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MÓDULO:
PINTURA INDUSTRIAL
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
1ª edição
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PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO
Este presente trabalho tem por finalidade servir como uma pequena introdução à
pintura anticorrosiva, convidando os leitores a mergulhar neste vasto universo que é o
tema Corrosão e Proteção.
Irei discorrer sobre os tópicos constantes nas cartilhas que foram fornecidas, seguindo
este mesmo cronológico. Serão elaborados dois trabalhos, um se trata do presente
apresentado, totalmente pautado na teoria, com uma explicação simples e quase que
de maneira “falada”, assim facilitando a compreensão dos leitores, além de ser
também a única maneira que sei assim o fazer. O segundo trabalho se trata de uma
sequência de slides, onde a apresentação será meramente ilustrativa, isto é, apenas
com as fotos de modo que o receptor possa identificar os conceitos que aqui foram
tratados.
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WORKSHOP SOBRE PINTURA INDUSTRIAL COMO PROTEÇÃO
ANTICORROSIVA
1) INTRODUÇÃO – Pág. 6
1.1) História
1.2) Custo da Corrosão
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5.2) Tipos de Tintas (resinas)
5.3) Constituintes de uma Tinta
5.4) Mecanismos de Formação da Película (cura)
5.4.1) Evaporação por Solventes
5.4.2) Coalescência
5.4.3) Hidrólise
5.4.4) oxidação
5.4.5) Polimerização
5.4.6) Polimerização Térmica
5.5) Diluição
5.6) Mistura e Homogeneização
5.7) Pintura Interna
5.8) Noções de Esquema de Pintura
5.9) Reparo
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7.1.12) Oxidação
7.1.13) Estrias
7.1.14) Empoamento
7.1.15) Fervura
7.1.16) Inclusão de Pêlos
8) INSPEÇÃO – Pág 27
8.1) Pré-Limpeza
8.2) Preparo de Superfície
8.3) Sistema de Pintura
8.4) Etapas
8.4.1) Recebimento de Materiais
8.4.2) Contaminantes pré preparo
8.4.3) Condições Climáticas
8.4.4) Padrão de Limpeza
8.4.5) Perfil de Rugosidade
8.4.6) Determinação de Teor de Sais Solúveis
8.4.7) Teste de Poeira
8.4.8) Espessura de Película Úmida
8.4.9) Espessura de Película Seca
8.4.10) Inspeção Visual
8.4.11) Teste de Aderência
8.4.12) Ensaio de Resistência à Tração
8.4.13) Ensaio de Detecção de Descontinuidade na Película
8.4.14) Granulometria de Abrasivos
8.4.15) Condutividade de Abrasivos
EXERCÍCIOS – Pág. 38
ANEXOS – Pág. 44
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CAPÍTULO PRIMEIRO – INTRODUÇÃO
Iremos ver o que vem a ser a Corrosão, sua definição, morfologia, causas e como
preveni-la – corrosão essa que é conhecida popularmente como a “ferrugem”, que
vem a ser o óxido de ferro (Fe₂O₃), produto de corrosão dos aços. Estudaremos os
principais métodos de combate à corrosão e o principal foco desta obra é a Pintura
Industrial, portanto, é importante previamente saber o que vem a ser Pintura
Industrial.
Pois bem, temos o aço como principal material utilizado na engenharia para
construção de equipamentos e instalações e é devido à sua baixa resistência à
corrosão que meios de combate e prevenção da corrosão devem ser desenvolvidos e
aplicados, pois do contrário a deterioração de bens seria de tal forma que os prejuízos
seriam incalculáveis, e a melhor opção para o combate deste fenômeno conhecido
como corrosão é a Pintura Industrial, devido ao seu atraente custo-benefício,
facilidade de manutenção e aplicação, versatilidade e empregabilidade nas plantas
industriais. Sua aplicação consiste na interposição de uma película, geralmente
orgânica, entre o meio corrosivo e o material metálico a ser protegido – estes
revestimentos são aplicados por forma de tintas, que veremos um pouco mais a seguir.
O custo da corrosão estimado nos Estados Unidos é de 167 bilhões ao ano, sendo
também estimado que 1/3 da produção do aço de todo o mundo é destinado para a
reposição de estruturas condenadas devido à sua deterioração, portanto, o estudo e
trabalho com responsabilidade no que concerne a proteção anticorrosiva dos materiais
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se faz necessário evitar prejuízo e lucro cessante em instalações devido à reposição
dos materiais, viabilidade econômica das industriais construídas em materiais
metálicos, bem como garantir a segurança das pessoas envolvidas com a operação ou
mesmo com equipamentos do dia a dia, evitando acidentes causados pela corrosão.
Como vimos, para que ocorra a corrosão eletroquímica devemos ter os quatro
componentes de uma célula/pilha eletroquímica, que são o Cátodo, o Ânodo, Eletrólito
e um caminho metálico, que por definição são:
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Ânodo: uma área tida como anódica é a área onde se verifica a perda de massa
(corrosão), por meio de reações de oxidação.
