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TREINAMENTO AVANÇADO

PARTE I - CASOS PRÁTICOS

ATENÇÃO:

Para responder aos casos práticos, crie uma rotina.


Verifique, primeiro, que CRIME teria sido praticado, qual a NATUREZA DA AÇÃO PENAL (se pública ou privada)
e, em consequência, quem teria legitimidade para intentá-la.
Observe, diante do crime praticado, de quem seria a COMPETÊNCIA para o processo e julgamento e, ainda, qual
o PROCEDIMENTO adequado para aquela infração.

Após seguir esses passos, pergunte-se:

 Quem é o seu cliente: a vítima ou o indiciado/réu?


 Se o seu cliente for o indiciado ou réu, ele está preso ou solto?

 Em que fase processual/procedimental a hipótese se encontra?


 Já há denúncia ou queixa?
 A denúncia ou queixa foi recebida?
 O réu já foi citado?
 Já ocorreu a instrução probatória?

 Se for caso de Júri, verifique se a primeira fase do procedimento já terminou. Há pronúncia, impronúncia,
desclassificação ou absolvição sumária?

 Não sendo caso de Júri, já há sentença de 1o. grau?


 Em caso positivo, o réu foi condenado ou absolvido?

 Uma das partes interpôs recurso? Qual e o que alegou?

 O recurso foi julgado?

 Já ocorreu o trânsito em julgado da decisão?

Após identificar a peça, verifique as teses a serem apresentadas. Lembre-se de apresentar todas as teses possíveis,
mas indicando-as em parágrafos distintos na sua peça. E não deixe de fundamentá-las com os artigos de lei e
súmulas (se for o caso).

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Caso 1

Viviane, mãe de duas filhas, sempre manteve uma convivência amigável com o seu ex-companheiro, Dorival, bra-
sileiro, casado, nascido no dia 10 de setembro de 1974. Após a separação do casal, a guarda das filhas menores
ficou com Viviane, possuindo Dorival o direito de visita sempre aos fins de semana, alternadamente.
Em uma das idas para buscar as filhas em casa, Dorival estacionou o carro na garagem destinada à Viviane no
prédio em que residia a agente com as filhas, mas ao descer, foi surpreendido por Fábio, brasileiro, casado, irritado
porque o carro de Dorival estava mal estacionado, pois ele havia colocado o veículo de maneira a ultrapassar a
vaga de Viviane e atrapalhar o estacionamento dos demais carros.
Com isso, os agentes iniciaram uma discussão, ocasião em que Dorival desferiu vários socos na vítima, com a
intenção de lesioná-la, tendo esta caído no chão, batido a cabeça e ficado desfalecida. Nesse ínterim, Dorival ligou
para a polícia e para a emergência, mas saiu do local porque as suas filhas estavam muito nervosas com toda a
situação e por terem presenciado o ocorrido. Fábio foi levado ao hospital e submetido à cirurgia de urgência em
virtude da perda de sangue, mas não resistiu aos ferimentos ocasionados por Dorival e faleceu no centro cirúrgico.
Após a regular investigação, restaram indícios de autoria em relação a Dorival, sendo relatado o inquérito com o
indiciamento deste pelo crime de lesão corporal seguida de morte, com fundamento no art. 129, §3º do Código
Penal, uma vez que Fábio veio a falecer em virtude dos ferimentos causados pelo agente. O Inquérito Policial foi
encaminhado ao representante do Ministério Público competente que, até o momento, mais de 120 dias após, não
se manifestou.
Inconformado e de posse de cópia de todo o inquérito policial, constando, inclusive, o laudo pericial e demais provas
pertinentes, Renata, mulher de Fábio, contrata seus serviços advocatícios para que sejam adotadas as providências
judiciais cabíveis em face do indiciado.
Diante desta situação hipotética, na condição de advogado (a) contratado (a) por Renata, redija a peça processual
que atenda aos interesses de seu cliente, considerando recebida a pasta devidamente instruída, com todos os
documentos pertinentes, suficientes e necessários, inclusive procuração com poderes especiais e rol de testemu-
nhas.

