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Autoridades de supervisão:

- Banco de Portugal (sector bancário);


- Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (mercado de capitais)-
autoridade independente sectorial, reguladora e supervisora dos mercados de
valores mobiliários. Assume funções anteriormente entregues ao Auditor Geral
do Mercado de Títulos e ao Ministro das Finanças, em especial no que respeita
os mercados primário e secundários de valores mobiliários e todas as matérias
integrantes do CVM, salvo se da competência daquele. Tem como função
supervisão comportamental e prudencial.
- Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (sector dos
seguros e fundões de pensão) – autoridade independente com competências
reguladora e supervisora preventiva e ex post quanto à atividade seguradora,
resseguradora, de mediação de seguros e de fundos de pensões. Tem poder
regulamentar, autorização, obtenção de informação e colaboração com o
Ministro das Finanças. Tem ainda poderes de supervisão.

São pessoas coletivas de Direito público com autonomia administrativa e


financeira e dotadas de património próprio sem se encontrarem sujeitas à
superintendência do Governo por via do Ministro das Finanças.

Supervisão: abrange e integra as dimensões regulatória, de monitorização,


fiscalização, sancionamento e de tomada de medidas extraordinárias.
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Quanto ao BP, o papel do Ministro das Finanças é mais reduzido e aproxima-se
de uma tutela de legalidade.
Observando o disposto nos art.º 18.º e 27.º/5 da LOBP, sobressai a peculiaridade
do estatuto do BP e a sua posição de supremacia em comparação com as outras
autoridades do setor financeiro, sobretudo no que respeita a sua mais marcada
independência face ao poder político e executivo (o que pode explicar que se
tenha considerado entregar-lhe, no âmbito d1 sistema Twin Peaks, a supervisão
prudencial dos mercados financeiros em geral).
O legislador parece querer atribuir ao BP uma aura de instituição europeia e
consequentemente não sujeita aos meandros legislativos nacionais.
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3 argumentos são invocados para defender a necessidade sustentada e
supervisão dos mercados financeiros:
- defesa do interesse público face à importância do setor para a estabilidade
económica e de garantia de financiamento e por envolver o apelo à poupança
pública, em suma mitiga o risco sistémico, acautelar a saúde financeira das
instituições financeiras e a equidade e eficiência dos mercados;
- imperiosidade de disciplinar os lóbis e de acautelar a transparência dos
mercados;
- assegurar a concorrência, máxime através d1 diminuição dos custos de
transação. Não parece que os reguladores setoriais do setor financeiro estejam
suficientemente apetrechados para o efeito, ainda q lidem com barreiras à
entrada e à saída qd regulam e supervisionam o acesso e a manutenção no
mercado.
Em Portugal, o modelo de supervisão escolhido tem caraterísticas institucionais
e funcionais com uma divisão setorial, atendendo às entidades a acompanhar e
às matérias em causa. Entrega-se a supervisão micro-prudencial e
comportamental da banca ao BP. Este, que desempenhou de modo +/- informal
a supervisão macro-prudencial, c/ base na referência à estabilidade financeira
no art.º 12.º/c LOBP, assume expressamente essa função.
A justificação, a independência e boa parte do sucesso da atividade supervisora
decorre da sua transparência.
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Funções de Supervisão:
Importa explorar a função de supervisão (na perspetiva prudencial e
comportamental) desenvolvida pelo BP. Atualmente discute-se na Europa,
particularmente na zona euro, sobre a conveniência de entregar esta missão aos
bancos centrais e, consequentemente, sobre a necessidade de criação de uma
instituição especializada ou de modificação do paradigma de supervisão. Na
Europa encontram-se modelos monistas (ex. Reino Unido, estando este a evoluir
para um modelo dualista), twin peaks c/a divisão das matérias comportamentais
e prudenciais p/ 2 autoridades (ex. Holanda) e modelos setoriais (ex. Portugal).
Argumentos para contrariar a opção tradicional de entrega da supervisão
financeira aos bancos centrais: - existência de potenciais conflitos de interesses
entre a supervisão, a prossecução da política monetária e algum risco moral;
multiplicação dos conglomerados financeiros e a cada vez > e + acelerada
diluição da dif entre produtos e intermediários financeiros que tornam complexa
1 abordagem setorial, cj custos aumentariam p/via necessária, onerosa e nem
smp eficaz circulação de informação; - interesse em travar e evitar aumento
excessivo dos poderes dos bancos centrais (atendendo à sua frágil legitimidade
democrática).
Argumentos justificativos da participação reguladora dos bancos centrais: -
importantes sinergias que se geram em termos informativos entre a supervisão
e as funções típicas dos bancos centrais, pois verificam-se interligações entre as
IF, sistemas de pagamentos, politica monetária e de estabilização
macroeconómica. O trabalho de supervisão micro-prudencial facilita o
acompanhamento macro-prudencial, sobretd pl acesso + desimpedido à
informação adequada; - mais-valia do conhecimento e perícia dos bancos
centrais na deteção e tratamento do risco sistémico (observa-se uma entrega da
garantia de estabilidade dos sistemas ao banco central); - independência e
competência técnica do banco central permitem minimizar eventuais capturas do
regulador e beneficiar do provado e sustentado conhecimento daquela instituição
sobre o sistema financeiro nacional.
O BCE pronuncia-se favoravelmente qt à manutenção do papel de supervisor
dos bancos centrais. No caso pt este assume essa função no plano micro e
macro.
Banco de Portugal – autoridade independente responsável pela regulação e
supervisão prudencial e comportamental de um conjunto alargado e variado de
instituições, com vista a acautelar o interesse publico (solidez sustentada do
sistema financeiro) e o interesse dos clientes, sobretudo dos depositantes,
designadamente através do combate às assimetrias informativas. Dispõe
também de poderes fiscalizadores e sancionatórios no domínio da supervisão
comportamental. A base legal da atividade de supervisão do BP decorre
diretamente dos art.º 12/c e d + 16.º-A LOBP (perspetiva macro-prudencial) e do
art.º 17.º LOBP (persp. micro-prudencial e comportamental).