Cátodo: uma área tida como catódica é onde se observa que a estrutura se
apresenta intacta (sem perda de materiais) e protegida, havendo reações de
redução.
Eletrólito: é toda solução condutora ou um condutor iônico que envolve
simultaneamente as áreas anódicas e catódicas, acelerando o processo da
corrosão.
Vale salientar que a água não é eletrólito, mas sim apenas tida como solvente
universal, o eletrólito vem a ser os sais contidos nesta água que irá acelerar a
taxa de corrosão em uma pilha eletroquímica, por exemplo, o cloreto de sódio.
Caminho Metálico: trata-se do caminho metálico que proporciona a ligação
elétrica entre o ânodo e o cátodo, em uma célula eletroquímica, em outras
palavras, a própria interligação do metal ou entre dois metais.
Pilha de Eletrodo Diferente: Também denominada pilha galvânica, surge sempre que
dois metais ou ligas metálicas são colocadas em contato entre si, gerando uma área
anódica e uma área catódica, onde quão mais é acentuada a taxa de corrosão de
acordo com a diferença de potencial de cada material e o potencial do eletrólito
considerado.
Pilha de Ação Local: Esta pilha é provavelmente a mais presente na natureza, onde
aparece em um mesmo material devido à sua heterogeneidade diversas, decorrentes
da composição química do material, textura do metal, tensões residuais, diferença de
contornos nos grãos do metal, gradiente de temperatura, etc.
Pilha Ativa-Passiva: Esta pilha ocorre nos materiais capazes de formar uma película
protetora, ou seja, de se apassivarem anodicamente, como é o caso do cromo, do
alumínio e aço inoxidável. Tal película consiste do próprio produto de corrosão do
metal, onde o fenômeno ocorre inicialmente, porém como o produto desta corrosão é
insolúvel, tal camada é formada e permanece na superfície, protegendo o material –
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sendo esta camada danificada, haverá a exposição do metal, assim formando a pilha e
iniciando-se o processo da corrosão por pilha ativa-passiva, muito perigosa, pois é
pontual e pode ocasionar pequenos furos (pites,) no metal.
Pilha de Concentração Iônica Diferencial: Esta pilha ocorre sempre que que um
material metálico é exposto a diferentes concentrações de seus próprios íons. Esta
pilha é muito frequente em frestas quando o meio corrosivo é líquido. Neste caso, o
interior da fresta recebe pouca movimentação de eletrólito, tendendo a ficar mais
concentrado com íons de metal, enquanto a área externa da fresta fica menos
concentrada, com consequente corrosão das bordas das frestas.
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metal a ser protegido para proteger a carepa de laminação, ocasionando no
desagregar por completo da carepa de laminação do aço. Portanto, ainda que seja
aplicado o melhor sistema de pintura, o mesmo irá ter seu desempenho prejudicado,
pois a carepa e laminação tão logo irá desagregar e de nada servirá todo o
revestimento aplicado. Ademais, a pintura apresenta boa aderência sob a carepa de
laminação, e como em uma estrutura depois de pintada não é possível verificar se
houve o devido preparo de superfície, muitas obras são realizadas assim, mas a
denúncia vem à tona, pois não há garantia na pintura e a falha vem de maneira
precoce.
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Há também a atmosfera marítima/industrial, onde há a presença de todos os
contaminantes e está situado à orla marítima.
Águas Naturais: Estas águas podem conter sais minerais, eventualmente ácidos
ou bases, resíduos industriais, poluentes diversos e gases dissolvidos. O
eletrólito é constituído de água com sais dissolvidos. Trata-se de condição de
imersão.
Águas do Mar: Estas águas contém uma grande quantidade de sais e, portanto,
são um eletrólito de excelência. Trata-se de condição de imersão.
Produtos Químicos: Os produtos químicos, desde que em contato com a água
ou com umidade e sendo ionizáveis, forma um eletrólito, podendo provocar
corrosão eletroquímica. Trata-se de condição de imersão.
Para concluir este capítulo, temos algumas práticas de projeto consideradas eficazes
para atenuar os inconvenientes da corrosão. São elas:
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acabadas, vigas e cantoneiras fabricadas ou cortadas onde também ficaram
regiões pontiagudas, onde deve-se fazer o arredondamento (adoçamento)
dessas regiões, pois as tintas possuem baixa cobertura nestas áreas.
5) Prever soldas bem acabadas: Soldas com poros podem levar um revestimento a
falhar prematuramente, pois a tinta não irá penetrar naquele microporo; soldas
mal acabadas ocasionarão em uma cobertura e penetração precária e regiões
com cantos vivos; a escória de solda deve também ser removida; respingos de
solda devem ser removidos ou arredondados, pois não permite a total
penetração da tinta e poderá desagregar do substrato; mordeduras devem ser
evitadas; etc.
6) Evitar a mudança brusca de direção de fluidos em tubulações, principalmente
contendo sólidos em suspensão, pois isto provocará um enorme desgaste na
tubulação.
