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05 O Processo
05.1 – Introdução
Processo e procedimento
Noções iniciais:
O processo, do latim procedere (seguir adiante), é uma sequência de atos interdependentes,
destinados a solucionar um litígio, com a respectiva vinculação do juiz e das partes a uma
série de direitos e obrigações. O procedimento é uma simples sucessão de atos processuais,
mas é o modo pelo qual o processo anda, ou seja, a maneira pela qual se encadeiam os atos
do processo (rito, ou o andamento do processo). Não há processo sem procedimento.
Para Chiovenda, o Processo Civil consiste num complexo dos atos coordenados ao objetivo
da atuação da vontade da lei (com respeito a um bem que se pretende garantido por ela), por
parte dos órgãos da jurisdição ordinária.
Prevalece este entendimento porque o processo não se reduz a mero procedimento, ou mera
sucessão de atos. Processo é uma complexa ligação jurídica entre os sujeitos que nela
desenvolvem atividades.
Noções gerais
Sendo um instrumento para a resolução imparcial dos conflitos que se verificam na vida
social, o processo apresenta, necessariamente, pelo menos três sujeitos: o autor e o réu, nos
pólos contrastantes da relação processual, como sujeitos parciais; e como sujeito imparcial,
o juiz representando o interesse coletivo orientado para a justa resolução do litígio. Este
quadro simplificado do processo, porém, deixa de contemplar certos aspectos importantes,
os quais são:
atuam ao lado do juiz, órgãos auxiliares da Justiça;
é indispensável também a participação do advogado, uma vez que as partes, não o
sendo, são legalmente impedidos de postular diretamente por seus direitos;
pode haver pluralidade de autores (litisconsórcio ativo), de réus (litisconsórcio
passivo), ou de autores e réus simultaneamente (litisconsórcio misto ou recíproco),
além da intervenção de terceiros em processo pendente, com a consequente maior
complexidade do processo;
a lei permite a substituição das partes ou acréscimo (intervenção de terceiros), que
pode assumir a forma de oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide,
chamamento ao processo ou assistência.
Além de autor e réu, as partes podem ter outras nomenclaturas, dependendo da fase processual
em que se encontram, tais como nos incidentes processuais de exceção (excipiente e excepto),
agravo (agravante e agravado), apelação (apelante e apelado) e embargos (embargante e
embargado). No processo de execução as partes são chamadas de exequente e executado, e,
no processo cautelar, de requerente e requerido. No procedimento de jurisdição voluntária, há
apenas interessados.
As partes
Noções iniciais:
Partes são os sujeitos parciais do processo, ou seja, as pessoas que pedem ou em face das
quais se pede, em nome próprio, a tutela jurisdicional.
Substituto processual:
O substituto processual também é parte. Considera-se substituto processual aquele que é
autorizado a pleitear, em nome próprio, direito alheio (CPC, art. 6°), como o autor de ação
popular, que não pleiteia um direito pessoal, mas coletivo (CF, art. 5°, LXXIII), ou o gestor
de negócios, que age no interesse do gerido (CC, art. 861) A decisão proferida na causa em
que atua o substituto processual faz coisa julgada para este e para o substituído.
Pluralidade de partes:
Normalmente participam do processo apenas duas partes, um autor e um réu. Muitas vezes,
porém, ocorre o litisconsórcio, com mais de um autor ou mais de um réu. Além disso, existe
a intervenção de terceiros, em que certas pessoas ingressam no processo para auxiliar ou
excluir as partes.
Os procuradores
Noções iniciais:
A postulação é promovida privativamente pelo advogado em nome de seu cliente. A
Constituição Federal de 1988 prescreve em seu art. 133 que: “o advogado é indispensável à
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei”. A presença do advogado em juízo é imprescindível para que se
realize o contraditório plenamente, já que já exigência de conhecimentos técnicos e
científicos especiais para se postular em juízo, por isto o Código estabelece que a parte será
representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Será lícito a parte, no entanto,
postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de
advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver (CPC, art. 36).
Mandato:
Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a postular em juízo. Poderá,
todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem
como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado
se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de
15 dias, prorrogável até outros 15, por despacho do juiz. (CPC, art. 37)
Procuração geral:
A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber
citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar
Litisconsórcio
Litisconsórcio:
Denomina-se litisconsórcio a ocorrência processual onde duas ou mais pessoas litigam, no
mesmo processo, e do mesmo lado, no pólo ativo ou passivo da ação (art. 46 CPC), ou seja,
quando há mais de um autor ou mais de um réu, havendo comunhão de interesses, conexão
de causas ou afinidade de questões. Litisconsórcio, portanto, significa consórcio na lide.
CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
Quanto à posição das partes ativo: mais de um autor;
passivo: mais de um réu;
misto ou recíproco: mais de um autor e mais de um réu.
Quanto ao momento em que inicial: a pluralidade é verificada no início da ação;
se estabelece a sua formação ulterior: a pluralidade é verificada em momento posterior
da ação.
Quanto aos efeitos da decisão simples: é aquele em que a decisão pode ser diferente
para cada um dos litisconsortes;
unitário: é aquele em que o juiz tem de decidir a questão
de modo igual para todos os autores e todos os réus, não
podendo a sentença ser procedente para uns e
improcedente para outros.
Quanto à obrigatoriedade da facultativo: é o que pode ser adotado voluntariamente
formação pelas partes; subdivide-se em facultativo unitário e
facultativo simples;
necessário: é aquele em que a ação só pode ser
proposta por duas ou mais pessoas ou contra duas ou
mais pessoas, por não ser possível a formação da relação
processual sem a pluralidade de partes; a obrigatoriedade
do litisconsórcio deriva da lei ou da natureza da relação
jurídica (ex.: dissolução de sociedade, em que devem ser
citados todos os sócios); subdivide-se também em unitário
e simples.
Regimes do litisconsórcio:
Conforme o tipo de litisconsórcio, diverso será o seu regime jurídico e as consequencias que
poderão advir para as partes. Por isso, é necessário lembrar sempre a distinção entre as
modalidades de litisconsórcio.
Litisconsórcio facultativo:
Disposição contida no art. 46 do CPC estabelece as hipóteses em que duas ou mais pessoas
podem (é uma faculdade) litigar conjuntamente no mesmo processo, ativa ou passivamente.
Essa possibilidade pode ocorrer:
entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
Noções gerais
Em princípio, a sentença só produz efeito entre as partes. Em certos casos, porém, ainda que
de modo indireto, esse efeito pode recair sobre os interesses de pessoas estranhas ao
processo. Por isso, em dadas circunstâncias, a lei permite ou determina o ingresso de
terceiros no processo, para ajudar as partes ou para excluí-las. Estes terceiros passam então
a ser também partes no processo. Essa chamada intervenção de terceiros pode assumir a
formas de:
assistência;
oposição;
nomeação à autoria;
denunciação da lide;
chamamento ao processo.
Assistência
Noções iniciais:
Alguém que tenha interesse jurídico na vitória de um dos litigantes pode entrar no processo
para prestar colaboração a uma das partes, como assistente ou colocando-se ao lado do
autor, ou ao lado do réu, para auxiliá-lo. A assistência poderá ser:
simples: quando o direito do assistente não estiver diretamente envolvido no
processo, como da hipótese de um fiador que intervenha em auxílio do devedor (CPC,
art. 50);
litisconsorcial: se a sentença tiver de ser uniforme, envolvendo diretamente também
o direito do assistente, como no caso de um condômino em coisa indivisa que
intervenha em auxílio de outro condômino (CPC, art. 54).
Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 51 a 53 do Código de Processo Civil. Não havendo
impugnação dentro de 5 dias, o pedido do assistente será deferido. Se qualquer das partes
Oposição
Noções iniciais:
A oposição consiste na intervenção de um terceiro para excluir uma das partes, ou ambas, e
para pleitear para si, no todo ou em parte, a coisa ou o direito discutido no processo.
Exemplos:
A move uma ação de cobrança contra B, C intervém como opoente e alega que o
crédito é dele e não de A;
A e B litigam sobre uma gleba de terras, C intervém como opoente e alega que a gleba
não é de nenhum dos dois, mas dele.
CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL
Art. 56 - Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e
réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
O Código de Processo Civil atual (art. 56) não se refere mais à necessidade de exclusão de
ambas as partes, para a admissão da oposição, como fazia o antigo Código. O opoente age
para fazer valer direito próprio incompatível com o direito das partes ou de uma delas. Deve-
se advertir, porém, que há doutrinadores e julgados que não admitem a oposição que exclua
um só dos litigantes.
Nomeação à autoria
Noções iniciais:
A nomeação à autoria é uma modalidade de intervenção cujo objetivo é introduzir no
processo pessoa que deveria estar originariamente na demanda procurando assim corrigir a
legitimidade passiva da ação. O intuito é trazer para o processo o verdadeiro proprietário,
possuidor ou responsável, excluindo ou diminuindo a responsabilidade daquele que possui
ou age em nome de outrem. Exemplo: A, como inquilino, é acionado pela Prefeitura, para
demolir parte da edificação. A deve, obrigatoriamente, nomear a autoria o proprietário B.
