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Pró Reitoria Acadêmica

RELATÓRIO E AVALIAÇÃO DE PESQUISA DE INICIAÇÃO


CIENTÍFICA

Seção I (a ser preenchida pelo aluno)

Período: ( ) 08 /04 /2016 a 29 /09 /2016

( x ) Final

Bolsista Autora: GABRIELA MACEDO LEITE RA: 005374089


Bolsista Co-autor: MARCELO LUIS TECEDORA RA: 004948090
Curso: PSICOLOGIA

Orientador: LADISLAU RIBEIRO DO NASCIMENTO


Curso: PSICOLOGIA
Projeto de Pesquisa do Orientador (se houver):

Título do Projeto de Pesquisa

A INFLUÊNCIA DOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS DO ESTRESSE


OCUPACIONAL NO AMBIENTE EMPRESARIAL

1. O bolsista participou de atividades acadêmicas tais como seminários,


palestras ou outras de cunho cientifico?
( x ) sim (x) não

Quais? Semana da Psicologia – 2016.

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2. Houve trabalhos científicos publicados ou apresentados, com a


participação do bolsista na autoria?
( ) sim (x) não

Quais?

3. Há dificuldades encontradas na execução do projeto tais como de acesso


à literatura, nacional ou estrangeira?
( ) sim (x) não

Existe um conteúdo significativo na literatura (artigos publicados) sobre o tema,


mas ao mesmo tempo não há uma classificação de “fatores intrínsecos e
extrínsecos” dos próprios autores, o que dificulta no enquadramento da redação do
projeto de pesquisa.

4. Sobre a interação orientador/orientando, qual a frequência de realização


de discussão técnicas e nível de aproveitamento?

A orientação nesse período foi baseada em reuniões presenciais e de alinhamento e


contato por e-mails, considerando a estrutura da IC, as dificuldades encontradas, e
avaliação para melhor aproveitamento da pesquisa bibliográfica apresentada.
Em termos gerais, o orientador se mostra acessível e presente para dúvidas e
orientações, exercendo intervenções sempre que necessário.

5. Considerações que julga pertinentes

Sem considerações.

6. Principais pontos positivos e negativos deste estágio, excluído o desconto


na mensalidade (apenas para formulário final)

Pontos Positivos: o aprendizado sobre o processo de elaboração de um projeto


científico, a oportunidade de pesquisar a literatura com base na temática escolhida
no período acadêmico envolvendo uma profissional da área; trocar informações
entre outros colegas de curso com temáticas similares e ainda construir um
curriculum acadêmico.
Pontos de atenção: oportunidade de identificar melhorias quanto as informações
do Edital sobre o processo da Iniciação Científica e elaboração sobre um formato
sugestivo para a orientação dos alunos quanto aos Relatórios de Avaliação
(recorrentes) e da Apresentação Final do Seminário para a banca julgadora.

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7. Resumo do trabalho (apenas para formulário final) – instrução anexa

Título: A influência dos fatores intrínsecos e extrínsecos do estresse


ocupacional no ambiente empresarial
Autor: Gabriela Macedo Leite
Co-autor: Marcelo Luis Tecedora
Orientador: Prof. Dr. Ladislau Ribeiro do Nascimento
Curso: Psicologia

No dia a dia das empresas é comum ouvir e falar sobre o estresse, que
pode ser definido como uma resposta às pressões internas e externas
que denominamos agentes estressores, com um determinado resultado
de adaptação (FRANÇA, 2005). Este estudo teve por objetivo entender
a influência dos fatos intrínsecos e extrínsecos do estresse ocupacional
no contexto do ambiente empresarial, como ele afeta a saúde
emocional, cognitiva e social do indivíduo, e como os profissionais de
psicologia podem intervir de forma preventiva, promovendo a saúde
mental no ambiente empresarial. Em relação ao método, foi adotada
uma estratégia de natureza qualitativa mediante revisão da literatura
sobre o problema exposto, nas seguintes bases de dados: SciELO,
PePSIC e Google acadêmico, de artigos publicados entre os anos de
2006 e 2016. Na prática, descobriu-se que os fatores intrínsecos e
extrínsecos estão correlacionados e interligados, e geram
consequências negativas para além do ambiente organizacional.
Questões relacionadas ao papel na organização, relações de trabalho,
desenvolvimento na carreira e estrutura e clima organizacionais
apareceram como fatores estressores, mencionados por Cooper et. al
(1988, apud França, 2005).
Palavras-chave: Estresse ocupacional; Estresse no trabalho; Ambiente
empresarial, Estresse organizacional; Psicologia organizacional e do
trabalho.

