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então?
Flavia Gamonar
O mercado mudou, a tecnologia evoluiu, novas gerações estão
ditando mudanças em diversas áreas. Junto com o novo, o velho e
tradicional modo de fazer um curriculum vitae morreu. Pois é, sem
dó, nem piedade. E quem continuar apostando nas velhas práticas,
pode se dar mal.
Isso não quer dizer que este documento não continue sendo pedido
e que os candidatos devem deixar de fazê-lo, mas as coisas
mudaram bastante e neste artigo vou apresentar algumas ideias
para fugir do clichê e ser visto em meio a tantos candidatos.
1
mexer no computador". Nesse formato digital escrevíamos mais do
que devíamos, ou menos do que o necessário. A formatação não
ajudava, as informações ficavam estranhas e desorganizadas e só
quem era expert na ferramenta - e com pensamento bem claro e
organizado - conseguia fazer um currículo legalzinho em .doc.
Um amontoado de promessas
Por muito tempo o currículo resumiu-se a um amontoado de
informações e promessas, muitas vezes vazias, às vezes
enchedoras de linguiça, às vezes reais e às vezes aumentadas.
Tudo o que importou por muito tempo foi a quantidade excessiva
de informações e experiências descritas ali. E como é hoje? Não
necessariamente a quantidade enorme de itens listados significará
que alguém é bom. Nem sempre o que estudou numa instituição
renomada é melhor que o que buscou cursos na internet e estudou
sozinho. E se pensarmos em novas gerações, veremos saídas
rápidas de empregos, porque estamos diante de um pessoal que
pensa diferente: não é salário que vai prendê-los a um emprego.
2
Por muitos anos nos acostumamos com currículo repletos de títulos
de cargos que não nos diziam muito sobre a atuação do candidato,
vimos cursos ou experiências "nada a ver" com a vaga pretendida.
Vimos números de CPF, fotos e citações que não cabiam naquele
momento. Cada um fez seu currículo como quis, alguns acertaram
e causaram boa impressão, outros erraram feio e foram eliminados
logo de cara, porque imagino, se o currículo já era desorganizado e
esquisito, o candidato devia ser também.
3
Sou professora universitária e, por isso, acabo conhecendo
bastante gente. Meu marido também é. Existe algo ai que eu quero
revelar: já deixei de chamar pra entrevista ou contratar gente que
talvez fosse boa tecnicamente, mas que quando eu me lembrei de
algum comportamento que vi naquela pessoa quando ela foi meu
aluno ou mesmo quando meu marido me disse que não era um
bom aluno, desisti na hora.
A hora da entrevista
Bem, ai a pessoa vai para a entrevista e a verdade começa a ser
revelada. Em alguns casos o currículo era vago ou malfeito, mas a
pessoa se revelou um ótimo perfil. Deu sorte de ter sido chamada,
o currículo ruim poderia ter pesado contra.
4
Conheci gente que foi contratada para uma vaga que não existia,
ele a criou. Enviou um e-mail para o CEO ou diretor do negócio
apresentando uma solução para algo ou algum tipo de análise
sobre o negócio ou website do lugar e voilá, ganhou uma vaga. E
muita gente foi vista a partir de artigos publicados no LinkedIn
Pulse, por exemplo. É uma ferramenta que pode trazer uma
visibilidade incrível ao profissional se for bem usada (no meu caso
eu fiquei surpresa ao alcançar 10 mil pessoas me seguindo e
diversas propostas de trabalho ou participação em eventos,
pessoas que leram meus artigos e gostaram deles).
É por isso que o LinkedIn não deve ser usado como fazem do
currículo tradicional. Não basta preencher: mostre-se, escreva um
artigo. Dê a cara a tapa! Um portfolio também é muito potente,
porque dependendo da área é preciso ver o que a pessoa foi capaz
de realizar.
5
candidato? E como recrutador, você está aberto a novos
modelos e processos?
Como a entrega de um documento para sinalizar seu interesse em
uma entrevista ainda é exigida, veja algumas sugestões para sair
do clichê e fazer um currículo bem mais atrativo:
No LinkedIn:
Complete seu perfil com o máximo de informações possíveis;
Tenha sempre uma foto, esses perfis são mais vistos. Atualize-
se a cada 3 meses, mais ou menos, para mantê-la parecida com
sua aparência atual;
As fotos devem ser profissionais (acredite, tem gente que põe
foto sem roupa, ressaltando o bíceps, com o cônjuge);
6
Se quiser um currículo em forma de infográfico utilize
o http://vizualize.me/ conectado ao seu Linkedin e veja que
maravilha ele cria pra você!
Veja um exemplo:
7
Outra ferramenta incrível:
Trakto.io http://app.trakto.io/ permite criar um currículo lindo e
incrível, inclusive com vídeo de apresentação!
Fiz um post outro dia contando como foi minha visita ao LinkedIn
Brasil.Aproveitei pra perguntar algumas boas práticas para eles,
colo aqui o que o próprio LinkedIn recomenda:
Conversa com a Juliana do LinkedIn: dicas sobre seu perfil!
A Juliana disse que quanto mais preenchido e completo for
seu perfil no Linkedin, melhor! A ferramenta tem algoritmos que
buscam em todo o seu perfil palavras-chave, portanto, cada
informação que você inserir faz a diferença. Infelizmente no Brasil
a qualidade da informação colocada em currículos não é muito boa,
precisamos melhorar, porque os favorecidos seremos nós mesmos;
8
Linkedin não é usado apenas pra conseguir emprego não, viu
gente. Hoje a maioria dos usuários usa a rede social para trocar
conhecimentos e acessar conteúdos especializados de
profissionais;
9
A Juliana recomendou que no momento de preencher seu
perfil procurar pensar como o recrutador pensaria. O que ele
poderia buscar? O que seria interessante para ele ler? Que
informações ele gostaria de obter sobre aquele candidato que o
ajudariam a tomar uma decisão?
É isso ;)
Flavia Gamonar
Professora Mestra em Mídia e Tecnologia pela Unesp de Bauru
atuando como professora universitária e gerente de
marketing. Especialista em marketing de conteúdo e pesquisadora
apaixonada sobre tendências digitais, marketing, mídias sociais,
inovação e empreendedorismo.
Ministra cursos, palestras e consultoria.
Minha página no LinkedIn
http://brasil.elpais.com/brasil/2013/10/24/estilo/1382639531_
448043.html?id_externo_rsoc=whatsapp
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