Supervisão macro-prudencial - avaliar e monitorizar os riscos emergentes nos


mercados e no sistema financeiro lusos. Procura-se identificar potenciais
vulnerabilidades geradoras de risco sistémico, o q obriga a 1 análise holista da
evolução do sistema, c/especial atenção para o setor bancário. Cabe-lhe
identificar, acompanhar e avaliar riscos sistémicos, bem como propor e adotar
mdds de prevenção, mitigação ou redução desses riscos, podendo emitir
determinações, alertas e recomendações dirigidas às autoridades e entidades
públicas ou privadas de md a reforçar a resiliência do setor financeiro.
Ver o sector e ver se há possibilidade de contágio.

Supervisão micro-prudencial – salvaguardar (numa perspetiva preventiva) a


solvabilidade e liquidez das instituições e grupos financeiros com vista à proteção
dos fundos que lhes estão confiados, acautelando, em última análise, a solidez
do sistema como um todo. Esta atividade n substitui a necessidade d1 gestão
competente e de 1 controlo interno eficaz das IF, bem cm o desempenho de
auditores internos e externos.
Olhar instituição a instituição.

Compete ao BP:

- Regular, ié, produzir regras disciplinadoras da atividade das instituições, em


particular qt ao seu acesso e posterior exercício. Pretende-se através do
estabelecimento de algumas barreiras à entrada, evitar a priori, q atuem, no
mercado, entidades de reputação duvidosa e s/ bom governo societário, q n
disponham de solidez financeira adequada às operações q se propõem executar
ou q se revelem incapazes de gerir os riscos, protegendo-se a confiança e
estabilidade do sistema. Este poder regulador efetua-se p/via de Avisos,
Instruções e de Cartas-Circulares;
- apreciar pdds de constituição de instituições q carecem, para a sua efetivação,
da autorização do BP q tbm detém a competência da sua revogação. Este pdr
autorizativo decorre e concretiza o previsto na alínea anterior;
- apreciar pdds de autorização prévia, na mdd em q existe 1 conj de elementos
e situações q precisam da avaliação e da autorização prévia (ou pl – da n
oposição) do BP, tais como o exercício da atividade, idoneidade e competência
dos membros dos órgãos sociais;
- manter o registo a q tão obrigadas as instituições mm no cs de n ser precisa 1
autorização prévia. C/ esta obrigação de registo pretende-se responsabilizar
quem o requer e acautelar o conhecimento formal e a avaliação prévia de
elementos importantes em matéria de supervisão;
- monitorizar a atividade e condição financeira das instituições. Concedida a
autorização, o BP acompanha sistemática e continuamente as operações das
instituições através d1 conj de regras prudenciais e de procedimentos de
supervisão, tais cm ações de inspeção e exame nas instalações das próprias
instituições financeiras (supervisão in-site) e análise da informação reportada
regularmente p/estas numa lógica de diálogo contínuo (supervisão off-site),
podendo ainda o BP solicitar td a info de q precise pr o correto exercício das suas
funções. Pretende-se garantir a solvabilidade e liquidez das IF. O custo social d1
falência é potencialmente superior ao custo privado pr os acionistas, potenciando
externalidades negativas perigosas pr td o sistema;
- verificar o cumprimento, pls instituições, dos requisitos normativos impostos q
