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Rodada #2

Língua Portuguesa
Professor Albert Iglésia

Assunto(s) da Rodada

LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.


2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da ortografia oficial. 4 Domínio
dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação,
substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2
Emprego de tempos e modos verbais. 5 Domínio da estrutura morfossintática do
período. 5.1 Emprego das classes de palavras. 5.2 Relações de coordenação entre
orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre
termos da oração. 5.4 Emprego dos sinais de pontuação. 5.5 Concordância verbal e
nominal. 5.6 Regência verbal e nominal. 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.8
Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1
Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3
Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de
diferentes gêneros e níveis de formalidade.
LÍNGUA PORTUGUESA

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 Lembre-se de que a proposta da Turma Elite é sinalizar para o aluno aquilo que é mais
relevante estudar em relação à banca examinadora, de uma forma objetiva e eficaz
para você não perder tempo com algo que nem sempre é necessário.

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LÍNGUA PORTUGUESA

a. Teoria

1. Diferença quanto ao emprego dos pronomes pessoais

1.1 Na função de sujeito e de predicativo, o pronome pessoal utilizado será, via de


regra, do caso reto.

Ele tornou-se ela.

1.2 Serão empregados os do caso oblíquo nas demais funções sintáticas: complemento
verbal, complemento nominal etc.

Quero falar com ele. (adjunto adverbial)


Sou útil a ele. (complemento nominal)
Vi-o na rua. (objeto direto)

1.3 O pronome lhe, como complemento de verbo, funciona como objeto indireto. Já os
pronomes o e a, como complemento de verbo, funcionam como objetos diretos.

Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. (OI do verbo “deu”)


Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. (OD do verbo “presenteou”)

2. Particularidades dos pronomes de tratamento

2.1 Vossa Excelência fez um belo discurso. (dirigir-se diretamente à pessoa, ainda
que por meio de correspondências)

Sua Excelência fez um belo discurso. (fala-se da pessoa)

2.2 Vossa Excelência apresentará seus projetos? (observe que o verbo e o pronome
correspondem à terceira pessoa; o adjetivo – quando houver – tende a concordar
com o gênero da pessoa que se tem em mente – concordância ideológica)

2.3 Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado, pois o pronome deve ser
empregado na terceira pessoa)

Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo: mesmo o pronome de


tratamento informal leva os outros pronomes para a terceira pessoa)

3. Emprego de pronomes demonstrativos

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LÍNGUA PORTUGUESA

PRONOMES TEMPO ESPAÇO


Este(s), esta(s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala
Passado próximo Perto da pessoa com quem se
Esse(s), essa(s), isso
fala
Passado longínquo Longe de quem fala e da
Aquele(s), aquela(s), aquilo
pessoa com quem se fala

3.1 Como elementos de coesão textual

a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este: empregado


quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão textual conhecida
como catafórica.).

b) Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse: empregado


quando já foi feita a referência; promove a coesão textual conhecida como
anafórica)

c) Comprei um carro e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão; aquele, para
mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar elementos já citados. Este diz
respeito ao último termo; aquele, ao primeiro.)

d) O que ele disse era verdade.


Passará a que for mais capacitada. (O e a diante de que – pronome relativo – e
de – preposição – serão pronomes demonstrativos)

4. Emprego de pronomes relativos

4.1 Que: para ser conjunção integrante, esse vocábulo deve unir uma oração
subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal,
sujeito, predicativo, aposto) à sua principal. Considere este fragmento: “...eles explicam que
tipo de rodovia cada uma é.”, em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal
“explicam” e o “que” não é pronome relativo. Veja a diferença, pois agora o que retoma um
antecedente:

Eis o instrumento de que lhe falei.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4.2 Onde: usado restritivamente em referência a lugar, é pronome relativo quando


substitui um termo antecedente, como no primeiro exemplo (onde = escola).

A escola onde estudo foi fechada.

Não deve ser confundido com onde = advérbio interrogativo: “Onde você
estuda?”. Observe que agora o vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, apenas
introduz uma pergunta que exprime a ideia de lugar.

4.3 Cujo: estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos antecedente e


consequente. Concorda em gênero e número com a “coisa” possuída.
É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar.

Muito cuidado quando a banca lhe propuser a substituição dele por outro relativo
(que, a/o qual, quem), a pretexto de que serão mantidas a correção gramatical e a coerência
argumentativa. ISSO NÃO É VERDADE. NÃO É POSSÍVEL FAZER TAL SUBSTITUIÇÃO.

Observe esta construção: O professor cujo o filho nasceu está feliz. O que acha dela?
Certa ou errada? ERRADA. A norma gramatical não abona o emprego de artigo antes (...o
cujo...) ou depois (...cujo o...) do relativo CUJO, daí o motivo de não se empregar o
acento indicativo de crase diante dele.

5 Casos de próclise, ênclise e mesóclise

Casos de Próclise
a) Palavras de sentido Nada me fará desistir.
negativo Ninguém me fará desistir.
Aqui se fazem chaves.
b) Advérbios sem pausa
Talvez se cumprimentassem.
c) Conjunções subordinativas Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito.
e pronomes relativos O livro que me deste é muito interessante.
d) Conjunções coordenativas Ora se atribulava, ora se aquietava.
alternativas Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu.
e) Pronomes e advérbios Quem lhe contou a verdade?
interrogativos Por que te afliges tanto?

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LÍNGUA PORTUGUESA

Tudo me foi dado.


f) Pronomes indefinidos
Alguém te contou a verdade?
g) Frases exclamativas e Como te atreves!
optativas Deus o abençoe, meu filho!
h) Preposição em + verbo no Em se tratando desse assunto, nada mudará.
gerúndio
Casos de Mesóclise
a) Verbo no futuro do Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida inteira.)
presente ou do pretérito, sem Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.)
palavra atrativa

Casos de Ênclise
a) Antes de tentar decorar Levante-se e lute.
qualquer outra regra, é Tratando-se desse assunto, nada mudará.
fundamental saber que a Vendê-lo era o que mais importava.
tendência da língua Aqui, fazem-se chaves.
portuguesa recai sobre o
uso da ênclise. Portanto, se
não ocorrer qualquer um dos
casos mencionados
anteriormente, usaremos a
ênclise.