Seção II (a ser preenchida pelo orientador)

1. Quanto ao desempenho e assiduidade do aluno:

( ) Exerceu suas atividades regularmente,acima das expectativas;

( X) Exerceu suas atividades esporadicamente, mas dentro das expectativas;

( ) Não exerceu suas atividades a contento, aquém das expectativas;

( ) Deve ter sua bolsa cancelada por desistência tácita, pois esteve muito aquém
das expectativas

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2. A evolução do projeto permite prever sua conclusão dentro do prazo previsto?


( x ) sim ( ) não

Comentários: Os alunos exerceram suas atividades de modo esporádico, e na


oportunidade, devem disponibilizar mais tempo para o complemento e
considerações finais da pesquisa. Entretanto, tiraram as dúvidas e promoveram os
debates necessários sobre as questões do tema e ainda, sobre o processo da
pesquisa científica, algo que contribuiu significativamente para a formação
acadêmica e profissional dos autores.

3. Avalie em uma escala de 1 a 10 o desempenho do aluno.

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4. Parecer sobre o Relatório Cientifico Final (apenas para formulário final)


( X ) Aprovado ( ) Reprovado

Parecer:
Os alunos produziram o trabalho dentro das expectativas. Acredita-se que o
envolvimento em outras atividades de Iniciação Científica seja importante para o
desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a realização de
outras atividades acadêmicas.

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Local, data e assinaturas do coordenador do curso, orientador e alunos.

Local:________________________________________________

Data: ____ /____ /______

Assinatura do Coordenador:___________________________________

Data: ____ /____ /______

Assinatura do Orientador:____________________________________

Data: ____ /____ /______

Assinatura da Aluna autora:___________________________________

Data: ____ /____ /______

Assinatura do Aluno Co-autor:_________________________________

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) - CURSO DE PSICOLOGIA

ALUNA AUTORA: GABRIELA MACEDO LEITE

ALUNO CO-AUTOR: MARCELO LUIS TECEDORA

ORIENTADOR: PROF.º Dr. LADISLAU RIBEIRO DO NASCIMENTO

PROJETO: A INFLUÊNCIA DOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS DO ESTRESSE


OCUPACIONAL NO AMBIENTE EMPRESARIAL

RESUMO

No dia a dia das empresas é comum ouvir e falar sobre o estresse, que pode ser definido como
uma resposta às pressões internas e externas que denominamos agentes estressores, com um
determinado resultado de adaptação (FRANÇA, 2005). Este estudo teve por objetivo entender a
influência dos fatos intrínsecos e extrínsecos do estresse ocupacional no contexto do ambiente
empresarial, como ele afeta a saúde emocional, cognitiva e social do indivíduo, e como os
profissionais de psicologia podem intervir de forma preventiva, promovendo a saúde mental no
ambiente empresarial. Em relação ao método, foi adotada uma estratégia de natureza qualitativa
mediante revisão da literatura sobre o problema exposto, nas seguintes bases de dados:
SciELO, PePSIC e Google acadêmico, de artigos publicados entre os anos de 2006 e 2016. Na
prática, descobriu-se que os fatores intrínsecos e extrínsecos estão correlacionados e
interligados, e geram consequências negativas para além do ambiente organizacional. Questões
relacionadas ao papel na organização, relações de trabalho, desenvolvimento na carreira e
estrutura e clima organizacionais apareceram como fatores estressores, mencionados por
Cooper et. al (1988, apud França, 2005).

