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Sucessões
A definição a cima afirma que a cada número natural i (1 ≤ i ≤ n) está associado um número real
ai . Designa-se por Un .
Aos valores imagens da sucessão chamam-se termos da sucessão e designam-se por u1 , u2 , . . . , un , . . .,
isto é, 1◦ termo, 2◦ termo, . . . , n−ésimo termo ou termo de ordem n. À expressão un chama-se
Termo Geral da sucessão.
Toda aplicação f de N∗ em U é finita, e a cada i ∈ N∗ está associado um ai ∈ R.
Na Matemática interessam a sucessões em que os termos se sucedem obedecendo uma certa regra,
isto é, aquelas que têm uma lei de formação que podem ser:
Exemplo 1.1. 1. Escreva a sucessão Un cujos termos obedecen a seguinte fórmula de re-
corrência:
u1 = 3
un = un−1 + 3; ∀n ∈ {2, 3, 4, 5, 6}
Temos:
n=2 ⇒ u2 = u1 + 3 = 2 + 3 = 5
n=3 ⇒ u3 = u2 + 3 = 5 + 3 = 8
n=4 ⇒ u4 = u3 + 3 = 8 + 3 = 11
n=5 ⇒ u5 = u4 + 3 = 11 + 3 = 14
n=6 ⇒ u6 = u5 + 3 = 14 + 3 = 17
1
2
2. Escreva a sucessão de Fibonacci1 até ao sétimo termo, sabendo que ela obedece a seguinte
fórmula de recorrência.
u1 = 1
u2 = 1
un = un−1 + un−2
1.2 Monotonia
Definição 1.2. Diremos que uma sucessão é crescente (estritamente crescente) se e só se, para todo
o ı́ndice n, un for inferior ou igual (inferior) a un+1 . Ou seja, os termos de un crescem com os
ı́ndices. Simbolicamente
un+1
un ≤ un+1 ⇒ un+1 − un ≥ 0 ou ≥1 (un < un+1 ) ∀n ∈ N (1.1)
un
Definição 1.3. Diremos que uma sucessão é decrescente (estritamente decrescente) se e só se, para
todo o ı́ndice n, un for inferior ou igual (inferior) a un+1 . Ou seja, os termos de un decrescem com
os ı́ndices. Simbolicamente
un+1
un ≥ un+1 ⇒ un+1 − un ≤ 0 ou ≤1 (un > un+1 ) ∀n ∈ N. (1.2)
un
3n
Exemplo 1.4. Estudemos a monotonia da sucessão an = . Achemos
n+2
3(n + 1) 3n (3n + 3)(n + 2) − 3n(n + 3) 6
an+1 − an = − = = >0
n+1+2 n+2 (n + 3)(n + 2) (n + 3)(n + 2)
Logo, an é estritamente crescente.
1
Leonardo Fibonacci (1170—1250) — matemático Italinano.
3
Observação 1.1. Uma sucessão crescente é limitada inferiormente, isto é, minorada. Pode ser, ou
não, limitada superiormente (majorada). Analogamente, qualquer sucessão decrescente é majorada,
podendo ser, ou não, minorada.
1.3 Progressões
1.3.1 Progressão Aritmética
Definição 1.4. Diremos que uma sucessão é uma Progressão aritmética (PA) se é dada pelo
termo geral.
an = a1 + (n − 1)r ∀n ∈ N, n ≥ 2 (1.3)
onde r = un+1 − un e a1 são a razão e o primeiro termo da PA, respectivamente.
Exemplo 1.5. Calcular o 17◦ termo da PA cujo o primeiro termo é 3 e cujo razão é 5. Escreva o
termo geral.
Solução:
Notando que a1 = 3 e r = 5, aplicando a fórmula da equação (1.3) temos:
an = a1 + (n − 1)r = 3 + (n − 1)5 = 5n − 2
Nota 1.2. Se q > 1 diremos que a PG é crescente, enquanto que se q < 1 diremos que é decrescente.
Exemplo 1.7. Indique a razão e obtenha o 10◦ e 15◦ termos da PG (1, 2, 4, 8,. . . ). Escreva o termo
geral.
Solução
un+1 u2 u4 u3
q= = = = u2 =2
un u1 u3
u10 = u1 210−1 = 1 · 29 = 512
un = u1 · q n−1 = 2n−1 .
a1 (q n − 1)
Sn = se a PG for crescente, i.e, q > 1 (1.6)
q−1
e/ou
a1 (1 − q n )
Sn = se a PG for decrescente, i.e, q < 1 (1.7)
1−q
Exemplo 1.8. Calcule a soma doa 10 primeiros termos da PG (1, 3, 9, 27, . . . ).
Solução
u2 u3 u3
q= = = = 3; a1 = 1
u1 u4 u2
a1 (q 10 − 1) 310 − 1
S10 = = = 29524
q−1 3−1
1.4 Exercı́cios
1. Dê a definição de sucessão
4. Considere as sucessões dadas no Exercı́cio anterior. Aplicando a definição diga quais são cres-
centes e\ou decrescentes?
a) 3, 7, 11, 15 . . .;
1 1 1
b) , , , . . .;
2 2 3
c) 0, 3, 8, 15, . . .;
5 8 11
d) 2, , , , . . ..