7) Prever drenagem de águas pluviais: Muitas estruturas são planejadas e
fabricadas sem que haja previsto o devido escoamento das águas provenientes
de chuvas, assim criando uma situação de imersão.
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permitindo a remoção de ferrugem (produto de corrosão) e tintas e, em alguns casos,
promover perfil de rugosidade.
A pintura realizada sob uma superfície sob tratamento de superfície deficiente irá
apresentar baixa aderência e baixo desempenho, por consequência. Assim, sendo um
dor fatores mais importantes para o bom desempenho de um sistema de pintura.
Estima-se que cerca de 70% das falhas prematuras dos revestimentos nos Estados
Unidos se dá por conta do preparo de superfície inadequado. Uma superfície tratada
deve o quanto antes receber seu revestimento protetor, impedindo a penetração de
agentes contaminantes e/ou a reoxidação da chapa.
O Hidrojateamento consiste na utilização de água, esta que deve estar pré qualificada
e isenta de contaminantes, sob alta ou ultra-alta pressão, de modo a remover produto
de corrosão e tintas da superfície, bem como em alguns casos remoção de agentes
marinhos (incrustação). O hidrojateamento é classificado em lavagem a baixa pressão,
em lavagem a alta pressão, com pressão de trabalho de até 10000PSI, hidrojateamento
a alta pressão, com pressão de trabalho maior que 10000PSI até 25000PSI e, por fim,
hidrojateamento a ultra alta pressão, com pressão de trabalho acima de 25000PSI. Há
hoje no mercado muitos equipamentos de 40000PSI.
Como vantagens se tem que não há a geração de pó, como no método por
jateamento.
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assim removendo tintas e ferrugem, porém como vantagem temos que o jateamento
abrasico seco promove perfil de rugosidade na superfície, diferentemente do
hidrojateamento apenas revigora o perfil já existente, daí o motivo pelo qual o
hidrojateamento não é indicado para obras novas, ou seja, perfil com carepa de
laminação, pois também não é capaz de removê-la.
Como curiosidade informo que quando se tem um primer (tinta de fundo) rico em
zinco à base de silicatos de etila (veremos mais adiante), em pintura de manutenção o
mesmo pode apenas ser removido por jateamento abrasivo, não sendo possível
removê-lo por hidrojateamento, ainda que utilizado em ultra alta pressão.
Para o hidrojateamento temos 4 (quatro) padrões de limpeza, sendo eles WJ-1, WJ-2,
WJ-3 e WJ-4, onde o melhor padrão de limpeza consiste no WJ-1 e WJ-4 para o pior
padrão de limpeza, no tocante da remoção de contaminantes. Adotamos a norma
NACE No. 5.
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ambientes com umidade controlada, pois pode haver a oxidação do abrasivo e sua
consequente aglomeração. Há também abrasivos inertes como o óxido de alumínio
puro e granalha de aço inoxidável, indicados para substratos não ferrosos, como aço
inoxidável, com intuito de não ocasionar a contaminação por carbono do substrato.
Como complemento, não posso me furtar de dizer que abrasivos de forma esférica são
utilizados para execução do trabalho denominado “shot peening”, que é o
encruamento da superfície do material, assim aumentando a resistência do mesmo,
muito indicado para soldas.
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protegida por três fatores, por barreira, por proteção catódica ou por apassivação
anódica, sendo eles:
Proteção Catódica: Este método consiste em adotar uma corrente elétrica auxiliar ou
inserir ligas metálicas mais reativas no metal a ser protegido, de modo a inverter o
processo da corrosão natural do metal. Pode ser por sacrifício, com a aplicação de
ânodos de sacrifício devidamente distribuídos pela estrutura após o um correto
dimensionamento, assim fazendo com que os blocos de metal inseridos na estrutura
se deteriorem no lugar do metal base (necessita de estar inserido em um eletrólito e
em condições de imersão). Há também o método de proteção catódica por corrente
impressa, que consiste em inserir uma corrente elétrica na estrutura por um
retificador, esta corrente deve ser bem controlada de modo a não causar
descolamento catódico no revestimento aplicado e/ou inserir hidrogênio no metal
(consequências do superdimensionamento da CPIC), bem como também contínua,
assim tornando toda estrutura um cátodo, onde o ânodo é consumido pela corrente
aplicada.
Por fim, temos a proteção por apassivação anódica, fenômeno que ocorre nos metais
passiveis de formarem uma camada insolúvel, denominada passivação anódica, onde o
próprio produto da corrosão do metal o protege – a exemplo temos o alumínio, zinco,
chumbo, aço inoxidável e cromo, bem como também pode ocorrer em conjunto com a
proteção por barreira quando utilizamos tintas com pigmentos inibidores de corrosão,
onde o filme irá se formar e o pigmento irá atuar como inibidor de corrosão, como no
caso do fosfato de zinco, zarcão e cromato de zinco, formando assim, para este dois
últimos exemplos, sabões metálicos, que proporcionam excelente proteção
anticorrosiva, porém estes pigmentos são proibidos devido ao seu alto poder
cancerígena (zarcão e cromato de zinco).
