Вы находитесь на странице: 1из 59

Centro Universitário de Formiga – UNIFOR – MG.

Curso: Bacharelado em Engenharia Civil.

Disciplina:
Estruturas em Madeira

Profª.: Mariana Del Hoyo Sornas


e-mail: mariana.sornas@gmail.com

Formiga – MG
Fevereiro/2015
Apresentação:

• Graduação em Engenharia Civil – UNILINS/SP.

• MBA em Gerenciamento de Projetos – FGV/SP.

• Atuação Profissional na construção civil por 8


anos.

2
Conteúdo Programático
• CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DAS
MADEIRAS
• SISTEMAS ESTRUTURAIS
• TRAÇÃO E COMPRESSÃO
• FLEXÃO
• CISALHAMENTO
• LIGAÇÕES
• COBERTURAS COM ESTRUTURAS DE MADEIRA
• REVESTIMENTOS E APLICAÇÕES.
3
Referências Bibliográficas
• CALIL, JR., C; DIAS, A., A. . Dimensionamento de Elementos Estruturais de
Madeira. . Barueri SP: Manole, 2003.

• NENNEWITZ, Ingo et al. et al. Manual de tecnologia da madeira. São Paulo: S.I,
2008.

• PFEIL, Walter. Estruturas de madeira. 6ª. ed. [S.l.]: LTC, 2003. 224 p.

• BAUER, Falcão. Materiais de construção. 5ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1.

• DIAS, A.A; CALIL, Jr. C. Manual de projeto e construção de pontes de madeira.


São Paulo: Suprema, 2006. 166 p.

• MOLITERNO, A. . Caderno de Projetos de Telhados em Estruturas de Madeira.


São Paulo: Edgard Blucher, 1992.

• NBR 7190., ABNT. Projeto de Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: [s.n.], 1997.

• YOPANAN, Conrado P. R. Estruturas de aço, concreto e madeira : Atendimento da


expectativa dimensional. São Paulo: Pini, 2008.
4
Avaliação
Atividades Pontuação

Avaliações (2 provas) 60

Trabalhos 40

As avaliações serão realizadas nas datas determinadas pela UNIFOR.


Os trabalhos serão realizados em sala de aula, conforme o andamento das aulas.

5
Estruturas de Madeira.

6
Objetivos da disciplina
• Conhecimento • Profissional capaz de
sobre estrutura de Conhecimentos
madeira. sobre:
• Características e propriedades das
– Enfoque científico madeiras.
• Sistemas estruturais.
• Dimensionamento: tração, compressão
e flexão. Cisalhamento.
• Ligações.
• Revestimentos.
• Aplicações.

7
Objetivos da disciplina
Fornecer aos alunos conhecimentos sobre
a utilização da madeira na construção civil
e parâmetros para elaboração de projetos
com estruturas em madeiras.

8
1. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES
DAS MADEIRAS.

Introdução.
A madeira é, provavelmente, o material de
construção mais antigo dada a sua
disponibilidade na natureza e sua relativa
facilidade de manuseio. Comparada a outros
materiais de construção convencionais utilizados
atualmente, a madeira apresenta uma excelente
relação resistência/peso, além dessa
característica ela é um bom isolante térmico e
acústico. 9
Por ser um material naturalmente resistente e
relativamente leve, a madeira é freqüentemente
utilizado para fins estruturais e de sustentação de
construções.
A madeira é um dos materiais mais utilizados em
arquitetura e engenharia civil. Nos seus diferentes
modos de utilização, a madeira pode fazer parte
de vários ambientes, principalmente nas
estruturas, coberturas, móveis rústicos e
decorações, podendo ser utilizada ainda no uso
para acabamento interno da casa, como em
batentes, portas e pisos como assoalhos, tacos,
entre outros.
10
Por outro lado, a madeira está sujeita à
degradação biológica por ataque de fungos,
brocas e etc. e também à ação do fogo. Além
disso, por ser um material natural apresenta
inúmeros defeitos, como nós e fendas que
interferem em suas propriedades mecânicas.

