médio e longo prazo, e reclama ações sociais e não mera dissuasão;
opera a curto e médio prazo, de forma seletiva, em setores da sociedade tidos por
Errado
prevenção primária.
Errado
Prevenção primária: ação que visa ao combate da criminalidade a longo prazo, com
Certo
DIREITO CIVIL
seguir.
86. A revogação de uma norma pela superveniência de outra que disponha sobre
Certo
rou como certa, sob o seguinte argumento: o gabarito está de acordo com a aba-
lizada doutrina. A permanência da norma indica que a lei, uma vez promulgada e
publicada, obrigará indefinidamente até que venha a ser revogada por outra lei. A
causa tríplice repercussão na antiga lei, pois poderá atingir as situações já consu-
madas sob sua égide, afetar os efeitos pretéritos produzidos ou incidir sobre os
revogada. Apesar das argumentações trazidas nas razões recursais, a assertiva faz
87. Como causa de perda de propriedade de bem móvel, o abandono pode ser pre-
Certo
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I – por alienação;
II – pela renúncia;
III – por abandono;
IV – por perecimento da coisa;
V – por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel
serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro
de Imóveis.
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais
o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser
arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou
88. Se o beneficiário de ato jurídico praticado por incapaz provar ter agido de bo-
a-fé, o ato será anulado somente em caso de o incapaz ser interditado por ocasião
de sua prática
Errado
da outra parte, o vício não pode ser alegado em benefício próprio, conforme artigo
105 do Código Civil. Se a pessoa capaz não sabia de tal incapacidade, o vício pode
ser alegado. Se o incapaz oculta dolosamente sua incapacidade, não poderá depois
A banca também teve que responder a recursos acerca dessa questão e assim res-
pondeu:
"O STJ já tem posicionamento firme no sentido de que a anulação do ato não de-
no art. 458, II, não a fundamentação sucinta. Sendo o processo anulado por motivo
não referente à prova, esta pode ser utilizada, no mesmo feito, desde que ratifica-
ditado anteriores à interdição podem ser anulados, desde que provada a existência
o ato que se quer anular. Recurso não conhecido.(REsp 255271/GO, Rel. Ministro
05/03/2001, p. 171)"
DIREITO EMPRESARIAL
personae, uma vez que ele é o organizador da atividade empresarial. Por isso, ele
QUESTÃO ANULADA
da doutrina:
de não requer que o empresário exerça sozinho a atividade, já que pode contratar
outro lado, Fábio Ulhoa Coelho disciplina que é fundamental para a caracterização
rial: teoria da empresa e direito societário. 2ª ed. Brasília: Editora Kiron, 2018, p.
157. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Direito de empresa. Empre-
ao credor, por simples tradição, títulos de crédito emitidos por terceiros, sem en-
Certo
por simples tradição, sem endosso, um título de crédito emitido por terceiros, não
Civil) expõe no art. 919 que a aquisição de título à ordem, por meio diverso do en-
dosso, tem efeito de cessão civil, e no art. 296 que salvo estipulação em contrário,
91. De acordo com o STJ, o habeas data é instrumento idôneo para a obtenção de
sos públicos.
Errado
VIA ELEITA.
que se justifica o manuseio do habeas data, não estando ali prevista, nem sequer
(AgRg no HD. 127/DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, PRIMEIRA SEÇÃO,
92. habeas corpus constitui a via adequada para o devedor de pensão alimentícia
Errado
Conforme vasta jurisprudência: “a prisão civil pelo não pagamento de pensão alimen-
tícia não consubstancia pena ou represália, mas meio processual de coerção ao paga-
mento da dívida reconhecida em juízo”. Dessa forma, não cabe o HC para o devedor de
pensão alimentícia pedir o afastamento de sua prisão, até mesmo porque o HC não se
presta à dilação probatória, sobre fatos que demandariam profundo reexame do qua-
Certo
seguinte fundamento:
reside no Brasil com a mãe, enquanto o pai, em outro país. Precedentes do STJ. 3.
aos efeitos da coisa julgada, que pode ser relativizada diante da alteração dos fatos,
lho à mãe, ora Requerida, bem como fixou alimentos provisórios. 5. Nesse contexto,
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I – de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebi-
mento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
envolvidas na relação processual, de modo que a natureza da lide pode não ser
Certo
tência ratione personae), levando-se em conta não a natureza da lide, mas a Iden-
tidade das partes na relação processual. 2. Hipótese em que a ação foi ajuizada por
relativa à não existência de litisconsórcio entre a União e a Eletrobrás não foi ana-
lisada pelo Tribunal a quo. Aplicação da Súmula 282/STF.4. Agravo Regimental não
Hoje, a questão seria igualmente certa, pois o critério de competência absoluta no caso
tanto por força do artigo 109 da Constituição, quanto pelos artigos 51 e 52 do CPC/15:
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a
União.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situ-
ação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Es-
tado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a
demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado.