Caso 1

PEÇA QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA

FUNDAMENTAÇÃO Artigos 29, 31, 41 e 44 do Código de Processo Penal, bem como artigo 100, §3º, do
LEGAL Código Penal, além do artigo 5º, LIX, da Constituição Federal.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL


COMPETÊNCIA
DA COMARCA __

Discorrer que embora se trate de crime de ação penal pública, o Ministério Público
TESES PRELIMINA- quedou-se inerte, fazendo surgir a legitimidade do sucessor do ofendido para a propo-
RES situra da ação penal privada subsidiária da pública, na forma dos artigos 5º LIX da
Constituição Federal, 100, § 3º, do Código Penal, além do artigo 31 do Código de
Processo Penal.

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Demonstrar que o querelado, com intenção de lesionar, praticou a conduta ora impu-
tada, o que acarretou na morte da vítima, em virtude de uma discussão relacionada à
colocação do carro no estacionamento do prédio.
Informar que o crime de lesão corporal seguida de morte ocorre quando o agente pra-
tica uma conduta dolosa, no intuito exclusivo de lesionar a vítima, mas esta conduta
acaba trazendo um resultado morte de natureza culposa, não originalmente pretendido
ou desejado. Ou seja, temos dolo no antecedente e culpa no consequente. Trata-se,
TESE PRINCIPAL DE portanto, de crime preterdoloso.
MÉRITO O delito está caracterizado no caso concreto, pois o querelado, com a intenção de
lesionar a vítima, desfere vários socos, tendo esta caído no chão, batido a cabeça e
ficado desfalecida.
Desta forma, ressaltar que restam configurados, no caso concreto, todos os elementos
do crime de lesão corporal seguida de morte, tipificado no artigo 129, parágrafo 3 o do
Código Penal e, diante da inércia por parte do representante do Ministério Público, não
restou alternativa à querelante senão ingressar com a presente ação penal, no intuito
de não deixar impune o ocorrido.

TESES SUBSIDIÁRIAS

- Recebimento da queixa-crime;
- Notificação do representante do Ministério Público
- Pedido de condenação do querelado pela prática de crime de lesão corporal seguida
de morte, nos termos do artigo 129, parágrafo 3o do Código Penal.
- Fixação do valor mínimo para indenização pelos prejuízos sofridos em decorrência
do crime, conforme art. 387, IV do CPP;
PEDIDO PRINCIPAL
- Produção de provas e intimação das testemunhas arroladas.
*ROL DE TESTEMUNHAS:
1--------
2--------
3--------

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA

Caso 2

Euclides, brasileiro, farmacêutico, 22 anos de idade, residente e domiciliado na cidade de João Pessoa, foi
denunciado pelo representante do Ministério Público, pois teria, no dia 15 de fevereiro de 2017, na sua cidade,
subtraído, sem o emprego de violência ou grave ameaça, um veículo que se encontrava estacionado na frente do

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seu local de trabalho. Informou ainda a inicial acusatória que, para a realização da subtração, o agente teria se
utilizado do emprego de chave falsa, sendo Euclides denunciado pelo crime tipificado no artigo 155, §4º, III do
Código Penal.
Em sede policial, Carolina foi ouvida, relatando que presenciou o crime ocorrido, porque Euclides teria subtraído o
carro para levar o seu próprio pai ao hospital, pois ele teve uma convulsão na farmácia em que Euclides trabalhava.
O denunciado foi encontrado para ser interrogado em sede policial, mas preferiu exercer o seu direito ao silêncio.
Com base na peça inicial acusatória, o juiz da 1º Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, capital do Estado da
Paraíba, recebeu a denúncia no dia 14 de março de 2017, acolhendo a imputação em todos os seus termos.
Perícias no local e no veículo foram realizadas e acostadas aos autos, bem como laudo médico atestando a ida do
pai de Carolina ao hospital, sendo Euclides citado no dia 21 de março de 2017 (terça-feira).
Contratado por Euclides, redija a peça processual cabível ao caso, desenvolvendo as teses defensivas que podem
ser extraídas do enunciado com indicação dos respectivos dispositivos legais. Apresente a peça no último dia do
prazo para protocolo.