11
Rota da Madeira – Processo de Extração
Legal.

1º Passo: Corte (extração) das árvores, em


florestas nativas ou em áreas de reflorestamento –
manejo florestal, promove o corte seletivo das
árvores, não compromete a floresta e muito menos
o meio ambiente.
2º Passo: Transporte – a carga deve ter o DOF,
que comprova a origem e o destino da carga, além
de dizer o volume da carga e as espécies,
processo de controle do plano de manejo.
12
3º Passo: Serraria – executa o beneficiamento das
madeiras, transformam-se em peças, como tábuas,
vigas e etc. Também, está sujeito a fiscalização.
4º Passo: Indústria – compra da serraria os insumos,
e fabrica o produto final, exemplo: porta de madeira.
Comprando madeiras legais, a indústria afasta
qualquer problema com fiscalizações.
5º Passo: Depósito de madeira: lugar onde se
estoca os produtos.
6º Passo: Consumo final: comprador deve se
assegurar que o produto comprado é legal, possui
documentação que ateste à legalidade. Produto
legal, não compromete de forma alguma o meio
13
ambiente.
14
Impacto Ambiental

Grande parte da degradação da Amazônia é


incentivada pelo mercado da madeira, muito forte
e valorizado. Muitas vezes, o comércio é ilegal:
exploram-se áreas de reservas que não podem ser
desmatadas, abrindo clareiras enormes no meio
da floresta.
Essas madeiras servem para suprir as exigências
externas, para a construção civil e para fabricação
de móveis. Por causa da necessidade, não há
como acabar com a exploração dessa matéria-
prima.
15
Mas há uma maneira de cooperar com a
preservação do meio ambiente através da
comercialização da madeira ecologicamente
correta. Para atender ao público mais exigente e
preocupado com as questões ambientais e para
acabar com o tráfico ilegal de madeira, foi criado
o Selo Verde. Ao comprar madeira e derivados
com essa marca, os consumidores podem ter
certeza que são de origem legalizada e não agride
a floresta.
O selo é conhecido como FSC (Forest Stewardship
Council) e surgiu a partir de uma união de
governos e ONGs para criar regras para o
16
comércio de produtos feitos de madeira, vindos de
florestas tropicais do mundo inteiro. Os acordos
definiram que o manejo deveria ser feito de forma
sustentável pelas madeireiras que desejassem
receber o certificado do FSC e outras entidades
reconhecidas internacionalmente.

Vídeo – Reportagem do Fantástico:


http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/08/falta-
dagua-em-cidades-tem-ver-com-devastacao-
desenfreada-da-amazonia.html

17
18
Uso da madeira em construção.

Desde os tempos antigos, a madeira é utilizada


de diversas formas a fim de ajudar no bem-estar
do homem. Seja de maneira funcional, fazendo
parte de estrutura de casas, cobertura e proteção
contra fenômenos naturais, tornando-se lenha
para uma fogueira, etc, ou de maneira decorativa,
tomando a forma de mesas, cadeiras e outros
móveis. Com o passar dos anos, as técnicas de
construção com madeira, seu melhoramento em
relação à resistência ao tempo e a forma que este
material é utilizado na arquitetura foram
aperfeiçoados. 19
A madeira pode ter a mesma resistência de uma
estrutura construída com outro material, além de
ser isolante natural, térmico e acústico. O conforto
numa casa de madeira é percebido através da
manutenção de temperatura sempre estável, em
qualquer época do ano.
A madeira possui características naturais que
transformam cada objeto produzido único e
inigualável. A variedade de espécies e suas
diversas colorações acentuam ainda mais seu
charme e exclusividade. É necessário se
preocupar com a aparência da madeira,
observando se não possui rachaduras, fungos ou
nós que comprometam sua resistência. 20
Ao realizar a sua obra, se atente a estes cuidados:
• Evite pontos de condensação de água;
• Aplique impermeabilizantes nos encaixes e nos
apoios;
• Utilize a madeira sempre 20 cm ou mais acima do
solo;
• Deixe espaço livre entre o assoalho e o solo e
entre o forro e a cobertura para ventilação;
• Procure adequar o projeto às peças com medidas
de mercado;
• Utilize as espécies mais adequadas ao seu
projeto;
21
• Procure utilizar as peças de acordo com o projeto,
de forma a evitar perda com cortes
desnecessários;
• Verifique a possibilidade de reuso das peças,
dando-lhe uma sobrevida maior. Isso significa
economia de dinheiro e matéria-prima.