A antecipação dos efeitos da tutela, por ser medida voltada ao procedimento co-
especial.
Errado
tal, de caráter satisfativo, previstas nos artigos 294 a 311 do CPC, são admissíveis
até mesmo no sistema dos Juizados Especiais, conforme orienta o enunciado 418
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
José abriu uma pequena padaria no bairro onde reside e contratou dez fun-
aos cofres da previdência social. Com base nessa situação hipotética e na legislação
96. Nesse caso, mesmo que o valor não recolhido por José seja pequeno, não é
Errado
tes superiores à lei (artigo 1º, I da Lei n. 9.441/97 – R$ 1 mil). O STJ admite o valor
R$ 20 mil, cuja decisão discordamos com veemência, pois se trata de valor retido
priação indébita previdenciária (artigo 168-A do CP). Vide julgado nesse sentido:
Não aplicabilidade. Valor superior ao fixado no art. 1º, I, da Lei 9.441/97. Alto grau
dem denegada.” (HC 107331, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
PUBLIC 12-06-2013).
cisão acima, tem-se o apregoado pelo artigo 1º, I, da Lei 9.441/97), que é de R$
tado por esta Corte no julgamento do HC 76.978/RS, rel. Min. Maurício Corrêa ou,
São Paulo: RT, 2007, p. 606). 4. Consectariamente, não há como afirmar-se que
narra a denúncia que este teria descontado contribuições dos empregados e não
102550, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 20/09/2011, DJe-
Por sua vez, o STJ tem reconhecido a aplicação da bagatela, cujo valor era de R$
do STJ:
do Relator. 2. Recurso especial não provido”. (REsp 1419836/RS, Rel. Ministro RO-
casos em que o valor do débito com a Previdência Social não ultrapassar o mon-
rias do MF n. 75 e 130.
Lei 11.457/07 considerou como dívida ativa da União também os débitos decorren-
dado aos créditos tributários. Assim, não há porque fazer distinção, na seara penal,
cia a estes últimos delitos, quando o valor do débito não for superior R$ 10.000,00
(dez mil reais). 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp
1.389.169/MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, DJe
de 4/11/2013 – Grifo Nosso). No caso dos autos, constata-se que o valor da sonega-
reais). Assim, o aresto hostilizado merece reforma para incidir o princípio da insig-
Aliás, essa divergência entre os Tribunais gerou decisão interessante por parte do
“De tal modo, o ato coator, inclusive considerando os precedentes nele menciona-
dos, não afasta a incidência da referida causa de atipia aos delitos de apropriação
previdenciária.
Mas, no caso concreto, não a aplica em razão de considerar critério que contraria a
Sob essa ótica, o ato coator não se amolda à jurisprudência da Corte, que estabe-
lece, para tal finalidade, o valor de 20 mil reais. Nesse sentido: HC 126191, Rela-
que os juros, a correção monetária e eventuais multas de ofício que incidem sobre
o crédito tributário quando ele é cobrado em execução fiscal não devem ser consi-
E esse limite das Portarias (20 mil reais) pode ser aplicado de forma retroativa para
fatos anteriores à sua edição considerando que se trata de norma mais benéfica
(STF. 2ª Turma. HC 122213, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, jul-
gado em 27/05/2014).
Esse limite é válido para crimes decorrentes de tributos federais, em face do artigo
ção local e se nela há limite para a dispensa de execução fiscal abaixo de determi-
nado parâmetro (bagatela). STJ. 6ª Turma. HC 165003/SP, Rel. Min. Sebastião Reis
97. Se, até antes do início da ação fiscal, José confessar a dívida e efetuar es-
ser extinta.
Certo
98. Ainda que não tivesse descontado das remunerações de seus empregados os
Errado
Segundo o STF, não há a necessidade da prova de animus rem sibe habendi no ato do
valores descontados e não repassados, sendo que para a configuração do delito tem-se
como elementar do tipo a figura do desconto. Não havendo o desconto, não há o delito.