2 3 4
n−2
6. Seja a sucessão Un = .
2n − 1
7 1
a) Mostre que e são termos de Un ;
17 3
3
b) Mostre que não é termo de Un .
5
1 1
7. Seja a sucessão −1, − , 0, , . . ..
4 8
a) Ache o termo geral da sucessão;
b) Encontre os termos de sétima e nona ordem respectivamente.
8. Determine se as sucessões dadas são P.A? Caso sejam ache a sua respectiva razão e o termo geral
a) 3, 6, 8, 11, . . .
b) 3, 7, 11, 15, . . .
c) 2, 4, 8, 16, . . .
d) 1, −3, 5, −7, . . .
e) 3, 3, 3, 3, . . .
f) 2, 4, 6, 8, . . .
9. Seja dada uma P.A em que o primeiro termo é 20 e a razão é -3. Qual a ordem dos termos:
a) 8;
b) −1;
c) −4.
10. Numa P.A o quinto termo é 18 e o oitavo é 30. Determine a razão e a expressão do termo geral;
a) U1 ;
b) Achar o termo geral;
6
13. A soma dos 10 primeiros termos consecutivos duma P.A é iqual a 100 (S10 = 100). Sabendo
que U1 = 1 determine:
a) U10
b) Ache a razão da sucessão;
c) O termo geral da sucessão;
d) Verifique se 20 é termo dessa sucessão.
14. Sabe-se que a razão de uma P.A é igual a 3 (r = 3) e o quinto termo é igual a 12 (U5 = 12).
Ache:
15. A soma do quarto e quinto termo duma P.A é igual a -1 (U4 + U5 = −1). A soma do segundo e
sexto da P.A é igual a -2 (U2 + U6 = −2). Determine:
a) A razão;
b) O termo geral;
c) A soma dos 15 primeiros termos da P.A.
16. Um Camponês tem uma machamba de um formato rectangular com uma área de 100m2 . Em
cada dia ele sacha uma área com 2m2 mais do que a área do dia anterior. sabendo que no primeiro
dia ele sacha uma área de 1m2 determine o dia em que o Camponês completa a machamba toda.
17. Quais das seguintes sucessões são progressões geométricas (P.G)? Caso sejam ache a respectiva
razão;
22. A soma dos 6 primeiros termos consecutivos de uma P.G é igual a 63 (S6 = 63). Sabendo que
a razão da P.G é 2, ache o termo geral da P.G
23. Um ciclista viajante sai de Maputo com destino a Pemba. Em cada dia percorria uma distância
3 vezes maior do que a distância percorrida no dia anterior. Sabendo que no primeiro dia ele
percorreu uma distância de 3km, que distância o Ciclista percorerá no décimo dia? A que
distância de Maputo ele se encontra?
8
Interpretação Geométrica
Como se pode ver a convergência geometricamente? Temos que un − x0 < ε é equivalente a x0 − ε <
un < x0 +ε, pelo que, a partir da ordem N , todos os termos estão entre as rectas y = x0 −εey = x0 +ε.
No caso da sucessão do exemplo anterior (1.9), un = n−1n teremos:
1
x−ε
Intuitivamente, para que dois números reais x0 e x1 pudessem ser limites da sucessão un era
preciso que os termos da sucessão se fossem aproximando tanto de x0 como de x1 tanto quanto se
arbitrasse previamente; ora se se arbitrasse uma quantidade inferior a metade da distância de x0 a
x1 , nunca os termos da sucessão poderiam estar a uma distância tanto de x0 como de x0 inferior a
x0 +x1
2 . Logo sx1 . Temos assim provado o teorema:
Teorema 1.1 (Da unicidade do limite). O limite de uma sucessão convergente é único.
Nota 1.3. Note que uma sucessão ser limitada não significa que tenha limite (seja convergente). Um
exemplo é a sucessão un (−1)n .
Uma sucessão que tem uma infinidade de termos que se aproxima de dois ou mais valores diz-se
oscilante. Contudo:
ε 0.001 0.0001
N
Solução
Pegamos um ε > 0 qualquer e vejamos o módulo da diferença entre o n−ésimo termo e dois, isto é,
2n 2
|xn − 2| =
− 2 = .
n+1 n+1
10
De acordo com a definição temos que determinar um número natural N tal, que ∀n > N terá lugar a
2
desigualdade n+1 < ε. Resolvendo esta desigualdade em ordem a n temos n > 2ε − 1. Na qualidade
de N podemos tomar a parte inteira de n > 2ε − 1, isto é, N = 2ε − 1 .