Caso 2

PEÇA RESPOSTA À ACUSAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO
Artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal
LEGAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL


COMPETÊNCIA
DA COMARCA DE JOÃO PESSOA CAPITAL DO ESTADO DA PARAÍBA

Discorrer sobre o estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude do fato, nos


termos do artigo 23, I em combinação com o artigo 24 do Código Penal.
TESES PRELIMINA-
Indicar que a excludente de ilicitude afasta o crime.
RES Indicar ainda a falta de condição para o exercício da ação penal, qual seja, o interesse
de agir, nos termos do artigo 395, II do Código de Processo Penal.

Desenvolver o fundamento acerca da excludente da ilicitude do fato de estado de


TESE PRINCIPAL DE necessidade, artigo 23, I em combinação com o artigo 24, ambos do Código Penal.
MÉRITO Além disso, discorrer sobre a falta de interesse de agir, não havendo uma condição
para o exercício da ação penal.

TESES SUBSIDIÁRIAS

- Pedido de absolvição sumária, com indicação do artigo 397, I do Código de Processo


PEDIDO PRINCIPAL Penal em virtude da ocorrência de excludente de ilicitude.
- Pedido de anulação do recebimento da peça acusatória em virtude da ocorrência
manifesta de falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
penal, com fundamento no artigo 395, II do Código de Processo Penal.

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- Pedido de intimação e inquirição das testemunhas.

Rol de testemunhas:
1. Carolina

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA 31 de março de 2017.

Caso 3

João Eduardo Gomes, brasileiro, solteiro, 22 anos de idade, dependente economicamente do seu pai, José Henri-
que, vinha persistindo para que este comprasse alguns objetos para o seu quarto, como computador, cama, ar-
condicionado e televisão. José sempre negou tais pedidos, pois não concebia o fato de que o seu filho ainda de-
pendesse financeiramente dele.
João Eduardo, então, resolveu pegar uma folha do talão de cheques do seu pai, falsificar a sua assinatura e, assim,
comprar os objetos que desejava.
Ao chegar à loja, escolheu os referidos objetos, passou o cheque e saiu com a mercadoria. Bruna, desconfiada do
nervosismo de João Eduardo, conferiu novamente a assinatura e chamou o segurança para conversar com João
Eduardo, que já se encontrava do outro lado da rua. João começou a correr, mas foi detido e conduzido até a
delegacia mais próxima, autuado em flagrante delito pelo crime de estelionato, tipificado ao teor do art. 171, caput
do Código Penal.
Em sede policial, João Eduardo prestou depoimento informando que queria adquirir os objetos porque estava sen-
tindo o seu quarto sem decoração. Além disso, esclareceu nunca ter sido indiciado nem processado por nenhum
crime, residir com os seus pais porque ainda não tem condições de sustentar a sua própria casa com os trabalhos
esporádicos que possui. Durante as formalidades do auto de prisão em flagrante, o delegado comunicou imediata-
mente ao juiz e ao representante do Ministério Público, ao pai de João Eduardo e ao Defensor Público, formalizando
o auto de prisão em flagrante e remetendo as cópias necessárias.
Do mesmo modo, entregou nota de culpa ao preso, que prestou devido recibo nos termos da lei, informando-lhe
sobre o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas, tudo conforme preceitua o artigo 306 do
Código de Processo Penal.
Por fim, encaminhou cópia do auto de prisão em flagrante ao juiz de plantão da Comarca de Duque de Caxias, no
Rio de Janeiro, no mesmo dia da prisão em flagrante, o qual ainda não se manifestou sobre a referida prisão.
Considerando a situação hipotética acima, na qualidade de advogado contratado por José para defender o seu filho,
João Eduardo, redija a peça cabível, excetuando-se a utilização do Habeas Corpus, no intuito de restituir a liberdade
do seu cliente.