Veja-se:
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contri-
buintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 9.983, de
2000)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência
social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou
arrecadada do público; (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
guia bancária, não as repassam aos cofres públicos. Ou seja, o desconto é elemen-
Inciso II – aqui essa despesa faz parte, por exemplo, na sub-rogação de contribui-
produção rural e não repassa esses valores aos cofres públicos. Ou seja, o desconto
em contas correntes de empresas pelo INSS (depois da Lei n. 9.876/99 até a Lei
atividade que lhe garantisse a subsistência, tendo sido aposentada por invalidez.
99. Caso Maria comprove necessitar de assistência permanente de outra pessoa, ela
fará jus ao valor da aposentadoria por ela recebida acrescido de 25%, ainda que ul-
trapasse o teto de pagamento de benefícios do RGPS, acréscimo que cessará com sua
morte, visto que não é incorporável ao valor da pensão a ser paga a seus dependentes.
Certo
A Lei 8.213/91 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social esta-
belece, em seu art. 45, que todo segurado aposentado por invalidez que necessitar
25% (vinte e cinco por cento) no valor de seu benefício. A alínea "a" do parágrafo
único do mesmo dispositivo legal dispõe ainda que o valor do acréscimo será devi-
pela Previdência Social. Isto significa que todo aposentado por invalidez, e somente
este, que for declarado dependente do auxílio de terceiros na realização das ativi-
dades do dia a dia, terá direito ao acréscimo, ou seja, os demais segurados aposen-
tados (seja por tempo de contribuição, por idade, especial entre outros) não terão
Repetitivo em análise para expandir ou não o direito), ainda que os mesmos sejam
100. O direito de requerer pensão por morte decai após dez anos da morte do se-
gurado.
Errado
Errado
dual, pode instituir, por meio de lei complementar, contribuições sociais não previstas
QUESTÃO ANULADA
Certo (em termos), apesar de ter sido anulada pela Banca. O artigo 154, I da CF,
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios
O STF entende que essa parte formal do inciso I do artigo 154 da CF deve ser obede-
fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na CF) não ne-
cessitam ser observados. Portanto, uma contribuição social nova para a Seguridade
Social, segundo o STF, pode ter, sim, fato gerador ou base de cálculo próprios dos im-
postos já existentes. E isso é pacífico. Por isso existem o IRPJ e CSLL, PIS e COFINS,
STF: “são bis in idem autorizados, pois vieram com a própria Constituição Federal”.
Cremos que a questão está correta se no comando da questão viesse escrito: “à luz
pois o comando do inciso I manda não haver fato gerador ou base de cálculo iguais
Acerca das normas que regem os segurados da previdência social, julgue o item
abaixo.
103. Caso um delegado da Polícia Federal eleito deputado no estado onde atue
como delegado opte pelo exercício do mandato eletivo, ele não poderá se filiar ao
Certo
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I – como empregado:
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vincu-
lado a regime próprio de previdência social.
DIREITO TRIBUTÁRIO
empresa, que tinha consciência dos fatos. Considerando essa situação hipotética,
104. Se o uso do crédito fictício só for constatado pela autoridade tributária após
Errado
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocor-
rência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pro-
nunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Desta feita, em face da fraude, conta-se o prazo de 5 anos a partir dos parâmetros
do artigo 173 do CTN, que são para lançamentos por declaração/misto ou direto/de
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após
5 (cinco) anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com
o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a cons-
tituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.
Certo
O artigo 200 do CTN prevê que: “As autoridades administrativas federais poderão
requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciproca-
mente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou
quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária, ainda
que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção”.
Quando a questão aborda “em caso de oposição”, presume-se facilmente que a auto-
ridade administrativa tenha sido “vítima de embaraço no exercício de suas funções”
e foi necessário o procedimento para a efetivação da fiscalização – medida prevista
na legislação tributária, e, desta forma, permissível o auxílio de força policial.
Certo
Tal medida não configura afetação ao sigilo fiscal, posto que as solicitações devem
o artigo 198, § 1º, inciso II do CTN, que houve a instauração regular de processo
de obrigação acessória).