pd ser conduzida no âmbito da atividade off-site ou on-site, ou através d1
exercício coordenado de ambas;
- emitir recomendações e determinações especificas pr q sjm sanadas as
irregularidades detetadas;
- sancionar eventuais infrações cometidas pls instituições qt a factos q violem
disposições legais e regulamentares p/cj cumprimento lhe compita zelar,
podendo ser responsabilizadas PC (ex. banco) cm PS q no âmbito das IF
desempenhem ou assumam certas posições. O RGIC prevê, em função da
gravidade das infrações, 2níveis de ilícitos contraordenacionais c/as molduras
sancionatórias, estabelecendo limites pr as coimas aplicáveis, mas abrindo a
possibilidade de aplicação de sanções acessórias;
- adotar providências extraordinárias de intervenção corretiva ou de resolução
das instituições. Cs se verifiquem potenciais perturbações graves nas condições
de normal funcionamento das IF, o BP pd, de md a prevenir riscos de contágio e
atendendo à dimensão e seriedade dos problemas, impor-lhes mdds
diversificadas de recuperação e correção, desde a apresentação d1 plano de
recuperação ou de reestruturação e restrições ao exercício de certas atividades
até mdds de intervenção direta na gestão, como limitar as atividades, operações
ou redes de balcões das IC ou a designação de administradores provisórios. Em
situação limite, o BP tem a fac de revogar a autorização concedida pr exercício
da atividade e de requerer a liquidação da instituição.

Supervisão prudencial - Garantir que as instituições são sólidas, que aquele


banco tem reservas suficientes para se aguentar. Diz respeito à solidez das
instituições e pode ser micro ou macro.
Visa essencialmente assegurar a solidez e a resiliência das instituições
financeiras.
Supervisão comportamental: cuja finalidade fundamental é a proteção dos
investidores e consumidores de serviços financeiros, bem como assegurar a
transparência e o regular funcionamento dos mercados.
Supervisão comportamental – está em causa a atuação pública de regulação
e supervisão da conduta das instituições nos mercados financeiros a retalho,
procurando-se, entre outros, mitigar a assimetria informativa que caracteriza os
produtos e serviços financeiros e acautelar a equidade e a eficiência. Está em
causa a proteção d1 relação saudável e leal entre o cliente e a IF.
Compete ao BP estabelecer regras de conduta das IF, q garantam a
transparência de informação nas fases contratuais e pré-contratuais, sobretd no
domínio da publicidade e divulgação propagandística, e a equidade nas
transações de produtos e serviços financeiros entre as entidades
supervisionadas e os seus clientes que detêm o dt de apresentar reclamações
diretamente ao BP.
Forma como intermediários vão oferecer os produtos que tem de ser de forma
mais completa possível e o mais correta possível, de md a que o cliente possa
tomar uma decisão racional.
Em especial no seio dos mercados financeiros de retalho, compete ao BP, no
âmbito da supervisão comportamental, promover a transparência e o rigor da
informação prestada aos clientes bancários, minimizando o seu caráter desigual
e incompleto. Para uma tomada de decisão informada, livre e racional, o cliente
deve pdr analisar previamente as respetivas condições para comparar dif
propostas.

