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Copyright © 2017 por Gabriela Franco Tuller Espósito

Conteúdo
Sobre a Autora .............................................................................................. 7

Você Sabe o seu Tipo de Pele? ..................................................................... 9

O Tipo de Pele é Universal .......................................................................... 12

Entendendo as Divisões dos Tipos de Pele ................................................. 12

A Biologia da Pele ....................................................................................... 13

Tipos de Pele............................................................................................... 16

Pele Normal ou Eudérmica ......................................................................... 17

Pele Mista ou Combinada ........................................................................... 17

Pele Oleosa ou Lipídica ............................................................................... 18

Produção de Óleo na Pele .......................................................................... 19

Pele Seborreica, Átona ou Asfíctica ............................................................ 20

Pele Seca ou Alípica .................................................................................... 21

Porque uma Pele Desidrata? ...................................................................... 23

Sensibilidade da Pele .................................................................................. 24

Subtipo Acne............................................................................................... 25

Existem Dois Tipos de Comedões ............................................................... 27

Subtipo Rosácea ......................................................................................... 28

Subtipo Irritável .......................................................................................... 29

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Subtipo Alérgico.......................................................................................... 30

Fototipos de Pele: ....................................................................................... 31

Por Que as Pessoas têm Tons de Pele Diferentes? .................................... 33

Fototipos de Pele – Classificação De Fitzpatrick ......................................... 33

Fototipo 1 ................................................................................................... 34

Fototipo 3 ................................................................................................... 34

Fototipo 4 ................................................................................................... 34

Fototipo 5 ................................................................................................... 35

Fototipo 6 ................................................................................................... 35

Particularidades Fisiológicas Entre a Pele Negra e a Branca ...................... 36

Pigmentação - Melanócitos ........................................................................ 37

Melanossomas ............................................................................................ 37

Hiperpigmentação ...................................................................................... 39

Hiperpigmentação Pós-Inflamatória .......................................................... 40

Cuidados Com a Pele Através de Mitos e Verdades: .................................. 42

Mito 1 - Para Encontrar o Produto Adequado para Nossa Pele Basta


Comprar Vários Produtos até Encontrar Aquele que Funcionará em Mim
(Se Você Tiver Sorte!). ................................................................................ 42

Mito 2 – Quanto Mais Caro o Produto, Melhor o Resultado. .................... 43

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Mito 3 – Produtos “Livres De Fragrâncias”, Não Contêm Perfumes nem


Fragrâncias.................................................................................................. 43

Mito 4 – Sabonetes que Fazem Limpeza Profunda São Bons para Todos os
Tipos De Pele. ............................................................................................. 44

Mito 5 – Minha Alimentação Não Afeta a Minha Pele. .............................. 44

Mito 6 – Prestar Atenção à Minha Pele é Perda de Tempo. ...................... 46

Mito 7 - Todos os FPS (Fator De Proteção Solar) Acima de 15 têm o mesmo


Efeito de Proteção Solar. ............................................................................ 46

Qual a Diferença entre Filtro Solar e Bloqueador Solar?............................ 49

Tabela de Proteção para a Radiação UVA (Ppd) ......................................... 49

Tabela de Proteção para a Radiação UVB (Fps).......................................... 50

Mito 8 - Cremes Autobronzeadores Aceleram o Envelhecimento. ............ 52

Mito 9 - Quem Tem a Pele do Rosto Oleosa Também tem a pele do Corpo
Oleosa. ........................................................................................................ 54

Mito 10 - Quem Tem Pele Oleosa Deve Lavar o Rosto Sempre que Possível.
.................................................................................................................... 54

Verdade 1 - Não Tirar A Maquiagem Diariamente Pode Prejudicar A Cútis.


.................................................................................................................... 55

Verdade 2 - O Tipo de Pele Interfere no Processo de Envelhecimento.


Alguns Tipos São Mais Propensos como é o Caso da Pele Clara e Seca. A

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Pele Negra e a Oriental Têm Menor Tendência assim Como a Pele Oleosa.
.................................................................................................................... 55

Tipos de Envelhecimento ........................................................................... 56

Envelhecimento Cutâneo Intrínseco ou Cronológico ................................. 56

Genética...................................................................................................... 57

Hormônios .................................................................................................. 57

Estresse Oxidativo ...................................................................................... 58

Níveis Elevados de Açúcar no Sangue e Glicação ....................................... 58

Envelhecimento Extrínseco da Pele............................................................ 58

Radiação Solar ............................................................................................ 59

Tabaco ........................................................................................................ 59

Álcool .......................................................................................................... 59

Movimentos Musculares ............................................................................ 60

Radicais Livres ............................................................................................. 60

Alimentação ................................................................................................ 60

Verdade 3 - Os Cremes Anti-Idades Devem Ser Usados a partir dos 25


Anos. ........................................................................................................... 61

Verdade 4 - A Pele Oleosa Tem Mais Tendência a ter Acne....................... 64

Verdade 5 - Pele Oleosa Tende a Ter Menos Rugas. .................................. 65

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Verdade 6 - Quem Tem a Pele Oleosa tem o Cabelo Oleoso. .................... 65

Verdade 7 - Peles Oleosas Também Devem Usar Hidratantes e Filtro Solar.


.................................................................................................................... 65

Verdade 8 - Existem Alimentos que Deixam a Pele Ainda Mais Oleosa,


Como o Chocolate. ..................................................................................... 66

Alimentos que Prejudicam ......................................................................... 66

Alimentos que Beneficiam.......................................................................... 67

Verdade 9 - Esfoliar a Pele Oleosa Ajuda a Desobstruir Poros mas Apenas


1x Por Semana. ........................................................................................... 68

Verdade 10 - Colágeno Hidrolisado Desacelera o Envelhecimento da Pele.


.................................................................................................................... 69

Ilustrações................................................................................................... 72

Referências Bibliográficas ........................................................................... 72

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SOBRE A AUTORA
Gabriela Franco Tuller Espósito nasceu em Mandaguari, Paraná.
Graduada em Cosmetologia e Estética pela Universidade do Vale do
Itajaí – UNIVALI em 2007. Possui Especialização em Terapia Estética
e Docência Estética Superior pela Isulpar (2008) e Especialização em
Fisiologia Humana aplicada às Ciências da Saúde pela Estácio de Sá
(2015), trabalhou na Clínica de Estética Lady&Lord em Curitiba –
Paraná, como Supervisora e Coordenadora dos Tratamentos Estéti-
cos Faciais (2008).
Trabalhou como Técnica de Laboratório em Farmácias Magistrais
(Farmácias de Manipulação de Cosméticos 1999-2006), manipulan-
do cosméticos faciais, corporais e capilares. Foi Docente nas disci-
plinas de Cosmetologia e Estética Facial pelo Centro de Educação

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Profissional Martinus - Faculdade Luterana em 2008, na cidade de


Curitiba, PR.
Durante sete anos (2009 - 2016) trabalhou como Professora Técnica
na ADCOS Cosmética de Tratamento na cidade de Campo Grande,
MS, ministrando cursos de Limpeza de Pele profunda, Drenagem
linfática com ênfase em pré e pós-operatório facial e corporal, Mi-
croagulhamento, Rejuvenescimento de Pele, Peelings, Massagem de
pedras quentes, Massagem de Bambu, Massagem Turbinada, Mas-
sagem com Pindas Chinesas e Massagem Relaxante.
Trabalhou em várias Clínicas Médicas com Tratamentos de pré e
pós-operatório em cirurgias plásticas faciais e corporais e possuiu
sua própria Clínica de Estética em 2010 trabalhando com Tratamen-
tos Faciais, Corporais, Pré e Pós-operatório.
Foi docente no Curso de Estética e Cosmética na Universidade Uni-
derp Anhanguera entre 2011 e 2015 também na cidade de Campo
Grande, MS. Foi Tutora de Cursos de Estética no Portal Educação de
2010 a 2015 (Escola de Cursos On-line em Campo Grande, MS) e
desde 2014 é Coordenadora do curso de Pós-Graduação em Cosme-
tologia aplicada à Terapias faciais, Corporais e Disfunções Dermoes-
tética na FOCO Pós graduação, em Campo Grande, MS.

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Mantém um Canal de Estética no Youtube: "Tratando de Estética


com Gabi Tuller": contando com mais de 25 mil inscritos em setem-
bro de 2017.
Oferece consultoria sobre tratamentos faciais, corporais e cosmeto-
logia às suas ex-alunas e profissionais da área da estética.
Desde o início do ano de 2016 reside em Ottawa, Canadá, atenden-
do ao público brasileiro e mulheres de todas as partes do mundo
com Procedimentos Faciais e Corporais.

VOCÊ SABE O SEU TIPO DE PELE?