Operações com ±∞
Seja 0 6= a ∈ R.
a + (+∞) = +∞ a + (−∞) = −∞ +∞ + (+∞) = +∞ −∞ + (−∞) = −∞;
a
a · (+∞) = +∞ a · (−∞) = −∞ =0 ∀a > 0
±∞
a
a · (+∞) = −∞ a · (−∞) = +∞ =0 ∀a < 0
±∞
0 se 0 ≤ a < 1 +∞ se 0 ≤ a < 1 +∞ se b > 0
a+∞ = a−∞ = +∞b =
+∞ se a > 1 0 se a > 1 0 se b < 0
Indeterminações
Indeterminações Não são Indeterminações
∞−∞ 0+∞ = 0
∞ 1
0 · ∞; ; 0−∞ = +∞
∞ ∞
1 ∞ (+∞)+∞ = +∞
∞0 ; 00 (+∞)−∞ = 0
Propriedades
Sejam vn e un sucessões e a, b ∈ R tai que lim un = a e lim vn = b. Então, salvo o caso em que se
obtêm indeterinações, temos:
1. lim(un ± vn ) = lim un ± lim vn = a ± b;
2. lim(un · vn ) = lim un · lim vn = a · b;
un lim un a
3. Se b 6= 0 e vn 6= 0 para todo n ∈ N então lim =
vn lim vn b
Levantamento de indeterminações
1. A indeterminação do tipo ∞ − ∞pode, normalmente, ser levantada pondo em evidência o termo
de maior grau,ou, no caso que envolvem raı́zes, multiplicando e dividindo pelo conjugado.
∞ 1
2. As indeterminações do tipo 0 · ∞, , , podem ser levantada pondo em evidencia o termo
∞ ∞
de maior grau.
√ √
Exemplo 1.11. Calculemos primeiro o limite lim n + 1 − n .
É fácil notar que √ √
lim n + 1 − n = [∞ − ∞]
multiplicando e dividindo pelo seu conjugado teremos:
√ √ √ √ √ 2 √ 2
√ √ n+1− n n+1+ n n + 1 − ( n)
lim n + 1 − n = lim √ √ = lim √ √
n+1+ n n+1+ n
a
Como os termos ∞ → 0 quando n → ∞ segundo as propriedades dadas a cima, teremos:
√ 2 √ 2
n + 1 − ( n) n+1−n 1
lim √ √ = lim √ √ = lim √ √ =0
n+1+ n n+1+ n n+1+ n
3n2 + 1 − 2n
Exemplo 1.12. Agora vejamos o seguinte limite lim √ .
4n4 + 2n
Como podemos observar
3n2 + 1 − 2n h ∞ i
lim √ =
4n4 + 2n ∞
Evidenciando o termo de maior grau teremos:
n2 3 + n12 − n2
3n2 + 1 − 2n
lim √ = lim q
4n4 + 2n n2 4 + n24
2n+1 + 3n
Exemplo 1.13. Vejamos a seguinte sucessão exponencial lim ; nesse caso evidencia-
2n + 3n+1
mos o expoente com a maior base, ora vejamos
n n
3n 2 32 + 1 2 32 + 1
2n+1 + 3n
lim n = lim n 2 n = lim 2 n
2 + 3n+1 3 3 +3 3 +3
Como os termos a∞ → 0 quando 0 < a < 1 segundo as propriedades dadas a cima, teremos:
n
2 23 + 1 1
lim 2 n =
3 +3 3
12
Limites notáveis
Definição 1.11 (Numero de Neper (Euler)). Define-se o número de Neper como sendo o
limite finito seguinte:
1
lim 1 + =e
n→∞ n
Proposição 1.1. Sejam a ∈ R e un uma sucessão tal que lim |un | = +∞, então
a un
lim 1 + = ea
n→∞ un
Proposição 1.2.
ln(1 + un )
lim = 1, quando un → 0
un
3n − 4
se, no expoente, multiplicarmos e dividirmos por teremos:
n2 + 3
3n−4
3n − 4 ln 1 + 2
n +3
3n − 4 lim(n−1) ·
!!
n2 + 3 3n−4
lim (n−1) ln 1+
n2 +3
e n2 + 3 =e
3n−4
Pela Proposição 1.2 e sabendo que n2 +3
→0
3n−4
ln 1 + n2 +3
lim 3n−4 =1
n2 +3
3n − 4 3n2 − 7n + 4
lim(n−1) lim
e n2 + 3 = e n2 + 3 = e3
Entretanto, o mesmo exemplo pode ser resolvido usando facilmente da seguinte forma:
3n − 4 3n2 − 7n + 4
!
n−1
n2 3n − 4 n−1 lim 1+ −1 (n−1)
+ 3n − 1 n2 + 3
lim
n2 + 3
lim = lim 1 + 2 =e =e = e3
n2 + 3 n +3
+
1.3. Sejam a ∈ R0 ∪ {+∞} e un uma sucessão de termos positivos tal que
Proposição
un+1 √
lim , então lim n un = a
un
4. A indeterminação do tipo (+∞)0 pode, normalmente, ser levantada usando a proposição 1.3.
1.6 Exercı́cios
n
1. Mostre que a sucessão de termo geral un = an (a > 1, n ∈ N) é limitada.
n2 −1
2. Dada a sucessão numérica de termo geral un = n2
verifique se ela é limitada;
3 n2
3. Mostre, aplicando a definição de limite, que, lim n3n+1 = 1; Seja xn = n2 +1
. Mostre que
lim xn = 1 e preencha a tabela:
ε 0.001 0.0001
N
9. Determine a razão e escreva o termo geral de cada uma das seguintes progressões geométricas:
2 2
3 1 1
√ √
2 3 9
(a) 2, , ,... (b) , , ,... (c) 5, 5, 5 5, . . . (d) , , ,...
