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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Bacharelado em Direito
História do Direito
Prof.º Me. Cleiton Ricardo

DIREITO ANTIGO: ATENAS E ROMA

JENNIFFER CRISTINA DORNELES DE SOUZA


C01

GOIÂNIA
2018
JENNIFFER CRISTINA DORNELES DE SOUZA
C01

DIREITO ANTIGO: ATENAS E ROMA

Trabalho desenvolvido no 1º período do


curso de Bacharelado em Direito da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás,
na disciplina História do Direito, destinado
à avaliação parcial N1.
Orientador (a): Prof.º Me. Cleiton Ricardo

GOIÂNIA
2018
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INTRODUÇÃO

No modo de produção escravagista romano, a aristocracia patrícia detinha as


grandes propriedades e controlava o desenvolvimento econômico, dominando as
classes pobres e livres dos plebeus, clientes e a dos escravos. Esta sociedade
desigual criou uma série de instituições políticas e jurídicas sui generis, assim como
um ambiente de agitação e conflitos de classes. Um desses conflitos, que foi o da
classe dos patrícios contra a dos plebeus gerou a famosa Lei das XII Tábuas, dando
mais poder aos plebeus.
Contextualiza-se o Direito Romano em uma sociedade em que o modo de
produção era escravagista, caracterizado por formas de dominação que inclui um
universo jurídico feito para auxiliar no controle social, mantido pela força coativa e pela
persuasão de um mundo cultural constituído por uma religião e moral filosófica típicas.
A sociedade era patriarcal, podendo ser comparada, em partes, ao período
colonial brasileiro. O pátrio poder romano, exercido pelo chefe de família, era
responsável até pelas crianças que poderiam nascer o não.
O direito civil romano era um direito material e instrumental, baseado em
artifícios e fraudes que beneficiavam as classes mais fortes em decorrência da
sociedade escravagista e extremamente desigual.
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1 FASES HISTÓRICAS

A história do desenvolvimento de Roma é bastante longa, e por isso o autor


decidiu dividi-la didaticamente em três períodos: Realeza, República e Império. No
período da realeza Roma era constituída de pequenas aldeias habitadas por pastores,
de bens e cultivos limitados, tendo como idioma o latim. Os grupos de grandes famílias
patriarcais que ocupavam essas aldeias eram chamados de gentes, e a reunião de
seus chefes de família daria origem mais tarde ao Senado romano. O rei (rex) na
maioria das vezes era um estrangeiro vindo da potência política econômica da época:
a Estrúria, que hoje é a Itália. Mais tarde, uma Estrúria enfraquecida refletiu na
diminuição do poder do rei, assinalando para o surgimento da República.
A República era conduzida pelo Senado romano, concentrando o poder nas
mãos dos patrícios, proporcionando distinção de tratamento, inclusive jurídico, entre
os patrícios (fundadores de Roma) e os demais habitantes. Surgiram normas distintas
para cada classe social, onde os cidadãos romanos usufruíam de direitos romanos
(ius civile), e os demais cidadãos eram submetidos apenas ao direito comum a todos
os homens (ius gentium). As guerras eram a maneira de conquistar novas terras e
escravos, trazendo riquezas para Roma. Entretanto, à medida que os soldados
concluíam suas missões e delas saiam sem qualquer indenização, muitas revoltas
foram geradas. Ao apoiarem os soldados os generais foram fortalecidos, e um deles,
Octávio, conseguiu concentrar todos os poderes em suas mãos, sendo proclamado
Imperador ao receber do Senado o título de Augusto. Temos assim a primeiro período
pertinente à nova forma de governo: Alto Império, que foi a época de esplendor de
Roma. Entretanto, a decadência do povo romano ocasionou o período que ficou
conhecido como Baixo Império.
Os períodos do direito romano têm uma divisão distinta da historicamente
concebida anteriormente, assim temos: Época Antiga ou Arcaica, Época Clássica e
Época do Baixo Império. Na Época Antiga ainda estavam conectadas entre si as
regras morais, jurídicas e religiosas. Sendo extremamente ritualista, o direito romano
dessa época era cheio de fórmulas conhecidas somente pelos pontífices. Com o
advento da República e ascensão do Senado a lei passou a concorrer com o costume
como fonte do direito. Em resposta à discriminação sofrida com leis distintas para cada
parcela da sociedade, os plebeus por meio do ato legislativo que lhe era pertinente,
isto é, o plebiscito, criaram a Lex Hortência determinando que as normas aprovadas
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em plebiscito tomassem o mesmo caráter das leges e passassem a obrigar todos os