Quantas vezes você já foi a uma loja de cosméticos e gastou uma
fortuna em produtos que nunca usou? A vendedora de cosméticos
já te vendeu uma linha de produtos que prometia “fazer milagres na
pele” mas que não funcionou em você? Já teve irritação com um
produto sem entender o real motivo? Porque a sua amiga usa um
produto que deixa a pele dela maravilhosa mas que deixa a sua pele
horrível? Você deve ou não usar sabonete? Porque você detesta a
sensação de um protetor solar mesmo sabendo que deve usá-lo?
Pois é... Se você já ficou sem resposta pra alguma pergunta acima é
porque você não sabe o seu tipo de pele!
E assim como você, a maioria das pessoas:

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- Não sabem que é fundamental traçar um tratamento de acordo


com o seu tipo de pele;
- Usa produtos errados para o seu tipo de pele e desiste do trata-
mento;
- Gasta muito mais do que deveria com cosméticos;
- Faz procedimentos inadequados para o seu tipo de pele;
- Erra em não tirar vantagens de procedimentos que poderiam be-
neficiar sua pele.
- Tropeçam em informações equivocadas e promessas de marketing
exageradas de produtos para cuidados com a pele.

Como consumidor(a) que somos de uma gigantesca indústria de


produtos para cuidados da pele, não ter informações suficientes
sobre os produtos pode sair muito caro, literalmente. Portanto, vo-
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cê precisa preencher a lacuna entre o que sabe e o que precisa sa-


ber.
Sem essa informação você estará jogando dinheiro fora, porque
ficará totalmente a mercê das propagandas e inumeras campanhas
de marketing. Com este e-book e com as informações específicas
sobre as reais necessidades de sua pele você poderá controlar e
direcionar as suas escolhas.
Não importa quão sedutora seja a embalagem de um cosmético ou
quão deliciosa seja a sensação que ele provoque, um creme de R$
400 reais pode não ser adequado a todas as pessoas. (Na realidade,
alguns tipos de pele nem mesmo precisam usar creme! Após uma
adequada avaliação, orientações de hidratantes à base de loção
aquosa também mantém hidratado o extrato córneo sem deixá-lo
oleoso).

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O TIPO DE PELE É UNIVERSAL


Uma das características fascinantes dos Tipos de Pele é que as pes-
soas de diferentes etnias ou diferentes origens podem compartilhar
de um mesmo Tipo de Pele. Em muitas ocasiões, todas as pessoas
com o mesmo Tipo de Pele seguirão exatamente o mesmo plano de
tratamento, mas às vezes a cor da pele pode ser um fator diferenci-
al, porque a formação do pigmento (o fator na pele que leva à gera-
ção da cor) dá-se de modo distinto em diferentes etnias. Por este
motivo, um ajuste de tratamento baseado na cor da pele também é
necessário.

ENTENDENDO AS DIVISÕES DOS TIPOS DE PELE


Para entendermos os tipos de pele é necessário ter um conhecimen-
to básico sobre a ciência da pele, como exemplo:
- Quais os principais fatores que interagem para determinar a apa-
rência da pele?
- Os problemas?
- As necessidades e suas vulnerabilidades?
- Quais os tipos de produtos, ingredientes e tratamentos úteis para
ela?

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A BIOLOGIA DA PELE
A camada superior da pele, chamada de epiderme, é composta por
quatro camadas diferentes (camada basal ou germinativa, camada
espinhosa, granulosa e córnea). Em algumas partes do corpo temos
também a camada lúcida. Quando você olha a pele de alguém, vê a
camada que está bem na superfície (camada córnea), feita por célu-
las que refletem a luz. Quando essa camada superior é lisa ela refle-
te a luz uniformemente, então essa pele aparenta ser mais radiante
das que possuem a superfície rugosa.
Na porção mais inferior da epiderme estão as “células mães”, cha-
madas de células basais (camada germinativa), que produzem todas
as outras células da epiderme. As células “mãe” dividem-se em “cé-
lulas-filhas” que se modificam a medida que vão para as camadas
superiores. Essas células se renovam graças à atividade mitótica
contínuas das células.
Durante essa migração, elas envelhecem e eventualmente morrem,
por isso as camadas mais superiores são formadas por células mor-
tas que naturalmente descamam, num processo chamado de “ciclo
celular”, que pode durar entre 26 a 42 dias. Estas células mortas que
descamam, convertem-se em escamas de queratina: uma proteína
insolúvel com 6% de material insolúvel, 10% de proteína sólida e
ácidos lípides (os lipídeos), que protegem contra a desidratação da
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pele. Entre a terceira e a oitava década da vida, o ciclo celular dimi-


nui de 30% a 50% com relação ao que ocorria na adolescência. Isso
significa que a pele envelhecida renova-se muito mais lentamente,
formando uma superfície rugosa ao invés de uma superfície lisa e
macia.
A epiderme é constituída essencialmente pelos ceratinócitos (que-
ratinócitos), que correspondem a cerca de 80% de sua população
celular. É uma proteína fibrosa maleável responsável pela imperme-
abilidade cutânea. Os únicos meios pelos quais as células da epi-
derme obtém o alimento é através da difusão dos leitos capilares da
derme. Outros constituintes são os melanócitos, as células de Lan-
gerhans responsáveis pelas respostas imunológicas e as células de
Merkel, que desempenham importante papel na recepção sensorial.
A pele chega a atingir 16% do peso corporal e desempenha múlti-
plas funções pela camada queratinizada da pele, protegendo o or-
ganismo contra a desidratação e atrito. Ela age como órgão sensori-
al para recepção de estímulos táteis, térmicos e dolorosos. Seu teor
de água é de cerca de 70% do peso da pele livre de tecido adiposo,
contendo cerca de 20% do conteúdo total de água do organismo,
tendo espessura entre 0,5 e 4 mm.
A pele também participa como sistema imunológico e exerce outras
funções como a regulação da temperatura corpórea, produção da
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vitamina D3, excreção de eletrólitos e proteção contra insultos físi-


cos. As camadas da epiderme estão dispostas de forma que a super-
fície é relativamente plana, com exceção das áreas das grandes pre-
gas cutâneas, onde o relevo tem certa sinuosidade.
As células mais superiores contêm um Fator de Hidratação Natural
(NMF – Natural Moisturizing Factor), que mantém a umidade. O
corpo responde ao meio ambiente seco produzindo mais NMF, po-
rém leva alguns dias para que esta produção se acelere. Então sua
pele ficará um pouco desidratada até o socorro chegar. Por isso é
importante hidratar a pele em qualquer situação de clima seco.
Substâncias liberadas pelas células no meio da epiderme formam
um filme protetor feito por lipídeos (gorduras) que envolvem as
células da pele e ajudam a mantê-la hidratada. Os dedos dos pés e
das mãos contém uma quantidade menor de lipídeos e não são tão
impermeáveis como as pernas, por isso eles ficam enrugados após a
imersão na água, enquanto que com as pernas isso não ocorre. Sua
pele fica “craquelada” nos climas frios porque os lipídeos da pele
resfriados enrijecem, diminuindo a capacidade de se ajustarem aos
movimentos. O objetivo de um bom hidratante é aumentar a quan-
tidade desses importantes lipídeos, ajudando a sua pele a manter a
hidratação necessária.

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TIPOS DE PELE
A cosmetologia moderna tem mantido as classificações básicas da
pele que seguidamente são expostas, tendo em conta, essencial-
mente, o equilíbrio que deve existir no manto hidrolipídico. No en-
tanto, é importante levar em consideração outros parâmetros, co-
mo é o caso dos aspectos histológicos, a vascularização, a pigmenta-
ção, as secreções, o potencial hídrico cutâneo, a hidratação, o exa-
me visual e o exame à palpação.
A análise de todos estes parâmetros é essencial para uma boa ca-
racterização do tipo de pele e assim escolher o tratamento cosméti-
co mais adequado ao caso.

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PELE NORMAL OU EUDÉRMICA


É a pele que tem textura saudável, flexível, boa elasticidade e pro-
duz gordura em quantidade adequada. A
pele normal possui os óstios (orifícios polis-
sebáceos) pequenos e pouco visíveis, secre-
ções sebáceas e sudoríparas em equilíbrio,
o que dificulta o desenvolvimento de acne,
comedões (cravos) e manchas. Manter esta
pele sempre hidratada com o cosmético correto e protegida das
radiações UVA e UVB fará com que ela permaneça normal e equili-
brada durante a sua juventude.

PELE MISTA OU COMBINADA


Com características e variações da pele oleosa na zona T (testa, nariz
e queixo), formada pela associação de áreas
seborreicas com áreas de pele seca e normal, a
pele mista ou combinada é o tipo muito fre-
quente em países tropicais. Na região frontal
(testa), região nasogeniana (nariz) e a região
do mento (queixo), os óstios são mais dilata-
dos, e consequentemente pode facilitar o apa-

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recimento de muita oleosidade, acne e comedões.


