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Baterias:
Características Técnicas e
Utilização em Sistemas
Fotovoltaicos
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ÍNDICE
6 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 14
III
Introdução aos Sistemas Fotovoltaicos
1 Armazenamento Energético
É através de um “sistema de armazenamento energético” que um gerador fotovoltaico
consegue fornecer energia ininterrupta às cargas, se tornando imune (ou quase) às variações de
geração do arranjo fotovoltaico. Um “banco de baterias” adequadamente dimensionado, projeta-
do e instalado fornece energia “segura” para qualquer aplicação, mesmo quando se tem longos
períodos de baixa ou nula insolação.
Portanto é necessário conhecer as principais características e particularidades dos elemen-
tos que compõem os “acumuladores de energia”, para que se possa projetar corretamente esse
importante subsistema, que hoje em dia pode fazer parte, também, dos sistemas fotovoltaicos
conectados à rede.
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Fornecer correntes elevadas: a bateria opera como um buffer, fornecendo correntes de par-
tida elevadas às cargas (como motores) que requerem altas correntes de partida, várias vezes
superior à corrente em regime de funcionamento normal. As baterias fornecerão essa alta po-
tência momentânea, e serão carregadas lentamente pelo painel fotovoltaico durante o dia;
como as partidas são, geralmente, muito rápidas, não impactam na quantidade energia da ba-
teria.
Apesar da recente entrada em mercado das baterias de “íons de lítio” (ex.: “Tesla Power
Wall”), as baterias mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos são da tecnologia: “chumbo-ácido”;
e em menor escala as da tecnologia: “níquel-cadmio”. As baterias de níquel-cádmio suportam
descargas maiores e tem maior vida-útil, mas seu alto custo e baixa disponibilidade as tornam
viáveis em sistemas muito específicos que necessitam de alta confiabilidade.
Como são as mais disponíveis e, portanto mais utilizadas, as baterias de chumbo-ácido
serão o objeto do nosso estudo a partir de agora.
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Ao se fechar um circuito, os elétrons fluem do polo negativo para o polo positivo, provo-
cando uma reação química entre as placas e o ácido sulfúrico, que leva à formação de sulfato de
chumbo (PbSO4) nas duas placas (reação chamada de dupla sulfatação) que consome o ácido,
tornando o eletrólito mais aquoso, processo que pode ser medido com um densímetro. Quando
o sistema fotovoltaico recarrega a bateria, os elétrons fluem em sentido contrário (do polo positi-
vo para o polo negativo) revertendo a reação química.
Tabela 1 – Estimativas de “estado de carga” de uma bateria pela densidade do eletrólito – fonte: Manual Baterias
Freedom
Figura 3 - Expectativa de vida útil de uma bateria pela profundidade de descarga (quantidade de ciclos por profundi-
dade de descarga) – fonte: Manual de Baterias Moura
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sobrecargas. São baterias com grande vida útil, geralmente o dobro da vida útil das baterias de
eletrólito líquido, sob as mesma condições de profundidade de descarga. Devido a tais caracterís-
ticas, são mais caras que as baterias comuns.
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que está entre a das baterias de grade e as baterias de eletrodo tubular. As varetas são encai-
xadas em um protetor comum, que possibilita a fabricação de placas planas mais baratas que as
tubulares, mas com vida útil muito maior. Os eletrodos negativos de uma bateria de OGi são em
formato de grade.
As baterias OGi alcançam 1300 ciclos com profundidade de descarga de 75%, e até
4500 ciclos com 30% de profundidade de descarga. Devido à grande reserva de ácido no vaso,
a manutenção será necessária em períodos entre 3 a 5 anos. Eram muito utilizadas nos sistemas
fotovoltaicos autônomos na Europa, pois conseguem ser recarregadas mesmo com baixas corren-
tes, o que é a realidade das localidades com longos períodos de baixa irradiância solar ao longo
do ano.
Informação:
Muito poucas empresas utilizaram essas baterias no Brasil, devido
aos altos custos para importação. Hoje em dia, devido às políticas
de logística reversa para baterias, é extremamente difícil de se ob-
ter esse tipo de bateria por importação direta. Somente os (MUITO)
grandes projetos é que se habilitam para os custos de aquisição de
baterias OGi, OPzV ou OPzS.
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te e atinge o valor limite a partir do qual a concentração do ácido diminui muito e começam os
efeitos nocivos da sulfatação (citado abaixo).
É a quantidade de carga elétrica que uma bateria pode fornecer até ficar totalmente des-
carregada. A capacidade de carga (Cn) é o produto da corrente de descarga constante (In)
pelo tempo de descarga (tn):
𝑪𝒏 = 𝑰𝒏 ∗ 𝒕𝒏
São o formato e o número de pilhas, ligadas em paralelo, que determinam a capacidade
de uma bateria. Esse valor depende da temperatura de operação, da tensão final e principal-
mente da corrente de descarga. Com correntes de descarga menores, a deposição do sulfato
nas placas acontece vagarosamente, o que permite maior penetração do sulfato. Com maiores
correntes de descarga a deposição do sulfato acontece mais rapidamente, as moléculas se de-
positam no começo das placas e atrapalham as moléculas seguintes. Ou seja, é possível retirar
mais energia da bateria quando é feita uma descarga lenta, do que quando é feita uma descarga
rápida. É por isso que a capacidade nominal (Cn) da bateria tem que ser especificada de acordo
à corrente de descarga, ou de acordo ao tempo de descarga.
