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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE BACHARELADO E LICENCIATURA EM QUÍMICA

PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA ORGÂNICA

Torre de absorção

Acadêmicos: Fabio R. Pinheiro


Marciélli K. R. de Souza
Thiago Dias dos Santos

Prof °. Dr. Jaime Humberto Palacio Revello


Dourados – MS
24 de janeiro de 2018

Sumário

Sumário ............................................................................................................. 2

Processo de Absorção ....................................................................................... 3

Seleção do solvente ........................................................................................... 4

Torre de recheio ................................................................................................ 6


Processo de Absorção

A absorção de gases é um processo com o qual se pretende remover


preferencialmente um ou mais componentes de uma mistura gasosa por contato com uma
corrente líquida onde esses componentes se dissolvem. A operação inversa chama-se
Desabsorção, na qual um componente dissolvido num líquido passa para a fase gasosa.
Embora a transferência de massa ocorra em direções opostas os princípios físicos
associados tanto à Absorção como à Desabsorção são os mesmos. O componente
transferido de uma fase para outra é designado por Soluto, a corrente gasosa é composta
pelo gás soluto e o Gás de Transporte (ou inerte), e a corrente líquida é constituída pelo
Solvente e o soluto. [1]

Os processos de Absorção e Desabsorção são muito usados para produção,


separação e purificação de misturas gasosas e concentração de gases, na produção de
ácidos (sulfúrico, clorídrico, nítrico e fosfórico), de amoníaco, de amónia, de
formaldeído, de carbonato de sódio, no tratamento de gases de combustão do carvão e de
refinarias do petróleo, na remoção de compostos tóxicos ou de odor desagradável (como
o gás H2S), na purificação de gases industriais e na separação de hidrocarbonetos
gasosos. Para regenerar o solvente, ou para obter a corrente gasosa na sua forma pura,
pode elevar-se a temperatura ou pode usar-se vapor de água numa coluna de desabsorção,
também designada coluna regeneradora (Figura 1). Como exemplos, refira-se a absorção
de NH3 em água (NH4OH) a partir do ar, seguido de elevação de temperatura para
recuperação do NH3. [1]
Figura 1. Absorção seguida de Desabsorção para regeneração do solvente

Este processo ocorre num dispositivo chamado torre de absorção, o qual consiste
de uma coluna cilíndrica vertical, munida basicamente de uma entrada de gás e saída
de líquido pela parte inferior, uma entrada de líquido e uma saída de gás na parte superior
e o recheio. Este equipamento também é chamado de coluna ou torre de recheio.

Seleção do solvente

O processo de Absorção/Desabsorção é um processo de transferência de massa


que explora diferenças na solubilidade gás/líquido dos diferentes componentes de uma
mistura que se pretende tratar. Por isso, um dos pontos críticos para se obter uma eficiente
separação é a escolha do solvente (no caso da absorção) ou do gás de transporte (no caso
da desabsorção) a usar. Se o objetivo principal for a produção de um composto específico,
a seleção do solvente é restringida pela natureza do produto. No caso da remoção de
impurezas de um gás, há maior liberdade de escolha. Um dos fatores a considerar na
escolha de um solvente é a solubilidade do soluto, devendo esta ser elevada para se obter
uma maior velocidade de absorção e para necessitar de menor quantidade de líquido. Um
outro fator é a natureza química do soluto e do solvente que devem ser semelhantes para
aumentar a solubilidade. O solvente pode ser um líquido não reativo e a solubilização do
soluto é apenas um processo físico (forças de interação de Van der Waals), ou pode ser
um líquido que produz uma reação rápida com o soluto o que faz aumentar a velocidade
de absorção e a quantidade a ser absorvida. Este último tipo de solvente químico é usado,
em geral, quando o soluto se encontra em baixas concentrações pois é um processo mais
seletivo (maior solubilidade do soluto), mas a reação deve ser reversível para que o soluto
seja removido numa segunda coluna e não sejam produzidas grandes quantidades de
resíduos. Um solvente reativo é também usado quando se pretende converter um
composto perigoso num composto mais inócuo. [2]

A capacidade que um solvente tem de absorver um soluto gasoso “A” é função da


sua pressão parcial CA=f(pA), sendo CA a concentração na fase líquida. Por isso, a
absorção física é mais indicada para misturas mais concentradas (>pA). Esta relação
funcional depende da temperatura e do tipo de solvente. Em geral, a solubilidade do gás
diminui com a temperatura. Como exemplos, pode usar-se solventes físicos como o
etilenoglicol ou o carbonato de propileno para remover tanto o gás H2S como o CO2 de
correntes gasosas mais concentradas (~10 a ~50%), e, para concentrações mais baixas
destes (~1 a ~10%, nomeadamente em gases de combustão), usar-se soluções aquosas de
alcanolaminas (como a monoetanolamina, MEA, dietanolamina, DEA, ou a
trietanolamina, TEA) que reagem reversivelmente com estes compostos. A regeneração
pode ser feita por diminuição de pressão, no primeiro caso, ou por aumento de
temperatura (para que o soluto vaporize) no segundo caso, originando, no entanto,
maiores gastos energéticos. Se apenas houver quantidades vestigiais de H2S ou CO2, pode
usar-se NaOH, que reage irreversivelmente. Na produção de amónia, por exemplo, uma
corrente gasosa contendo ar e amoníaco é colocada em contato com água onde o
amoníaco é preferencialmente absorvido, uma vez que o ar é muito pouco solúvel em
água. No controle da poluição os vários óxidos de azoto podem ser removidos por
absorção com água, ácido sulfúrico ou soluções orgânicas. [2]