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Com a aplicação da Pintura Industrial podemos lançar mão dos três tipos de proteção,
apenas modificando o pigmento da tinta. A proteção por barreira pode ser realizada
com a aplicação de qualquer tinta com pigmentos inertes e alguns pigmentos
lamelares (alumínio e óxido de ferro micáceo), assim proporcionando uma excelente
impermeabilidade da película. Como já supracitado, utilizando tintas com pigmentos
inibidores de corrosão o revestimento irá atuar como proteção por barreira e
passivação anódica, devido ao desempenho do pigmento. Por fim, temos a proteção
catódica e devemos observar que uma tinta não promove proteção catódica ou se
trata de proteção catódica, mas apenas trabalha nos princípios da proteção catódica,
que é adotar um metal mais reativo para se proteger o metal base. No caso de tintas,
este metal adotado trata-se de pigmentos metálicos a ser inseridos nas tintas,
podendo ser de resina epóxi ou etil silicato, onde quando em teor mínimo na película,
irá promover a proteção do metal, sacrificando o pigmento contido na tinta após sua
cura. Vale salientar que para este último exemplo a espessura deve estar em uma
camada ideal para promover a proteção, assim como o dimensionamento dos ânodos
de sacrifício, bem como ser aplicado como primer, ou seja, demão que vai diretamente
no aço, necessitando de contato direto para poder ter o desempenho desejado. O teor
mínimo de zinco metálico contido na película seca é muito importante.
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CAPÍTULO QUINTO – TIPOS DE TINTAS
Tintas são substâncias químicas em forma líquida, pastosa ou em pó, que após
aplicação e cura, forma um filme seco, duro e obliterante. Seus constituintes são:
Solventes: São substâncias puras utilizadas tanto para auxiliar na fabricação das tinas,
na solubilização de resinas e no controle da viscosidade, facilitando a aplicação.
Aditivos: São substâncias adicionadas em pequenas quantidades às tintas para conferir
propriedades especificas a mesma.
Tinta de fundo (primer): São aquelas que são aplicadas diretamente ao substrato,
portanto, é a tinta responsável pela aderência do esquema de pintura ao substrato a
se proteger e são as que contêm na composição os pigmentos ditos anticorrosivos.
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Tinta Intermediária: São tintas normalmente utilizadas nos esquemas de pintura com a
função de aumentar a espessura do revestimento, com o objetivo de aumentar a
proteção por barreira do mesmo. Algumas tintas intermediárias são denominadas
seladoras, que são utilizadas para selar uma película muito porosa, antes da aplicação
da tinta de acabamento, que é o caso de tintas de fundo à base de etil silicato de zinco
(N-1661) que é usado a tinta epóxi óxido de ferro (N-1202).
Tinta de Acabamento: São as tintas que têm a função de conferir resistência química
ao revestimento (em casos de imersão), pois são elas que estão em contato direto com
o meio corrosivo, possuem na maioria dos casos boa resistência aos raios ultravioletas
e são as tintas que conferem a cor final dos revestimentos por pintura.
Vale salientar que quando se trata de pintura industrial algumas questões são
diferentemente consideradas. Primeiro porque tudo deve ser exatamente conforme o
procedimento, no que diz às boas práticas, pois pintura interna deve ter a cultura de
“defeito zero”, também justificado pela dificuldade na manutenção e pela necessidade
de ter de cessar os lucros para execução de qualquer tipo de trabalho. Em pintura
interna há a preocupação com três fatores, são eles a proteção anticorrosiva do
equipamento, que é justamente impedir que ocorra o fenômeno da corrosão no
interior de tanques e tubulações, aplicação para facilitar o escoamento do fluido de
uma tubulação, onde até a rugosidade da película é controlada e, por fim, com
finalidade de não contaminar o produto armazenado no interior do tubo, em forma
gasosa ou líquido – muitas das vezes as finalidades com a aplicação da pintura são
múltiplas.
A pré limpeza se trata da limpeza que antecede o preparo de superfície, mas que visa a
remoção de contaminantes oleoso e não visíveis, como os sais, bem como terras,
salpicos e demais contaminantes que poderão contaminar o material empregado no
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preparo de superfície. Já vimos que o preparo de superfície consiste no tratamento
que basicamente visa a remoção de contaminantes como óxido de ferro e tintas e
eventualmente o promover perfil de ancoragem, portanto, chegamos ao sistema de
pintura, que se trata do que já fora falado acima, que é a aplicação das três etapas
(quando aplicáveis) tidas como tinta de fundo, intermediária e acabamento.
No que concerne as tintas, cada resina possui sua cura específica, o que deve ser
observado, pois as tratativas são totalmente diferentes quando se tratando se
repintura e compatibilidade de tintas.