Hipóteses:
São duas hipóteses:
Dá-se a nomeação à autoria quando, proposta a demanda sobre uma coisa, o réu alegar
que não a possui em nome próprio, mas em nome alheio, indicando o respectivo
proprietário ou possuidor, contra quem deveria voltar-se a ação. (CPC, art. 62)
Aplica-se também a mesma solução no caso de quem causa um prejuízo e alega que
praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro. (CPC, art. 63)
Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 64 a 68 do Código de Processo Civil:
Nas duas hipóteses de nomeação à autoria, o réu requererá a nomeação no prazo para
a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspenderá o processo e mandará ouvir o autor no
prazo de 5 dias. (CPC, art. 64)
Aceitando o nomeado, ao autor incumbirá promover-lhe a citação; recusando-o, ficará
sem efeito a nomeação. (CPC, art. 65)
Se o nomeado reconhecer a qualidade que lhe é atribuída, contra ele correrá o
processo; se a negar, o processo continuará contra o nomeante. (CPC, art. 66)
Responsabilidade:
Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação: (CPC, art. 69)
deixando de nomear à autoria, quando lhe competir;
nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada.
Denunciação da lide
Noções iniciais:
A denunciação da lide é um instituto guiado pelo princípio da economia processual.
Consiste em chamar terceiro (denunciado) que tem um vínculo de direito com uma das
partes da relação jurídica processual (denunciante) para que responda pela garantia do
negócio jurídico, caso o citado denunciante saia vencido na demanda originária. Na citação
de terceiro, que o autor ou o réu considerem como sendo garante de seu direito, no caso de
perderem a demanda. A sentença poderá decidir sobre a relação e a responsabilidade do
denunciado para com o denunciante. Daí ter a denunciação da lide um caráter de ação
paralela incidental entre denunciante e denunciado. Deve-se sublinhar que o denunciado só
pode ser condenado em relação ao denunciante e não em relação à outra partem perante a
qual é terceiro alheio à lide.
Obrigatoriedade:
Diz o art. 70 que a denunciação da lide é obrigatória em três casos:
na garantia advinda da evicção (art. 70, I);
na garantia devida pelo possuidor indireto para com o possuidor direto (art. 70, II);
na garantia daquele que, por via de regresso, deva indenizar o prejuízo de quem perder
a demanda (art. 70, III).
A palavra “obrigação” do art. 70, não é empregada no sentido que tem no Direito Civil, mas
no sentido de ônus processual.
Alguns acreditam que a não denunciação acarreta em todos os casos a perda do direito de
regresso. Outros autores, porém, entendem que essa perda só ocorre no caso da evicção (art.
70, I), face ao respaldo dado pelo art. 1.116 do Código Civil. Nas demais hipóteses, previstas
no art. 70, II e III, não ocorre a perda do direito de regresso, mesmo que não haja
denunciação da lide. O que ocorre, na não denunciação, nestes casos, é apenas a perda de
uma oportunidade, qual sejam a de ver desde logo regulada, na mesma sentença, a situação
entre denunciante e denunciado.
Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 71 a 76 do Código de Processo Civil:
A citação do denunciado será requerida, juntamente com a do réu, se o denunciante
for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o réu. (CPC, art. 71)
Ordenada a citação, ficará suspenso o processo. (CPC, art. 72)
A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do responsável pela
indenização far-se-á:
a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 dias;
b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 dias.
Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá unicamente em
relação ao denunciante.
Para os fins do disposto no art. 70, o denunciado, por sua vez, intimará do litígio o
alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável pela indenização e,
assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o disposto no artigo
antecedente. (CPC, art. 73)
Feita a denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá a posição de
litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição inicial, procedendo-se em
seguida à citação do réu. (CPC, art. 74)
Feita a denunciação pelo réu: (CPC, art. 75)
a) se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o
autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado;
b) se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe
foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final;
c) se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante
prosseguir na defesa.
A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, o direito do
evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como título executivo. (CPC,
art. 76)
Chamamento ao processo
Noções iniciais:
Trata-se da faculdade atribuída àquele que está sendo demandado pelo pagamento de
determinada dívida, de chamar ao processo os outros devededores ou aquele(s) a quem
estava(m) incumbido(s) de forma principal o pagamento, de modo a torná-los também réus
Hipóteses legais:
É admissível o chamamento ao processo: (CPC, art. 77)
do devedor, na ação em que o fiador for réu;
dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;
de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles,
parcial ou totalmente, a dívida comum.
Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 78 a 80 do Código de Processo Civil:
Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos obrigados, a que
se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para contestar, a citação do
chamado. (CPC, art. 78)
O juiz suspenderá o processo, mandando observar, quanto à citação e aos prazos, o
disposto nos arts. 72 e 74. (CPC, art. 79)
A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, valerá como título
executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor
principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que lhes tocar.
(CPC, art. 80)
Formação do processo
A formação do processo tem início com o despacho da petição inicial, ou com a sua
distribuição, mas a relação jurídica processual (vínculo entre autor, juiz e réu) só se
complete com a citação válida (art. 263). A formação do processo é, portanto, gradual. Após
a citação, o autor não pode mais modificar o pedido, nem seu fundamento, salvo se houver
concordância do réu (art. 264).
Art. 262 - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL Art. 263 - Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou
simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só
produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 depois que for validamente citado.
Art. 264 - Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o
consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.
Parágrafo único - A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida
após o saneamento do processo.
Suspensão do processo
O art. 265 do CPC relaciona várias hipóteses em que o processo pode ser suspenso, como a
morte de parte ou de seu procurador, convenção das partes, força maior etc. Durante a
suspensão não podem ser realizados atos processuais, salvo em caso de urgência, para evitar
dano irreparável (art. 266). Suspende-se o processo:
pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
pela convenção das partes: neste caso, a suspensão nunca poderá exceder 6 meses;
findo o prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz, que ordenará o
prosseguimento do processo;
quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem
como de suspeição ou impedimento do juiz;
quando a sentença de mérito (o período de suspensão nunca poderá exceder 1 ano e
findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo):
a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou
inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de
produzida certa prova, requisitada a outro juízo;
c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como
declaração incidente;
por motivo de força maior;
Durante a suspensão é defeso praticar qualquer ato processual; poderá o juiz, todavia,
determinar a realização de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparável (CPC, art. 266).
Extinção do processo
Noções iniciais:
O processo extingue-se com a sentença, que é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo,
decidindo ou não o mérito da causa.
Nova ação:
A extinção do processo sem julgamento do mérito não impede que o autor volte a propor
novamente a ação, salvo no caso de:
perempção: perda do direito de ação, em virtude de três extinções do processo por
abandono;
Resolução do mérito:
Conforme o art. 269 do Código de Processo Civil, haverá resolução de mérito:
quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;
quando o réu reconhecer a procedência do pedido;
quando as partes transigirem;
quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;
quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.
Noções gerais
Sistema de nulidade do Código de Processo Civil:
Assim como os atos jurídicos em geral, os atos processuais também estão subordinados às
mesmas condições de validade. Os atos processuais podem ser inexistentes, nulos ou
anuláveis. Os atos inexistentes são aqueles que não possuem os mínimos requisitos de
subsistência. A nulidade absoluta é aquela decorrente da prática de ato processual que
não leva em conta determinado fator que a lei considera indispensável, ocasionando a
impossibilidade da sua correção e, consequentemente, a nulidade do processo, seja a
requerimento da parte, seja mediante o reconhecimento de ofício pelo juiz. O ato nulo,
todavia, perdura, até que o juiz lhe proclame o vício e o invalide. Isto quer dizer que o ato,
mesmo absolutamente nulo, não prejudicará a validade da relação processual como um
todo. Daí poder-se afirmar que, pelo princípio da instrumentalidade dos atos processuais,
como regra geral, predominam as nulidades relativas no processo. Por outro lado, a
nulidade relativa, como o próprio nome já diz, visa tutelar, primordialmente, o interesse
das partes, representando desse modo, o ato com vício sanável, ou passível de convalidação.
Princípio da finalidade:
Estabelece o art. 244 do CPC que quando a lei prescrever determinada forma, sem
cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe
alcançar a finalidade. Desta forma, não se proclama a nulidade, se o ato defeituoso tiver
permitido a consecução da finalidade buscada pela lei. Diferentemente do que ocorre no
Direito Civil, um ato processual nulo pode ser convalidado pelo juiz.
Preclusão:
A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar
nos autos, sob pena de preclusão (CPC, art. 245). Não se aplica esta disposição às nulidades
que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo
impedimento (CPC, art. 245, parágrafo único).
Causalidade:
Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam;
todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam
independentes (CPC, art. 248). Assim, a decretação da nulidade só contamina os atos que
dependam daquele anulado, subsistindo válidos os dele independentes. Nesse sentido,
dispõe o art. 249, caput, do CPC, que o “o juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos
são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou
retificados”.