25 625 7 7 21 5 5 10
10. A soma de três termos consecutivos de uma PG é 52. Se adicionarmos 8 unidades ao termo in-
termediário os três termos passam a ser termos consecutivos duma PA. Quais são esses números?
x x x
11. Resolver a equação: x + 2 + 4 + 8 + · · · = 5.
Limites
√ √
(h) lim n2 + n − n2 + 1
3
(i) lim 8n n+2n−1
3 −2
2.1 Funções
2.1.1 Relações
Consideremos dois eixos x e y perpendiculares em 0, os quais determinam o plano α.
Dado um ponto P qualquer, P ∈ α. Conduzamos por ele duas rectas:
rx k x e ry k y
Denominamos por P1 a intersecção de ry com o eixo x e P2 a interseção de rx com o eixo y .
α
y
ry
P2 P rx
0 P1 X
16
17
(f) sistema de eixos cartesiano ortogonal (ou ortonormal ou rectangular) é o sistema XOY ;
Exemplo 2.1. Vamos localizar os pontos A(2, 0); B(0, −3); C(2, 5); D(−3, 4); E(−7, −3); F (4, −5);
G( 52 , 92 ) e H(− 25 , − 29 ) no plano cartesiano lembrando que, no par ordenado, o primeiro número
representa a abscissa (x) e o segundo a ordenada (y ) do ponto.
y
C
G
D
x
A
E B
H F
Definição 2.1. Sejam A e B dois conjuntos não vazios. Denominamos produto cartesiano de A
por B o conjunto A × B cujos elementos são todos pares ordenados (x, y) onde o primeiro elemento
pertence a A e o segundo elemento pertence a B .
A × B = {(x, y)x ∈ A e y ∈ B}. (2.1)
Se A ou B for o conjunto vazio, definimos o produto cartesiano de A por B como sendo o conjunto
vazio.
A×∅=∅ ∅×B =∅ ∅×∅=∅
A × B = {(1, 1); (1, 2); (2, 1); (2, 2); (3, 1); (3, 2)}
18
B × A = {(1, 1); (1, 2); (1, 3); (2, 1); (2, 2); (2, 3)}
x x
1 2 3 1 2
2. Se A = {x ∈ R1 ≤ x < 3} e B = {2} então temos A × B = {(x, 2)x ∈ A}. A representação
gráfica de A × B dá como resultado o conjunto de pontos do segmento paralelo do eixo x da
figura que se segue
y
2
x
1 3
3. Se A = {x ∈ R1 ≤ x ≤ 3} e B = {x ∈ R1 ≤ x ≤ 5} temos A × B = {(x, y) ∈ R2 1 ≤ x ≤
3 ∧ 1 ≤ y ≤ 5} representado graficamente no plano cartesiano pelo conjunto de pontos no
2
rectângulo sombreado a esquerda. Notemos que B × A = {(x, y) ∈ R 1 ≤ x ≤ 5 ∧ 1 ≤ x ≤ 3}
é representado pelo rectângulo distinto do anterior a direita.
19
y A×B
5
B×A
y
3
1 1
x x
1 3 1 5
que é chamada relação entre os elementos de A e de B ou, mais simplesmente, uma relação binária
de A em B .
O conjunto R está contido em A × B e é formado por pares (x, y) em que o elemento d x de A é
“associado” ao elemento y de B mediante um certo critério de “relacionamento” ou “correspondência”.
Será bem útil a representação por meio de flechas, como na figura ao lado.
y
5 B
A 3
R
4
3 5
3
2 2
2
4 6
x
2 3 4 4
Definição 2.2. Dados dois conjuntos A e B , chama-se relação bin’aria de A em B todo sub-
conjunto R de A × B que representa uma relação de A em B . Onde:
20
R = {(0, 0), (1, 1), (−1, 1), (−1, −1), (1, −1), (2, 2)}
B
A
R
0 0
y
2
1 1
1
−1 −1
x
-1 1 2
-1 2 2
B
A 1
R
0
D0 R
DR 2
2
6
3
3
4
4
Utilizando o esquema das flechas é fácil perceber que DR é o conjunto do elementos de A dos
quais partem flechas e que D0 R é o conjunto dos elementos de B aos quais chegam flechas, portanto:
R = {(2, 2), (2, 4), (2, 6), (3, 3)(3, 6), (4, 4)}
DR = {2, 3, 4} D0 R = {2, 3, 4, 6}
Exemplo 2.5. Se A = {x ∈ R1 ≤ x ≤ 3} e B = {y ∈ R1 ≤ y ≤ 4}, qual é o domı́nio e o
contradomı́nio da relação R = {(x, y) ∈ A × B y = 2x}?
Resolução
3 R
D0 R
2 2
1 1
x x
1 2 3 1 DR 2 3
Temos DR = {x ∈ R1 ≤ x ≤ 2} e D0 R = {y ∈ R2 ≤ y ≤ 4}
Definição 2.4. Dados dois conjuntos A e B 1 , não vazios, uma relação f de A em B recebe o nome
de aplicação de A em B ou função definida em A com imagens em B se, e somente se, para todo
1
Em todo nosso estudo de funções, fica estabelecido que A e B são conjuntos formados de números reais, isto é,
A, B ⊆ R
22
f
g
x
-1 1
x
−1 1
A relação f a esquerda é função, pois toda recta vertical conduzida pelos pontos x ∈ A encontra
sempre o gráfico de f num só ponto.