DIREITO FINANCEIRO
107. Exige-se, para a aprovação de emendas que acrescentem despesas a projeto de lei
orçamentária anual, além da compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de dire-
trizes orçamentárias, a indicação dos recursos necessários para custeá-las, que podem
Errado
Nos termos dos arts. 165 e 166 da CF, essas emendas serão apreciadas pela co-
missão mista (CMP), que emitirá parecer e, por fim, serão analisadas pelo plenário
Para responder o item basta ter conhecimento do art. 166, §3, II, que prevê algu-
mas restrições materiais, dispondo que as emendas devem ser compatíveis i) com
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias, bem como ii) indicar os
Percebam que o item está incorreto ao afirmar que “a indicação dos recursos neces-
sários para custeá-las, que podem provir, por exemplo, da anulação de despesas”.
Ora, as restrições materiais buscam impedir que sejam utilizados recursos novos,
Até mesmo porque o art. 63, I, determina que não será admitido aumento da des-
Certo
O item acima está correto, pois traz uma das atribuições da Comissão mista per-
Examinar e emitir parecer sobre os projetos das leis orçamentárias, inclusos os créditos
adicionais e as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos na Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária;
Emitir parecer sobre as emendas apresentas na Comissão mista;
Solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste
os esclarecimentos necessários, no caso de indícios de despesas não autorizadas, ainda
que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados.
DIREITO INTERNACIONAL
Julgue os itens de 109 a 112, relativos às relações consulares, aos tratados in-
109. A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados estabelece que o Estado
que tenha assinado um tratado, ainda que não o tenha ratificado, está obrigado a
Certo
precede a entrada em vigor do tratado e com a condição de esta não ser indevida-
mente retardada.”
Estado receptor.
Errado
A alternativa está errada, visto que tanto os arquivos diplomáticos quanto os con-
consular honorário, serão sempre invioláveis onde quer que se encontrem, desde
com ele trabalhe, bem como dos objetos, livros e documentos relacionados com
a exercer, na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite
Errado
milhas náuticas não “são equivalentes às exercidas no mar territorial”, visto que o
sos naturais, mas não soberania plena como a exercida no mar territorial.
Certo
113. É fonte de direito internacional reconhecida a doutrina dos juristas mais qua-
Certo
114. A extradição poderá ser concedida pelo Estado brasileiro quando o pedido do
Certo
tratado não está expressa na Lei de Migração (Lei 13445/17), mas deve subsistir
Certo
“(1)O gozo de direitos políticos por portugueses no Brasil e por brasileiros em Portugal
só será reconhecido aos que tiverem cinco anos de residência permanente e depende
de requerimento à autoridade competente.
(2) A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange as pessoas que no Estado da
nacionalidade, houverem sido privadas de direitos equivalentes.
(3) O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do exer-
cício dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade.”
DIREITO EMPRESARIAL
infração legal, deve diferenciar se o ato ilegal foi praticado por pessoa jurídica em-
presa ou por pessoa física ou jurídica empresário, pois a empresa não se confunde
com a pessoa que a compõe, tendo personalidade jurídica distinta da de seus sócios.
QUESTÃO ANULADA
A questão afirma que empresa não se confunde com a pessoa que a compõe. Em-
presa é uma atividade, não podendo ser confundida com o empresário, este sim
pode ser pessoa jurídica. A empresa é atividade econômica organizada para a pro-
teoria da empresa e direito societário. 2ª ed. Brasília: Editora Kiron, 2018, p. 30 e 34.
Certo
ção, apesar de a doutrina ponderar que a ideia de comércio teve a sua origem nos
Assim, em ordem cronológica podemos afirmar que o atual direito empresarial tem
teoria da empresa e direito societário. 2ª ed. Brasília: Editora Kiron, 2018, p. 23.
118. Uma sociedade estrangeira não pode funcionar no Brasil sem autorização do
governo do estado onde será instalada e sem certidão de nada consta emitida pela
Polícia Federal, por meio de sua superintendência local. De acordo com a legislação
Errado
que tenha no país a sede de sua administração. Assim, para ser nacional, pouco
importa a nacionalidade dos sócios ou origem do capital social. Quando não estiver
Especial atenção deve-se ter com o art. 1.135, do CC, a estipular, genericamente,
para alterar seu ato constitutivo (art. 1.139, do CC); submetem-se às leis e aos tri-
bunais brasileiros, quanto aos atos praticados no Brasil (art. 1.137, do CC); obrigam-
deres amplos para resolver quaisquer questões e receber citação judicial (art. 1.138,
transferindo sua sede e administração para o Brasil (art. 1.141 c/ art. 1.126, do CC).
teoria da empresa e direito societário. 2ª ed. Brasília: Editora Kiron, 2018, p. 157.
não está previsto na legislação, segundo a qual o cheque é uma ordem de paga-
apresentação, de modo que a instituição não pode ser responsabilizada pelo paga-
mento imediato de cheques datados com lembrete de desconto para data futura.