6. Vozes verbais

6.1 ATIVA  indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.

Ex.: Cabral descobriu o Brasil.

6.2 PASSIVA  indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.

Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.

6.3 REFLEXIVA  indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo sujeito ao
mesmo tempo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: Não me considero tão importante.


Reservamo-nos o direito de ficar calado.
Ele se deu um presente.

Atenção!

a) O SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o


OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva.

b) Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for INDETERMINADO, na voz passiva


não haverá AGENTE DA PASSIVA.

Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado.


As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz passiva
sem agente da passiva.

c) A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e pronominal ou


sintética.

Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal no


particípio = analítica.

Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO +


pronome SE = sintética.

Agora considere o seguinte trecho: “[...] Pacientes afetados pela síndrome


ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ [...]”. Novamente, vamos
treinar a transformação da voz ativa para a passiva.

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LÍNGUA PORTUGUESA

VOZ ATIVA VOZ PASIVA


pelos pacientes
Pacientes afetados
Agente da passiva afetados pela
Sujeito pela síndrome
síndrome

Verbo transitivo ultrapassaram Locução verbal


(o
direto (voz passiva foi ultrapassada
que?)
analítica)
a fronteira da A fronteira da
Objeto direto adaptabilidade às Sujeito paciente adaptabilidade às
demandas demandas

d) Não configuram voz passiva, mas sim voz ativa:

Ex.: Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = sujeito


indeterminado

Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = sujeito


indeterminado

Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO + SE = sujeito


indeterminado

Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO DIRETO


PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado

7. Modos e tempos verbais: os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se


realizar. Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentre de determinado momento
(durante o ato da comunicação, antes ou depois dele).

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LÍNGUA PORTUGUESA

MODOS TEMPOS SIMPLES


presente (tenho)

perfeito (tive)
Pretérito imperfeito (tinha)
indicativo
mais-que-perf. (tivera)

do presente (terei)
futuro
do pretérito (teria)
presente (tenha)
subjuntivo pretérito imperfeito (tivesse)
futuro (tiver)
afirmativo (tem tu)
imperativo
negativo (não tenhas tu)

MODOS TEMPOS COMPOSTOS


Perfeito (tenho/hei cantado)
pretérito
mais-que-perfeito (tinha/havia cantado)
Indicativo
do presente (terei/haverei cantado)
futuro
do pretérito (teria/haveria cantado)
Perfeito (tenha/haja cantado)
pretérito
mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)
Subjuntivo

futuro (tiver/houver cantado)

7.1 O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos compostos da voz ativa.
Eles são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo
principal.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: Temos estudado muito.


Tinha posto a televisão na sala.
Havíamos chegado tarde.

7.2 Não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito.


Eles são usados para formar, respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito
mais-que-perfeito composto. Também não há tempo composto relativo ao modo
imperativo.

7.3 O tempo composto da voz passiva é formado com o emprego simultâneo dos
auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.


O casal havia sido visto no restaurante.

8. Emprego de modos verbais

8.1 Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras


que consideramos de ocorrência certa.

8.2 Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou


futuros; mas com ocorrência provável, hipotética, duvidosa.

8.3 Imperativo: associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.

9. Emprego de tempos verbais

9.1 O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais como:

a) fato que se realiza no momento do discurso.

Ex.: A turma toda estuda agora.

b) fato permanente

Ex.: O sol aquece a Terra.

c) fato habitual.

Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a descrição do


fato, conferir mais vivacidade a ele.

Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

e) certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente, substituindo


o futuro do presente.

Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã.


linguagem
Presidente americano chega amanhã ao Brasil. jornalística

9.2 O pretérito perfeito do indicativo indica que o fato foi perfeitamente concluído.

Ex.: O réu recorreu da decisão do juiz.

9.3 O pretérito imperfeito do indicativo pode indicar:

a) fato que ocorria habitualmente.

Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.

b) seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma afirmação ou


um pedido.

Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.

c) indica simultaneidade entre dois fatos passados.

Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.

d) denota uma consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o futuro


do pretérito.

Ex.: Houvesse estudado mais, passava (passaria) em primeiro lugar.

9.4 O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica um fato passado e anterior a


outro também passado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: Quando o candidato chegou ao local do concurso, o portão já se


fechara.

Pode também surgir em frases optativas:

Ex.: Quem me dera casar com ela...

9.5 O futuro do presente do indicativo pode, além de indicar um fato que ainda vai
acontecer, sugerir valor semântico de imperativo:

Ex.: Nas férias, viajaremos para Caldas Novas.


“Não adulterarás” (Êxodo 20:13)

9.6 Entre os valores semânticos do futuro do pretérito do indicativo, destaco:

a) o que indica ação futura expressa no passado.

Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.


b) aquele que indica um fato cuja realização depende de uma condição que não se
concretizou no passado e que, provavelmente, não se realizará.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

9.7 O subjuntivo pode indicar hipótese, condição, vontade do indivíduo que fala
enunciadas no presente, no pretérito ou no futuro.

Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do


subjuntivo)

Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do


subjuntivo)

Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)

9.8 Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo como


condição para a ocorrência de outra ação verbal.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

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LÍNGUA PORTUGUESA

10. Correlação verbal: coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver
entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os
verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e
modos verbais devem, portanto, combinar entre si.

Ex.: Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo


expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o verbo
aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica?
Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que
expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando
esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O
período, portanto, está coerente, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a
de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.