Interessa também a informação qt aos preçários praticados (aviso do BP impõe


às instituições a publicação do valor máximo das comissões e a indicação das
despesas) e à publicidade de bens e serviços prestados (pl sua influência
determinante na formação da vontade e no processo de escolha e decisão do
cliente bancário, dever ser transparente e rigorosa). De acordo c/o Aviso
10/2008, o modelo de atuação do BP assenta em 3 pilares fundamentais: -
supervisão ex post após 1 exercício de auto-responsabilização das próprias IF;
- monitorização regular e transversal de tds os meios de difusão (fora a promoção
institucional) pelo BP, smp q existam indícios de comportamentos irregulares; -
ponderação de riscos.
O BP dispõe de pdrs fiscalizadores e sancionatórios no domínio da supervisão
comportamental, tendo em vista acautelar a transparência e o rigor da
informação divulgada cm o cumprimento do enquadramento jurídico. Procura-se
assegurar a avaliação sistemática do comportamento das instituições
relativamente aos seus clientes, quer p/ via de ações de inspeção, quer p/via da
apreciação de reclamações.
Não se pd deixar de notar 1 concentração excessiva de pdrs nas mãos dos
supervisores q n só pdm regular cm fiscalizar, instaurar e instruir processos e
ainda sancionar, levantando consequentemente dúvidas qt ao p. da
imparcialidade e do contraditório, n sendo o argumento de suscetibilidade de
recurso das decisões tomadas suficiente (art.º 39.º LOBP). Ié, assegurar a
correção da tomada de decisão dv ser algo a ter em consideração desde início,
não se repousando, numa ótica típica de risco moral, à sombra da possibilidade
de recurso posterior.
A supervisão comportamental do BP além de incidir sobre a oferta, promovendo
a competência e aptidão das IF pr o exercício das suas atividades e, no
relacionamento c/os seus clientes, a transparência, diligência, lealdade e
integridade, atua tbm do lado da procura, ao desenvolver atividades pr aumentar
a informação e literacia financeiras.
Cabe ao BP funções e pdrs de regulação, fiscalização e sancionamento qt à
atuação das entidades sujeitas à sua supervisão.
Face à crescente integração dos mercados financeiros e internacionalização das
instituições pt, importa garantir 1 > cooperação institucional entre as várias
autoridades envolvidas na regulação e supervisão do setor dentro e fora de
fronteiras. A nível nacional, o BP tem estabelecido acordos bilaterais de
cooperação c/a CMVM + ASSFP. No plano internacional, ao abrigo do 81.º
RGIC, o BP vem colaborando, p/via bilateral c/autoridades de supervisão ou
c/funções equivalentes no seio da UE, em outros EM ou em países 3.ºs. Estes
acordos cobrem um vasto leque de matérias cm procedimentos de notificação
relativos ao estabelecimento de sucursais e filiais, troca de informação em
situações de crise e sobre qquer facto importante qt à experiência ou idoneidade
dos gerentes ou membros dos órgãos sociais, cooperação em matéria de
supervisão e no domínio das inspeções on-site e consultas qt ao controlo de
propriedade e participações qualificadas.
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Instituição financeira – em sentido amplo é qualquer entidade que exerça
actividades financeiras e que lida directa ou indirectamente com o capital (em
sentido estrito), contribuindo, pois, para o financiamento e regular funcionamento
da economia.

Bancos – representam a instituição de credito por excelência, tendo-se optado


na Europa por um modelo de banca universal de tipo alemão que inclui não
apenas a prestação de serviços tipicamente bancários como serviços de
investimento e de seguros.