O solvente também deve ter baixa pressão de vapor (baixa volatilidade) para
reduzir a perda de solvente para a corrente gasosa. Além disso, deve ter baixa viscosidade
para a velocidade de absorção e a transferência de calor serem elevadas e os custos de
bombagem serem baixos. Por fim, o solvente deve ser barato e acessível, não tóxico, não
inflamável, estável quimicamente e não corrosivo para não encarecer o material de
construção do equipamento. A maioria dos solventes físicos são solventes orgânicos com
elevado ponto de ebulição e baixa pressão de vapor, baixa viscosidade e não corrosivos
em contato com metais comuns. [2]

O processo de absorção é, em geral, exotérmico, sendo acompanhado pela


libertação de calor. Neste portal será apenas abordado o caso da absorção/desabsorção de
apenas um componente, considerando-se que os outros gases não são solúveis no líquido
(inertes) e que o líquido não é volátil. Além disso, só se abordará a absorção física e
isotérmica. [2]

Torre de recheio

Este tipo de equipamento é extensivamente utilizado nas operações de absorção,


destilação e extração. O aumento na área interfacial é provocado pelo recheio. A estrutura
da coluna pode ser revestida em metal, ligas resistentes à corrosão, materiais cerâmicos,
vidro ou materiais plásticos. O recheio é suportado por um prato que deve ter mais75%
de área livre para passagem dos fluidos, para oferecer o mínimo de resistência.
Dependendo da necessidade, são utilizados mais de um prato (redistribuição). No topo do
leito, um distribuidor de líquido providencia uma irrigação uniforme por todo diâmetro do
leito. Em escala industrial, podem chegar a 5m de diâmetro e 30m de altura. Operam desde
forte vácuo à altas pressões. [3]
Muito são os tipos de materiais utilizados como recheio, desde sólidos triviais até
corpos de formas geométricas complicadas feitas de metais, plásticos, fibras, vidro e
borrachas. São qualidades desejáveis nos recheios:
 Uma grande área superficial molhada, para apresentar uma boa área interfacial
entre as fases;
 Grande volume de vazios, reduzindo a perda de carga;
 Resistência à corrosão;
 Pequena densidade, para reduzir o peso da coluna; e
 Ser relativamente barato.
A espessura das paredes do recheio é um fator importante, pois à medida que a
espessura diminui a resistência mecânica também diminui. Ou seja, uma espessura maior
provocará maior queda de pressão, menor espaço livre e reduzida área superficial. [3]
O balanço de massa é realizado com as vazões de liquido e gás que entram e saem
da torre. As variações da composição são constantes ao longo da torre. Arranjando as
equações de balanço, tem-se a equação da linha de operação:
𝐿 𝑉𝑎𝑌𝑎 − 𝐿𝑎𝑋𝑎
𝑦= 𝑋+
𝑉 𝑉

O equipamento deve operar de tal forma que a linha de operação seja a mínima.
Isto garante que a altura da torre também seja a mínima para um determinado diâmetro.
[3]

Os recheios podem ser classificados em aleatórios ou estruturados. Os aleatórios


podem ser de diversos tipos formas e materiais sendo que os mais tradicionais são feitos
de cerâmica o que pode ser um ponto negativo em relação aos recheios estruturados
devido a sua fragilidade [4]. Os recheios estruturados possuem lâminas metálicas de
pequena espessura colocadas verticalmente, direcionada rente ao fluxo da corrente
gasosa, permitindo assim uma melhor eficiência na transferência de massa, impondo
perda de carga baixa à corrente gasosa e sua aplicação é cada vez maior em relação ao
recheio aleatório [4]. Para escolha do recheio ideal o comprador deve observar as
informações de características físico-químicas das peças como percentagem de vazios,
área superficial, fator de recheio e massa especifica.

Referências

[1] Absorção gasosa, relevância e aplicações industriais: Disponível em <


https://betaeq.com.br/index.php/2015/09/05/absorcao-gasosa-relevancia-e-aplicacoes-
industriais/> Acessado em 23 de janeiro de 2017.

[2] ABSORÇÃO: Fundamentos. Disponível em:


<http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=311&id=154&option=com_con
tent&task=view>. Acesso em: 15 jan. 2018.

[3] Absorção gasosa e design de torre com recheio: Disponível em < Ácido sulfúrico:
Disponível em < https://pt.scribd.com/presentation/53256383/OP2-Absorcao-Gasosa-e-
Design-de-Torres-de-Recheio> Acessado em 23 de janeiro de 2017.

[4] NASSER J., R. Otimização das colunas de absorção da recuperação de acetona na


produção de Filter Tow por meio de estudos fenomenológicos e análise
estatística. 2009. 206 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Química, Escola
Politécnica, São Paulo, 2009;.

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