Palavras-chave: Estresse ocupacional; Estresse no trabalho; Ambiente empresarial,


Estresse organizacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho.

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INTRODUÇÃO

O termo estresse é frequentemente apresentado de forma parcial e distorcida e, pode ser


um indicador responsável por causar irritabilidade, tensões, queda de produtividade no trabalho,
dores de cabeça atípicas, insatisfação e insônia. De acordo com um levantamento realizado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse atinge cerca de 90% da população
mundial. Mas o que, de fato, é o estresse?
Hans Selye (1965, apud FRANÇA, 2005), pioneiro nos estudos sobre o tema, utilizou
esse termo para denominar o “conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser
submetido a uma situação que exige esforço de adaptação”. Estar estressado, portanto, definiria
um estado do organismo, após o esforço de adaptação, que pode produzir deformações na
capacidade de resposta atingindo o comportamento mental e afetivo, o estado físico e o
relacionamento com as pessoas (FRANÇA, 2005).
O estresse exige um esforço de adaptação, a fim de nos ajustarmos a diferentes
exigências, seja do ambiente externo (meio socioeconômico, cultural) ou interno (pensamentos,
sentimentos, emoções, fantasias). Hans Selye (1965; citado por França, 2005), constatou em
seus estudos que, quando um organismo é submetido a estímulos que ameaçam sua
homeostase (equilíbrio orgânico), ele tende a reagir com um conjunto específico de respostas.
Se essas respostas são negativas, isto é, definem um processo adaptativo inadequado, é
chamado de distress; se as respostas são bem adaptativas e a pessoa reage bem à demanda, é
chamado de eustress. Segundo França (2005), um eustress traz um equilíbrio entre esforço,
tempo, realização e resultados. É um esforço de adaptação que gera sensação de realização
pessoal, bem-estar e satisfação das necessidades. Um distress, por outro lado, gera um
rompimento do equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível com
tempo, resultados e realização.
Analisando num âmbito psicológico, o ser humano é um ser biopsicossocial, que está
exposto a diversos estímulos. Portanto, o estresse não pode ser definido apenas como uma
resposta biológica dada a um determinado estímulo estressor, sem levar em consideração a
maneira pela qual o indivíduo avalia e enfrenta esse estímulo, considerando o ambiente em que
está inserido e suas características individuais. Assim, o estresse e suas consequências são
multifatoriais, que dependem da pessoa, do ambiente, da circunstância, e da combinação entre
eles.

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Com o passar dos anos, o conceito de estresse evoluiu em definição e extensão,


atingindo o ambiente empresarial. O estresse no local de trabalho é conhecido como “estresse
ocupacional”, e é visto o processo como em que a pessoa percebe e interpreta seu ambiente de
trabalho em relação à sua capacidade de tolerá-lo (DOLAN, 2006).
Segundo Dolan (2006), qualquer acontecimento ou situação que represente exigência
pode ser considerado um agente estressor. O estresse costuma acontecer quando o indivíduo é
incapaz (ou se percebe incapaz) de reagir às mudanças e transformações ambientais, ou
quando os estímulos do ambiente prejudicam a saúde do organismo. Esses estímulos podem
ser estressores individuais (valores pessoais, necessidades, habilidades e aspirações),
estressores extra-organizacionais, ou seja, fora do local de trabalho (fatores familiares, políticos,
sociais e econômicos que exercem impacto no indivíduo) ou estressores organizacionais, que
surgem dentro do local de trabalho: estressores físicos (luz, ruído, vibrações e espaço),
individuais (sobrecarga de trabalho, conflito e ambiguidade de funções, discrepância nos
objetivos profissionais), grupais (falta de coesão, conflito, clima e pressões do grupo) e
organizacionais (administração, estrutura hierárquica, tecnologia e prazos irracionais).
O estresse é uma doença com causas variadas e diversas, conceituado como multifatorial
e dinâmico, e a definição de estressor depende da avaliação individual de situações específicas.
Contudo, podemos definir e identificar uma série de estressores com base em suas fontes
intrínsecas ou extrínsecas.
Para França (2005), o estresse é definido como as

situações em que a pessoa percebe seu ambiente de trabalho como


ameaçador a suas necessidades de realização profissional e pessoal e/ou
sua saúde física ou mental, prejudicando sua interação com o trabalho e
com o ambiente de trabalho, à medida que este contém demandas
excessivas a ela, ou que ela não contém recursos adequados para enfrentar
tais situações (p, 36).