É a quantidade de carga extraível de uma bateria (ou elemento) em n horas, em uma tem-
peratura média padrão (geralmente 25 ° C), e determinada corrente de descarga, até que a tensão
da bateria caia para 1,8 V por elemento nas baterias de chumbo-ácido (10,5 V numa bateria
monobloco com tensão nominal de 12 V). Se a capacidade total de uma bateria for utilizada no
período de 10 horas, a corrente de descarga será muito maior do que ser fosse utilizada em 100
horas, o que reduz a sua capacitade total conforme dito no item 3.3. Devido a isso, os fabricantes
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Na Prática:
Como as baterias têm “várias capacidades” que, na prática, são
uma só, pois varia de acordo à corrente de descarga.
Por isso qualquer valor de capacidade serviria para o dimensiona-
mento dos bancos de baterias, embora seja mais comum o uso das
capacidades “C100” e “C20”.
Em sistemas fotovoltaicos o uso do “C20” é devido à sua proximi-
dade com o “ciclo diário” de 24 horas.
O fabricante é quem informa quais sãos as capacidades nominais de seus modelos de
bateria, bem como as correntes nominais de descarga para cada período de descarga. Nos casos
em que o fabricante não informa os valores das correntes nominais de descarga para cada perío-
do, pode calcula-la simplesmente dividindo-se o valor da capacidade nominal pelo valor do
período de descarga. Veja o exemplo de uma bateria de C100 = 115 Ah, que será descarregada
em 100 horas com uma corrente de descarga de 1,15 A (115 Ah/100 h = 1,15 A). Para a sua
capacidade nominal de “C10 = 94 Ah” a corrente de descarga será de 9,4 A, que a descarregará
em 10 horas (94 Ah/10 h = 9,4 A).
Figura 10 - Tabela com os valores de capacidade nominal em diferentes períodos de descarga para os vários mode-
los de baterias do fabricante/marca Freedom – fonte: Johnson Controls (http://www.johnsoncontrols.com/pt_br)
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Figura 11 - Gráfico de "espectativa" de vida-útil (em ciclos) de acordo à profundidade de descarga por ciclo – fonte:
Johnson Controls (http://www.johnsoncontrols.com/pt_br)
Quanto mais “profunda” for a descarga da bateria em cada ciclo, maior será o desgaste da
matéria ativa, e menos ciclos a bateria completará. À medida que a bateria é descarregada e
recarregada ocorre o efeito de envelhecimento de “cristalização do sulfato”(vide item #), que é
diretamente proporcional à profundidade de descarga.
3.7 Autodescarga
É a perda de carga da bateria quando esta está em circuito aberto. É provocada pela cons-
tante reação química no interior da bateria. Geralmente é expressa em porcentagem, medida por
mês. A autodescarga é maior ou menor, segundo a temperatura no ambiente das baterias. Devi-
do a essa perda energética, baterias não podem ser armazenadas, ou deixadas sem recarga, por
longos períodos, e em sistemas fotovoltaicos de uso esporádico o banco de baterias deve ficar
sempre ligado ao controlador de cargas, que compensará essa perda de energia.
Com o processo de carga e descarga, o ácido no eletrólito tende a descer para o fundo
da bateria, devido à sua maior densidade em relação à água que é liberada no processo. Durante
o processo de recarga, o ácido vai se recombinando com a água, mas continua mais concentrado
na parte inferior, provocando maior diferença de potencial e maior desgaste na parte inferior das
placas de matéria ativa. Formam-se, então, zonas com diferentes concentrações de ácido, com
maior concentração na base, e muito menos ácido na parte superior.
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A corrosão da grade de chumbo do polo positivo é causada pelo alto potencial positi-
vo, que provoca o aumento da resistência da grade. Ocorre com mais frequência quando a tensão
por elemento ultrapassa os 2,4 V (bateria plenamente carregada). As escamas de material corroí-
do que caem das placas podem provocar curtos-circuitos. Esse efeito é irreversível, sendo um
dos responsáveis pela relativamente curta vida-útil de baterias, principalmente as de eletrólito
líquido.
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Durante o processo de recarga, após a bateria alcançar em torno de 90% da sua carga
plena, uma parte da corrente elétrica aplicada aos terminais já inicia o processo de eletrólise da
água que compõe o eletrólito. Esse processo recebe o nome de “gaseificação”, que se ocorrer
totalmente eliminará toda a água (destilada) do eletrólito, tornando-o extremamente ácido, e
comprometendo fatalmente as placas de matéria ativa.
Esse processo não é reversível, embora seja possível adicionar água destilada e dissolver
a parte do eletrólito que ainda esteja em estado líquido, permitindo utilizar uma fração restante
da capacidade de carga da bateria. As baterias de eletrólito imobilizado, também sofrem desse
problema, embora os efeitos sejam mais vagarosos.
8. Evitar baterias automotivas para a concepção do banco de baterias, pois não são ade-
quadas e terão que ser substituídas em períodos muito curtos, diminuindo a vida-útil do
sistema fotovoltaico como um todo.
6 Bibliografia
GREENPRO. Energia Fotovoltaica: Manual de Tecnologias, Projecto e Instalação. Dis-
ponível em: http://greenpro.de/po/fotovoltaico.pdf. 2004
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.—. NBR-14298: Sistemas
Fotovoltaicos – Banco de Baterias – Dimensionamento. Rio de Janeiro, 1999.
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