Prejuízo:
Não se proclama a nulidade de que não tenha resultado prejuízo à parte em favor da qual foi
estabelecida. Dispõe o § 1° do art. 249 do CPC que “o ato não se repetirá nem se lhe suprirá a
falta quando não prejudicar a parte”. Igualmente o § 2°, do mesmo dispositivo: “quando
puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz
não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta”. Há casos de nulidade
absoluta, todavia, em que a lei faz presumir o prejuízo, independentemente de
demonstração.
Sujeitos do Partes:
São os sujeitos parciais do processo, ou seja, as pessoas que pedem ou em
Processo face das quais se pede, em nome próprio, a tutela jurisdicional.
Procuradores:
É o advogado, que age em nome de seu cliente.
Litisconsórcio:
É a ocorrência processual onde duas ou mais pessoas litigam, no mesmo
processo, e do mesmo lado, no pólo ativo ou passivo da ação.
O litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário, simples ou unitário e
cada um deles possui um regime especial.
Extinção: o processo se extingue com a sentença, ato pelo qual o juiz põe
termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa.
Nulidades O ato processual, praticado com infração a qualquer das condições da lei,
torna-se passível de ser anulado sempre que a violação resultar em
prejuízo para qualquer das partes ou para o próprio processo.
01 - (Magistratura/AC – 2007) Acerca das nulidades no processo civil, assinale a opção correta.
( ) a) As nulidades absolutas insanáveis, que não podem ser supridas por outro ato de igual
feito, acarretam a nulidade do processo, ainda que o ato processual tenha atingido a
sua finalidade. No entanto, o juiz poderá considerá-las para efeito de acolhimento de
uma pretensão, ampliando, assim, os limites objetivos da demanda.
( ) b) Quando o ato processual praticado sem a observação da forma prescrita em lei, sem a
cominação expressa de nulidade, não atingir o direito material discutido na lide nem
causar prejuízos às partes, o juiz deverá decretar apenas a nulidade do ato viciado e
não, de todo o processo.
( ) c) A nulidade que possa ser retificada ou repetida deve ser conhecida de ofício pelo
tribunal quando do julgamento da apelação. Reconhecida a nulidade, o tribunal deve
pronunciá-la, ordenando as providências necessárias para a realização ou a renovação
do respectivo ato processual. Cumprida a diligência e sanada a nulidade, o julgamento
da apelação deverá prosseguir.
( ) d) A anulação dos atos processuais que contenham vícios sanáveis será requerida por
qualquer das partes, inclusive por aquela que lhe deu causa, na primeira oportunidade
em que se manifestar nos autos, sob pena de o juiz, de ofício, pronunciar a nulidade e
determinar a repetição dos referidos atos.
02 - (Magistratura/MG – 2005) Feita a denunciação da lide pelo réu, se o denunciado for revel:
( ) a) cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final.
( ) b) haverá o julgamento antecipado da lide.
( ) c) o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o
denunciante e o denunciado.
( ) d) o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, o denunciado.
05 - (Magistratura/PR - 2006)
Em tema de litisconsórcio e intervenção de terceiros, no sistema
processual civil brasileiro, assinale a alternativa incorreta:
( ) a) O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes,
quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido
de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.
( ) b) Efetivada a denunciação da lide, cria-se uma cumulação objetiva eventual de
demandas no processo (principal e secundária), uma vez que se concebem duas ações
no processo, onde a segunda somente será apreciada, caso a principal venha a resultar
em prejuízo para o denunciante.
( ) c) Cabe pedido de assistência com base em interesse econômico ou moral do assistente.
( ) d) Responde por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação à autoria e deixa de
fazê-lo.
07 - (Magistratura/SP – 2006) Em uma ação de divórcio, o falecimento de uma das partes acarretará
( ) a) extinção do processo, sem julgamento do mérito.
( ) b) improcedência da ação, por ausência de interesse processual.
( ) c) suspensão do processo, para habilitação dos herdeiros interessados.
( ) d) carência, por falta de uma das condições da ação.
( ) e) indeferimento da inicial por causa superveniente.
17 - Chamar terceiro, que mantém vínculo de direito com a parte requerida no processo, para vir
responder pela garantia do negócio jurídico, caso a requerida saia vencida, esta figura é:
( ) a) chamamento ao processo;
( ) b) denunciação da lide;
( ) c) nomeação a autoria;
( ) d) oposição.
01.C 02.A 03.A 04.D 05.C 06.C 07.A 08.C 09.A 10.D
11.D 12.A 13.A 14.A 15.B 16.B 17.B 18.C 19.D 20.A
Bibliografia
Processo Civil
05 – O Processo
Atualizada em 10.12.2011