Já a região malar (bochechas) e extremidades da face, a pele tende
a ser seca ou normal, com mais facilidade para o surgimento de li-
nhas de expressão e ressecamento. Fatores agravantes da pele mis-
ta são perturbações digestivas e glandulares, alimentação incorreta
e cosméticos inadequados. Os cuidados nos tratamentos requerem
muita atenção, já que os níveis de hidratação e espessura mudam
em determinadas regiões da face.

PELE OLEOSA OU LIPÍDICA


Com a pele oleosa, seu rosto com frequência aparenta estar brilhan-
te e você naturalmente evita os produtos que têm aspecto oleoso.
Este tipo de pele é mais vulnerável a acne e comedões do que os
demais Tipos de Pele.
A oleosidade da pele depende primariamente da condição da bar-
reira da pele e a camada externa da pele ajuda
na retenção da umidade e da própria produção
da oleosidade (sebo), secreções fluidas abun-
dantes, pH alcalino, micro-organismos e os
fatores que podem agravar essa condição de
pele são desequilíbrios endócrinos e perturba-

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ções hepáticas.
A barreira da pele é como uma parede de tijolos, com cada tijolo (ou
célula) mantido no lugar por um cimento (gorduras chamadas lipí-
deos). Ingredientes agressivos como o frio e o tempo seco podem
“gastar” essas gorduras erodindo o cimento, assim a parede de “ti-
jolos” não ficará firme. Vários agentes externos, incluindo detergen-
tes, acetona, cloro e outros produtos químicos e até imersão pro-
longada na água, podem danificar esta barreira. Ou a barreira pode
ser deficiente em razão de fatores genéticos. Os principais compo-
nentes da barreira da pele são ceramidas, ácidos graxos e colesterol,
todos diferentes tipos de lipídeos. Eles têm que estar presentes na
proporção certa para manter a pele impecável.

PRODUÇÃO DE ÓLEO NA PELE


A pele tem muitas glândulas oleosas (sebáceas) as quais secretam
óleo que contêm ceras esterificadas, triglicerídeos e esqualeno. Es-
sas gorduras ou lipídeos formam uma película protetora (filme) que
ajuda a umidificar a pele. Quando a produção de sebo na pele au-
menta, resulta em pele oleosa. A produção de óleo pode ser afetada
por dietas, estresses e hormônios – assim como também pela gené-
tica. Em um estudo com gêmeos idênticos e não idênticos do mes-

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mo sexo, verificou-se que os primeiros têm, na prática, a mesma


quantidade de produção de óleo, e os últimos têm quantidades sig-
nificativamente diferentes.

PELE SEBORREICA, ÁTONA OU ASFÍCTICA


Hiperceratinizada, opaca, sem viço, aparência grosseira, aspecto de
sujidade, alto teor de toxidade, hiperatividade das glândulas sebá-
ceas, secreções retidas no tegumento,
óstios dilatados, comedões incrusta-
dos, pH tendendo para o alcalino.
A pele seborreica apresenta tendência
a ser untuosa e brilhante pelo aumen-
to das secreções sebáceas e sudorípa-
ras, geneticamente determinadas.
Com espessura aumentada e textura
granulosa, os orifícios polissebáceos são majorados e há tendência
ao tamponamento folicular. Os fatores agravantes da pele seborrei-
ca são distúrbios digestivos, endócrinos, emocionais, químicos,
cosmetológicos e predisposição genética entre outros.
Geralmente apresentam áreas inflamadas e com pontos avermelha-
dos em decorrência da presença de comedões e pápulas. As áreas

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mais afetadas são face, região peitoral e costas – pelo maior núme-
ro de glândulas sebáceas. Além do problema estético, comedões e
pápulas normalmente sinalizam um desequilíbrio orgânico, exigindo
cuidados específicos. Pele profundamente desidratada demonstra
rugas faciais longitudinais e vincadas, região periorbital e com es-
pessura fina, hipotonia, região do masseter e pescoço com superfí-
cie áspera, sem viço e sem brilho. Tais características podem ocorrer
devido a fatores como doenças crônicas, esgotamento físico e psí-
quico, carência de ingestão de líquidos, envelhecimento precoce ou
cronológico e predisposição genética. Neste tipo de pele, os fatores
agravantes são proteções inadequadas contra agentes externos (fri-
o, vento, luz solar e ar seco), distúrbios hepáticos e glandulares. Há
frequente ocorrência de herpes nas comis-
suras labiais.

PELE SECA OU ALÍPICA


Com a ausência de óleo, gordura ou sebo,
óstios fechados, linhas de expressão nume-
rosas, rugas superficiais intensas, pH ácido, permeável, desidratada,
desvitalizada e com aspecto frágil, a pele seca apresenta caracterís-
ticas de descamação, prurido, opacidade, vermelhidão, rachaduras e

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repuxamento da pele sã. Esse Tipo de Pele também é chamada de


Xerose cutânea, que é o termo médico para pele excessivamente
seca.
A origem do nome é a palavra grega "xero" que significa seco. Diver-
sos fatores alteram a integridade da pele como por exemplo: a alte-
ração do filme hidrolipídico (proteção natural da pele), mudanças na
camada córnea são algumas modificações importantes de diagnosti-
car para possíveis tratamentos.
A pele seca também pode ser influenciada por fatores genéticos
devido a desordens na estrutura e função na epiderme (camada
mais superficial da pele), por fatores ambientais como umidade do
ar e temperaturas extremas (muito calor ou muito frio) e fatores
comportamentais, como por exemplo: exposição à produtos quími-
cos.
A pele seca caracteriza-se pela diminuição da água contida no estra-
to córneo, ocasionando uma descamação anormal da pele. Com
essa alteração o pH cutâneo também é prejudicado, alterando a
acidez natural da pele que é essencial para manter a atividade inibi-
tória contra bactérias patogênicas. Os fatores agravantes da pele
seca ou alípica são disfunções da tireóide, nutrição desequilibrada,
carência de vitaminas, carência de ingestão hídrica e predisposição
genética.
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PORQUE UMA PELE DESIDRATA?


Uma barreira enfraquecida tenderá tanto ao ressecamento quanto à
sensibilidade. O ressecamento da pele resulta da evaporação da sua
umidade. A sensibilidade acontece quando uma barreira deficiente
permite a entrada de substâncias irritantes do meio externo. Repa-
rar a barreira da pele com os produtos para cuidados com a pele
adequados ajudará no tratamento de várias situações. Ao incorpo-
rarmos nutrientes-chave na dieta como ácidos graxos essenciais e
colesterol proverão os pedaços necessários à construção desta bar-
reira. Deficiências nutricionais podem enfraquecer a capacidade de
sua pele reparar e reconstruir, por isso as pessoas que tomam me-
dicamentos para reduzir o colesterol frequentemente tem a pele
seca.

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SENSIBILIDADE DA PELE
A Pele Resistente tem uma barreira que protege as células da pele,
deixando os alergênicos e as substâncias irritantes fora de suas ca-
madas profundas. Exceto nos casos de queimadura solar, sua pele
raramente fica vermelha ou desenvolve acne, permitindo que peles
deste tipo possam utilizar praticamente todos os produtos sem ter
reações negativas. No entanto, muitos produtos podem não ser
potentes o suficiente para “penetrar” nesta barreira compacta e
não conseguem produzir os resultados desejados.
Já as Peles Sensíveis, que são relatadas por mais de 40% das pesso-
as, tem uma barreira frágil, deixando-as vulneráveis aos muitos ti-
pos de reações na pele. Enquanto muitos cosméticos se destinam a
peles sensíveis, existem quatro subtipos diferentes de pele sensível
e o tratamento deve ser adequado especificamente a cada uma de-
las.
- Subtipo Acne: Desenvolve comedões (cravos) brancos, negros e
acne.
- Subtipo Rosácea: Desenvolve rubor, vermelhidão facial e sensação
de calor na face.
- Subtipo Irritável: Desenvolve sensação de pinicar, ferroar ou
queimação na pele.

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- Subtipo Alérgico: Desenvolve vermelhão, coceira e descamação na


pele.
Todos esses subtipos de pele sensível têm um ponto em comum:
INFLAMAÇÃO.
Por isso, todos os tratamentos para estes subtipos de pele devem
ser realizados para reduzir a inflamação e remover a causa.
Vamos então discorrer sobre cada um destes subtipos:

SUBTIPO ACNE:
A Sociedade Brasileira de Dermatologia revela que a acne afeta
56,4% dos brasileiros, além de ser o motivo
que mais levam pessoas a procurar ajuda
especializada. Entre 70 a 80% dos indivíduos
que sofrem com a acne estão na faixa etária
dos 11 aos 25 anos. O restante são mulheres
adultas que possuem acne resultante de um
desequilíbrio hormonal.
Três são os fatores principais que contribuem para o aparecimento
da acne: aumento da produção de óleo, óstios obstruídos e uma
bactéria chamada P.acnes.
E como isso acontece?