Caso 4
PEÇA

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LIBERDADE PROVISÓRIA

Artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal em combinação com os artigos 310,


III, 321, todos do Código de Processo Penal.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
OBS: Possibilidade ainda de combinar com os artigos 323 e 324 do Código de
Processo Penal já que o crime é afiançável.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRI-


COMPETÊNCIA MINAL DA COMARCA DE DUQUE DE CAXIAS - ESTADO DO RIO DE JA-
NEIRO

TESES PRELIMINARES

Da total ausência dos pressupostos da prisão preventiva:


Esclarecer que o auto de prisão em flagrante respeitou os pressupostos de
legalidade material e formal, estando atualmente o investigado preso e aguar-
dando decisão a ser proferida pelo juízo competente acerca do flagrante.
Entretanto, a manutenção da prisão em flagrante do requerente é completa-
mente desnecessária, tendo em vista que não estão presentes, no caso con-
creto, os requisitos autorizadores da prisão preventiva constantes no artigo 312
do Código de Processo Penal, enquadrando-se a hipótese nos moldes do ar-
tigo 321 do mesmo diploma legal.
TESE PRINCIPAL DE MÉ- Além disso, a prisão se caracteriza como critério de absoluta exceção, de-
RITO vendo-se observar o disposto no artigo 282, § 6o, do Código de Processo Penal,
o qual estabelece a possibilidade de aplicabilidade das medidas cautelares pre-
vistas no artigo 319 do Código de Processo Penal antes da decretação da pri-
são preventiva.

Da possibilidade de fiança
Ressaltar ser o crime de estelionato previsto no art. 171, caput do Código Penal
possível de liberdade provisória com arbitramento da fiança por parte do juiz,
já que não está previsto como crime inafiançável, em conformidade com os
artigos 323 e 324, ambos do Código de Processo Penal.

TESES SUBSIDIÁRIAS

- Pedido de concessão de liberdade provisória sem fiança, em virtude da au-


sência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva, nos termos do artigo
321 do Código de Processo Penal.
PEDIDO PRINCIPAL - Pedido de oitiva do representante do Ministério Público.

- Pedido de expedição de alvará de soltura, mediante o termo de compareci-


mento a todos os atos do processo, quando intimado.

PEDIDOS SUBSIDIÁRIOS

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- Pedido subsidiário de liberdade provisória com arbitramento da fiança, já que
o crime é afiançável, com fundamento nos artigos 323 e 324, e combinação
com o artigo 325, todos do Código de Processo Penal.

- Pedido subsidiário de aplicação das medidas cautelares previstas no art. 319


do Código de Processo Penal, caso seja conveniente.

PRAZO/DATA

Caso 4

Adriano foi denunciado pelo representante do Ministério Público pelo crime tipificado no artigo 270 do Código Penal,
pois teria, de forma dolosa, colocado substância tóxica na água de Helen, quando esta tinha pedido pelo telefone
um galão de água para a sua casa. O juiz da 6ª Vara Criminal da comarca da capital do Estado do Rio de Janeiro
recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva de Adriano para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez
que o Ministério Público havia juntado aos autos cópia de passagem só de ida de Adriano para o exterior, indicando
que Adriano estava tentando evadir-se da jurisdição. Todavia, durante a instrução criminal, ficou demonstrado que
Adriano não possuia a intenção de envenenar a água potável destinada à casa de Helen, uma vez que a perícia
atestou que o lacre utilizado pela empresa, naquele caso específico, havia sofrido pequeno dano durante sua
colocação no galão, e que parte do plástico internamente derretido possuía a substância tóxica que contaminou a
água ali armazenada. Com isso, o Promotor de Justiça aditou a denúncia para alterar a narrativa dos fatos para a
modalidade culposa, constante no parágrafo 2º do mesmo dispositivo penal. Além disso, também ficou demonstrado
que em momento algum Adriano teve a intenção de ausentar-se do distrito da culpa, pois comprara passagem de
ida e volta em companhias aéreas distintas para fins de visitar sua mãe adoentada que morava na França. Há ainda
nos autos registros de que Adriano possui bons antecedentes e residência fixa, trabalhando na localidade vendendo
água há mais de 15 anos, sem nenhum problema anterior. Na qualidade de advogado contratado por Adriano,
elabore a peça processual privativa de advogado no intuito de restituir a liberdade do seu cliente.