Em um estudo realizado por Azevedo (2015), avaliou 90 gestoras da alta gerência, da


gerência intermediária e da supervisão operacional, e concluiu que 90% das gestoras têm
quadros de estresse, sendo 60% estresse leve/moderado, 26,7% estresse intenso e 3,3%
estresse muito intenso. Fadiga, ansiedade, nervosismo, dor nos músculos do pescoço e ombros
e perda e/ou oscilação do senso de humor foram os sintomas principais identificados. As fontes
de tensões no trabalho foram: realização de várias atividades ao mesmo tempo, execução de
trabalho complexo, filosofia da empresa pautada pela obsessão e compulsão por resultados e
pressão excessiva nos seus diversos aspectos. As fontes de tensão do indivíduo foram: pensar

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e/ou realizar frequentemente duas ou mais atividades ao mesmo tempo, levar a vida de forma
muito corrida, ter o dia tomado com uma série de compromissos e não conseguir desligar-se das
obrigações do trabalho.
Outra pesquisa, realizada por Pereira (et al., 2011), teve como objetivo central analisar o
estresse ocupacional em trabalhadores que ocupam a função gerencial em empresas privadas
com atuação no estado de Minas Gerais, identificando os principais fatores relacionados à
pressão excessiva no trabalho, os níveis de estresse ocupacional, seus principais sintomas e os
reflexos dessas manifestações nos indicadores de produtividade desses profissionais.
Identificou-se que de 637 indivíduos, 75,7% ou 482 dos gerentes estudados apresentaram
quadro de estresse. Identificou-se também que os gestores que apresentaram níveis mais
significativos de estresse foram aqueles que ocupavam a gerência intermediaria. Outro dado que
chamou atenção foi que 27,0% ou 167 desses gestores apresentaram problemas de saúde.
Assim, as formas de atuação do psicólogo no ambiente empresarial são muito amplas, e
cabe a este profissional compreender o ambiente e as necessidades e valores dos indivíduos,
na ajuda da sua adaptação ao ambiente e às pessoas ali inseridas.
Segundo Camelo (2008), essa intervenção pode incluir mudanças na estrutura
organizacional, condições de trabalho, treinamento e desenvolvimento, participação e autonomia
e relações interpessoais no trabalho. Também prega que um serviço de apoio aos trabalhadores
deve, entre outros quesitos, responder às necessidades individuais, orientando-os sobre os
riscos a que estão expostos, oferecendo-lhes suporte social e psicológico, encontros regulares
com profissionais habilitados, oportunidades para intercâmbio de experiências entre os pares,
estímulo e suporte para pesquisa.

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo consistiu em: (1) fazer uma revisão bibliográfica sobre o estresse
ocupacional; (2) entender a influência dos fatores intrínsecos e extrínsecos do estresse
ocupacional no contexto do ambiente empresarial; (3) estimular a multiplicação dos
conhecimentos obtidos, a fim de auxiliar futuras pesquisas e ampliar as reflexões acadêmicas.

JUSTIFICATIVA

Entender o conceito de estresse, por que ocorre, qual sua relação com o ambiente no
qual o indivíduo está inserido e como isso afeta outras áreas da vida além da profissional se
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mostra muito importante, considerando que seus efeitos causam consequências emocionais,
sociais e cognitivas. Assim, fazendo-se uma análise da situação problema, cabe ao psicólogo
analisar, intervir e praticar essas questões, atendendo a demanda do público, com o intuito de
promover, preservar e recuperar a saúde mental e psicológica.