10.1 Casos em que os verbos empregados são concordantes:

a) presente do indicativo + presente do subjuntivo:

Exijo que você faça o dever.

b) pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:

Exigi que ele fizesse o dever.

c) presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:

Espero que ele tenha feito o dever.

d) pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:

Queria que ele tivesse feito o dever.

e) futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

f) pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

g) pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito


composto do indicativo:

Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

h) futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Quando você fizer o dever, dormirei.

i) futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:

Quando você fizer o dever, já terei dormido.

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LÍNGUA PORTUGUESA

b. Mapa mental

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LÍNGUA PORTUGUESA

c. Revisão 1

1 Especialmente no que comunica o papel da justiça


eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral, cabe a ela
garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe
4 é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas
ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente
pelo eleitor no resultado das urnas. [...]

Paola Biaggi Alves de Alencar. A concretização do direito eleitoral


a partir dos princípios constitucionais estruturantes. In: Revista
de Julgados/Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, vol. 1, 2002,
Cuiabá: TRE/MT, 2002/6 v, p. 99 (com adaptações).

QUESTÃO 1 (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO)

O pronome “lhe” (L.3) exerce a função de complemento verbal indireto na oração em que se
insere.

[...]

QUESTÃO 2 (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS)

A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe preservaria a
correção gramatical do texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 3 (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS)

O sujeito da oração 'também aceita trabalho' (l.20) está elíptico e se refere a 'Amadeu Amaral
Júnior' (l.18), o que justifica o emprego da forma verbal “aceita" na terceira pessoa do
singular.

1 Um dos principais desafios para o Brasil é conhecer


a Amazônia. Sua vocação eminentemente hídrica impõe, ao
longo dos séculos, a necessidade do deslocamento de seus
4 habitantes através dos rios. Muito antes da chegada dos
[...]

Domingos Savio Almeida Nogueira. In: Internet:


<www.portosenavios.com.br/artigos> (com adaptações).

QUESTÃO 4 (CESPE/2014/ANTAQ/CONHECIMENTOS BÁSICOS/NÍVEL MÉDIO)

Na linha 2, o pronome “Sua” refere-se ao antecedente “Amazônia”.

1 Como o ar, a água, as praças e a ordem democrática,


a moeda é um dos bens públicos e a sua preservação é uma das
obrigações mais importantes dos poderes políticos.
4 Cumprir essa obrigação é também proteger os pobres,
os mais indefesos diante da alta de preços. Em tempos de

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LÍNGUA PORTUGUESA

inflação elevada, o reajuste de seus ganhos é normalmente mais


7 lento que a alta do custo de vida. Além disso, eles são menos
capazes de poupar e de buscar proteção em aplicações
financeiras.

O Estado de S.Paulo, 27/2/2014.

QUESTÃO 5 (CESPE/2014/TJ-CE/NÍVEL MÉDIO)

No texto acima, o pronome “eles” (l.7) é termo coesivo que retoma o antecedente

a) “poderes políticos” (l.3).


b) “os pobres” (l.4).
c) “seus ganhos” (l.6).
d) “o ar, a água, as praças e a ordem democrática” (l.1).
e) “bens públicos” (l.2).

1 Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos


familiares e da violência doméstica assistem a situações de
violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto
4 e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e
confiança. A violência doméstica exclui e segrega os
[...]

Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em


casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações).

QUESTÃO 6 (CESPE/2015/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Na linha 1, o “que" é um elemento expletivo, empregado apenas para dar realce a “Os juízes”.

1 O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal


onde foi julgado um dos mais famosos casais acusados de
assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: as evidências
4 permitiam uma forte convicção sobre os culpados, muito antes

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LÍNGUA PORTUGUESA

do encerramento das investigações. Contudo, para torcer pela


justiça, não era necessário acampar na porta do tribunal, de
7 onde ninguém podia pressionar os jurados. [...]

Maria Rita Khel. A morte do sentido. Internet:


<www.mariaritakehl.psc.br> (com adaptações).

QUESTÃO 7 (CESPE/2013/PF/ESCRIVÃO)

O emprego dos elementos “onde” (l.2) e “de onde” (l.6-7), no texto, é próprio da linguagem
oral informal, razão por que devem ser substituídos, respectivamente, por no qual e da
qual, em textos que requerem o emprego da norma padrão escrita.

A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e


concatenados são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os
atos de comunicação, os quais são indispensáveis para que os
4 sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos
no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos
que lhes cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.

Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 8 (CESPE/2013/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO)

Na linha 3, a correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “os quais” fosse
substituída por que ou fosse suprimida, desde que, nesse último caso, fosse suprimida
também a forma verbal “são”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 9 (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS)

A substituição de “no qual” (l.3) por em que prejudica a correção gramatical do texto.

QUESTÃO 10 (CESPE/2014/TJ-SE/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

No segmento “isso então nem se fala” (l.8), a posição do pronome “se” justifica-se pela
presença de palavra de sentido negativo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

d. Revisão 2

QUESTÃO 11 (CESPE/2014/ICMBIO/NÍVEL MÉDIO)

Na oração “ele se destacou entre os colegas” (l.11), é obrigatório o uso do pronome “se” em
posição pré-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento que o antecede.

[...]
Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do
25 inquérito policial que serão coletadas as informações e as
[...]

Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do


Ministério Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio
de Janeiro: Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4.
Internet: <www.emerj.tjrj.jus.br>. (com adaptações).

QUESTÃO 12 (CESPE/2015/MPU/ANALISTA)

Em “Evidencia-se” (l.24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto


posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se evidencia.

[...]

21
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 13 (CESPE/2015/TJDFT/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CARGO 13


E 14)

Em “que a mantêm coesa e saudável" (l. 41 e 42), o deslocamento do pronome “a" para logo
após a forma verbal “mantêm" prejudicaria a correção gramatical do período.

[...]
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas
medonhas e graves sem que o meu coração se apertasse, e um
calafrio me corresse a espinha. Quando a gente se habitua
10 a venerar os decretos da Providência, sob qualquer forma que
se manifestem, quando a gente chega à idade avançada em que
a lição da experiência demonstra a verdade do que os avós
[...]
Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo: Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008, p. 7-8 (com adaptações).