Caso 5

PEÇA REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

FUNDAMENTAÇÃO Artigo 316, em combinação com o artigo 282, § 5º, ambos do Código de Processo
LEGAL Penal.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL


COMPETÊNCIA
DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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TESES PRELIMINA-
RES

Alegar que os motivos ensejadores da prisão preventiva não mais subsistem, motivo
pelo qual, deve a mesma ser revogada. Com o aditamento, a conduta imputada a
TESE PRINCIPAL DE Adriano não mais admite a custódia cautelar em referência. Uma vez que não se
MÉRITO compreende dentre as hipóteses indicdas no art. 313 do CPP, da mesma forma que
não se verifica a necessidade de prisão para assegurar a aplicação da lei penal (art.
312 do CPP)

TESES SUBSIDIÁRIAS

PEDIDO PRINCIPAL - Revogação da prisão preventiva e a consequente expedição do alvará de soltura.

PEDIDOS SUBSIDIÁ- - Pedido subsidiário de aplicação de uma das medidas cautelares previstas no artigo
RIOS 319 do Código de Processo Penal.

PRAZO/DATA

Caso 5

Johar, foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de tráfico de drogas, previsto no art. 33 da Lei 11.343/2006,
por ter sido capturado transportando 5 kg de cocaína de São Paulo para Rio de Janeiro. Na denúncia, o Ministério
Público limitou-se a descrever genericamente os fatos, informando apenas que ele foi capturado transportando dro-
gas. O juiz da 10ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária de São Paulo, entendendo que a denúncia preenchia
todos os requisitos, notificou o denunciado para se manifestar. Como advogado de Johar, apresente a peça cabível,
excetuando-se a possibilidade de Habeas Corpus, adotando todas as teses jurídicas cabíveis para garantir a defesa
do seu cliente.

Caso 6

PEÇA DEFESA PRÉVIA

FUNDAMENTAÇÃO
Art. 55 da Lei 11.343/2006.
LEGAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA CRIMINAL FE-


COMPETÊNCIA
DERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÁS

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- Da rejeição da denúncia por ser manifestamente inepta: Indicar que a denúncia deve
ser rejeitada por ser manifestamente inepta, nos termos do art. 395, I do Código de
Processo Penal, vez que o Ministério Público a elaborou de modo genérico, violando
as disposições do art. 41 do CPP. Com efeito, uma vez que não preenche os requisitos
formais mínimos para o seu processamento, a denúncia não deve ser recebida, sob
pena de nulidade, conforme art. 564, IV do mesmo diploma legal.
TESES PRELIMINA-
- Da rejeição da denúncia pela incompetência do juízo: Indicar que a denúncia deve
RES
ser rejeitada por faltar pressuposto processual, qual seja, a competência do juízo, nos
termos do art. 395, II do Código de Processo Penal. Como se infere do caso em tela,
o tráfico praticado foi interestadual, de modo que a competência é da Justiça Estadual
e não da Justiça Federal, que só deve tratar do tráfico internacional, conforme art. 70
da Lei 11.343/06 e súmula 522 do STF. Sendo assim, de rigor a rejeição da denúncia,
sob pena de nulidade por incompetência absoluta do juízo, conforme art. 564, I do
CPP.