22
Alguns Exemplos de peças de madeira, que
usamos na construção civil:
• Caibros: elemento componente do madeiramento
do telhado. Atua no sentido longitudinal da queda
d’água do telhado. Age juntamente com as ripas
na distribuição das cargas sobre todo o
madeiramento.
• Escoras: peça que sustenta ou serve de
assistência a um elemento construtivo quando este
não suporta a carga a ele exigida.
• Dormentes: elemento usado na composição de
escadas e peitoris. Também é utilizado para
assentar os trilhos das estradas de ferro.
23
• Pranchas: peça de madeira plana e delgada,
destinada a diversos fins.
• Tábuas: peça de madeira plana e delgada, própria
para pisos.
• Vigas: elemento estrutural responsável pela
sustentação de lajes. A viga transfere o peso das
lajes e dos demais elementos (paredes, portas,
etc.) para as colunas.

24
25
Madeiras de qualidade

Para se ter certeza da qualidade da madeira deve,


em primeiro lugar, verificar a idoneidade da
madeireira e a procedência do material. É
importante verificar questões de reflorestamento
e sustentabilidade, não prejudicando o meio
ambiente. A madeireira deve estar dentro dos
padrões e das normas estabelecidas.
A obrigatoriedade do DOF para madeiras
nativas, possui respaldo legal na Instrução
Normativa (IN) IBAMA nº. 112 de 2006 e contribui
para reduzir a ilegalidade na exploração
26
madeireira.
O que é DOF?
• Documento de Origem Florestal (DOF) é a licença
obrigatória para o transporte e armazenamento de
produtos e subprodutos florestais de origem nativa
(madeira em toras, toretes, postes, escoramentos,
palanques, dormentes, estacas, moirões, achas,
lascas, pranchões, bloco, toras, lenha, madeira
serrada sob qualquer forma, laminada e faqueada).
Como obter o DOF?
• O DOF é gerado no Sistema DOF do IBAMA, que
pode ser acessado no portal
http://www.ibama.gov.br/, em Serviços On-line.
27
• Qual é a diferença entre madeira legal e
madeira certificada?

Madeiras de espécies nativas com origem legal


são aquelas acompanhadas do DOF e madeiras
de espécies exóticas com origem legal (pinus e
eucalipto, por exemplo) são aquelas
acompanhadas da nota fiscal da carga.
Além dessas existem as madeiras certificadas, que
agregam em seu processo produtivo, exigências e
características ambientais e sociais estipuladas
por certificadoras credenciadas pelo Conselho de
Manejo Florestal – FSC (Forest Stewardship
28
Council).
A certificação FSC é a mais conhecida, com 907
florestas certificadas em 78 países.
As madeiras certificadas podem ter origem tanto
de florestas nativas, quanto de plantios florestais
de espécies exóticas, possuem um valor de
mercado mais alto do que as madeiras legais sem
certificação e já estão sendo utilizadas em
empreendimentos habitacionais de alto padrão.