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A oleosidade faz com que as células mortas da pele continuem jun-


tas, levando à obstrução dos óstios e a principal desordem desse
aumento da atividade da glândula sebácea é a produção hormonal.
A glândula sebácea responde ao hormônio testosterona. Por isso é
mais comum os rapazes terem um quadro acneico mais complicado
que as moças de um modo geral. Contudo, a progesterona também
potencializa a produção da glândula sebácea, porém o estrogênio
(hormônio do anticoncepcional) diminui a ação da progesterona;
melhorando o quadro acneico das adolescentes; e é por esta razão
que muitos Dermatologistas e/ou Ginecologistas indicam o anticon-
cepcional para as mulheres adolescentes com caso de quadro acnei-
co. Porém, existe um fator metabólico que intensifica muito o qua-
dro da acne: este fator é uma enzima chamada de 5-alfa redutase,
que transforma a testosterona em Dihidrotestosterona (DHT) au-
mentando muito o estímulo da produção de sebo na glândula sebá-
cea, favorecendo o “entupimento” do orifício pilossebáceo (óstios) e
formando o comedão; ou seja, a acne grau I (processo comedogêni-
co não inflamatório).
Existem outros mecanismos envolvidos com a produção do sebo,
porém ainda pouco conhecidos, sendo os principais representados
pelas melanocortinas, os receptores ativados por proliferador de
peroxissomo, conhecidos como PPARs (Peroxisome Proliferator Acti-
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vated Receptors e a enzima acil-CoA diacilglicerol aciltransferase


(DGAT).

EXISTEM DOIS TIPOS DE COMEDÕES


- Fechado ou branco: O comedão fechado se forma pelo entupi-
mento do folículo “capa de queratina”. Esta capa protege o “sebo”
da oxidação (radiações causada pelo meio externo). Sendo assim, o
comedão permanece na sua coloração natural.
- Aberto ou preto: O comedão fechado também passa pelo processo
de entupimento do orifício pilossebáceo, porém ele fica oxidado
pela radiação solar, permanecendo com a sua extremidade escure-
cida.
Com a evolução da acne grau I para os graus II e III, já existe um
comprometimento bacteriano. Essas bactérias, chamadas de P.acne
(Propionibacterium acnes) que habitam na nossa pele, quando en-
tram dentro desses óstios, produzem uma inflamação que se mani-
festa como vermelhão e pus. O tratamento para acne requer uma
avaliação minuciosa para diagnosticar o seu grau. Clinicamente a
acne se caracteriza pela presença de comedões (cravos), pápulas,
pústulas, nódulos, cistos e cicatrizes. Dependendo do seu grau a
pele necessitará de uma Limpeza de pele profunda ou medicamen-

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tos e tratamentos home care. A Limpeza de pele profunda irá de-


sobstruir os óstios e eliminar as bactérias destes pontos inflamados
nos graus I, II e III. No caso da acne grau IV e V, o indivíduo precisará
de orientação medicamentosa, que terá a função de diminuir a se-
creção de óleo produzida na pele. Lembrando que todo medicamen-
to deve ser prescrito somente por um dermatologista.

SUBTIPO ROSÁCEA
A Rosácea afeta cerca de 45 milhões de pessoas no mundo todo e
tipicamente ela começa em adultos após os 25 anos.
Os sintomas são vermelhidão facial, rubor,
pápulas, espinhas sem processo inflamató-
rio, ou seja, sem pus, o aparecimento de
“vasinhos” no rosto, glândulas sebáceas
grandes que causam espessamento, verme-
lhidão no nariz, dificuldade para se bronzear
e queimaduras frequentes, erupções faciais ou placas vermelhas
descamativas, especialmente em torno do nariz, nariz aumentado,
rugas e linhas de expressão na região frontal da face (testa). Antes
dos 25 anos, as pessoas com tendência a rosácea podem apresentar
episódios frequentes de vermelhidão e ficar com o rosto ruborizado

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nos momentos em que estiverem, por exemplo, em exposições de


temperaturas bruscas como muito frio ou muito calor.
Estudos indicam que o indivíduo que possui a Rosácea tem baixa
autoestima e muitas vezes o problema está associado com disfun-
ções emocionais.
Alguns estudos demonstram que a mesma bactéria que causa úlcera
(H. pilori) pode contribuir para o aparecimento da rosácea. Produtos
anti-inflamatórios e antioxidantes podem auxiliar no controle da
manifestação da Rosácea. Aqueles que sofrem de rosácea com epi-
sódios de inflamação e vermelhidão facial com a presença do H.
pilori, podem ser tratados com antibióticos orais. A mesma regra do
grau avançado da acne se aplica para a rosácea. Somente um der-
matologista pode orientar um medicamento via oral.

SUBTIPO IRRITÁVEL: A “irritação” em resposta a produtos e


ingredientes não é causada pela alergia, mas devido à presença de
terminações nervosas mais sensíveis.
Um médico poderá fazer testes de irritabi-
lidade com vários produtos cosméticos e os
resultados podem determinar se você é ou
não propenso a este problema. A pele irri-

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tável não é necessariamente acompanhada por vermelhidão ou irri-


tação, embora seja mais comum em pessoas que também sentem
um rubor facial. Pessoas que possuem pele irritável devem evitar
produtos que contenham os seguintes ingredientes: Ácido benzóico,
Ácido láctico, Ácido sórbico, Alfa-hidroxiácidos (ácido glicólico), Bro-
nopol, componentes contendo o ácido cinâmico, compostos de a-
mônia quartenária, Dowicil 200, Formaldeído, Lauril sulfato de só-
dio, Propilenoglicol, Uréia e Vitamina C.

SUBTIPO ALÉRGICO:
Quando a camada de proteção mais exter-
na da pele está danificada ou frágil, pode
ocorrer a penetração de substâncias para
as camadas mais profundas. Por essa lacu-
na, alergênicos, substâncias químicas ou
outros irritantes penetram do meio externo
e invadem os níveis internos do tecido da
pele e a circulação sanguínea, desencadeando uma resposta infla-
matória. Embora esse seja o mecanismo das doenças inflamatórias
tópicas, pode haver alergias internas aos alimentos ou a outras

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substâncias que desencadeiam uma resposta inflamatória expressa


na pele.
Para identificar a alergia aos ativos cosméticos, dermatologistas
fazem testes epicutâneos, em que se aplicam cerca de vinte a cem
substâncias nas costas das pessoas. Entre 24 a 48 horas depois,
quando o teste é removido, vermelhidão e/ou edema apontarão nas
áreas em que ocorreu a alergia. Os alergênicos mais comuns são
fragrâncias e conservantes. Pessoas com a pele seca (indicando uma
barreira da pele defeituosa) tenderão a apresentar mais alergias de
pele. Por isso, é muito importante fazer sempre que possível um
teste com uma amostra grátis do produto antes de efetuar a sua
compra.

FOTOTIPOS DE PELE
A principal função da pele é proteger as estruturas internas das pos-
síveis agressões provenientes de qualquer agente externo.
Em decorrência de sua arquitetura e propriedades físicas, químicas
e biológicas, a pele é responsável pela execução de diversas ativida-
des, tais como proteção imunológica, termorregulação (através da
sudorese), percepção sensorial (através da complexa rede nervosa

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cutânea), secreção e proteção inclusive contra a radiação ultraviole-


ta.
Os melanócitos, situados na camada basal da pele, são responsáveis
pela produção de melanina, que atua como importante filtro natural
contra a radiação UV. As células de Langerhans são células dendríti-
cas epidérmicas que captam e processam sinais antigênicos, comu-
nicando as informações para as células linfóides. As células epiteliais
escamosas (ceratinócitos) constituem importantes sítios para bios-
síntese de moléculas solúveis (citocinas) que são importantes na
regulação das células epidérmicas adjacentes, bem como das células
existentes na derme.
A coloração da pele depende de uma combinação de vários fatores
que vão desde a espessura do estrato córneo até a quantidade de
pigmentos existentes. As células epidérmicas e dérmicas fornecem
um tom natural branco ou amarelo de acordo com a espessura da
camada córnea, enquanto os vasos sanguíneos contribuem com a
coloração de acordo com o número, estado de dilatação, proximi-
dade com a superfície da pele e grau de oxigenação, fornecendo um
tom de roxo a azulado devido à hemoglobina. Por outro lado, os
carotenóides amarelos presentes na hipoderme também contribu-
em para a formação da cor.