TESE PRINCIPAL DE
MÉRITO

TESES SUBSIDIÁRIAS

Rejeição da inicial acusatória, seja por ser manifestamente inepta (art. 395, I do CPP),
PEDIDO PRINCIPAL seja por faltar pressuposto processual (art. 395, II do CPP). Apresentação do rol de
testemunhas.

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA

Caso 06

Patrícia, após ser regularmente processada e julgada, foi condenada a pena de 12 anos em regime inicialmente
fechado, pela prática do crime de tráfico de entorpecentes, cometido em 05 de setembro de 2006. Havia sido presa
em flagrante, tendo sido a prisão convertida legalmente em preventiva, mantendo-se até 04 de novembro de 2006.
A sentença condenatória transitou em julgado e Patrícia iniciou o cumprimento de pena em 25 de fevereiro de 2007.
Em 29 de dezembro de 2008, diante de atestado de boa conduta emitido pelo diretor do estabelecimento, a defesa
requereu progressão de regime, sendo o pedido indeferido pelo juízo competente, fundamentando que ela ainda
não havia cumprido o tempo necessário para tal benefício, que de acordo com o art. 2°, §2º da Lei 8.072/90, seria
2/5 da pena.

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Considerando que você, advogado de Patrícia, foi intimado dessa decisão em 23 de abril de 2015 e com base
apenas nas informações acima expostas, redija a peça cabível, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes a
atender os interesses de sua cliente.

Caso 11

PEÇA AGRAVO EM EXECUÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO
Art. 197 da Lei de Execução Penal.
LEGAL

Interposição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DE EXECU-


ÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE ______________ (não seria interessante colo-
carmos a comarca?)
COMPETÊNCIA
Obs: Requerer o juízo de retratação.

Razões:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES

TESES PRELIMINA-
RES

Inicialmente deve-se alegar que Patrícia tem direito à detração penal, referente aos 2
meses que ficou presa preventivamente, com base no art. 42 do Código Penal. So-
mando-se esse tempo ao período de cumprimento de pena após o trânsito em julgado
da sentença condenatória, já se completaram mais de 2 anos cumpridos da pena im-
posta. Ademais, deve-se alegar que embora hoje a previsão seja de 2/5 de cumpri-
TESE PRINCIPAL DE mento de pena para a progressão de regime para crimes hediondos, o fato ocorreu em
MÉRITO data anterior ao advento da Lei 11.464/2007, que alterou o art. 2º, § 2º, da Lei 8.072/90.
Sendo assim, tendo em vista o princípio da anterioridade, deve ser observado o critério
de 1/6 de cumprimento da pena para o referido benefício, conforme art. 112 da Lei de
Execução Penal (LEP) e corroborado pela sumula 471 do STJ. Com efeito, tendo em
vista que sua pena é de 12 anos e que Patrícia já cumpriu mais de dois anos da pena
de que foi condenada, faz jus à requerida progressão.

TESES SUBSIDIÁRIAS

PEDIDO PRINCIPAL

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Pedido de conhecimento e provimento do recurso e reconhecimento do direito à pro-
gressão de regime, nos moldes do art. 112 da Lei de Execução Penal.

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

28/04/2015
PRAZO/DATA

Caso 07

Ronaldo, jogador de futebol, foi denunciado pelo crime de furto, descrito no art. 155, caput do Código Penal, pois
segundo a denúncia, durante o intervalo de um jogo, subtraiu o smartphone de outro jogador no vestuário. Todavia,
após o trâmite regular do processo, ficou esclarecido na audiência de instrução e julgamento que Ronaldo apenas
pegou o celular do colega porque pensava que era o seu, tendo em vista que os aparelhos são idênticos, incorrendo
em erro de tipo. Na sentença, o magistrado fez a análise dos fatos e acolheu expressamente a tese do acusado,
qual seja, de erro de tipo, informando que por consequência o fato típico é excluído, ou seja, não há crime, vez que
se trata de erro de tipo essencial escusável. Porém, concluiu a sentença dizendo “Por todo o exposto, condeno o
réu a pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial aberto, a ser substituída por pena restritiva de direitos, vez que
preenchidos os requisitos, nos moldes do art. 44 do Código Penal”. A defesa foi intimada da sentença em 10 de
Abril de 2017 (segunda-feira). Como advogado de Ronaldo, redija a peça processual cabível, excetuando-se a pos-
sibilidade de Habeas Corpus, a partir das as informações contidas no enunciado, alegando tudo que for relevante
para resolver a situação do seu cliente, datando-a no último dia do prazo.