METODOLOGIA

Desenho do estudo: adotar uma estratégia de natureza qualitativa mediante revisão da


literatura sobre o problema exposto. Segundo Marconi e Lakatos (2001), este tipo de pesquisa
constitui-se em um levantamento de publicações sobre o tema que se escolheu pesquisar, sua
leitura e posterior análise com o agrupamento em temáticas. Através da pesquisa bibliográfica,
pode-se obter a solução de um problema ou ainda ampliar novas áreas de pesquisa sobre o
mesmo.

Fontes de pesquisa: revisão bibliográfica nas seguintes bases de dados: SciELO, PePSIC,
Google acadêmico.

Estratégia de pesquisa eletrônica: respeitar as particularidades de cada base de dados nos


seguintes descritores em português: (1) “Estresse ocupacional”; (2) “Estresse no trabalho”; (3)
“Ambiente empresarial”; (4) “Estresse organizacional”, (5) “Psicologia Organizacional e do
Trabalho”.

Seleção dos estudos: pesquisar artigos publicados entre os anos de 2006 e 2016, nas
referidas bases de dados que tenham como temática as influências dos fatores intrínsecos e
extrínsecos do estresse ocupacional no contexto do ambiente empresarial.

Critérios de exclusão: estudos com inconsistência de método, ou seja: que não apresentem
objetivos claros e justificados, que tenham um desenho não apropriado para o cumprimento dos
objetivos propostos, ou que os procedimentos metodológicos não sejam apresentados e
discutidos.

RESULTADOS

A definição de estresse organizacional segundo o modelo exigência-controle (demand-


control), relacionada aos estudos de Robert Karasek, aponta um distanciamento entre as

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condições de trabalho e os trabalhadores individuais. O estresse é visto como “as respostas


físicas e emocionais prejudiciais que ocorrem quando as exigências do trabalho não estão em
equilíbrio com as capacidades, recursos ou necessidades do trabalhador” (BAKER; KARASEK,
2000 apud FRANÇA, 2005). Um ambiente saudável de trabalho seria aquele que permite uma
interação de troca entre homem e ambiente, colaborando para o desenvolvimento do indivíduo e
alternando exigências e períodos de descanso.
Segundo este modelo, a alta sobrecarga de informações somada ao baixo controle sobre
o trabalho podem causar problemas físicos e mentais provenientes do estresse. Avalia como
estressores as exigências do ambiente de caráter psicossocial, e como tensão as manifestações
fisiológicas, psicológicas ou comportamentais resultantes do estresse (KARASEK, 1979 apud
França, 2005).
Um trabalho estressante simultaneamente impõe exigências e cria restrições ambientais
sobre a capacidade de resposta do trabalhador (BAKER; KARASEK, 2000), assim considerando
que a tensão aparece como resultado das características do trabalho, e não da percepção
individual e subjetiva do trabalhador.
Karasek (1979) também afirma que a falta de controle do trabalhador sobre seu trabalho é
uma restrição ambiental sobre o indivíduo, pois se o trabalhador tivesse controle das situações
(conflitos, exigências, etc), os fatores estressores poderiam atuar como motivadores para a
ação, e a energia potencial do estresse seria transformada em energia de ação.
Em seu estudo, Baker e Karasek (2000) citam como agentes estressores:

As horas extras, o trabalho em turnos, trabalho


Estrutura temporal do trabalho e ritmo
ao ritmo da máquina, pagamento por produção.
Falta de controle do trabalhador sobre as tarefas,
Estrutura das tarefas
subutilização das capacidades.
Condições físicas Precárias, ameaça de riscos físicos ou tóxicos.
Ambiguidade de papel, conflito de papel,
Organização do trabalho
competição e rivalidade.
Insegurança no emprego, preocupações com a
Extra-organizacionais
carreira.
Questões pessoais, familiares ou relacionadas à
Fontes extratrabalho
comunidade.