Polimerização: É a reação das tintas epóxi e poliuretano, onde há uma base contendo a
resina (componente A) e o agente de cura (componente B), podendo ser isocianato
alifático, poliamida, poliamina, etc., onde após a mistura e homogeneização dos
componentes, inicia-se uma reação química que ao final formará o filme da tinta. A
cura ocorre em temperatura ambiente.
Polimerização Térmica: Este mecanismo de cura ocorre com as tintas alumínio à base
de silicone, onde para haver a completa cura do revestimento, deve-se executar uma
sessão com um aporte térmico gradativo, elevando-se a temperatura de 50 em 50°C
até os 250°C, de modo que a película possa ser devidamente curada.
Hidrólise: Mecanismo presente nas tintas de etil silicato de zinco, onde a tinta para
poder curar de maneira eficaz necessita da umidade do ar – as mesmas devem ser
aplicadas com a URA acima de 40% e em alguns casos, após a secagem da película, é
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borrifado água sob a película para melhorar a cura; quanto maior a URA após a
aplicação, melhor a coesão e adesão do filme. Deve-se notar que estas tintas devido a
sua resina secam quase que instantaneamente após a aplicação, porém sua cura é
demorada, logo, a tinta estar seca não significa que está curada e apta a receber a
próxima camada.
Os métodos são basicamente: trincha, rolo, pistola convencional e pistola airless spray,
cada qual com sua especificidade e aplicação.
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produto (tinta), onde a tinta é quase aproveitada por completo, eliminando
desperdícios.
Como vimos, uma tinta aplicada deve apresentar um filme seco, duro, obliterante e
mais homogêneo possível, estando aderido ao substrato e apresentando boa adesão e
coesão entre demãos, apresentar a maior impermeabilidade possível e não ter
defeitos passantes. Em outras palavras, isenta de defeitos. Neste capítulo iremos
abordar as falhas e defeitos mais comuns na pintura industrial, fazendo sua definição,
levantando suas possíveis causas e eventualmente seu reparo.
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Enrugamento: Defeito que torna a pintura semelhante à superfície de um
papelão ondulado e/ou corrugado. É típico das tintas alquídicas ou óleo-
resinosas. Suas principais causas são: ocorre quando não se respeita os
intervalos para repintura, a ação do solvente da demão anterior reage com a da
tinta atual e também ocorre quando se aplica a tinta com espessura excessiva,
surgindo após secagem/cura. Seu reparo deve ser realizado após a cura do
filme, por meio de lixamento e reaplicação.
Fendimento: Pintura com rachaduras/trincas que podem chegar até o
substrato. Ocorre quando se movimenta muito uma superfície (entorta), e é
uma característica das tintas ricas em zinco à base de silicatos quando aplicadas
em espessura excessiva. Ocorre também quando se aplica uma tinta muito
rígida sobre uma tinta mais flexível, apresentando rachaduras na película da
tinta de acabamento. Deve ser realizado uma investigação, porém para os
casos de tintas ricas em zinco à base de silicatos de etila, não há reparos – a
pintura deve ser toda removida e nova aplicação deve ser feita. Pode também
ser encontrado em outras literaturas como craqueamento ou fendilhamento.
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Descascamento: Defeito causado pela perda de aderência da película seca,
espontânea ou provocadamente. Ocorre pela contaminação da superfície
principalmente por óleo, sal, graxa, água, umidade, etc., devido a tintas
incompatíveis, superfícies de difícil aderência (lisas, com pouca rugosidade) ou
pela falta de um primer de aderência, por condensação no substrato ou
aplicação de tinta sobre superfície não tratada. Na maioria das vezes não há
reparo, mas sim toda pintura deve ser removida para nova aplicação.
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dedos. Não é considerado defeito. Para uma eventual aplicação de demão
adicional, basta a limpeza da superfície para remoção deste pó esbranquiçado
e contaminantes, seguido de lixamento.
Sangramento: O sangramento ocorre quando se aplica uma tinta clara sob uma
tinta escura, principalmente em sistemas de pintura composto por tintas
alquídicas ou mesmo sob alcatrão de hulha, onde já a migração de cor para a
superfície da última tinta aplicada. Muito frequente também quando se adota a
técnica wet-on-wet, que consiste em aplicar uma nova demão de tinta ainda
com a tinta anteriormente aplicada se apresentando úmida. Para reparo, pode-
se efetuar o lixamento e realizar nova aplicação como camada adicional para
encorpar a cor.
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Estrias: É um defeito ocasionado exclusivamente pela aplicação de pintura por
trincha, onde o acabamento se apresenta com veios, característicos das cerdas
da trincha. Para reparo basta efetuar o lixamento e realizar nova aplicação,
primando pelo bom acabamento.