cidadãos. A lei das XII Tábuas também é consequência das reivindicações dos
plebeus, exigindo que os costumes romanos fossem escritos para que integrar o povo
nesse entendimento do direito. Ainda assim, a redação da Lei resolveu parte dos
conflitos, pois os pontífices continuaram tendo o monopólio da interpretação da Lei.
A Época Clássica apresenta um direito laico e individualista. A jurisprudência
era considerada como conhecimento das regras jurídicas e sua aplicação na prática
forense. Grande parte das modificações e aperfeiçoamento no direito dessa época foi
resultado da atividade dos pretores que inicialmente não podiam modificar as regras
antigas, e limitava-se a cuidar da primeira fase do processo entre particulares,
verificando as alegações e fixando os limites do caso, para depois remetê-lo ao juiz,
e este, por sua vez, verificava a procedência das alegações de acordo com as provas
apresentadas, tomando sua decisão.
Após algum tempo, foi admitido o poder de mando ao pretor o que lhe permitiu
modificar o processo, abrindo-lhe espaço para atuar com mais arbítrio, podendo, por
meio das fórmulas, dar instruções ao juiz de como deveria apreciar as questões de
direito. As fórmulas tinham como função organizar a controvérsia transformando o
conflito real em conflito judicial. Eram um tipo de decreto pretoriano em forma de carta
ao juiz, na qual se resumia a causa, estabelecendo os limites subjetivos e objetivos
da lide processual, indicando as provas a serem produzidas.
A partir do surgimento do processo formular, o pretor passa a poder resolver os
casos concretos que antes eram submetidos à rigorosidade das formalidades,
ocasionando um processo mais rápido, escrito e menos formalista. Seguindo o curso
da divisão histórica do direito romano, temos a Época do Baixo império, a qual nos
apresenta um período de decadência política e intelectual, de regressão econômica,
sofrendo também grande influência do Cristianismo que modificou diversos princípios
do direito privado romano. A divisão de tarefas entre o pretor e o juiz desaparece,
havendo valorização dos juristas, centralização dos poderes em um único órgão e o
surgimento do recurso ou apelação. O grande mérito do direito pós-clássico foi o de
ter conservado, por intermédio do trabalho dos compiladores as obras dos
jurisconsultos do período áureo de seu direito, a mando de Teodosiano II e Justiniano
I.
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2 LEIS E INSTITUTOS ROMANOS: PROPRIEDADE E OBRIGAÇÕES

Em seus principais institutos os romanos tiveram criações geniais que foram


perpetuadas na história. O direito de família ressaltando o poder do pater famílias; o
casamento como relação social e não propriamente jurídica, considerado apenas
quando os cônjuges, ou um deles, são cidadãos romanos; o divórcio inicialmente sob
a forma de repúdio da mulher pelo marido, podendo posteriormente ser feito por
qualquer um dos cônjuges; os bens matrimoniais no casamento cum manu integrados
ao patrimônio do marido, e no casamento sine manu havia separação de bens,
admitindo-se o dote; nos direitos reais ou direitos das coisas havia distinção das coisas
em res mancipi que precisavam de solenidade para serem transferidas, e res nec
mancipi, que eram as coisas móveis e imóveis, divisíveis e indivisíveis, como também
os frutos; a posse e propriedade já eram consideradas de modo distinto, onde posse
dizia respeito a quem tinha de fato poder sobre determinada coisa corpórea e
propriedade relacionava-se ao poder absoluto e exclusivo sobre uma coisa corpórea,
numa relação direta entre o titular do direito e a coisa; a sucessão ou herança nos
remete à transmissão do patrimônio de uma pessoa morta a uma ou mais pessoas
vivas; o direito das obrigações nos leva a uma relação entre duas ou mais partes onde
uma é o credor e o outro o devedor.
O direito da época arcaica se consubstancia na Lei das XII Tábuas. Os
magistrados patrícios julgavam conforme suas tradições, a incerteza na aplicação do
direito fez com que a plebe solicitasse a elaboração de leis escritas.
A Lei das XII Tábuas foi feita tendo como exemplo as leis de Sólon na Magna
Grécia. O povo romano foi o primeiro a conceber a autonomia da ciência jurídica,
tendo 13 séculos de experiência jurídica, deixando um legado que hoje denominamos
de Direito Romano.
O direito romano deu grande importância ao direito de propriedade. Ao lado de
conceito de propriedade para este povo, surgiram conceitos de copropriedade, as
teorias subjetivas sobre a posse, como poder de fato e intenção de possuir e dispor
de uma coisa corpórea. Existia o conceito de pessoa jurídica (natural e jurídica).
De grande importância foi a contribuição dos romanos no direito das
obrigações, foram eles que substituíram as responsabilidades pessoal e corporal dos
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devedores pela responsabilidade patrimonial (indenização pecuniária e não mais


disposição da vida).
Algumas noções jurídicas surgiram de fontes históricas do direito romano, tais
como: os conceitos de direito objetivo e subjetivo, conceitos importantes para o direito
público, conceitos de ato e fato jurídico, as irretroatividades das leis civis foram
concebidas por este povo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme o texto a importância do Direito Romano advém do fato de ele ter


abarcado cerca de 12 séculos de evolução, apresentando os problemas da
construção, expansão, decadência e extinção do mais poderoso império do mundo
antigo. Fazendo assim deste direito, um campo de observação do fenômeno jurídico
em todas as suas características.
Ademais vários institutos do direito romano ainda estão presentes, sejam da
mesma forma como foram criados, ou com pequenas alterações, como por exemplo
no campo das obrigações podemos citar vários tipos de contratos, tais como a compra
e venda, o mútuo, o comodato, o depósito, o penhor, a hipoteca ainda presentes nos
sistemas jurídicos atuais.
A reapropriação dos conceitos jurídicos romanos adaptou-se historicamente à
organização do cálculo racional, à previsibilidade das expectativas exigidas pelo
mercado e a certeza jurídica, principalmente ao longo das várias fases do capitalismo.
Pode ser creditado ao Imperador Justiniano, termos hoje acesso a estas leis,
pois a mando dele foram codificados os livros: Institutas, Pandectas e Digestas (o
direito feito pelos jurisconsultos do período clássico) e o Codex (Constituições
Imperiais). Estes quatro livros foram denominados de Corpus Juris Civilis.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MACIEL, José Fábio Rodrigues. AGUIAR, Renan. História do Direito. 5ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2011.

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