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POR QUE AS PESSOAS TÊM TONS DE PELE DIFEREN-


TES?

A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. A pigmenta-


ção constitutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferên-
cia da radiação solar, portanto, constante. A cor facultativa da pele
é reversível e pode ser induzida. Ela resulta da exposição solar.

FOTOTIPOS DE PELE – CLASSIFICAÇÃO DE FITZPA-


TRICK
A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpa-
trick, criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fitz-
patrick. Ele classificou a pele em seis fototipos, a partir da capacida-
de de cada pessoa tem em se bronzear, assim como sensibilidade e
vermelhidão quando exposta ao sol, sendo:

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Fototipo 1 - Pele branca (Pele clara, olhos


claros, cabelos claros ou ruivos, com presença
de efélides (sardas) e crianças com menos de 1
ano) sempre queima – nunca bronzeia – muito
sensível ao sol.

Fototipo 2 – Pele morena clara (Pele clara,


olhos claros, olhos castanhos claros, cabelos
castanhos claros e médio, cabelos ruivos) –
sempre queima – bronzeia muito pouco - sen-
sível ao sol.

Fototipo 3 – Pele morena clara. Queima mo-


deradamente. Bronzeia moderadamente. Sensi-
bilidade normal ao sol.

Fototipo 4 - Pele morena moderada, cabelos


escuros, olhos escuros – queima (pouco) – sem-
pre bronzeia – sensibilidade normal ao Sol.
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Fototipo 5 - Pele morena escura – queima


(raramente) – sempre bronzeia – pouco sensí-
vel ao sol.

Fototipo 6 - Pele negra – nunca queima –


totalmente pigmentada – insensível ao sol.

De acordo com cada indivíduo e seu fototipo


de pele, ocorrem diferenças na capacidade do protetor em bloquear
a passagem dos raios UVB, além do meio ambiente e da estação do
ano que interferem na resposta eritematógena cutânea. O grau de
pigmentação da pele influencia diretamente o efeito que a radiação
solar terá sobre o indivíduo.
Conclui-se que o fototipo é determinado pela quantidade de mela-
nina presente na pele e, por consequência, pela tonalidade de pele
do indivíduo. Na avaliação do Tipo de Pele, é possível se quantificar
o efeito da ação UVB pelo eritema observado, fato que originou o
índice de FPS (fator de proteção solar). Na pele negra, alterações

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cutâneas no envelhecimento intrínseco e extrínseco ocorrem em


menor grau, pela grande quantidade de pigmentos melânicos que
protegem as células e fibras, como colágeno e elastina, da radiação
UV. No Brasil ocorre uma grande miscigenação de raças e as tabelas
servem apenas como modelo que não deve ser seguido à risca. O
procedimento deve ser baseado em dados obtidos por meio da fi-
cha de Anamnese. Os tipos de pele podem ainda ser classificados
em categoria variante, que são encontrados em pessoas as quais
apresentam uma mistura racial ou étnica. São mais instáveis e sen-
síveis aos efeitos de procedimentos.

PARTICULARIDADES FISIOLÓGICAS ENTRE A PELE


NEGRA E A BRANCA

Na pigmentação, as particularidades não são devidas a variação do


número de melanócitos, visto que estes não apresentam diferenças
quantitativas significantes entre a pele negra e a branca. As diferen-
ças estão nas propriedades e na qualidade dos melanossomas, co-
mo seu tipo, forma e cor, e em sua distribuição nos melanócitos e
nos queratinócitos. Também estão envolvidas nestas diferenças as
proporções de melanina e fatores ambientais como a exposição

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solar. Porém, não se pode ignorar as particularidades demonstradas


através das diversas funções existentes na pele que poderão deter-
minar diferentes resultados em consequência dos estímulos ambi-
entais, das patologias e de alguns tratamentos.

PIGMENTAÇÃO - MELANÓCITOS
Apesar de existir variações das populações de melanócitos confor-
me a região anatômica na pele, independente da pele a quantidade
de melanócitos apresenta-se aproximadamente igual.

MELANOSSOMAS
O principal fator de diferenciação entre a pigmentação da pele ne-
gra e da branca relaciona-se ao tamanho, morfologia, distribuição e
ao grau de melanização dos melanossomas. Na pele negra, os mela-
nossomas apresentam-se em maior quantidade, tamanho maior,
taxa de atividade e de maturação elevadas. Além de conter maiores
quantidades de melanina total e de eumelanina, apresentam-se
envoltos por uma membrana e estão espalhados no citoplasma dos
queratinócitos. Devido ao seu tamanho, a degradação nos querati-
nócitos será retardada, chegando à camada córnea intactos.

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Estes fatores podem explicar a maior proteção solar da pele negra,


níveis maiores de pigmentação cutânea, conferindo uma coloração
mais uniforme em relação à pele branca. Os melanossomas da pele
branca apresentam características opostas aos da pele negra. Com
menores quantidades, tamanho menor, baixa quantidade de mela-
nina, permanecem em grupos no interior dos queratinócitos e todos
são envoltos por uma única membrana. Estes melanossomas antes
de alcançarem as camadas superficiais são destruídos. A pele negra
apresenta uma Dose Mínima Eritematosa (DEM), que significa
“quantidade mínima de radiação necessária para produzir um eri-
tema perceptível”, de 15 a 22 vezes maior do que a pele branca.
Mas apesar da DEM ser elevada nos negros, faz-se necessário os
mesmos cuidados e precauções que são feitas na pele branca. Pois
devido à resposta fraca dos melanócitos cutâneos aos traumas, pro-
vocam com frequência distúrbios pigmentares como as discromias.
A pele negra possui um estrato córneo mais compacto e grosso do
que as outras peles, pois contém um número maior de camadas de
células, o que lhe confere mais resistência. Outra diferença estrutu-
ral é a quantidade mais equilibrada de glândulas sudoríparas apó-
crinas e écrinas. Na pele negra, a produção de sebo na face é au-
mentada em relação a outras áreas. Além disso, esse tipo de pele
apresenta um aumento no calibre dos vasos sanguíneos e linfáticos,
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maior perda de água transepidérmica após a irritação e um grau


mais alto de sensibilidade a agentes irritantes. A pele negra apre-
senta uma epiderme mais espessa. Logo, é mais resistente às agres-
sões externas. No entanto, essa proteção natural da pele reduz a
capacidade de absorção, dificultando a penetração dos princípios
ativos presentes nos hidratantes. Sendo assim, a esfoliação que re-
move as células mortas da superfície da camada córnea será muito
importante e deixará a pele mais fina e macia, otimizando a perme-
ação dos ativos nos tratamentos estéticos.

HIPERPIGMENTAÇÃO
A hiperpigmentação ocorre por um aumento de melanina, e quando
na epiderme, resulta em coloração marrom-claro ao escuro da pele
(dependendo da quantidade de pigmento). Já na derme, os melanó-
fagos conferem cor cinza-azulada à pele. A hiperpigmentação pode
surgir após traumas repetidos na pele, como fricção e escoriações
em dermatoses pruriginosas como escabiose, dermatite atópica,
pruridos, dermatofitose, líquen simples crônico, após dermatite de
contato, principalmente quando há fototoxicidade com o uso de
perfumes e colônias, contendo psoralenos de bergamota, manuseio
de frutas cítricas e figo. Ocorre ainda como sequela de acne, furún-

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culo e ectima. Em todos os casos, a hipercromia será transitória se


houver tratamento adequado. Pode-se observar uma hiperpigmen-
tação como complicação de peelings superficiais nos indivíduos de
fototipos IV, V e VI. Qualquer que seja o agente esfoliante utilizado,
se houver exposição solar mínima durante a fase eritematosa a hi-
perpigmentação ocorrerá. Alguns fatores favorecem as complica-
ções: pele bronzeada na ocasião do peeling, uso de anticoncepcio-
nal, gestação nos seis meses subsequentes ao procedimento e não
ter realizado um preparo prévio adequado da pele com fórmulas
despigmentantes.

HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA:
A hiperpigmentação pós-
inflamatória – também
conhecida como alteração
pigmentar pós-inflamatória
(APPI) é causada por uma
variedade de distúrbios da
pele. Condições menores
como acne, eczema e rea-
ções alérgicas podem causar a APPI. Por outro lado, eventos cutâ-

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neos mais sérios, como queimaduras, cirurgias e trauma, ou trata-


mentos como peelings químicos e ressuperficialização a laser (resur-
facing) podem precipitá-la.

A APPI apresenta-se como áreas irregulares pigmentadas em escuro


que se originam em áreas de inflamação prévia. Hiperpigmentação
pós-inflamatória pode aparecer em qualquer parte da pele, mas é
uma fonte de angústia particularmente importante quando ocorre
na face. A hiperpigmentação pós-inflamatória é uma consequência
da síntese aumentada de melanina em resposta a uma lesão cutâ-
nea. Ela pode ser difusa ou localizada e a sua distribuição depende
da localização da lesão original.