29
Espécies de madeira:

• Amescla: Madeira fácil de serrar, moderadamente


fácil de aplainar, apresentando superfícies radiais
ásperas. Uso: construção civil, caixas, engradados,
móveis, divisórias e outros.
• Angelim: Fácil de trabalhar, acabamento de
regular a bom na plaina, torno e broca. Uso: peças
de decoração para exteriores e interiores,
escadas, pisos, vigas, dormentes, estacas, tacos
de assoalhos, vigamentos, etc.

30
• Cedrinho: Apresenta retrabilidade linear e
volumétrica baixas e propriedades mecânicas
entre baixa e média. Uso: venezianas, rodapés,
guarnições, cordões, forros, etc.
• Champanhe: Madeira muito resistente e firme.
Uso: pontes, construção pesada, portos, estacas,
obras imersas em ambiente de água doce,
vigamentos, carpintaria, tacos, tábuas para
assoalho, etc.
• Curupixá: Fácil processamento no torno e na
broca, resultando em excelente acabamento. Uso:
torneados, móveis, artigos domésticos decorativos,
utensílios domésticos, produção de chapas e
outros. 31
• Faveira: Fácil de trabalhar. Uso: embarcações,
móveis, artigos domésticos decorativos,
brinquedos, artigos domésticos
utilitários, compensados e outros.
• Garapeira: Madeira considerada fácil de ser
trabalhada. Recebe bom acabamento. Uso:
construção de estruturas externas, dormentes,
postes, estacas, mourões, carrocerias, vigas,
caibras, ripas, tábuas, tacos para assoalhos,
marcos de portas e janelas, etc.
• Guariúba: Madeira fácil de trabalhar. Cola bem.
Uso: Construção civil e naval, móveis, torneados,
pisos, instrumentos musicais, caixas, engradados,
chapas e outros. 32
• Itaúba: De baixa retratibilidade em relação à
densidade, resistência mecânica alta a média e
durabilidade alta. Uso: assoalhos, postes, pilares e
dormentes, carpintaria, tacos, estrutura de pontes,
cruzetas, vigas, caibros, tábuas, marcos de portas
e janelas, implementos agrícolas, confecção de
peças torneadas, etc.
• Jatobá: Muito resistente aos fungos e cupins. Uso:
construção civil, estacas, carroçaria, postes,
tonéis, dormentes, móveis finos, laminados,
assoalhos, tanoaria, vigamentos, cabos,
ferramentas, etc.

33
• Jequitibá: Madeira moderadamente pesada. Uso:
estruturas de móveis, peças torneadas, molduras,
compensados, cabos de ferramentas, caixotaria e
construção civil para vigas, caibros, ripas, etc.
• Louro Canela: Excelente para se trabalhar tanto
com ferramentas manuais como mecânicas. Cola
bem e permite excelente acabamento. Uso:
construção em geral, lambris, vigas, caibros, ripas,
rodapés, molduras, guarnições, tábuas, pranchas,
peças torneadas, marcenaria, compensados, etc.
• Maracatiara: Fácil de trabalhar e propicia
excelente acabamento. Recebe bem pintura,
verniz, lustro e emassamento.
34
Uso: vigas, caibros, ripas, tacos e tábuas de
assoalho, marcos ou batentes de portas e janelas,
esquadrias, caixilhos, forros, lambris, etc.
• Peroba: De resistência mecânica e retrabilidade
médias. Uso: interiores, decoração, pisos, painéis,
entalhes, esquadrias, móveis, peças torneadas,
cabos de ferramentas, tacos, tábuas para
assoalhos, vagões, carrocerias, etc.
• Pinnus: Madeira fácil de tratar. Uso: ripas, partes
secundárias de estruturas, cordões, guarnições,
rodapés, forros e lambris, pontaletes, andaimes,
formas para concreto.
• Tatajuba: Fácil de trabalhar com ferramentas
35
manuais ou mecânicas.
Recomenda-se perfuração prévia à colocação de
pregos. Uso: dormentes, vigas, caibros, ripas,
marcos de portas e janelas, rodapés, tábuas e
tacos para assoalho, cruzetas, etc.
• Tauari: Fácil processamento, gerando superfície
de acabamento liso. Boa colagem. Uso: peças
encurvadas, marcenaria, lâminas, compensados e
outros.