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Inspeção Visual: Tal procedimento é adotado durante todo processo, onde se
identificando falhas ou descontinuidades no processo pode-se solicitar o imediato
reparo ou a remediação. Porém, para efeito deste tema, vou referir-me à inspeção
visual inicial, isto é, inspeção realizada no recebimento do material ou antes de realizar
o preparo de superfície em um equipamento. Tal inspeção tem por finalidade
identificar pontos com contaminação e o estado da superfície (grau de intemperismo)
de superfícies pintadas ou não pintadas. Para superfícies pintadas, deve ser marcados
os pontos que apresentam vestígios de óleo, graxa, cimento, pontos de corrosão, e
outros materiais estranhos – também deve ser checado se ainda há tinta de
acabamento ou tinta de fundo, bem como identificar possíveis falhas e defeitos na
superfície. No caso de superfícies pintadas, ou seja, em trabalhos de manutenção, tal
verificação vale para levantar o escopo do reparo, em uma análise técnico-econômica.
Para superfícies novas (sem pintura), verifica-se os mesmos contaminantes, porém
partindo da premissa que não há tinta, mas verificando se a superfície se apresenta
com carepa de laminação intacta ou já desagregando, se há a presença de corrosão
puntiforme e presença de alvéolos e a intensidade e distribuição da corrosão, de modo
a adotar o devido esquema de pintura e planejamento.
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Condições Climáticas: Este tópico é de extrema importância para o desempenho do
revestimento aplicado, de modo que deve ser monitorado durante toda a obra, com
registros das condições climáticas feitos a cada 1 (uma) hora. Quando se fala em
condições climáticas, entende-se que devemos monitorar a temperatura ambiente, a
temperatura do substrato e a umidade relativa do ar de modo podermos obter o
ponto de orvalho, fator determinante para os serviços de jateamento e pintura, pois
uma superfície que se apresenta condensada (ou com previsão de ocorrência) não
deve ser trabalhada, isto é, deve-se parar a obra. Temos algumas tintas no mercado
sem solventes e tolerantes a superfícies molhadas, estas não possuem tais restrições,
porém em linhas gerais, passado o limite para URA (que é o indicador principal), os
serviços devem ser paralisados.
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A escolha do padrão de limpeza leva em conta o meio corrosivo e a dificuldade de
manutenção, onde os padrões se diferenciam basicamente pela porcentagem
permissível de manchas na superfície observado após o preparo de superfície. Caso o
preparo não atinja o padrão de limpeza especificado, deverá ser realizado novamente
o trabalho. Há também muita ocorrência de pontos com falhas denominados “gatos”,
que devem ser demarcados para execução do preparo (retrabalho) neste ponto.
Há padrão de limpeza para todos os métodos de limpeza, basicamente fica conforme a
seguir:
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pico mais alto; por fim, temos um equipamento digital denominado traçador de perfil,
onde temos um dispositivo munido de uma caneta, a qual passamos pela superfície e o
próprio equipamento nos dará a leitura do perfil de rugosidade considerando os
diversos métodos para cálculos de perfil de rugosidade superficial – alguns
equipamentos traçam inclusive um gráfico.
Assim, devemos ter em mente que um perfil de rugosidade mínimo é muito
importante para se obter aderência do sistema de pintura ao substrato, bem como o
controle de perfil máximo deve ser igualmente controlado, pois um perfil de
ancoragem excessivo irá implicar na exposição dos picos, pois a camada aplicada não
será suficiente para cobrir toda aspereza da peça, assim permitindo a corrosão nos
pontos onde o aço ficou desprotegido e também causará um baixo rendimento da
tinta (ou consumo elevado), pois necessitará de mais produto para cobrir toda a
superfície.
O perfil de rugosidade é determinado pela granulometria do abrasivo utilizado, daí a
importância de se controlar a granulometria durante toda a obra (não somente no
recebimento de materiais), promovendo o devido descarte do material que não se
apresente mais apto (pó) e a alimentação de abrasivo novo de modo a uniformizar o
perfil promovido pelo preparo de superfície.
Importante salientar que a dureza e a granulometria do abrasivo influenciará na
produção (capacidade de limpeza) do jateamento. Em alguns casos se utiliza abrasivo
esférico com angular, fazendo um mix operacional, de modo a aliar uma melhor
produção de limpeza a uma uniformidade do perfil de rugosidade.
Determinação do Teor de Sais Solúveis (salt test): Este ensaio é relativamente novo no
Brasil (no campo), e já é obrigatório após o preparo de superfície, porém em alguns
casos como em equipamentos para manutenção ou pintura à beira de orla marítima, é
realizado a cada etapa.
O ensaio tem por finalidade determinar o teor de sais solúveis no substrato, por meio
da injeção de determinada quantidade de água deionizada (destilada), que servirá para
nos mostrar o teor de sais em uma determinada área de nosso substrato. O resultado
é dado em µg/cm², onde para muitas especificações hoje em dia, o valor máximo
permitido é de 3 a 5 µg/cm². Constatando-se teor de salinidade acima do permitido, a
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superfície deve ser submetida a nova lavagem e preparo de superfície (e
consequentemente nova inspeção).
Há diversos tipos para realização do ensaio, a exemplo temos o Kit Bresle, o método
por tubos Kitawaga e pelo método da “camisinha”.