Regras prudenciais – visam minimizar e gerir os riscos inerentes à sua


actividade, não só assegurando a sua solvabilidade e solidez financeira e,
consequentemente a estabilidade e confiança no sistema financeiro no seu todo,
mas também protegendo os consumidores contra perdas resultantes de má
gestão dos prestadores de serviços financeiros. No RGIC, na decorrência do
esforço de harmonização financeira europeia e dos contributos de Basileia,
encontra-se o núcleo da regulamentação prudencial portuguesa. É possível
identificar regras prudenciais com características mais preventivas e outras com
uma vertente mais correctiva.

Fundo de Garantia de Depósitos – em nome da garantia da confiança dos


clientes das instituições de credito e dos próprios mercados financeiros o RGIC
prevê a instituição de um FDG, pessoa colectiva de direito publico, dotada de
autonomia administrativa.
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Construção d1 mercado financeiro único europeu: criação e o aprofundamento


do mercado único europeu surgem intimamente ligados ao processo de
integração europeia. A sua estruturação baseia-se principalmente em 3
liberdades:

- Liberdade de estabelecimento: direito de qualquer instituição autorizada num


determinado Estado-Membro abrir num outro filial ou sucursal sem se encontrar
sujeita a qualquer tipo de discriminação. Impõe-se a eliminação de barreiras (cm
não autorização p/razões de conveniência económica ou política) à instalação
d1 instituição. 2 tipos de liberdades: Primária (suscetibilidade de transferência
de sede de um Estado-Membro para outro sem perda de personalidade jurídica.
Todavia, cm resulta do acórdão Daily Mail, tal princípio não é aceite pl Dt
europeu, o q significa q n existe, de iure, 1 liberdade de estabelecimento
primária); e Secundária (criação de filiais (c/ pj, o q obriga a considerar as regras
de autorização do Estado de acolhimento) e de sucursais (s/ pj e reguladas de
md normalizado desde a 2º geração de diretivas do setor financeiro).

- Liberdade de prestação de serviços: faculdade de uma instituição (ou


sucursal) de um Estado-Membro poder fornecer serviços noutro no qual não se
encontra estabelecida.

- Liberdade de circulação de capitais: trata-se do pressuposto para a


estruturação de um mercado único de capitais de modo a permitir aos agentes
económicos recorrer livremente aos mercados financeiros para a obtenção de
financiamento.

O movimento de integração financeira apresenta benefícios c/o incremento da


eficiência, da produtividade e da concorrência, fomentando a inovação e a
consequente diversificação da atividade. Permite e garante a liberdade de
escolha entre 1 endividamento interno ou externo e da modalidade + adequada.
Este mm alargamento e abertura dos mercados aumentam o risco, o q obriga a
1 cuidado especial c/as regras de supervisão e de concorrência e à necessidade
d1 constante evolução da prática legislativa e da sua integração num movimento
de acompanhamento paralelo ao dos mercados enquadrados.

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Aula teórica:

Sistema financeiro português: quais os pressupostos de existência das


entidades autónomas para regular, para supervisionar a atividade financeira. Ou,
dir-se-ia até, a regulação económica em sentido lato. Para todos os efeitos,
estamos a falar de regulação setorial da economia e, deste md, é importante ter
em consideração

Estas entidades atuam ao abrigo dos respetivos estatutos, dos diplomas onde
se prevê aquilo que é a substância da atividade regulatória tanto no prisma
prudencial como no prisma comportamental do respetivo setor e, por último,
atuam nesses setores sempre numa ótica à qual poderíamos, em sentido lato,
designar por prossecução do interesse público. O BP em 1º lugar rege a sua
atividade no p. de estabilidade financeira, de aversão ao risco sistémico o
que significa que a sua principal preocupação é uma função
eminentemente preventiva, pró-ativa. Visa-se evitar os comportamentos
que diante de todos aqueles que se presume que ocorrem no contexto, no
perímetro do sistema bancário, serão os principais responsáveis pela
ocorrência de eventos sistémicos de larga escala. Porque é que é o BP a
fazer isto e não o Estado? Devemos esclarecer o seguinte: só existem entidades
administrativas e independentes justamente pq o Estado em certo momento da
história se viu incapacitado de c/autonomia, c/isenção, c/ transparência,
c/eficiência, regular e supervisionar estas atividades por oposição, por
comparação aquilo que seria feito por uma entidade …
Este fundamento é o que justifica que tenhamos, sobretudo na europa
continental, a opção por entidades reguladoras ou então por entidades de
supervisão e regulação ao mesmo tempo é uma opção completamente
generalizada (já alastrou ao perímetro comunitário). O dt europeu começa hj, ao
nível da regulação setorial dos diversos setores, a adotar e criar entidades
supranacionais que são autoridades de supervisão e regulação que não são
independentes, no sentido em que exercem a sua atividade em paralelo com as
autoridades nacionais, mas são apesar de td dif, autónomas daquilo a q
poderíamos chamar a união europeia, num sentido institucional.
O nosso modelo é tripartido. No setor bancário, o BP.