QUESTÃO 14 (CESPE/2016/TCE-PA/ACE)

Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “Quando a
gente se habitua a venerar os decretos da Providência” (l. 9 e 10), fosse deslocada para
imediatamente após a forma verbal “habitua”,
escrevendo-se habitua-se.

QUESTÃO 15 (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO)

No trecho “o de que não se trata de norma penal” (l.13-14), o emprego da próclise em vez
da ênclise — não trata-se — justifica-se pela presença de palavra negativa antecedendo a
forma verbal.

1 A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações


Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus

22
LÍNGUA PORTUGUESA

territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações


4 Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher
caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por
[...]

Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado.
Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 16 (CESPE/2014/TJ-SE/NÍVEL SUPERIOR)

Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l. 2) e “a”
(l. 5) fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (l. 2) e
“apanhasse” (l. 5), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente.

[...]

13 Só no Império, em 1832, com o Código de Processo


Penal do Império, iniciou-se a sistematização das ações do
Ministério Público. Na República, o Decreto n.º 848/1890, ao
[...]

Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

QUESTÃO 17 (CESPE/2015/MPU/TÉCNICO)

Caso se substituísse “iniciou-se” (l.14) por foi iniciada, a correção gramatical do período
seria prejudicada.

23
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 18 (CESPE/2016/DPU/ANALISTA)

Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” (l.6) fosse
flexionada no plural, escrevendo-se davam.

QUESTÃO 19 (CESPE/2015/TCE-RN/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS


CARGOS 2 E 3)

O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste" (L.8) depende sintaticamente da


presença da conjunção “Embora" (L.7).

24
LÍNGUA PORTUGUESA

[...]
Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contasse
13 como tinha sido sua viagem. Ele objetou. Membros do
[...]

James Kynge. A China sacode o mundo. São Paulo: Globo, 2007 (com adaptações).

QUESTÃO 20 (CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE)

A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução “tinha sido”
(L.13) pela forma verbal fora.

25
LÍNGUA PORTUGUESA

e. Revisão 3

[...]
No passado, os escravos eram capturados e vendidos
como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populações
10 vulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico — ao
passo que a demanda por essa força de trabalho sustenta o
comércio de pessoas. [...]

Leonardo Sakamoto. O tráfico de seres humanos hoje.


In: História viva. Internet: (com adaptações).

QUESTÃO 21 (CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE)

O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “eram capturados” (L.8)
fosse substituída por foram capturados.

1 A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações


Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus
territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações
4 Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher
caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por
meramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso de
7 punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua
mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderia
ser condenado a três anos de desterro na África.
[...]

Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado.
Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 22 (CESPE/2014/TJ-SE/NÍVEL SUPERIOR)

O emprego do futuro do pretérito em “poderia” (l. 8) indica que a situação apresentada na


oração é não factual, ou seja, é hipotética.

26
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 23 (CESPE/2013/SERPRO/ANALISTA)

A correção gramatical do texto seria preservada caso o verbo permitir, no segmento “o que
exige o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e analítico que permita captar” (L.9-
10), fosse flexionado no pretérito imperfeito do mesmo modo verbal (subjuntivo):
permitisse.

[...]
O encontro terá a participação de ministros de
10 tribunais superiores, desembargadores, juízes, promotores,
advogados, delegados, diretores de tribunais e professores
universitários. Entre as palestras, painéis e mesas-redondas
13 estão programados temas a respeito de gestão, informatização,
correição virtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação,
comunicação, todos eles relacionados à justiça.

Internet: <www.trt10.jus.br> (com adaptações).

QUESTÃO 24 (CESPE/2013/TRT-10ª REGIÃO (DF E TO)/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Como o texto trata de um evento que ocorrerá no futuro, o emprego do presente do


indicativo em “estão” (L.13) está em desacordo com as exigências gramaticais de correlação
entre os tempos e modos verbais.

27
LÍNGUA PORTUGUESA

[...]

QUESTÃO 25 (CESPE/2016/TCA-PA/ACE)

No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do


indicativo indica que as ações do tenente Souza eram habituais. Tais hábitos acabam por
caracterizar o personagem.

28
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 26 (CESPE/2017/SEDF/PROFESSOR)

No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico
do movimento com o campo semântico do transporte.

QUESTÃO 27 (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO)

Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto CG1A1AAA, a conjunção
“Quando” (ℓ.14) poderia ser substituída por

a) Se.

b) Caso.

c) À medida que.

d) Mesmo se.

e) Apesar de.

29
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 28 (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO)

A correção gramatical do texto CG1A1CCC seria mantida caso

I- o termo “sob” (ℓ.7) fosse substituído por em.

II- a forma verbal “ver”, em todas as suas ocorrências no segundo parágrafo, fosse flexionada
no plural — verem.

III- a forma verbal “é” (ℓ.17) fosse suprimida.

IV- o acento indicativo de crase em “à opinião pública” (ℓ.19) fosse suprimido.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) III e IV.

30
LÍNGUA PORTUGUESA

e) I, II e III.

[...]

QUESTÃO 29 (CESPE/2012/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/TÉCNICO EM


MATERIAL E PATRIMÔNIO)

A flexão de singular na forma verbal “importava” (L.26) justifica-se por ser o sujeito da oração
indeterminado, de interpretação genérica.

[...]

QUESTÃO 30 (CESPE/2012/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TELECOMUNICAÇÕES E


ELETRICIDADE)

Na construção do sentido do texto, destaca-se a ambiguidade do vocábulo “militar”, que, no


contexto em que aparece, pode ser classificado ora como substantivo, ora como verbo.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

f. Gabarito

1 2 3 4 5

E E C C B

6 7 8 9 10

E E C E C

11 12 13 14 15

E E C C C

16 17 18 19 20

E E E C C

21 22 23 24 25

E C E E C

26 27 28 29 30

E A B E C

32
LÍNGUA PORTUGUESA

g. Breves comentários às questões

1 Especialmente no que comunica o papel da justiça


eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral, cabe a ela
garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe
4 é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas
ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente
pelo eleitor no resultado das urnas. [...]