36
Vantagens do uso da Madeira:

• Pode ser obtida a um preço relativamente baixo;


• As reservas são renováveis, caso exploradas com
responsabilidade;
• Pode ser trabalhada com ferramentas simples;
• Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de
ligações e emendas;
• Primeiro material empregado capaz de resistir
tanto a esforços de compressão como de tração;
• Resiste excepcionalmente a choques e esforços
dinâmicos: sua resistência permite absorver
impactos que romperiam ou estilhaçariam outros
materiais;
• Boas condições naturais de isolamento térmico e
absorção acústica; 37
• No seu estado natural apresenta uma infinidade de
padrões estéticos e decorativos.

38
Desvantagens do uso da Madeira:

• É um material heterogêneo que pode possuir


falhas em seu interior;
• É bastante vulnerável aos agentes externos, e sua
durabilidade, quando desprotegida é limitada;
• É combustível;
• É muito sensível aos agentes atmosféricos,
aumentando ou diminuindo de dimensões com as
variações de umidade;
• Possui limitação dimensional.

Estas características negativas podem ser


eliminadas ou atenuadas através de processos
especiais de beneficiamento.
39
Aplicações da madeira

Estruturas

40
Aplicações da madeira
Acabamento

41
Aplicações da madeira

Esquadrias

42
Aplicações da madeira
Formas e escoramentos

43
Fisiologia da árvore e a formação da madeira.

A madeira tem um processo de formação que se


inicia nas raízes. A partir delas é recolhida a seiva
bruta (água + sais minerais) que em movimento
ascendente pelo alburno atinge as folhas. Na
presença de luz, calor e absorção de gás
carbônico ocorre a fotossíntese havendo a
formação da seiva elaborada. Esta em movimento
descendente (pela periferia) e horizontal para o
centro vai se depositando no lenho, tornando-o
consistente como madeira.

44
Como é sabido, a morte de uma árvore ocorrerá
caso seja feita a extração da casca envolvendo
todo o perímetro a qualquer altura do tronco. Basta
interromper o fluxo ascendente ou descendente da
seiva bruta ou elaborada. É como interromper o
fluxo de sangue para o coração em um ser
humano.

45
Anatomia da madeira e classificação das
árvores.

As árvores para aplicações estruturais são


classificadas em dois tipos quanto à sua anatomia:
coníferas (Gymnospermas) e dicotiledôneas
(Angiospermas).

• As coníferas são chamadas de madeiras moles ou


macias, pela sua menor resistência, menor
densidade em comparação com as dicotiledôneas.
Têm folhas perenes com formato de escamas ou
agulhas; são típicas de regiões de clima frio; 46
sementes agrupados em forma de cone e
crescimento rápido. Os dois exemplos mais
importantes desta categoria de madeira são o
Pinho do Paraná ou Araucária e os Pinus. Os
elementos anatômicos são os traqueídes e os
raios medulares.

• As dicotiledôneas são chamadas de madeiras


duras pela sua maior resistência; têm maior
densidade e aclimatam-se melhor em regiões de
clima quente; provenientes de árvores frondosas
(folhas largas e achatadas); crescimento lento.
Como exemplo temos praticamente todas as
espécies de madeira da região amazônica. 47
Podemos citar mais explicitamente as seguintes
espécies: Peroba Rosa, Aroeira, os Eucaliptos
(Citriodora, Tereticornis, Robusta, Saligna,
Puntacta, etc.), Garapa, Canafístula, Ipê,
Maçaranduba, Mogno, Pau Marfim, Faveiro,
Angico, Jatobá, Maracatiara, Angelim Vermelho,
etc. As madeiras duras de melhor qualidade são
também chamadas de Madeiras de Lei.