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CUIDADOS COM A PELE ATRAVÉS DE MITOS E VER-


DADES

Mito 1 – Para encontrar o produto adequado para


minha pele basta comprar vários produtos até en-
contrar aquele que funcionará em mim (se você ti-
ver sorte).
Esse pensamento pode funcionar muito bem para a indústria de
cosméticos! Apesar disso, esse é o modo que a maioria das pessoas
utilizam para comprar produtos e escolher os tratamentos para a
pele. Não conhecem o seu próprio tipo de pele e estarão à mercê
das maravilhosas e milionárias campanhas de marketing.

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Mito 2 – Quanto mais caro o produto, melhor o re-


sultado.
O que faz um creme para a pele custar tão caro? Definitivamente
não são os ingredientes deste produto. Em vez disso você estará
pagando pelo marketing e pela marca conceituada do produto. Na
verdade, se amanhã alguém inventasse o melhor creme do mundo,
poderia vender os direitos de comercialização para diferentes em-
presas que fabricam produtos para cuidados com a pele e prova-
velmente as únicas diferenças entre os produtos que seriam vendi-
dos nas farmácias, lojas de departamento e edições oferecidas por
grandes marcas seriam as embalagens e os preços; os cremes conti-
dos nos potes seriam praticamente idênticos.

Mito 3 – Produtos “livres de fragrâncias” não con-


têm perfumes nem fragrâncias.
Pessoas com pele sensível geralmente compram produtos com esse
“ilusório rótulo”, esperando não adquirir um produto que cause
irritação em sua pele. Os produtos “livre de fragrância” não têm
garantia de que não possuam perfumes nem fragrâncias. Significa
apenas que nenhum aroma é detectado pelas pessoas que cheiram
o produto. Na verdade, as fragrâncias são aplicadas na maioria dos

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cremes faciais para neutralizar o cheiro ruim. Você já reparou que


um creme hidratante velho ou vencido tem um cheiro esquisito?
Isso ocorre porque com o passar do tempo a fragrância evapora,
não mais mascarando o cheiro desagradável do produto.

Mito 4 – Sabonetes que fazem limpeza profunda são


bons para todos os tipos de pele.
Qualquer produto que faça muita espuma contém muita quantidade
de detergente, sendo desaconselhável para uma pele seca e sensí-
vel. Sabonetes espumantes, vigorosamente desengordurantes são
terríveis para pele seca e sensível porque removem o manto lipídico
natural que ajuda a pele a manter a sua hidratação. Se você tem
pele seca ou sensível, nunca use nada que faça muita espuma, espe-
cialmente banho de espumas. Pouca espuma é o correto. Nunca
lave o seu rosto com xampu ou sabonete de barra corporal, não
importa qual seja o seu Tipo de Pele. Em vez disso, utilize produtos
de limpeza que não espumem ou que espumem o mínimo possível.

Mito 5 – Minha alimentação não afeta a minha pele.


Sua dieta causa impacto em sua pele e não há dúvida de que fazer
uma dieta com pouca gordura ou sem gordura alguma poderá au-

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mentar o ressecamento da pele. Estudos demonstram que pacien-


tes que usam drogas que diminuem as taxas de colesterol geralmen-
te sofrem de pele seca. O colesterol realmente é uma parte impor-
tante da pele, mantendo-a hidratada.
Mas o contrário também acontece: Se você faz uma dieta com mui-
ta gordura, o que você come pode aparecer na sua pele, e uma ma-
neira disso acontecer é através de hormônios. Estudos correlacio-
nam acne e dietas de estilo ocidental (ricas em açúcar e calorias) e
dado o que nós sabemos isso não é uma surpresa. Comer açúcar e
carboidratos refinados faz com que o pâncreas libere grandes quan-
tidades de insulina e IGF-1. Ao longo do tempo, este tipo de dieta
leva à resistência à insulina e cronicamente a altos níveis desses
hormônios que causam acne.
Comer alimentos minimamente processados com baixo índice gli-
cêmico pode inverter a situação e isso já foi demonstrado em diver-
sos estudos.
Mas não só o açúcar produz acne; os laticínios também são culpa-
dos. Qual é o papel do leite? Ajudar bezerros a crescer. Portanto,
não é surpresa que leite de vaca tem abundância de IGF-1 e outros
hormônios de crescimento. Esses hormônios vão para a corrente
sanguínea e para a sua pele, onde estimulam o crescimento celular
e a produção de sebo.
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Mito 6 – Prestar atenção à minha pele é perda de


tempo.
Se você tiver algum dos Tipos de Pele ditos “fáceis”, sua rotina diária
não irá requer tratamentos complexos. Além disso, um pequeno
ajuste em sua pele poderá economizar seu dinheiro e otimizar sua
pele no futuro. Por outro lado, se você tiver um Tipo de pele “pro-
blemática” tratar sua pele de modo correto e prevenir problemas no
futuro é absolutamente essencial. A maioria dos problemas de pele
possui tratamento mais fácil quando iniciado precocemente. E,
qualquer que seja a sua idade, condição da pele ou Tipo de Pele,
precocemente significa: hoje!

Mito 7 - Todos os FPS (Fator de Proteção Solar) a-


cima de 15 têm o mesmo efeito de proteção solar.
A radiação ultravioleta (RUV) é a parte do espectro eletromagnético
referente aos cumprimentos de onda entre 100 e 400nm. De acordo
com a intensidade que a RUV é absorvida pelo oxigênio e ozônio e
também pelos efeitos fotobiológicos, costuma-se dividir a região UV
em três intervalos.
Nome: UVC
Intervalo Espectral: 100 – 280nm

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Características: Completamente absorvida pelo O2 e O3 estratosfé-


rico e, portanto, não atinge a superfície terrestre. É utilizada na es-
terilização de água e materiais cirúrgicos.
Nome: UVB
Intervalo Espectral: 280 - 320nm
Características: Fortemente absorvida pelo O3 estratosférico. É pre-
judicial à saúde humana, podendo causar queimaduras e, em longo
prazo, câncer de pele.
Nome: UVA
Intervalo Espectral: 320 - 400nm
Características: Sofre pouca absorção pelo O3 estratosférico. É im-
portante para sintetizar a vitamina D no organismo. Porém o exces-
so de exposição pode causar queimaduras e, em longo prazo, causa
o envelhecimento precoce.
Dos três tipos diferentes de radiação ultravioleta que há, apenas
uma não é motivo de preocupação: a radiação UVC. Apesar de ser a
mais prejudicial ela é bloqueada pela camada de ozônio. Já as radia-
ções UVA e UVB também exigem cuidados muito embora também
tenham seu lado positivo.
A radiação UVA é quem faz com que o pigmento conhecido como
melanina se combine com o oxigênio, produzindo o bronzeado. Já a
radiação UVB é quem estimula a produção de melanina e de vitami-
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na D pelo organismo, fatores positivos. Porém, ambas causam o


envelhecimento precoce da pele e câncer nesse órgão. E a radiação
UVB ainda induz o aparecimento de queratose solar, manchas senis
e queimaduras na pele.
Por isso, é recomendável o uso de um protetor solar quando o indi-
víduo se expuser ao Sol, podendo ser um desde um filtro ou até
mesmo um Bloqueador solar. Saiba a diferença entre estes dois
produtos a seguir:

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QUAL A DIFERENÇA DE FILTRO SOLAR E BLOQUEA-


DOR SOLAR?

Tabela de Proteção para a radiação UVA (PPD)

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Tabela de Proteção para a radiação UVB (FPS)

Tanto os filtros quanto os bloqueadores solares têm a mesma fun-


ção: evitar que a radiação ultravioleta penetre na pele e cause da-
nos à saúde. No entanto, a sua composição química e a sua forma
de funcionamento são bastante diferentes.
Os bloqueadores solares refletem a radiação UV e, em geral, apre-
sentam em sua composição Óxido de zinco ou Dióxido de titânio,
eficientes em proteger da radiação UVA e da UVB.
O bloqueador solar, porém, tem duas desvantagens: é opaco, ou
seja, não fica transparente ao ser passado na pele, uma característi-

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ca que muitas pessoas não apreciam. Além disso, bloqueia os óstios


da pele, o que favorece, por exemplo, o surgimento de comedões.
Já os filtros solares possuem em sua composição compostos que
absorvem a radiação UVA ou UVB e a transformam em luz visível,
inofensiva para a pele. Os primeiros filtros solares possuíam capaci-
dade de proteção apenas contra a radiação UVA, mas os produtos
mais modernos protegem tanto contra a radiação UVA quanto con-
tra a radiação UVB.
Independentemente de ser um bloqueador ou filtro solar, a capaci-
dade de proteção destes produtos é expressa pelo seu Fator de Pro-
teção Solar (FPS), que mede a proteção contra um dos efeitos noci-
vos da radiação UVB – a queimadura na pele – em uma escala de 2 a
70. Este índice, determinado sob condições controladas em labora-
tório, representa quantas vezes mais tempo um grupo de pessoas
usando protetor solar pode ficar exposta ao Sol antes de a pele ficar
vermelha, em comparação com alguém que não usou o produto.
Isto quer dizer que se a pele desprotegida de uma pessoa começa a
ficar vermelha após 10 minutos de exposição ao Sol, com o uso de
um protetor com FPS 15 o efeito só será observado após 150 minu-
tos. Assim, quanto maior o FPS de um produto maior a proteção que
ele confere.