Paola Biaggi Alves de Alencar. A concretização do direito eleitoral


a partir dos princípios constitucionais estruturantes. In: Revista
de Julgados/Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, vol. 1, 2002,
Cuiabá: TRE/MT, 2002/6 v, p. 99 (com adaptações).

QUESTÃO 1 (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO)

O pronome “lhe” (L.3) exerce a função de complemento verbal indireto na oração em que se
insere.

O pronome oblíquo átono “lhe” complementa o sentido do adjetivo “cabível”, portanto


não funciona como complemento indireto de verbo. A função do pronome é de complemento
nominal. Item errado.

[...]

33
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 2 (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS)

A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos” (l. 11 e 12), por lhe preservaria a
correção gramatical do texto.

Quanto à regência verbal, o verbo “reduzir” classifica-se, no texto em análise, como


transitivo direto e indireto, apresentando, portanto, dois complementos distintos: “o”
(complemento direto) e “a artigos” (complemento indireto). Segundo a gramática da língua
portuguesa, o pronome oblíquo “o” e suas variações somente exerce função de objeto direto,
enquanto o pronome “lhe” e variações, de objeto indireto. Desta forma, não há como
substituir um pronome pelo outro. Item errado.

QUESTÃO 3 (CESPE/2016/FUNPRESP-EXE/CONHECIMENTOS BÁSICOS)

O sujeito da oração 'também aceita trabalho' (l.20) está elíptico e se refere a 'Amadeu Amaral
Júnior' (l.18), o que justifica o emprego da forma verbal “aceita" na terceira pessoa do
singular.

Tem-se aqui um caso de coesão referencial, em que há um componente no texto que


faz remissão a outro no mesmo plano textual. A elipse, também considerada como “pronome
nulo” ou “categoria vazia”, foi o recurso utilizado para a retomada do referente “Amadeu
Amaral Junior” pela forma verbal “aceita”. Item certo.

1 Um dos principais desafios para o Brasil é conhecer


a Amazônia. Sua vocação eminentemente hídrica impõe, ao

34
LÍNGUA PORTUGUESA

longo dos séculos, a necessidade do deslocamento de seus


4 habitantes através dos rios. Muito antes da chegada dos
[...]

Domingos Savio Almeida Nogueira. In: Internet:


<www.portosenavios.com.br/artigos> (com adaptações).

QUESTÃO 4 (CESPE/2014/ANTAQ/CONHECIMENTOS BÁSICOS/NÍVEL MÉDIO)

Na linha 2, o pronome “Sua” refere-se ao antecedente “Amazônia”.

O pronome possessivo “Sua” foi utilizado como elemento de coesão anafórica. Ou seja,
ele retomou um termo antecedente. Esse termo é o substantivo “Amazônia”. Item certo.

1 Como o ar, a água, as praças e a ordem democrática,


a moeda é um dos bens públicos e a sua preservação é uma das
obrigações mais importantes dos poderes políticos.
4 Cumprir essa obrigação é também proteger os pobres,
os mais indefesos diante da alta de preços. Em tempos de
inflação elevada, o reajuste de seus ganhos é normalmente mais
7 lento que a alta do custo de vida. Além disso, eles são menos
capazes de poupar e de buscar proteção em aplicações
financeiras.

O Estado de S.Paulo, 27/2/2014.

QUESTÃO 5 (CESPE/2014/TJ-CE/NÍVEL MÉDIO)

No texto acima, o pronome “eles” (l.7) é termo coesivo que retoma o antecedente

a) “poderes políticos” (l.3).


b) “os pobres” (l.4).
c) “seus ganhos” (l.6).
d) “o ar, a água, as praças e a ordem democrática” (l.1).
e) “bens públicos” (l.2).

35
LÍNGUA PORTUGUESA

Depreende-se da leitura do texto que o termo retomado pelo pronome “eles” é “os
pobres”, outro exemplo de coesão anafórica. Letra “b”.

1 Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos


familiares e da violência doméstica assistem a situações de
violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto
4 e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e
confiança. A violência doméstica exclui e segrega os
[...]

Theresa Karina de Figueiredo Gaudêncio Barbosa. Paz em


casa. In: Correio Braziliense, 26/2/2015 (com adaptações).

QUESTÃO 6 (CESPE/2015/TJ-DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Na linha 1, o “que” é um elemento expletivo, empregado apenas para dar realce a “Os juízes”.

Um elemento expletivo é aquele que pode ser retirado da frase sem causar qualquer
problema à estrutura sintática dela e ao seu entendimento também. Veja este exemplo: Nós
é que fizemos o serviço todo! Agora analise a mesma frase sem a expressão em negrito:
Nós fizemos o serviço todo! Percebeu como a ausência dela não prejudica a correção e o
sentido do texto? Já o “que” na linha 1 do texto não pode ser retirado sem causar prejuízo à
sintaxe e à semântica da frase. Ele é um pronome relativo, retoma o antecedente “juízes”,
introduz a oração subordinada adjetiva restritiva “que se deparam com o tema dos conflitos
familiares e da violência doméstica” e funciona sintaticamente como sujeito do verbo
deparar-se. Item errado.

1 O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal


onde foi julgado um dos mais famosos casais acusados de
assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: as evidências
4 permitiam uma forte convicção sobre os culpados, muito antes
do encerramento das investigações. Contudo, para torcer pela

36
LÍNGUA PORTUGUESA

justiça, não era necessário acampar na porta do tribunal, de


7 onde ninguém podia pressionar os jurados. [...]

Maria Rita Khel. A morte do sentido. Internet:


<www.mariaritakehl.psc.br> (com adaptações).