Certo
sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão es-
atividade empresarial, que deve ser certificada pelo delegado que tenha acompa-
nhado o inquérito.
Errado
Também pode ser considerada correta a segunda parte da afirmativa, pois é efeito
(art. 181). Contudo, a última parte do item está incorreta. O art. 181, nos seus §§
1º e 2º, afirma que os efeitos não são automáticos, devendo ser motivadamente
declarados na sentença, sendo que, após o trânsito em julgado, o juiz criminal no-
PROVA DISCURSIVA
deputados de várias legendas, foi aprovada pela unanimidade dos membros do Po-
avançado sobre área pública, razão por que o órgão responsável pela fiscalização
urbana da prefeitura autuou o comerciante, fixando prazo para que a situação fosse
então, ajuizou a ação judicial contra a prefeitura, sob a alegação de que o ato
praticado pela prefeitura foi ilegal, dada a ausência de ação demolitória anterior, e
dos atos praticados pela prefeitura [valor: 1,00], abordando os poderes administra-
Assim, o ato praticado pela Administração Pública foi legal, pois atuou nos limites
trador atuar conforme a lei e nos termos da lei e, no caso em tela, existe permissivo
de ação demolitória.
privada a autotutela constitui-se como uma exceção, na esfera pública tem-se que
quanto na sua função repressiva – uma vez que este recaiu sobre uma atividade/
autorização prévia do Poder Judiciário) zelar por seus atos administrativos e bens
te sua decisão por seus próprios meios, sem a interveniência do Poder Judiciário.
Assim, tem-se que o ato praticado revestiu-se da legalidade necessária, bem como
constante na Súmula n. 473 do STF conclui-se que, mais que um poder, o exercício
de rever e anular seus atos administrativos quando ilegais, razão pela qual a utili-
3. Discorra sobre a tentativa inidônea e suas espécies [valor: 1,20]. Explicite, ain-
possível, nos termos definidos pelo Código Penal, pode ocorrer quando é impossí-
objetiva: como não houve risco ao bem jurídico protegido, o agente não é punido.
objetiva temperada, foi a teoria adotada pelo nosso Código Penal). Há que
se mencionar ainda o crime impossível por obra do agente provador (ou delito
crime e, ao mesmo tempo, toma providência para que a consumação seja impos-
sível, nos termos da Súmula 145/STF. Pode-se abordar, ainda, em crime de alu-
cinação (delito putativo por erro de tipo) – mulher que, pensando estar grávida,
ingere substância abortiva, por exemplo – ela imagina que está praticando crime
também, no delito putativo por erro de proibição (agente que deixa de pagar
PEÇA PROFISSIONAL
Almir foi preso em flagrante no aeroporto Antônio Carlos Jobim, na cidade do Rio
de Janeiro – RJ, após adentrar em território nacional com duas malas repletas de
ção e que Geraldo e Gabriel eram apenas seus amigos. Após pagar fiança arbitrada
pela autoridade policial, Almir foi solto e, dentro do prazo legal, recorreu adminis-
terceptação telefônica do indiciado, o que foi deferido pelo prazo de quinze dias.
viajariam aos Estados Unidos da América para comprar mercadorias, que seriam
revendidas no Brasil por preços inferiores aos de mercado, sendo o preço das pas-
sagens aéreas e os lucros das vendas repartidos por todos. Constatou-se que as
viagens ocorreram durante os últimos três anos e que os envolvidos não pagavam o
Espelho de Reposta
Representação endereçada ao juízo prevento pela decretação da interceptação te-
lefônica, qual seja na vara criminal federal da Seção Judiciária do Estado do Rio de
Janeiro.
Paulo responde por corrupção passiva, porém João não por corrupção ativa porque
nome do filho (Almir e Cleber, pressupondo que tenha conhecimento e auxilia for-
crédito por meio do procedimento administrativo fiscal, por força da súmula vincu-
Adequação do pedido.
do filho Cleber.