A relação g a direita não é função, pois há rectas verticais que encontram o gráfico de f num só
ponto.
Toda função é uma relação binária A em B , portanto, toda função é um conjunto de pares
ordenados.
Geralmente, existe uma sentença aberta y = f (x) que expressa a lei mediante a qual, dado x ∈ A,
determina-se y ∈ B tal que (x, y) ∈ f , então f = {(x, y)x ∈ A, y ∈ B ∧ y = f (x)}. Isso significa que,
dados os conjuntos A e B , a função f tem a lei de correspondência y = f (x).
Para indicarmos uma função f , definida em A com imagens em B segundo a lei de correspondência
y = f (x), usamos a notação seguinte.
f
f : A 7−→ B, x −→ f (x) ou A −
→B
Considerando que toda função f de A em B é uma relação binária, então f tem um domı́nio e um
contradomı́nio.
Definição 2.5. Chamaremos de domı́nio o conjunto D dos elementos de x ∈ A para os quais existe
y ∈ B tal que (x, y) ∈ f .
A definição aqui presente nao difere da definição de domı́nio de uma relação. O mesmo é válido
para o caso de contradomı́nio (que aqui pode ser chamado de conjunto Imagem, Im)
g
g◦f
C
Observação 2.1. (a) A composta g ◦ f só está definida quando o contradomı́nio de f é o domı́nio
de g .
(h ◦ g) ◦ f = h ◦ (g ◦ f ). (2.5)
(a) A lei que define f ◦ g é obtem-se a partir da lei de f , trocando x por g(x):
(f ◦ g)(2) = 4 · 22 − 4 · 2 − 8 = 0
Calculemos g ◦ f para x = 2
(g ◦ f )(2) = 2 · 22 + 8 · 2 − 13 = 11
(g◦f )(2) = g(f (2)) ⇒ calculemos f (2), f (2) = 2·22 +4·2−5 = 7 ⇒ g(f (7)) = f (7) = 14−3 = 11
Definição 2.7 (Função Injectiva (injectora)). Uma função f de A em B é injectiva se, e somente
se, quaisquer que sejam x1 e x2 de A, se x1 6= x2 então f (x1 ) 6= f (x2 ). Ou seja
Notemos que a definção a cima é equivalente a uma função f de A em B é injectora se, e somente
se, quaisquer que sejam x1 e x2 de A, se f (x1 ) = f (x2 ) então x1 = x2 .
ii) quaisquer que sejam x1 , x2 ∈ R se x1 6= x2 então 3x1 +2 6= 3x2 +2, isto é, f é injectora.
Observação 2.2. Observemos que existem funções que não são sobrejectivas nem njectivas, por
exemplo, a função f : R 7→ R definida por f (x) = |x| não é injectiva nem sobrejectiva.
A composição de duas funções injectivas é uma função injectiva, assim como a de funções sobre-
jectivas é uma função sobrejectiva.
(x, y) ∈ f ⇐⇒ (y, x) ∈ f −1
Solução
A função dada é f (x) = x3 .
√
Trocando de variáveis temos: x = y 3 ⇒ y = 3 x
√
É função f −1 em R definida por f −1 (x) = 3 x.
Propriedades
Os gráficos de f e f −1 são simétricos em relação a bissetriz dos quadrante I e III do plano cartesiano.
Vejamos os gráficos das funções do exemplo anterior
y
y=x
f
f −1
f −1 ◦ f = IA ∨ f ◦ f −1 = IB (2.9)
(g ◦ f )−1 = f −1 ◦ g −1 (2.10)
Note que a definição de função par pressupõe que o domı́nio A seja simétrico com relação a origem
0: se x pertence a A, então −x também deve pertencer a A. Então, o gráfico da função par é
simétrico em relação ao eixo y .
27
x
x
1 −x 1
−1
f (x)
x
−x x
f (−x)
2.1.5 Exercı́cios
1. Dados os conjuntos A = {1, 3, 4}, B = {−2, 1}, C{−1, 0, 2}, representar pelos elementos e
pelo gráfico cartesiano os seguintes produtos:
(a) A × B
(b) B × A
(c) A × C
(d) C × A
(e) B × C
28
(f) B 2
(a) A × B
(b) B × A
(c) A × C
(d) C × A
(e) B × C
(f) B 2
3. Pede-se:
das relações binárias de A = {−2, −1, 0, 1, 2} em B = {−3, −2, −1, 1, 2, 3, 4} definidas por
(a) xRy ⇐⇒ x − y = 2
(b) xT y ⇐⇒ |x| = |y|
(c) xSy ⇐⇒ x2 = y
(d) xVy ⇐⇒ x + y > 2
(e) xWy ⇐⇒ (x − y)2 = 1
4. Dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. enumerar os pares ordenados e construir o gráfico carte-
siano da relação R em A dada por:
R = {(x, y) ∈ A2 : mdc(x, y) = 2}
1
(a) f (x) = x−1
√
(b) f (x) = x2− 4x + 3
√3
√
(c) f (x) = x + 7 − x + 8
√ √
(d) f (x) = 3 x + 5 − 3 − x
q
x
(e) f (x) = x+1
Definição 2.15. Diremos que o número b é limite à esquerda do ponto a da função f (x) se:
Definição 2.16. Diremos que o número b é limite à esquerda do ponto a da função f (x) se:
Os limites à esquerda ou à direita são comumente chamados limites laterais. Se uma função possui
limite quando x → x, então os limites laterais coincidem.