QUESTÃO 7 (CESPE/2013/PF/ESCRIVÃO)

O emprego dos elementos “onde” (l.2) e “de onde” (l.6-7), no texto, é próprio da linguagem
oral informal, razão por que devem ser substituídos, respectivamente, por no qual e da
qual, em textos que requerem o emprego da norma padrão escrita.

Isso não faz sentido. O elemento “onde” foi utilizado como pronome relativo nas duas
ocorrências. No primeiro caso, substitui o nome “tribunal” (o lugar do julgamento); no
segundo, o termo “porta do tribunal” (lugar de onde partia a pressão). Em ambos os casos,
a ideia de lugar está muito clara. Tudo está de acordo com a norma padrão escrita da Língua
Portuguesa. Observe estas construções: No tribunal foi julgado um dos mais famosos casais
acusados de assassinato no país e Da porta do tribunal ninguém podia pressionar os
jurados. Item errado.

A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e


concatenados são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os
atos de comunicação, os quais são indispensáveis para que os
4 sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos
no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos
que lhes cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.

Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 8 (CESPE/2013/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO)

Na linha 3, a correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “os quais” fosse
substituída por que ou fosse suprimida, desde que, nesse último caso, fosse suprimida
também a forma verbal “são”.

37
LÍNGUA PORTUGUESA

Caso você não esteja seguro, sugiro que faça a reescritura durante a prova. Perca um
minuto, mas ganhe o precioso ponto. Item certo.

– Entre eles, estão os atos de comunicação, que são indispensáveis... (os


relativos que e o qual são equivalentes, podendo haver a substituição proposta pelo
examinador).

–Entre eles, estão os atos de comunicação, indispensáveis... (a ausência


do pronome relativo e do verbo não prejudica a correção gramatical, apenas faz desaparecer
a oração adjetiva).

QUESTÃO 9 (CESPE/2015/FUB/CONHECIMENTOS BÁSICOS)

A substituição de “no qual” (l.3) por em que prejudica a correção gramatical do texto.

Não há nenhum prejuízo nessa substituição. As expressões analisadas são


perfeitamente permutáveis entre si. Em que (preposição e pronome relativo) equivale a em
+ o qual (preposição e pronome relativo). Item errado.

QUESTÃO 10 (CESPE/2014/TJ-SE/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

No segmento “isso então nem se fala” (l.8), a posição do pronome “se” justifica-se pela
presença de palavra de sentido negativo.

38
LÍNGUA PORTUGUESA

Sim, este é um caso obrigatório de próclise e tem a ver com o que foi exposto na alínea
“a” do referido assunto. A palavra de sentido negativo é “nem”. De vez em quando, este tipo
de questão aparece. Item certo.

QUESTÃO 11 (CESPE/2014/ICMBIO/NÍVEL MÉDIO)

Na oração “ele se destacou entre os colegas” (l.11), é obrigatório o uso do pronome “se” em
posição pré-verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento que o antecede.

Estar “em posição pré-verbal” é estar numa posição proclítica ou, simplesmente, antes
do verbo. Esse é o caso do pronome oblíquo átono “se”. Mas não se trata de um caso
obrigatório de próclise, conforme mencionou o examinador. Observe no quadro acima. O
pronome pessoal do caso reto “ele” não atrai o pronome oblíquo átono. Portanto o pronome
também poderia surgir depois do verbo, isto é, numa posição enclítica: “ele destacou-se
entre os colegas”. Item errado.

[...]
Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do
25 inquérito policial que serão coletadas as informações e as
[...]

Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do


Ministério Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio
de Janeiro: Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4.
Internet: <www.emerj.tjrj.jus.br>. (com adaptações).

QUESTÃO 12 (CESPE/2015/MPU/ANALISTA)

Em “Evidencia-se” (l.24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto


posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se evidencia.

A substituição proposta faria com que a oração começasse com pronome oblíquo átono,
o que não é permitido pela gramática normativa. Item errado.

39
LÍNGUA PORTUGUESA

[...]

QUESTÃO 13 (CESPE/2015/TJDFT/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CARGO 13


E 14)

Em “que a mantêm coesa e saudável" (l. 41 e 42), o deslocamento do pronome “a" para logo
após a forma verbal “mantêm" prejudicaria a correção gramatical do período.

O pronome relativo “que” dá início a uma oração subordinada adjetiva restritiva.


Segundo as regras de colocação pronominal, há a obrigação de um posicionamento proclítico
do pronome “a” em relação ao verbo, decorrente da natureza desta oração, não permitindo
outro lugar de inserção deste pronome. Item certo.

[...]
Eu não lhe podia ouvir tais leviandades em coisas
medonhas e graves sem que o meu coração se apertasse, e um
calafrio me corresse a espinha. Quando a gente se habitua
10 a venerar os decretos da Providência, sob qualquer forma que
se manifestem, quando a gente chega à idade avançada em que
a lição da experiência demonstra a verdade do que os avós
[...]

40
LÍNGUA PORTUGUESA

Inglês de Sousa. A feiticeira. São Paulo: Ed. Difusão Cultural do Livro, 2008, p. 7-8 (com adaptações).

QUESTÃO 14 (CESPE/2016/TCE-PA/ACE)

Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “Quando a
gente se habitua a venerar os decretos da Providência” (l. 9 e 10), fosse deslocada para
imediatamente após a forma verbal “habitua”,
escrevendo-se habitua-se.

A partícula “se” integra uma oração subordinada adverbial. Observe a conjunção


subordinativa “quando”. Isso faz com que o pronome seja empregado numa posição
proclítica em relação ao verbo “habitua”. Item certo.

QUESTÃO 15 (CESPE/2013/TRE-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO)

No trecho “o de que não se trata de norma penal” (l.13-14), o emprego da próclise em vez
da ênclise — não trata-se — justifica-se pela presença de palavra negativa antecedendo a
forma verbal.

Temos aqui um caso obrigatório de próclise, por causa da presença do advérbio


negativo não. Item certo.

1 A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações


Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus
territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações
4 Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher
caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por
[...]

Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado.
Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 16 (CESPE/2014/TJ-SE/NÍVEL SUPERIOR)

41
LÍNGUA PORTUGUESA

Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l. 2) e “a”
(l. 5) fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (l. 2) e
“apanhasse” (l. 5), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente.

No texto, a próclise dos pronomes destacados é obrigatória, pois o pronome relativo


“que” e a conjunção subordinativa “caso” os atraem. A formação da ênclise, como sugere o
examinador, traria prejuízo à correção gramatical. Item errado.

[...]

13 Só no Império, em 1832, com o Código de Processo


Penal do Império, iniciou-se a sistematização das ações do
Ministério Público. Na República, o Decreto n.º 848/1890, ao
[...]

Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

QUESTÃO 17 (CESPE/2015/MPU/TÉCNICO)

Caso se substituísse “iniciou-se” (l.14) por foi iniciada, a correção gramatical do período
seria prejudicada.

A estrutura original constitui voz passiva sintética (ou pronominal). Observe que ela é
formada por VTD + SE. A substituição proposta apenas mudaria a voz passiva sintética em
analítica (ou verbal). Observe que até a concordância entre o particípio iniciada e o
substantivo “sistematização” (núcleo do sujeito paciente) seria respeitada. Portanto não
haveria prejuízo algum. Item errado.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 18 (CESPE/2016/DPU/ANALISTA)

Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” (l.6) fosse
flexionada no plural, escrevendo-se davam.

O surgimento da lide é que “dava” início a situações. Infere-se que o chamamento da


jurisdição ocorre posteriormente. Assim, o verbo “dava”, flexionado no plural (davam), se
relacionaria a dois correferentes textuais (o surgimento e o chamamento), resultando em
prejuízo para o texto, já que não há simultaneidade na atuação dos correferentes. Item
errado.

43
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 19 (CESPE/2015/TCE-RN/CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS


CARGOS 2 E 3)

O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste" (L.8) depende sintaticamente da


presença da conjunção “Embora" (L.7).

A conjunção “embora” exprime uma característica de contrariedade entre a oração


subordinada (a fiscalização de contas conste) e a principal (foi na Grécia que se configurou),
sem, contudo, estabelecer a anulação de uma delas. Por apresentar caráter concessivo, a
expressão verbal “conste” é conjugada no presente do subjuntivo, conferindo à oração um
caráter de dependência em relação à oração principal. Item certo.

44
LÍNGUA PORTUGUESA

[...]
Pedi a um dos homens ao lado da parede que me contasse
13 como tinha sido sua viagem. Ele objetou. Membros do
[...]

James Kynge. A China sacode o mundo. São Paulo: Globo, 2007 (com adaptações).

QUESTÃO 20 (CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE)

A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução “tinha sido”
(L.13) pela forma verbal fora.

A locução “tinha sido” constitui o tempo composto do verbo ser. Repare que o verbo
auxiliar é o ter e o verbo principal está no particípio. Em que tempo e modo está conjugado
o verbo auxiliar? Ele, sozinho, está conjugado no pretérito imperfeito do indicativo. Como se
trata de tempo composto, dizemos que o verbo auxiliar foi usado para formar o pretérito
mais-que-perfeito composto do verbo ser. Saiba, então, que o PI (pretérito imperfeito
simples) da origem ao PMP (pretérito mais-que-perfeito composto).
Se a locução representa o pretérito mais-que-perfeito (composto) do verbo ser, a sua
forma simples correspondente é fora, que está no mesmo tempo e modo. Item certo.

[...]
No passado, os escravos eram capturados e vendidos
como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populações
10 vulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico — ao
passo que a demanda por essa força de trabalho sustenta o
comércio de pessoas. [...]

Leonardo Sakamoto. O tráfico de seres humanos hoje.


In: História viva. Internet: (com adaptações).

QUESTÃO 21 (CESPE/2014/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE)

O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “eram capturados” (L.8)
fosse substituída por foram capturados.

45
LÍNGUA PORTUGUESA

A forma verbal “eram” (pretérito imperfeito do indicativo) transmite a ideia de que o


fato ocorria habitualmente. Mas a forma foram exprime que o mesmo fato foi perfeitamente
concluído, sem noção de continuidade. Portanto o sentido original seria alterado. Item
errado.

1 A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações


Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus
territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações
4 Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher
caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por
meramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso de
7 punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua
mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderia
ser condenado a três anos de desterro na África.
[...]

Ricardo Westin e Cintia Sasse. Dormindo com o inimigo. In: Jornal do Senado.
Brasília, 4/jul./2013, p. 4-5. Internet: <www.senado.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 22 (CESPE/2014/TJ-SE/NÍVEL SUPERIOR)

O emprego do futuro do pretérito em “poderia” (l. 8) indica que a situação apresentada na


oração é não factual, ou seja, é hipotética.

Sim, é isso mesmo. O trecho transmite uma hipótese ou possibilidade de ocorrência de


um fato (a condenação mencionada). Esse é mais um aspecto característico do futuro do
pretérito. Item certo.

QUESTÃO 23 (CESPE/2013/SERPRO/ANALISTA)

A correção gramatical do texto seria preservada caso o verbo permitir, no segmento “o que
exige o desenvolvimento de um novo quadro conceitual e analítico que permita captar” (L.9-
10), fosse flexionado no pretérito imperfeito do mesmo modo verbal (subjuntivo):
permitisse.

46
LÍNGUA PORTUGUESA

Você não precisa do texto. Basta observar que não existe harmonia entre as ideias
expressas pelas formas verbais “exige” e permitisse. O presente do indicativo expressa um
fato real cuja realização é averiguada no momento do discurso. Porém o pretérito imperfeito
do subjuntivo expressa um fato hipotético cuja realização, verificada no passado, depende
de outro fato que não se realizou. Eis uma proposta de correção que respeita a correlação
verbal: “o que exigiria (futuro do pretérito do indicativo) o desenvolvimento de um novo
quadro conceitual e analítico que permitisse (pretérito imperfeito do subjuntivo) captar” Item
errado.