As árvores frondosas perdem geralmente suas


folhas no outono, enquanto as coníferas mantém
suas folhas verde todo o ano.

48
Essas categorias distinguem-se pela estrutura
celular dos troncos e não propriamente pela
resistência. Algumas árvores frondosas produzem
madeira menos resistentes do que o pinho.

49
50
Diferenças:

Coníferas Dicotiledôneas
• Cor bege, • Grande variação
amarelada de cor
• Leves e fáceis de • Cerne e alburno
trabalhar diferenciado pela
cor
• 500 espécies
• Trabalhabilidade
variável
• 3000 espécies na
Amazônia

51
Estrutura e Crescimento das Madeiras.

As árvores produtoras de madeira de construção


são do tipo exogênico, que crescem pela adição de
camadas externas, sob a casca. A seção
transversal de um tronco de árvore, revela as
seguintes camadas, de fora para dentro, conforme
figura a seguir:

52
a) Casca – proteção externa da árvore, formada por
uma camada externa morta, de espessura variável
com a idade e as espécies, e uma fina camada
interna, de tecido vivo e macio, que conduz o
alimento preparado nas folhas para as partes de
crescimento;
b) Alburno ou Branco – camada formada por células
vivas que conduzem a seiva das raízes para as
folhas; tem espessura variável conforme a espécie,
geralmente de 3 a 5 cm;
c) Cerne ou Durâmen – com o crescimento, as
células vivas do alburno tornam-se inativas e
constituem o cerne, de coloração mais escura,
53
passando a ter apenas função de sustentar o
tronco;
d) Medula – tecido macio, em torno do qual se
verifica o primeiro crescimento da madeira, nos
ramos novos.

Os troncos das árvores crescem pela adição de


anéis em volta da medula; os anéis são gerados
por divisão de células em uma camada
microscópica situada sob a casca, denominada
Câmbio ou Liber, que também produz células da
casca.
54
Nos climas frios e temperados, o crescimento do
tronco depende da estação. Na primavera e no
início do verão, o crescimento da árvore é intenso,
formando-se no tronco células grandes de paredes
finas. No final do verão e no outono, o crescimento
da árvore diminui, formando-se células pequenas,
de paredes grossas. Como conseqüência, o
crescimento do tronco se faz por Anéis Anuais,
formados por duas camadas: uma clara, de tecido
brando, correspondente à primavera; outra escura,
de tecido mais resistente, correspondente ao final
do verão e outono. Contando-se os anéis, pode-se
saber a idade da árvore. Nos climas equatoriais, os
anéis nem sempre são perceptíveis.
55
As madeiras de construção devem ser tiradas de
preferência do CERNE, mais durável. O
ALBURNO, produz madeira imatura, não
endurecida, mais sujeita a decomposição.

56
Estrutura Molecular da Madeira.

A madeira é constituída principalmente por


substâncias orgânicas. Os principais elementos
constituintes apresentam-se nas seguintes
porcentagens aproximadas, independentemente
da espécie vegetal considerada:

»Carbono 50%
»Oxigênio 44%
»Hidrogênio 6%

57
O composto orgânico predominante é a celulose,
que constitui cerca de 50% da madeira, formando
os filamentos que reforçam as paredes das fibras
longitudinais. Outros dois componentes importantes
são as hemiceluloses (constituindo 20 a 25% da
madeira) e a lignina (20 a 30%) que envolvem as
macromoléculas de celulose ligando-as. A lignina
provê rigidez e resistência à compressão as
paredes das fibras.
A estrutura da madeira apresenta ainda pequenas
quantidades (0,2 a 1%) de sais minerais, que
constituem os alimentos dos tecidos vivos. Esses
minerais produzem as cinzas quando a madeira é
queimada. 58
As espécies vegetais apresentam ainda materiais,
como resinas, óleos, ceras, etc., que são
depositados nas cavidades das células,
produzindo coloração e cheiro característicos da
espécie.

59

Вам также может понравиться