3x2 + 1,
se 0 ≤ x < 1
f (x) =
4x − 2, se x ≥ 1
Resolução. Temos: lim f (x) = lim (3x2 + 1) = 4, lim f (x) = lim (4x − 2) = 2.
x→1− x→1 x→1+ x→1
|x − 1|
Exemplo 2.16. Dada a função f (x) = calcule os limites laterais no ponto x = 1.
x−1
|x − 1| x−1 |x − 1| x−1
Resolução. Temos: lim = lim = 1, lim = − lim = −1.
x→1+ x − 1 x→1 x − 1 x→1+ x − 1 x→1+ x − 1
As propriedades aritméticas dos limites aprendidas nas sucessões são válidas aqui também.
Proposição 2.1.
sin x
lim =1
x→0 x
31
sin t
pois lim = 1 é limite notável.
t→0 t
Nas aplicações da análise matemática, um grande papel joga a função exponencial de base e.
Proposição 2.2.
ex − 1
lim =1
x→0 x
Exemplo 2.18. Calcule
ax − 1
lim , a > 0;
x→0 x
Resolução. Fazendo ax = ex ln a temos
ax − 1 xx ln a − 1
lim = ln a lim
x→0 x x→0 x ln a
xx ln a − 1
pois lim = 1.
x→0 x ln a
Proposição 2.3.
ln(1 + x)
lim =1
x→0 x
Exemplo 2.19. Calcule
ln x − ln a
lim
x−a
x→a
Resolução. Fazendo a substituição x − a = t temos
t
ln x − ln a ln(t + a) − ln a ln 1 + a 1 ln(1 + θ) 1
lim = lim = lim = lim = .
x→a x−a t→0 t t→0 t a t→θ θ a
t
Aqui fizemos a substituição a = θ → 0.
Proposição 2.4.
1
lim (1 + x) x = e
x→0
Definição 2.18. A função f (x) é contı́nua à direita do ponto a se lim f (x) = f (a). A notação
x→a+
usada é:
lim f (x) = f (a+ ).
x→a+
Definição 2.19. A função f (x) é contı́nua à esquerda do ponto a se lim f (x) = f (a). A notação
x→a−
usada é:
lim f (x) = f (a− ).
x→a−
Exemplo 2.21. Investigue a continuidade da função f (x) = |x|. Resolução. Por definição
x, se x > 0
|x| = 0, se x = 0
−x, se x < 0
O ponto que suscita dúvidas, sobre a continuidade da função f (x) = |x|, é x = 0. Vamos verificar se
f (x) é contı́nua nesse ponto:
lim f (x) = lim f (x) = f (0) = 0
x→0+ x→0−
Definição 2.21. Se lim f (x) = lim f (x) as não existe f(a), então a é ponto de descontinuidade
x→a+ x→a−
evitável.
Definição 2.22. Se os limites laterais em a são finitos, mas lim f (x) 6= lim f (x), então a é ponto
x→a+ x→a−
de descontinuidade do tipo salto.
Os pontos de descontinuidade evitável e descontinuidade do tipo salto são chamados pontos de
descontinuidade de primeira espécie.
Quando um ou ambos limites laterais numa vizinhança do ponto a não existem ou são iguais a
infinito, diremos que a é ponto de descontinuidade de segunda espécie.
Exemplo 2.23. Dada a função
10.5, se 0 ≤ x < 10,
x + 1, se 10 ≤ x < 14,
f (x) =
x − 1, se 14 ≤ x < 30,
29 se 30 ≤ x < 42,
determine os valores de x para os quais f (x) é descontı́nua e classifique esses pontos de descontinui-
dade.
Resolução. Nos pontos x = 10 e x = 14 a função está definida, mas não tem limite nesses pontos.
A função possui descontinuidade tipo salto nos pontos x = 10 e x = 14.
Exemplo 2.24. Dada a função
3x2 + 1,
se 0 ≤ x < 1,
f (x) =
4x − 1, se x ≥ 1,
34
determine o seu ponto de descontinuidade e com ajuda de limites laterais classifique o ponto de des-
continuidade.
Resolução. lim f (x) = lim (3x2 + 1) = 4, lim f (x) = lim (4x − 2) = 2. O ponto x = 1
x→1− x→1− x→1− x→1−
é ponto de descontinuidade tipo salto.