BP – papel fundamental ao nível de política monetária pq integra o sistema


europeu de bancos centrais. Já n faz desvalorizações cambiárias.
Supervisão prudencial e comportamental. Autoridade de resolução

Supervisão – prudencial ((cautela. Antecipação. Tutela à priori da estabilidade


sistémica do setor. Tutela regulatória)). (preservação da coerência institucional
do sistema. O que o BP faz a este nível? Faz avaliações prévias de risco, analisa
o risco geral e contingente do setor, estabelece cooperação c/ entidades de
supervisão de outros EM (existe generalização da atividade transfronteiriça),
produção de regras (circulares, instruções, avisos normativos), apreciar pedidos
de autorização prévia e também adotar providencias extraordinárias qd deixem
de se verificar …

Comportamental

O BP tem, p/ razões históricas, uma hegemonia sobre o setor financeiro.


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Regime de acesso e exercício da atividade:


A definição de regras que condicionam o acesso à atividade bancária e a
intervenção do BP no processo de autorização permitem, numa lógica
preventiva, evitar a entrada no mercado de instituições instáveis, constituindo-se
uma mais-valia inegável na supervisão prudencial.
Os requisitos para acesso à atividade dividem-se em três grupos com diferentes
objetivos interrelacionados entre si:
Idoneidade, qualificação profissional e independência dos membros dos
órgãos de administração e de fiscalização (Governo Societário) e
idoneidade dos acionistas, na medida em que garantem a confiança dos
depositantes e de outros consumidores de serviços financeiros e
promovem o aumento da eficiência do sistema na globalidade
(reforçados com o DL 157/2014 – IC são responsáveis pela escolha de
pessoas adequadas ao desempenho de funções de administração e
fiscalização. Ao BP caberá, neste âmbito, uma função de supervisão
preventiva, em especial através da avaliação da idoneidade dos
membros dos órgãos de administração e fiscalização, a realizar com base
numa ponderação de todos os factos relevantes relacionados com o
modo de atuação habitual e de exercício da sua profissão. Neste sentido
foi introduzido um procedimento mais célere e simplificado de suspensão
da atividade das pessoas que exercem cargos de administração e
fiscalização, reforçando-se os poderes do BP);
 Viabilidade do plano de atividades, ligada à obtenção de níveis de
rendibilidade que, no longo prazo, acautelam a solvabilidade da
instituição;
 Meios humanos, técnicos e financeiros adequados que assegurem uma
gestão sã e prudente e o controlo dos riscos subjacentes às atividades
financeiras, contribuindo para a proteção dos interesses dos credores e
para a prevenção de risco sistémico.
Regime relativo ao acesso e ao exercício da atividade no caso das IC, previsto
no RGIC, depende de 3 variáveis:
- da estrutura: filial ou sucursal (2.º-A/u) e /ll) RGIC);
- da origem: portuguesa, d1 EM da União ou de 1 Estado-3º;
- da base da atividade: dto de estabelecimento ou liberdade de prestação de
serviços.
Grande parte do procedimento centra-se em torno da autorização a conceder
pelo BP (16.º RGIC). De salientar o esforço desenvolvido no sentido de diminuir
a discricionariedade decisória, designadamente impedindo juízos de
oportunidade económica ou político-social (20.º/3 RGIC).
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