[...]
O encontro terá a participação de ministros de
10 tribunais superiores, desembargadores, juízes, promotores,
advogados, delegados, diretores de tribunais e professores
universitários. Entre as palestras, painéis e mesas-redondas
13 estão programados temas a respeito de gestão, informatização,
correição virtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação,
comunicação, todos eles relacionados à justiça.

Internet: <www.trt10.jus.br> (com adaptações).

QUESTÃO 24 (CESPE/2013/TRT-10ª REGIÃO (DF E TO)/TÉCNICO JUDICIÁRIO)

Como o texto trata de um evento que ocorrerá no futuro, o emprego do presente do


indicativo em “estão” (L.13) está em desacordo com as exigências gramaticais de correlação
entre os tempos e modos verbais.

A correlação verbal deve contribuir com a expressão de ideias lógicas, coerentes entre
si. Assim sendo, não se percebe problema no emprego do presente do indicativo em “estão”
(l. 13). Note que a forma verbal faz parte de uma locução que traz o particípio do verbo
programar (= traçar planos para a realização de algo posterior, planejar). Tal valor
semântico exprime a ideia de que os temas das palestras, dos painéis e das mesas-redondas
futuras estão previamente estabelecidos. Nisso não há incoerência. Item errado.

47
LÍNGUA PORTUGUESA

[...]

QUESTÃO 25 (CESPE/2016/TCA-PA/ACE)

No último parágrafo do texto, o emprego das formas verbais no pretérito imperfeito do


indicativo indica que as ações do tenente Souza eram habituais. Tais hábitos acabam por
caracterizar o personagem.

A questão explorou o emprego do pretérito imperfeito do indicativo, que pode expressar


– entre outros aspectos - fato que ocorria habitualmente, como de fato indicou no texto em
que ocorre. Item certo.

48
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 26 (CESPE/2017/SEDF/PROFESSOR)

No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico
do movimento com o campo semântico do transporte.

Cuidado com o “canto da sereia”! O examinador até elaborou um bonito enunciado,


mas que não corresponde aos fatos. A forma verbal “vir”, no texto, é a forma flexionada do
verbo ver na terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo. Não tem a ver com esse
tal jogo de palavras inventado pela banca. Item errado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 27 (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO)

Sem prejuízo para a coerência e para a correção gramatical do texto CG1A1AAA, a conjunção
“Quando” (ℓ.14) poderia ser substituída por

a) Se.

b) Caso.

c) À medida que.

d) Mesmo se.

e) Apesar de.

Não analise simplesmente a troca de um conectivo por outro. O sentido das palavras
tem a ver com o seu uso efetivo na frase, e o sentido desta está atrelado ao contexto.
Portanto note que a ideia transmitida pelo parágrafo sugere uma hipótese a se concretizar
mediante certa condição. Entre as alternativas, apenas as conjunções “se” e “caso”
favorecem a manutenção de condição. Porém a segunda exige que a forma verbal
“conduzirem” seja flexionada no presente do subjuntivo: “Caso os descaminhos não
conduzam a isso” – o que não foi mencionado pelo examinador. Então a única opção
realmente válida é a primeira.

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 28 (CESPE/2017/PJC-MT/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO)

A correção gramatical do texto CG1A1CCC seria mantida caso

I- o termo “sob” (ℓ.7) fosse substituído por em.

II- a forma verbal “ver”, em todas as suas ocorrências no segundo parágrafo, fosse flexionada
no plural — verem.

III- a forma verbal “é” (ℓ.17) fosse suprimida.

IV- o acento indicativo de crase em “à opinião pública” (ℓ.19) fosse suprimido.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) III e IV.

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LÍNGUA PORTUGUESA

e) I, II e III.

Na dúvida, sugiro trilhar o caminho mais fácil. No item II, o verbo “ver” não pode ser
flexionado no plural porque o seu sujeito é um termo no singular: “o homem” (l. 10). Descarte
as opções A, C e E. Observe agora o item IV e pense como ficaria o trecho caso a expressão
feminina “opinião pública” fosse substituída por outra no gênero masculino: “coragem de
apontá-la ao clamor público”. Se eu uso ao diante do masculino, uso à diante do feminino.
Então o assento grave indicativo de crase deve ser mantido. Descarte a letra D também.

[...]

QUESTÃO 29 (CESPE/2012/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/TÉCNICO EM


MATERIAL E PATRIMÔNIO)

A flexão de singular na forma verbal “importava” (L.26) justifica-se por ser o sujeito da oração
indeterminado, de interpretação genérica.

O verbo “importava” está na terceira pessoa do singular porque concorda com o sujeito
oracional “descobrir e estudar” (l. 27). Basta fazer a boa e velha pergunta ao verbo: “O que
importava?”. A resposta é o sujeito: “Descobrir e estudar”. Entenda assim, para melhor
compreensão: descobrir e estudar importava. Como se percebe, o sujeito está bem
determinado na passagem. Na aula sobre concordância verbal, veremos que o verbo se
flexiona na terceira pessoa do singular quando o sujeito, mesmo sendo composto, é oracional
(apresenta verbo em sua estrutura). Item errado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

[...]

QUESTÃO 30 (CESPE/2012/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TELECOMUNICAÇÕES E


ELETRICIDADE)

Na construção do sentido do texto, destaca-se a ambiguidade do vocábulo “militar”, que, no


contexto em que aparece, pode ser classificado ora como substantivo, ora como verbo.

Como substantivo, o vocábulo “militar” significa integrante de uma das Forças


Armadas. Como verbo, significa seguir uma carreira, ou atuar em um partido, uma
organização etc. Portanto é possível entender que o jornalista aproveitou a oportunidade
para reclamar da intromissão das Forças Armadas na liberdade de imprensa ou para, a
exemplo do coronel, desabafar sobre as dificuldades da sua própria atividade profissional.
Item certo.

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