2.3.2 Exercı́cios
1. Calcule os seguintes limites de funções
x2 + 5x + 6
(a) lim
x→∞ x+1
3x − 3−x
(b) lim
x→−∞ 3x + 3−x
√
x−3
(c) lim √
x→9 x+7−4
3 4
(d) lim − x2 −1
x→−1 x+1
x3 − 27
(e) lim
x→3 x − 3
√ √
x+h− x
(f) lim
h→0 h
1 1
(h) lim − x2 −7x+12
x→3 x−3
(x + a)3 − a3
(i) lim
x→0 x
2. Calcule os limites notáveis:
sin 5x
(a) lim
x→0 x
35
tan x
(b) lim
x→0 x
sin 5x − sin 3x
(c) lim
x→0 sinx
tan x − sin x
(d) lim
x→0 sin3 x
1 − cos x
(e) lim
x→0 x2
sin πx
(f) lim
x→0 sin 3πx
x2 − sin x
(g) lim
x→0 x
a x+3
(h) lim 1+
x→+∞ x
x
x2 + 2x + 1
(i) lim
x→∞ x2 − 6x + 9
2x+1
3x + 4
(j) lim
x→0 3x + 2
1
(k) lim (1 + sin x) x
x→0
ax − xa
(l) lim , a>0
x→0 x − a
x
(b) lim x−2
x→2−
x−1
(c) lim |x−1|
x→1−
1
(d) lim 1
x→0+ 1+e x
1
(e) lim 1
x→0− 1+e x
ln(1+ex )
(f) lim x
x→+∞
√
x
(g) lim 1 − 2x
x→0
1
(h) lim 1
x→0− 1 + ex
√
(i) lim x2 + x − x
x→−∞
√
(j) lim x2 + x − x
x→+∞
5. Considere a função real de variável real definida por m(x). Determine o parâmetro real k de
2
x − 3x + 2
se x 6= 2
x2 − 4
m(x) =
3k + 2 se x=2
1
1 − 2x
6. Mostre que f (x) = 1 tem descontı́nuidade em x0 = 0.
1 + 2x
1
7. Mostre que a funçõ f (x) = 1 tem, em x0 = 1 uma descontinuidade evitável (eliminável),
1 + 3 x−1
uma descontinuidade não evitável, ou ambas.
37
8. Esboce o gráfico de cada uma das seguintes funções, encontre as descontinuidades, explica por
que a função deixa de ser contı́nua nestes pontos e classifique-os:
x2 − 3x + 10
(a) f (x) =
x+2
x+3 se x≥2
(b) f (x) =
x2 + 1 se x<2
4−x se x≥3
(c) f (x) = x−2 se 0<x<3
x−1 se x≤0
x ≤ 12
2x + 1 para 1
(b) f (x) = 2 1 no ponto
x −4 para x>0 2
1
2 − |x − 2| para x 6= 2
(c) f (x) = no ponto x = 2
1
x− para x=2
3
Capı́tulo 3
3.1 Derivada
A derivada é uma das noções fundamentais da Matemática. A derivada tem a sua aplicação na
resolução de inúmeros problemas da matemática, fı́sica e outras ciências, em particular no estudo da
velocidade de diferentes processos.
É já conhecido que, por definição, a taxa média de variação de uma função f no intervalo [a, b]
é o quociente entre a variação da função neste intervalo, f (b) − f (a) , e a amplitude do mesmo, b − a,
ou seja
f (b) − f (a)
tvm[a,b] =
b−a
Se considerarmos a taxa média de variação em intervalos [x0 , x0 + ∆x], para o caso ∆x > 0, obtemos
Teorema 3.1. Para que a função f(x) seja diferenciável no ponto x0 é necessário e suficiente que
exista a derivada f 0 (x0 ).
Neste caso o acréscimo é ∆f = f 0 (x0 )∆x + α∆x. Onde α é uma função dependente de ∆x,
infinitamente pequena e contı́nua no ponto ∆x = 0.
38
39
A função linear homogénea de argumento ∆x definida por df = f 0 (x0 )∆x (f 0 (x0 ) 6= 0) chama-
remos diferencial da função f (x) no ponto x0 . Para valores de ∆x muito pequenos temos ∆f ≈ df ,
isto é,
f (x0 + ∆x) − f (x0 ) ≈ f 0 (x0 )∆x
Relacionemos o conceito de derivada com o de continuidade. Vamos usar o seguinte teorema
Teorema 3.2 (Derivabilidade e continuidade). Uma função que seja derivável num ponto é contı́nua
nesse ponto.
Isto significa que se f 0 (x0 ) existe (é um número real), então lim f (x) = f (x0 ). Porém, o reciproco
x→x0
não é verdade, pois, uma função pode ser contı́nua num ponto x0 mas não ser diferenciável naquele
ponto. Por exemplo, f (x) = |x| é contı́nua em todo R mas não é diferenciável no ponto x0 = 0, pois
as derivadas laterais nesse ponto são diferentes (f 0 (0− ) = −1 ∧ f 0 (0+ ) = 1).
e sua derivada
r0 (t) = x0 (t)i + y 0 (t)j.
Esta derivada r0 (t) expressa o vector velocidade instântanea do ponto N no momento t e está orientado
segundo a tangente a trajectória.
Esta é a interpretação mecânica (fı́sica) da derivada.
Exemplo 3.1. A lei de movimento dum ponto no eixo OX dá-se pela fórmula x(t) = 10t + 5t2 ,
onde t é o tempo (em segundos) e x é a distância (em metros). Determine a velocidade média do
movimento, no intervalo de tempo 20 ≤ t ≤ 20 + ∆t, e calcule essa velocidade se ∆t = 1, t0 = 20.