Para Cooper et al., 1988 (apud França, 2005) o estresse é “qualquer força que conduz um
fator psicológico ou físico além de seu limite de estabilidade, produzindo uma tensão no
indivíduo”. Sua teoria explica que a maioria das pessoas busca manter seus pensamentos,
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emoções e relacionamentos de forma estável. Cada um desses fatores possui um limite de


estabilidade em que o indivíduo se sente confortável, então, quando algo interfere e sobrepõe
esse limite, o sujeito precisa agir para restaurar a situação de conforto.Os comportamentos
resultantes deste processo caracterizam o processo de ajustamento e estratégias de
enfrentamento.
Neste modelo, existe o conceito de vulnerabilidade individual, que atua como uma
moderadora do estresse, e é composta pela personalidade, eventos da vida, suporte social para
problemas pessoais e de trabalho, e estratégias e recursos para enfrentar o estresse.
Em suma, Cooper et al., 1988 (apud França, 2005) cita os principais fatores estressores,
sendo estes:

Condições de trabalho empobrecidas, jornada


extensa de trabalho, viagens, atividades de
Fatores intrínsecos ao trabalho
risco ou perigo, novas tecnologias, sobrecarga
de trabalho ou trabalhos monótonos.
Ambiguidade e conflito de papeis na empresa,
Papel na organização nível de responsabilidade relacionado a
atividades e pessoas no trabalho.
Falta de reconhecimento, pressão exercida
pelos superiores, isolamento, rivalidade, falta
Relações de trabalho de suporte por parte dos colegas, conflitos,
ressentimentos, recusa de cooperação de
subordinados.
Falta de segurança no trabalho,
Desenvolvimento na carreira aposentadoria precoce, incongruência de
status, falta de perspectiva.
Aspectos que ameaçam a individualidade,
liberdade, autonomia e identidade, como a
Estrutura e clima organizacionais sensação de não pertencimento, falta de
participação e comunicação, restrições de
comportamento no trabalho.

Limongi-França (2005) cita algumas condições clínicas relacionadas ao estresse


ocupacional, como somatizações, fadiga, depressão, síndrome do pânico, síndrome de burnout,
síndrome do desamparo, distúrbios do sono, e o vício no trabalho (workaholic).

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De acordo com Camelo (2008), estressores ocupacionais estão frequentemente ligados à


organização do trabalho, como carga de trabalho excessiva, condições insalubres de trabalho,
falta de treinamento e orientação, relação abusiva entre supervisores e subordinados, falta de
controle sobre a tarefa e ciclos trabalho-descanso incoerentes com os limites biológicos.
Para este trabalho, foram pesquisados fatores intrínsecos e extrínsecos do estresse
ocupacional: intrínsecos aqui considerados os fatores internos e individuais do sujeito, como
estilo de vida, características biológicas e recursos pessoais, e extrínsecos os fatores externos,
como ambiente de trabalho, relações interpessoais dentro deste. Porém, convém esclarecer que
essa divisão é apena didática, pois na prática esses fatores estão correlacionados e interligados,
até porque o indivíduo é um todo integrado que exerce vários papéis simultaneamente. Além
disso, pode-se perceber no levantamento bibliográfico que os fatores extrínsecos aparecem em
maior frequência que os fatores intrínsecos, e geram consequências negativas para além do
ambiente organizacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AZEVEDO, Erika. Estresse no trabalho: estudo com gestoras de organizações


privadas do sul do estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2015.
CAMELO, Silvia; ANGERAMI, Emília. Riscos psicossociais no trabalho que podem levar ao
estresse: uma análise da literatura, 2008.
DOLAN, Simon L. Estresse, auto-estima, saúde e trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. 4. ed.
São Paulo: Atlas, 2005.
MARCONI, M. A. & LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Atlas,
2001.
PEREIRA, L.; MARQUES, A.; MELO, M.; BRAGA, C.; ZILLE, G. Tensões Excessivas no
Trabalho e o Estresse Ocupacional: Estudo com Gestores que Atuam em Empresas
Privadas de Setores Diversos, 2011.
SELYE, Hans. Stress: a tensão da vida. 2. ed. São Paulo: Ibrasa, 1965.

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