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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE

FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA COMARCA DE CARUARU-PE

ELIAS JOSÉ DE LEMOS, brasileiro, agricultor, portador da cédula de identidade RG nº.


2.704.291 SDS/PE e CPF sob nº. 508.057.034-20, residente e domiciliado na Rua da paz, nº 265,
bairro Nova Caruaru, nesta cidade de Caruaru /PE – CEP 55002-970, telefone (81) 99916-3737, não
possui endereço eletrônico nos moldes do art. 319, inciso II do CPC, por meio da Defensora Pública
ao final assinada, constituída nos termos do art. 128, XI, da Lei Complementar Federal nº 80/94,
prescindindo da apresentação de procuração e com prerrogativa de intimação pessoal, consoante os
arts. 185 e 186 do CPC, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, aforar em face de MARIA
FERNANDA DOS SANTOS LEMOS, menor impúbere, representada por sua genitora, TATIANA
PEREIRA DOS SANTOS, brasileira, solteira, cabeleireira, residente e domiciliada na Rua Evaristo
da Veiga, nº. 96, bairro Centro, nesta cidade de Caruaru, CEP 55002-970, telefone (81) 99999-9999,
com endereço eletrônico desconhecido nos moldes do art. 319, inciso II do CPC, a presente

AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS

o que faz com fundamento no art. 24 da Lei n° 5.478/68 (Lei de Alimentos) e pelas razões de fato e de
direito a seguir aduzidas:

1 . DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir condições financeiras
para arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família, nos termos da Lei nº 1.060/50 e da Lei nº 7.115/83, conforme Declaração
de pobreza em anexo.

2. DA INEXISTÊNCIA DE E-MAIL

O Autor não possui endereço eletrônico, assim como desconhece o endereço eletrônico do Réu,
de modo que não há infringência ao inciso II do §3º do art. 319, do CPC.

3. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO

1
O Autor requer, com fulcro no art. 319, inciso VII, do CPC, que seja realizada audiência de
conciliação ou mediação, assim como que a sua respectiva intimação seja feita pessoalmente, nos
termos do §2º do art. 186, do CPC.

4. DOS FATOS

O requerente conviveu em união estável com a genitora da requerida durante 09


(nove) anos, advindo dessa união o nascimento de Maria Fernanda dos Santos Lemos em 24 de
setembro de 2008, conforme atesta a cópia da certidão de nascimento anexa (doc. II).

A união chegou ao fim há aproximadamente 02 (dois) anos, e desde a separação que o


demandante contribui financeiramente para o sustento da filha, com fraldas, alimentação, remédios,
roupas, o que totaliza em média 01 (um) salário mínimo.

Ante a isso, o promovente deseja regularizar judicialmente a situação acima exposta, a


fim de evitar problemas futuros, pois a representante da promovida sempre exige valor superior ao que
o autor pode oferecer.

Importante destacar que o autor trabalha como mêcanico de carro, possui rendimentos
modestos, e tendo em vista sua real situação financeira se propõe a fornecer 30% (trinta por cento) do
salário mínimo vigente, atualmente o correspondente a R$ 153,00 (cento e cinquenta e três reais)
mensal. Requerendo, desde já, a abertura de uma conta bancária em nome da genitora da menor, na
agência do Banco do Brasil, nesta cidade, para o devido pagamento.

Ademais, cumpre expor que o demandante constituiu nova família, as despesas


aumentaram bastante, não podendo gastar tudo que desejaria com a filha, já que as despesas referentes
à criação dos filhos devem racair igual e conjuntamente para ambos os pais.

5. DO DIREITO

O Código Civil, expressamente, dispõe que:

“Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na
proporção de seus recursos.”

Verifica-se que é obrigação dos pais fornecer sustento para o filho, vez que este não
pode se prover por si só.

Aliás, sobre o tema, o “art. 24 da Lei de Alimentos permite àquele que é


responsável pelo sustento da família, em deixando a residência comum, que ajuíze ação em que
informará ao juiz os rendimentos de que dispõe e pedirá seja citado o credor para comparecer à
audiência de conciliação e julgamento destinada à fixação dos alimentos a que está obrigado.”1

Ademais, nossa Carta Magna, em seu art. 229, ressalta:

“Art. 229: Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”

E como bem elucida Carlos Roberto Gonçalves 2, tal mandamento “deve ser cumprido
incondicionalmente, pois subsiste independentemente do estado de necessidade do filho.”
1 Marco Aurélio Viana, Alimentos – Ação de Investigação, 1998. p. 207.
2 Direito Civil: Direito de Família, v. 2, São Paulo: Saraiva, 2000. p. 139.

2
Elucida, ainda, Yussef Said Cahali, em seu livro Dos Alimentos, 4.ª ed., RT, p. 15,
que :

“O ser humano, por natureza, é carente desde a sua concepção; como tal, segue o seu
fadário até o momento que lhe foi reservado como derradeiro; nessa dilação temporal – mais ou
menos prolongada –, a sua dependência dos alimentos é uma constante, posta como condição de
vida. Daí a expressividade da palavra ‘alimentos’ no seu significado vulgar: tudo aquilo que é
necessário à conservação do ser humano com vida...”

Desta forma, resta-se comprovado o dever legal de prestação de alimentos por parte do
requerente à requerida, e ainda, seu desejo constante de fazê-lo, sendo certo que o simples fato do
autor ser “pai” traz em si a qualidade de credor de alimentos das filhas.

No mais, a genitora dos demandados é uma pessoa sadia, trabalha como cabeleireira, e
também possui o dever alimentar para com a filha.

Neste sentido, é cediço que:

Art. 1694, § 1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e
dos recursos da pessoa obrigada

E como bem observa Washington de Barros Monteiro, por Yussef Said Cahali, “A Lei
não quer o perecimento do alimentando, mas também não deseja o sacrifício do alimentante...”

Neste sentido também se pronuncia nossos Tribunais:

"Os alimentos hão de ser estipulados com dosado equilíbrio, acudindo às necessidades de quem
os solicita, mas também sem extrapolar as efetivas possibilidades de quem se acha obrigado a
prestá-los" (TJMG, Ap. n.º 61.306, Comarca de Conselheiro Lafaiete, Rel. Des. HUMBERTO
THEODORO JÚNIOR, ac. em 19/05/83).

Sendo assim, a possibilidade atual do demandante é de ofertar, a título de alimentos


para a filha, o percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, o equivalente a R$
153,00 (cento e cinquenta e três reais), mensalmente.

6. DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer-se:

a) os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do


termo;

b) a citação da requerida, através de sua representante, para comparecer a audiência a


ser designada pelo Juízo, sob pena de confesso, e querendo, contestar o feito, no prazo legal, sob pena
de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público na forma da Lei;

c) a procedência da ação, fixando-se o pagamento dos alimentos definitivos na


proporção de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, o que corresponde atualmente a R$
153,00 (cento e cinquenta e três reais), mensalmente, e pago diretamente a representante da promovida

3
mediante depósito bancário, em conta a ser aberta no Banco do Brasil, agência desta cidade, por
determinação deste Juízo.

7. Das Provas

Provará o alegado por todos os meios permitidos em Direito, em especial pela


produção de prova documental, testemunhal (relação em apenso),perícia e inspeção judicial, além da
juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.836,00(um mil oitocentos e trinta e seis reais), para
todos os efeitos legais.

Temos em que,
Pede deferimento.

Caruaru (PE), 14 de maio de 2016.

Maria Salete G. N. Menezes


-defensora pública-

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