Resolução. A velocidade média é igual ao quociente do espaço percorrido sobre o tempo que o ponto
levou a percorrer esse espaço. Assim,
10 + 10 · 20 + 5 · 1 = 215 m/s
40
então,
yt0
yx0 = . (3.6)
x0t
41
1
x0y = (3.10)
yx0
x
x0y =
x+1
3.5 Exercı́cios
1. Aplicando as regras de derivação, ache as derivadas das funções:
(a) y = sin2 x
x
(b) y = 4 cos
2
(c) y = sin 3x + sin 2x
(d) y = sin x cos x
r
3 sin x − 2 cos x
(e) y =
5
3. Calcule as derivadas num ponto gÃ
nerico
c da função:
x = 2t − 1
(a)
y = t3
x = 2 cos3 t
(b)
y = 3 sin3 t
43
( √
x= t2 + 1
(c) √t−1
y= t2 +1
x = e−t
(d)
y = e2t
x = et cos t
dy π
4. Achar dx , quando t = 4, se
y = et sin t
x = 2t + 3t2
5. Demonstrar que a função y, dada pelas equações paramétricas
y = t2 + 2t3
(a) y = x7 ex
ex
(b) y =
x2
(c) y = x2 ln x
(d) y = ln x2
1+x
(e) y = ln
1−x
(a) xy + x − 2y − 1 = 0
(b) x3 + x2 y + y 2 = 0
(c) ey = x + y
(d) sin y + cos x = y
(e) xy + x3 y 2 + y 3 − x = 0
(f) cos(xy) = x
1 1 1
(g) x 2 + y 2 = 2 2
dy = y 0 dx.
Daı́
dy
y0 =
.
dx
A função que tem diferencial denomina-se função diferencial.
Se N M é o arco do gráfico da função y = f (x) (Como mostra a figura abaixo), M T , a tangente
no ponto M (x, y) e
P Q = ∆x = dx,
teremos, que o acrescimo da ordenada da tangente
AT = dy
e o segmento AN = ∆y .
45
y
N
T ∆y
dy
M (x, y)
dx
x
P Q
portanto,
dy = (4x − 1)∆x = (4x − 1)dx
2 ◦ método.
y 0 = 4x − 1; dy = y 0 dx = (4x − 1)dx
(iv) d(u ± v) = du ± dv
u
vdu − udv
(vi) d v = v 6= 0
v2
(vii) df (u) = f 0 (u)du
46
∆y ≈ dy,
isto é,
f (x + ∆x) − f (x) ≈ f 0 (x)∆x
donde:
f (x + ∆x) ≈ f (x) + f 0 (x)∆x. (3.11)
Exemplo 3.8. Em quanto aumentará, aproximadamente, o lado do quadrado, se sua área aumenta
de 9 m2 a 9, 1 m2 ?
Resolução. Se x é a área do quadrado e y seu lado, então:
√
y= x
e0.2 = f (x + ∆x)
y 0 = (ex )0 = ex
usando a equação (3.11) teremos
e0.2 = e0 + e0 × 0, 2 = 1.2
d2 y = d(dy)
d2 y = y 00 (dx)2
d3 y = y 000 (dx)3
..
.
dy = y (n) (dx)n .
47
Com a condição de que exista o limite desta razão das derivadas. Esta regra é também válida no caso,
em que a = ∞.
f 0 (x)
Se a razão 0 torna a dar uma expressão indeterminada no ponto x = a, de uma das duas
g (x)
formas a cima citadas e f 0 (x) e g 0 (x) satisfazem a todas as condições que se formularam para f (x)
e g(x), aplica-se, novamente, a mesma regra, o que resulta na razão das segundas derivadas e assim
sucessivamente.
Para calcular os limites de expressões indeterminadas da forma 0×∞, vamos transformar o produto
correspondente f1 (x) × f2 (x), onde lim f1 (x) = 0 e lim f2 (x) = ∞ na razão
x→a x→a
f1 (x) 0 f2 (x) ∞
1 forma ou 1 forma
f (x)
0 f (x)
∞
2 2
x2 − sin2 x
1 1 0
lim − 2 = lim 2 2 forma indeterminada
x→0 sin x x x→0 x sin x 0
sin2 x
Antes de aplicarmos a fórmula de L’Hôspital, notemos que como lim = 1 então sin2 x ∼
x→0 x2
x2 (assim como sin x ∼ x) logo o denominador x2 sin2 x ∼ x4 . Agora teremos
2 sin2 x
1 1 2(1 − cos x) 1
lim − 2 = lim 2
= lim 2
=
x→0 sin x x x→0 12x x→0 6x 3
Exemplo 3.12. Calcular
3
lim (cos 2x) x2 (forma indeterminada 1∞ )
x→0
Portanto,
3
lim (cos 2x) x2 = e−6 .
x→0
3.8 Exercı́cios
1. Calcule a derivada até a terceira ordem
7. De todos os rectângulos com 5 cm2 de área, qual o que tem perı́metro mı́nimo.
16 3x2
C(x) = 103 +
x3 4
(a) Determinar o número de anos necessário para que o custo seja mı́nimo;
(b) Determinar e verificar se o custo obtido é mı́nimo.