O principal objetivo com o ensaio é evitar que seja aplicado qualquer tipo de tinta sob
uma superfície contaminada, assim contaminando o abrasivo ou insumo utilizado e
ocasionando o aparecimento de bolhas no substrato ou entre demãos, causadas pelo
fenômeno conhecido pro osmose (pressão osmótica), onde o sal no interior da camada
“chupa” a umidade presente na parte externa do filme. Este controle é mais tido para
pintura interna – em estruturas aéreas os teores permissíveis são maiores e o
surgimento de bolhas é mais difícil (lógico que não deve-se exagerar com a tolerância).
Vale salientar que também há o surgimento de bolhas devido ao uso de proteção
catódica por corrente impressa superdimensionada, fenômeno denominado de
eletrosmose. O aspecto é igual às bolhas formadas por osmose, porém é possível
identificar a possível causa da bolha para designar se foi por contaminação salina ou
superdimensionamento da proteção catódica, colhendo em uma seringa o líquido no
interior da bolha e medindo-se o pH da solução.
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abrasivo e o que o abrasivo poderá transferir para o substrato, caso não haja este
controle.
Como curiosidade, informo que já houve ocorrências de sabotagem de sistemas de
jateamento no abrasivo. Fora adicionado sal de cozinha ao abrasivo em uso, assim o
contaminando por completo, o que iria acarretar em problemas em grande escala em
todo material que passasse pela produção – com o ensaio foi possível identificar a
contaminação do abrasivo.
Teste de Poeira (dust test): Quando uma superfície é jateada, a mesma deve ser
submetida a uma limpeza da superfície por meio de ar comprimido, de modo a
remover toda poeira remanescente e proveniente do jateamento da superfície. O
ensaio é simples e consiste basicamente na aplicação de uma fita incolor diretamente
ao substrato, onde aplica-se uma pressão com os dedos na fita e logo após remove-se
a fita e confronta-se a mesma com uma superfície branca (ou preta, dependendo da
situação). Após este contraste, observa-se a intensidade de grãos de pó na fita e o
tamanho dos grãos. Há um limite para intensidade e tamanho dos grãos e se
constatada a presença de poeira superior à quantia permissível, deve-se prosseguir
com a limpeza por ar comprimido ou aspirador industrial da superfície, até a mesma
apresentar-se em condições de receber a pintura.
A presença de poeira na superfície comprometerá o desempenho do esquema de
pintura e a aderência do sistema de pintura. Deve-se também tomar cuidado com
poeira em sistema multi camadas entre as demãos, porém neste caso pode-se
prosseguir com o “trapeamento” da superfície com uso de compostos químicos
(solvente) para limpeza da superfície (o que não se pode fazer no jateamento).
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Deve-se tomar cuidado com a diluição da tinta, pois em alguns casos se atinge a
espessura úmida especificada, porém como a tinta fora diluída em excesso, com a
evaporação deste solvente a espessura seca se apresentará abaixo do especificado,
pois a espessura encontrada estava sob influência dos componentes voláteis
adicionados à tinta – neste caso é necessário a aplicação de uma espessura de película
úmida maior para se obter a mesma espessura seca inicialmente especificada (tomar
cuidado para não haver escorrimento). O equipamento é utilizado pelo pintor de modo
a garantir que a pintura seja realizada na espessura especificada e de maneira
uniforme.
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das leituras no equipamento de 400 micrometros, deve-se descontar o valor de 40
micrometros nesta média, assim a média real obtida na inspeção de película úmida
ficando em 360 micrometros.
Teste de Aderência: Como o nome já propõe, este ensaio é realizado para determinar a
aderência da camada no substrato e deve ser realizado a cada demãos, após decorrido
o intervalo mínimo para repintura de cada demão. Existe basicamente dois métodos
de ensaio, o Método A, que consiste em um corte em “X”, com comprimento das
incisões pré determinado, bem como um ângulo entre os cortes – posteriormente ao
corte, é aplicado uma fita sob o corte, aguarda-se um certo período de tempo e efetua
a remoção da fita, tão próximo de 180° quanto for possível e, por fim, faz a avaliação
na peça da quantidade e como a tinta fora removida da peça – esta comparação é
realizada com uma norma, classificando o resultado em graus, de acordo com as
dimensões e intensidade de tinta removida pela fita. O outro ensaio possui o mesmo
procedimento executivo do método primeiro, sendo o Método B (corte em grade),
onde faz-se dois cortes perpendiculares entre si, formando pequenos quadrados – é
indicado quando se necessita maior rigor no ensaio, porém possui limitações para
sistemas de pintuta acima de 70 micrometros de espessura total e para tintas ricas em
zinco, onde deve ser sempre executado o ensaio no Método A.