Caso 13

PEÇA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO
Art. 382 do Código de Processo Penal.
LEGAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA CRIMINAL


COMPETÊNCIA
DA COMARCA DE ____________

TESES PRELIMINA-
RES

Demonstrar que ao reconhecer o erro de tipo essencial escusável no caso do embar-


TESE PRINCIPAL DE
gante, hipótese que não há crime, para depois condená-lo a pena 2 anos de reclusão
MÉRITO
em regime aberto, substituindo por pena restritiva de direitos, faz com que a sentença
seja evidentemente contraditória, caracterizando o que a doutrina chama de sentença

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suicida. Sendo assim, cabíveis os presentes embargos, para que seja sanada a con-
tradição demonstrada, vez que aplicável, diante de fundamentação apresentada pelo
juízo, a absolvição com base no art. 386, III do Código de Processo Penal, uma vez
que o fato não constitui infração penal.

TESES SUBSIDIÁRIAS

Recebimento e provimento dos embargos, afim de que seja sanada a contradição


PEDIDO PRINCIPAL apontada, para se declarar a absolvição do réu, nos moldes do art. 386, III do Código
de Processo Penal.

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA 12/04/2017

Caso 08

Paulo foi condenado pela prática de crime previsto no art. 157, §3º, parte final do Código Penal. Inconformado com
a decisão, por meio de advogado, resolve ingressar com uma Apelação perante o Tribunal de Justiça competente.
O Tribunal, por sua vez, em acórdão não unânime, não deu provimento ao recurso. O Revisor e o Relator negaram
o provimento ao apelo, mantendo a decisão recorrida. O terceiro desembargador, por sua vez, dava parcial provi-
mento ao recurso, para desclassificar o delito em análise. Seu voto ocorreu pelo fato de que a conduta do agente
não se caracterizava no crime de roubo qualificado pelo resultado morte da vítima, inexistindo elementos nos autos
de que houve subtração e morte da vítima. Como advogado de Paulo, apresente o recurso exclusivo de defesa no
intuito de combater o acórdão proferido pelo Tribunal.

Caso 14

PEÇA EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

FUNDAMENTAÇÃO
Art. 609, parágrafo único do Código de Processo Penal
LEGAL

Interposição:
COMPETÊNCIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓR-
DÃO IMPUGNADO

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Razões:

EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES

TESES PRELIMINA-
RES

Alegar tudo aquilo que foi demonstrado pelo voto vencido, ou seja, que a conduta do
TESE PRINCIPAL DE
agente não se caracterizara no crime de roubo qualificado pelo resultado morte da
MÉRITO
vítima, inexistindo elementos nos autos de que houve subtração e morte da vítima.

TESES SUBSIDIÁRIAS

Diante do exposto, pede o embargante seja dado provimento ao recurso para reformar
PEDIDO PRINCIPAL
a decisão proferida, na forma do voto do terceiro Desembargador.