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Os FPS mais altos têm efeito mais intenso no que diz respeito à pro-
teção solar. Pessoas em tratamentos faciais, que usam ácidos ou
com pele sensível (como idosos e crianças), devem utilizar proteto-
res com fatores mais altos. Estudos apontam que o FPS 15 é seguro
e indicado para utilização diária, pois já é o suficiente para evitar o
efeito cancerígeno. Lembrando que devemos aplicar 2mg de filtro
solar para cada cm2 de pele, ou seja, 1g de protetor solar (ou uma
colher de chá) em toda a face. Pescoço e colo requer mais 1g.
O protetor deve ser reaplicado a cada 2 horas para manter a sua
pele protegida caso esteja realizando tratamentos de despigmenta-
ção. Além disso, é necessário você aguardar de 20 a 30 minutos para
o FPS se estabilizar na pele antes da sua exposição solar (caso você
não esteja fazendo nenhum tratamento de pele). Isso nos faz refletir
porque é tão difícil tratar Melasma: Porque geralmente as pessoas
desconhecem esta informação ou não aplicam (e reaplicam) a quan-
tidade correta.

Mito 8 - Cremes autobronzeadores aceleram o enve-


lhecimento.
Eles promovem o bronzeamento por meio da pigmentação da ca-
mada superficial da pele. Não interferem no DNA celular, portanto,

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não envelhecem e não causam câncer. O responsável pelo efeito


bronze dos autobronzeadores é a dihidroxiacetona (DHA), um açú-
car que reage com a queratina da pele, produzindo uma substância
de cor acastanhada, a melanoidina.
A ação é totalmente superficial, ou seja, não faz mal nenhum à pele.
Os autobronzeadores cosméticos funcionam pela combinação esta-
belecida de substâncias ativas que reagem com as proteínas encon-
tradas na camada superficial da pele. O bronzeado conseguido por
este meio tem uma duração de um período médio de sete dias após
a aplicação, isto se dá pois há a renovação natural das células da
pele. Para prolongar o efeito bronzeado recomenda-se o uso diário
do autobronzeador até que se alcance o tom desejado. Para manter
a cor convém reaplicar o produto uma ou duas vezes por semana.
Ao longo dos tempos as diversas marcas que disponibilizam este
tipo de produto têm aperfeiçoado os seus cremes. Esta melhoria
traduz-se na qualidade da cor, no acabamento uniforme, no cheiro e
na facilidade de aplicação.
Alguns produtos possuem uma ação hidratante prolongada e inten-
sa de até 8 horas, o que dispensa o uso de cremes hidratantes, jus-
tamente porque o uso do autobronzeador exige que a pele esteja
limpa antes de sua aplicação.

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Assim, aos mais recentes autobronzeadores são-lhe reconhecidas


qualidades que promovem o cuidado da pele, graças à incorporação
nas suas fórmulas de agentes hidratantes que lhe conferem flexibili-
dade, um aspecto luminoso e um ar saudável.

Mito 9 - Quem tem a pele do rosto oleosa tem a pele


do corpo oleosa.
Apesar do que normalmente se pensa, quem possui maior oleosida-
de no rosto não necessariamente apresentará esse aspecto em ou-
tras partes do corpo. A maioria das pessoas possuem o corpo seco e
a face oleosa ou mista, que é a área de maior concentração de glân-
dulas sebáceas.

Mito 10 - Quem tem pele oleosa deve lavar o rosto


sempre que possível.
Não há necessidade de lavar o rosto mais do que duas vezes ao dia,
a não ser que o indivíduo sinta muito incômodo. Repetidas lavagens
não resolvem o problema. O que sugiro é o uso de sabonetes espe-
cíficos pela manhã e ao deitar, já que esses produtos, em geral, con-
têm princípios ativos que auxiliam na remoção das células mais su-
perficiais e na redução da oleosidade, diminuindo consequentemen-

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te o brilho. E na hora de lavar o rosto lembre-se: a água quente res-


seca a pele, enquanto a fria mantém a hidratação natural.

Verdade 1 - Não Tirar a Maquiagem Diariamente


Pode Prejudicar a Cútis.
Esse é um tópico recorrente em mitos e verdades sobre a pele. Os
pigmentos se acumulam e obstruem os poros, comprometendo a
liberação de toxinas.
Segundo uma pesquisa, 30% das mulheres dormem com a maquia-
gem no rosto pelo menos duas vezes por semana. As mulheres dis-
seram ainda saber que o excesso de cosméticos na pele durante a
noite pode causar manchas, deixar a pele seca e os cílios quebradi-
ços.

Verdade 2 - O tipo de pele interfere no processo de


envelhecimento.
Alguns tipos são mais propensos, como é o caso da pele clara e seca.
A pele negra e a oriental têm menor tendência, assim como a pele
oleosa.
O envelhecimento do organismo como um todo se relaciona com o
fato das células somáticas do corpo começar a morrer e não serem

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substituídas por novas, como acontece na juventude. Isso está liga-


do, entre outros fenômenos, ao envelhecimento celular. Fisiologi-
camente, o envelhecimento está associado à perda de tecido fibro-
so, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vas-
cular e glandular. A função de barreira que mantém a hidratação
celular também fica prejudicada.
Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas
normais da pele podem diminuir em 50% até a meia-idade. Como a
pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo,
sua saúde e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábi-
tos alimentares e ao estilo de vida escolhido. A radiação ultravioleta,
o excesso de consumo de álcool, o abuso de tabaco e a poluição
ambiental, entre outros, são fatores que “aceleram” o trabalho do
relógio biológico provocando o envelhecimento precoce. Além dis-
so, o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue
também colaboram para a pele envelhecer antes do tempo.

TIPOS DE ENVELHECIMENTO
Envelhecimento Cutâneo Intrínseco ou Cronológico
É aquele decorrente da passagem do tempo, determinado princi-
palmente por fatores genéticos, estado hormonal e reações meta-

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bólicas, como estresse oxidativo. Nele estão presentes os efeitos


naturais da gravidade ao longo dos anos, como as linhas de expres-
são, a diminuição da espessura da pele e o ressecamento cutâneo. A
pele tem efeitos degenerativos semelhantes aos observados em
outros órgãos, mas reflete também certos aspectos da nossa saúde
interior, como:
Genética: com o tempo, as células vão perdendo sua capacidade
de se replicar. Este fenômeno é causado por danos no DNA decor-
rentes da radiação UV, de toxinas ou da deterioração relacionada à
idade. Conforme as células vão perdendo a velocidade ao se replicar
começam a aparecer os sinais de envelhecimento.
Hormônios: ao longo dos anos há diminuição no nível dos hor-
mônios sexuais, como estrogênio e testosterona, e dos hormônios
do crescimento. Equilíbrio é fundamental quando se fala de hormô-
nios. Diminuindo os níveis hormonais com o envelhecimento, acele-
ra-se a deterioração da pele. Em mulheres, a variação nos níveis de
estrogênio durante a menopausa é responsável por mudanças cutâ-
neas significativas: o seu declínio prejudica a renovação celular da
pele, resultando em afinamento das camadas epidérmicas e dérmi-
cas.