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realizada a inspeção que consiste na interpretação do resultado obtido, onde primeiro
de verifica se o valor de tração atingiu o mínimo requerido, logo, faz-se a avaliação em
qual demão houve a ruptura, se houve ruptura entre demãos, caracterizando falha
adesiva ou entre uma demão (no meio do filme), caracterizando uma falha coesiva, ou
mesmo os dois casos, bem como a porcentagem de cada tipo de falha – também há a
falha no adesivo, onde há a ruptura no adesivo (cola) utilizada para efetuar a colagem
dos pinos, podendo o ensaio ser realizado novamente, caso o resultado obtido tenha
ficado abaixo do exigido, pois não caracteriza falha do revestimento, mas sim da cola
utilizada, daí a necessidade de utilização de colas com resistência à tração superior ao
valor mínimo exigido pelo procedimento. É considerado inaceitável a ruptura no
substrato, onde se expõe o aço e ficando no dolly o revestimento por completo –
independente do valor obtido no ensaio; de qualquer forma, esta falha muito
provavelmente ocorrerá apenas se houver contaminação oleosa no substrato
metálico. As falhas são caracterizadas como falha primária e secundária, sua natureza
e porcentagem.
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Ensaio de Detenção de Descontinuidade da Película (holiday detector): Este ensaio visa
a detecção de poros no revestimento, impossíveis de serem vistos a olho nu. É
indicado para inspeção de pintura interna de tanques, reservatórios e tubulações,
considerados sistemas críticos. Consiste no aterramento do equipamento e através de
um equipamento elétrico fazer um sistema onde se passando uma escova metálica
(método via seca) ou uma esponja com um agente surfactante (método via úmida),
onde se houver um poro (defeito passante na película), o aparelho irá acusar, que é
onde o inspetor deve fazer a marcação do ponto para posterior reparo e inspeção
nova.
Em linhas gerais, o aparelho via úmida é indicado para revestimentos com espessura
de película seca de até 400 micrometros, acima disso é adotado o aparelho via seca,
onde a voltagem vai variar de acordo com a espessura do filme (basicamente se adota
3 volts a cada micrometro).
É válido dizer que o aparelho via seca gera centelha ao identificar da descontinuidade,
logo, sua aplicação em interiores de tanques deve ser realizada quando for assegurado
que não há presença de gases, de modo a evitar risco de explosão.
É considerado um dos ensaios mais importantes para a pintura, pois identifica defeitos
passantes invisíveis a olho nu e assegura o total cobrimento/isolamento do substrato.
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EXERCÍCIOS
4) O que vem a ser uma pilha de eletrodo diferente? Explique a afirmação: quanto
mais distantes dois metais estão na tabela de potencial de eletrodo, maior será
a taxa de corrosão.
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6) O que vem a ser a carepa de laminação e porque a mesma deve ser removida
antes da aplicação de qualquer sistema de pintura?
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8) Explique com suas palavras o que vem a ser perfil de ancoragem e sua
importância para os sistemas de pintura.
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10) O combate à corrosão pode ser realizado por meio de três fatores (meios de
proteção). Informe quais são e de maneira sucinta discorra sobre o que vem a
ser cada um deles.
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11) O que é passivação anódica? Cite exemplos práticos (metais).
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13) Defina o que vem a ser tinta de fundo (primers), tinta intermediária e tintas de
acabamento e a importância e finalidade de cada uma em um sistema de
pintura.
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14) Cite ao menos três tipos de mecanismos de formação de película de tinta (cura)
e exemplifique.
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16) O Escorrimento é um defeito muito comum e conhecido. Defina-o e cite ao
menos duas causas de ocorrência do mesmo.
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21) Qual a importância do controle rigoroso de contaminantes salinos em
superfície para pintura de equipamentos que ficarão imersos?
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23) De maneira sucinta, defina teste de aderência, cite seus métodos e discorra
sobre o processo executivo do ensaio.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pintura Industrial na Proteção Anticorrosiva, Laerce de Paula Nunes – Editora
Interciência;
Fundamentos de Resistência à Corrosão, Larce de Paula Nunes – Editora Interciência;
Pintura Anticorrosiva dos Metais, Paulo Furtado – Editora ltc;
Corrosion Prevention by Protective Coatings, Charles G. Munger – Official NACE
Publication;
Basic Spray Application Manual, Frank W. G. Palmer – Official SSPC publication;
Norma Petrobras N-0013 – Requisitos Técnicos para Pintura Industrial;
Norma Petrobras N-0009 – Tratamento de Superfície por Jateamento Abrasivo ou
Hidrojateamento;
Norma ABNT NBR-15156 – Terminologia de Pintura Industrial;
Pintura Industrial como Proteção Anticorrosiva, Raphael C. Figueiredo – Disponível em:
www.tratamentoanticorrosivo.blogspot.com.br
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ANEXOS
Norma ABNT NBR-15156 – Pintura Industrial – Terminologia;
Modelo de relatórios referentes ao controle da qualidade;
Norma Petrobras N-0009 – Jateamento Abrasivo e Hidrojateamento;
Norma Petrobras N-0013 – Requisitos Técnicos para Pintura Industrial;
Boletim técnico tinta norma Petrobras N-2630 – Epóxi Fosfato de Zinco de Alta
Espessura.
Manual de cálculos e fórmulas matemáticas utilizadas em pintura anticorrosiva.
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