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA

Caso 09

Erica devia a quantia de R$ 700,00 (setecentos reais) a Aline e vinha se recusando a fazer o pagamento havia
meses. Cansada de cobrar a dívida de Erica pelos meios amistosos, Aline decidiu obter a quantia que lhe era devida
de outra forma. Ao encontrar Erica fazendo compras no Mercado Municipal da cidade, Aline retirou a bolsa das
mãos de Erica, sem empregar nenhum tipo de violência, constatando que ela levava consigo a quantia de R$
1.200,00 (mil e duzentos reais). Com isso, pegou os R$ 700,00 (setecentos reais) que lhe eram devidos e deixou a
bolsa com os demais pertences de Erica no chão. Diante das informações, Erica contratou um advogado e ingressou
com uma queixa-crime em desfavor de Aline pelo delito constante no artigo 345 do Código Penal, tendo o juiz
rejeitado a inicial acusatória sob a alegação ausência de justa causa para propor o exercício da ação penal,
informando não haver, nos autos, prova da materialidade do crime ou indícios suficientes de autoria. O advogado
de Erica, não se conformando, ingressou com o presente recurso para modificar a decisão. Você, advogado de
Aline, é intimado da decisão.

Caso 15

PEÇA
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

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FUNDAMENTAÇÃO Artigo 82, § 2º da Lei 9.900/95.
LEGAL

Interposição:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPE-
CIAL CRIMINAL DA COMARCA ___
COMPETÊNCIA
Razões:
EGRÉGIA TURMA RECURSAL
COLENDA TURMA
ÍNCLITOS JULGADORES

TESES PRELIMINA-
RES

TESE PRINCIPAL DE
Alegação de falta de justa causa para o exercício da ação penal.
MÉRITO

TESES SUBSIDIÁRIAS

Pedido de não provimento do recurso e manutenção da decisão que rejeitou liminar-


PEDIDO PRINCIPAL
mente a inicial acusatória.

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA

Caso 10

Alcino foi denunciado pelo crime tipificado no art. 250 do Código Penal, pois teria, dolosamente, provocado incêndio
na casa de Francisca, no dia 26 de setembro de 2016. O juiz da 10ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá recebeu
a denúncia e decretou a prisão preventiva de Alcino, para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que restou
acostado aos autos que Alcino estava tentando evadir-se da cidade da ocorrência do delito. Contudo, durante a
instrução criminal, ficou demonstrado que Alcino não teve a intenção de provocar incêndio na casa de Francisca.
Ocorreu, na realidade, que por imperícia, Alcino, na tentativa de consertar um defeito no quadro de energia da casa
de Francisca, trocou os fios, o que causou um curto gerando o incêndio, o que ficou comprovado pericialmente,
motivo pelo qual o Promotor de Justiça aditou a denúncia para alterar a narrativa dos fatos para incêndio culposo,
manifestando-se, em seguida, a defesa, que arrolou novas testemunhas. Também ficou demonstrado que em mo-

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mento algum Alcino teve a intenção de ausentar-se do distrito da culpa. Sabe-se ainda que Alcino tem bons ante-
cedentes, residência fixa e trabalha como ajudante de pedreiro. Diante da modificação da imputação, foi requerida
a revogação da prisão preventiva de Alcino, mas o pedido foi negado/indeferido pelo juiz em 15 de janeiro de 2017.
Na qualidade de advogado contratado por Alcino, elabore a peça processual adequada à restituição da liberdade
do seu cliente.

Caso 15

PEÇA HABEAS CORPUS

FUNDAMENTAÇÃO Art. 5º, LXVIII, CRFB/88


LEGAL Arts. 647 e ss, CPP

COMPETÊNCIA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRI-


BUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

TESES PRELIMINA-
RES

TESE PRINCIPAL DE O magistrado tornou-se autoridade coatora ao negar o pedido de revogação da prisão,
MÉRITO caracterizando clara ofensa à liberdade de locomoção do paciente.

TESES SUBSIDIÁRIAS

Indicar a necessidade de concessão da ordem liminarmente, bem como seja oficiada


a autoridade coatora para que preste as informações necessárias, e intimação do Mi-
nistério Público.
PEDIDO PRINCIPAL Ao final, deve-se fazer o pedido pleiteando a consequente concessão definitiva da or-
dem de habeas corpus, na forma do art. 5º., LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647
e seguintes do Código de Processo Penal, para ... , com consequente expedição do
alvará de soltura (se for o caso).

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA

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