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Introdução
O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), vinculado ao Ministério das
Cidades, entrou em vigor no país a partir da aprovação da Medida Provisória nº 459,
em março de 2009, e sancionada em Lei 11.977 de 07 de julho de 2009. Esse
programa teve sua primeira etapa referente ao período de 2009 – 2012, vinculado ao
Programa de aceleração do Crescimento (PAC), o qual previa a construção de um
milhão de moradias. Dentro deste montante, 400 mil moradias atenderiam a faixa 1
do programa, a qual é formada por familiar com renda de 0 a 3 salários mínimos.
Dentro dos aspectos acima, trazendo para a realidade do município de
Londrina – PR enquadra-se o Residencial Vista Bela, o qual conta com a construção
de 2.725 imóveis. Com uma população superior a 10 mil habitantes há toda uma
reconfiguração do espaço, porém, o planejamento urbano para atender esta
demanda não acompanha as necessidades impostas com o deslocamento e
remanejamento do universo populacional como o que foi direcionado ao Vista Bela.
Materiais e Métodos
Primeiramente foi realizado um levantamento bibliográfico, a partir daí sua leitura e
interpretação de obras sobre a temática da pesquisa foram fundamentais para
alicerçar a realização da pesquisa. Também foi executada a análise das leis que
legislam sobre a questão habitacional no Brasil. A pesquisa in loco no objeto de
estudo o Residencial Vista Bela, se destinou a observar a presença ou não da
infraestrutura técnica e social urbana disponível no conjunto habitacional.
Resultados e discussões
O Residencial Vista Bela é um empreendimento do PMCMV, localizado no município
de Londrina/PR, construídos com recursos destinados do governo federal. Em sua
primeira fase de execução, destinada para a faixa 1 do programa, que caracteriza
famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos (até 1.600,00 reais em 2009).
O PLHIS (2011, p. 111) garante que uma de suas premissas se baseia na
“[...] garantia de moradia digna a todos se dá pelo acesso aos equipamentos sociais
e de infraestrutura urbana, condições adequadas de mobilidade e a produção dos
recursos naturais e da paisagem”. Contudo, se percebe mediante a realização da
pesquisa empírica o não cumprimento da parte referente ao acesso aos
equipamentos sociais e da infraestrutura urbana.
O PLHIS – Plano de Habitação de Interesse Social de Londrina (2011, p.110),
se refere no seu estudo sobre a lei federal n° 10.257 de 10 jul. de 2001 (Estatuto da
Cidade), que reafirmado no Plano Diretor Participativo de Londrina (PDPML, 2008) a
“[...] garantia do pleno cumprimento das funções sociais da propriedade e do direito
à cidade para todos [...]”, o mesmo ainda ressalta oito direitos aos quais está
compreendida a regência da lei, sendo alguns deles: infraestrutura urbana,
mobilidade priorizando o transporte público coletivo, acessibilidade, serviços
públicos, lazer, e demais outros que foram ignorados em efetivação e estruturas
físicas, sendo alvo de críticas por parte da comunidade, entidades universitárias
entre outras.
O projeto de construção residencial Vista Bela compreende construções de
creches, escolas e unidade de saúde, uma vez que a localização de tais
empreendimento está “reservados” para a construção das mesmas. Em atuação a
comunidade do Vista Bela, tem se o CEI (Centro de Educação Infantil) em
funcionamento desde 2014 e a UBS Vista Bela/Padovani, entregue em 2015,
percebe-se uma defasagem temporal entre a entrega do conjunto habitacional e a
implementação da infraestrutura urbana social fundamental para proporcionar
qualidade da vida à população.
Conclusões
Mediante a realização desta investigação pode-se perceber as fragilidades
existentes e latentes do projeto e efetivação do conjunto habitacional – Residencial
Vista Bela. O número de pessoas desassistidas é altamente expressivo, e as leis
ordenadas para monitorar o programa no município de Londrina foram descumpridas
pelo próprio órgão gestor das mesmas.
Cabe lançar mão dos meios que a sociedade tem disponíveis para denunciar
e pleitear junto a gestão municipal ações que vise uma qualidade de vida para a
população, via ações participativas em ambientes públicos
Agradecimentos
Agradeço a orientadora, à colaboradora e à Fundação Araucária/Inclusão Social,
pelo incentivo e oportunidade.
Referências
ALMEIDA, C. Habitação Social: Origens e produção (Natal, 1889-1964). 2007. 239
f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – USP, São Carlos.