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Estresse Oxidativo: desempenha papel central na iniciação e


na condução de eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele
altera os ciclos de renovação celular, causa danos ao DNA que pro-
movem a liberação de mediadores pró-inflamatórios, que, por sua
vez, desencadeiam doenças inflamatórias ou reações alérgicas na
pele. Além disso, células do sistema imunológico, chamadas Langhe-
rans, diminuem com o envelhecimento. Isto afeta a capacidade da
pele de afastar o estresse ou as infecções que podem prejudicar sua
saúde. Com o avançar da idade, diminui-se a imunidade, aumentan-
do a incidência de infecções, malignidades e deterioração estrutu-
ral.
Níveis Elevados de Açúcar no Sangue e Glicação:
Glicose é um combustível celular vital, no entanto a exposição crô-
nica à glicose pode afetar a idade do corpo por um processo chama-
do de glicação. Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar
exógeno, nos alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A
consequência principal desse processo é o estresse oxidativo celu-
lar, tendo como consequência o envelhecimento precoce.
Envelhecimento Extrínseco da Pele:
É aquele provocado pela exposição ao sol e a outros fatores ambi-
entais como: o estilo de vida (exercício físico, alimentação) e o es-

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tresse fisiológico e físico. Um dos agentes mais importantes é a ra-


diação solar ultravioleta. As toxinas com as quais entramos em con-
tato, como tabaco, álcool e poluição do ar, entre outros, também
ajudam no processo de envelhecimento da pele e, dependendo do
grau de exposição, podem acelerá-lo, como:

Radiação Solar: atua na pele causando desde queimaduras até


fotoenvelhecimento e aparecimento de câncer da pele. Várias alte-
rações de pigmentação da pele são provocadas pela exposição solar,
como manchas, pintas e sardas. A pele fotoenvelhecida é mais es-
pessa, por vezes amarelada, áspera e manchada, e há um maior
número de rugas.
Tabaco: fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimen-
to na pele. O calor da chama e o contato da fumaça com a pele pro-
vocam o envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea. Além
disso, o fumo reduz o fluxo sanguíneo da pele, dificultando a oxige-
nação dos tecidos. A redução deste fluxo parece contribuir para o
envelhecimento precoce da pele e para a formação de rugas, além
de dar à pele uma coloração amarelada. Rugas acentuadas ao redor
da boca são muito comuns em fumantes.
Álcool: altera a produção de enzimas e estimula a formação de
radicais livres, que causam o envelhecimento. A exceção à regra é o

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vinho tinto que, se consumido moderadamente, tem ação antirradi-


cais livres, pois é rico em flavonoides e em resveratrol, potente an-
tioxidante;
Movimentos Musculares: movimentos repetitivos e contí-
nuos de alguns músculos da face aprofundam as rugas, causando as
chamadas marcas de expressão, como as rugas ao redor dos olhos.
Radicais livres: são uns dos maiores causadores do envelheci-
mento cutâneo. Os radicais livres se formam dentro das células pela
exposição aos raios ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo etc.
Acredita-se que os radicais livres provocam um estresse oxidativo
celular, causando a degradação do colágeno (substância que dá sus-
tentação à pele) e a acumulação de elastina, que é uma característi-
ca da pele fotoenvelhecida.
Alimentação: uma dieta não balanceada contribui para o enve-
lhecimento da pele. Existem elementos que são essenciais e devem
ser ingeridos para repor perdas ou para suprir necessidades, quando
o organismo não produz a quantidade diária suficiente. O excesso
de açúcar também “auxilia” a pele a envelhecer mais depressa, co-
mo já foi dito anteriormente.

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Verdade 3 - Os Cremes Anti-Idades Devem ser Usa-


dos a Partir dos 25 Anos.
O envelhecimento ocorre por acúmulos de danos às células ao longo
do tempo. Quanto maior o número de células atingidas, maior a
possibilidade de determinado tecido apresentar alterações funcio-
nais. Atualmente se observa o acompanhamento das diferentes
fases do envelhecimento por medidas profiláticas ou curativas, a fim
de conservar a qualidade de vida do organismo. Ligado à organiza-
ção das células em tecidos e órgãos, formados por colônias de célu-

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las diferenciadas, cada uma controlando e limitando o crescimento


e a multiplicação das outras está o processo de envelhecimento.

O tecido cutâneo absorve fatores externos, como a luz ultravioleta e


centenas de tóxicos de natureza química e orgânica. Cada pele é
única, que difere de pessoa para pessoa, de raça para raça e até de
uma área do corpo para a outra. A pele é o único órgão exposto às
agressões, ficando assim mais sujeita ao envelhecimento precoce,
sendo ela a primeira barreira do sistema imunológico e tem papel
essencial na proteção do organismo. Algumas características são
gerais, como o fato de que a pele tem sempre a mesma estrutura
básica. A idade cronológica nem sempre reflete a verdade, o tempo
é apenas um dos numerosos fatores que determinam a idade bioló-
gica. Os fatores ambientais também contribuem para a deterioriza-
ção da pele, além do estilo de vida e atitudes, tempo e hereditarie-
dade que irão influenciar no processo do envelhecimento.
Porém, de um modo geral, a partir dos 25 anos, começamos a ter
um decréscimo em torno de 1% do colágeno por ano. Sendo assim,
aos 30 anos, teremos 5% a menos e aos 40 anos, 15% a menos e
assim, sucessivamente. Os cremes para envelhecimento podem ser
utilizados a partir dos 25 anos. O uso de cremes à base de vitamina
C, por exemplo, é uma ótima orientação, pois não contêm uma for-
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mulação muito agressiva e possuem ação antioxidante, ajudando as


células a se manterem saudáveis. Nesta idade, a pele ainda sofre
pouco com os sinais do tempo, se mantendo firme e viçosa, mas é
preciso manter cuidados diários para que ela não comece a registrar
já as marcas de expressão.

É importante manter uma rotina de limpeza, como lavar o rosto


pela manhã para remover a oleosidade natural da pele, para retirar
os resíduos acumulados ao longo da noite, usar o tônico facial sem
álcool específico para cada Tipo de Pele e aplicar o protetor solar.
No caso de indivíduos que apresentam melasma e cicatrizes de ac-
ne, tratamentos como peelings químicos, mecânicos, máscaras cla-
readoras e microagulhamento podem ser boas opções.

Aos 35 anos, a pele começa a perder elasticidade, colágeno e hidra-


tação natural, mas tudo isso ainda pode ser tratado com alguns cui-
dados diários de beleza. A pele precisa receber procedimentos que
estimulem mais colágeno para garantir o rejuvenescimento facial. A
partir dessa idade, podem ser inseridos na rotina de cuidados com a
pele os hidratantes com ácido hialurônico e cremes rejuvenescedo-
res com retinol. Como a maior preocupação fica por conta do au-
mento de melasma e queratose solar, a associação com o bloquea-
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dor solar, antioxidantes (tópico e oral) e cremes despigmentantes


são importantíssimos.

De 45 anos em diante, diversos problemas cutâneos começam a


surgir, como a flacidez, a perda de volume e as linhas de expressão
que ganham mais espaço no rosto. E não faltam tratamentos estéti-
cos para combater as rugas existentes, prevenir o surgimento de
outras e dar mais firmeza e hidratação à pele do rosto. Por isso, é
necessário os tratamentos mais fortes com ácidos específicos para o
combate a rugas e marcas de expressão. Cremes rejuvenescedores
que estimulem a renovação celular também são aliados no combate
às olheiras profundas, rugas e a linha nasogeniana, o famoso "bigo-
de chinês".

Verdade 4 - A Pele Oleosa Tem Mais Tendência a


Ter Acne.
A pele oleosidade cria um ambiente favorável ao crescimento de
bactérias e aumenta o bloqueio dos óstios, provocado pela secreção
sebácea excessiva. Devido a essas duas características, as lesões de
acne se formam com maior facilidade. O tratamento acaba sendo o
mesmo, reduzindo a oleosidade e também as lesões.

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Verdade 5 - Pele Oleosa Tende a Ter Menos Rugas.


É uma particularidade deste tipo de pele, que devido à camada mais
espessa da pele, o aparecimento de rugas finas é menor, retardando
os efeitos do tempo. Por isso, iniciar tratamentos com cosmético
anti-idade o quanto antes, fará com que o surgimento das linhas de
envelhecimento seja ainda mais tardio. No entanto, o envelheci-
mento não está relacionado somente à perda de água, mas também
aos fatores externos, como tabagismo, exposição solar excessiva,
poluição, alimentação, entre outros.

Verdade 6 - Quem Tem a Pele Oleosa Tem o Cabelo


Oleoso.
As áreas mais ricas em glândulas sebáceas, que produzem a oleosi-
dade, estão na face, no couro cabeludo e na parte superior do tron-
co. Por isso, quem apresenta pele oleosa tem mais chance de ter as
madeixas com o mesmo problema, e vice-versa.

Verdade 7 - Peles Oleosas Também Devem Usar Hi-


dratantes e Filtro Solar.
A pele oleosa possui um hidratante natural, mas isso não dispensa o
uso de hidratantes, o principal a se pensar é o veículo a ser utilizado.
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Se o hidratante em sérum se adapta com maior facilidade, a dica é


apostar em produtos que promovam a sensação de toque seco. Já o
protetor solar não agrava o aspecto luminoso da pele, mas também
deve ser usado o produto na versão “Oil Free”. O mais importante é
que o indivíduo faça uma higiene adequada antes de dormir para
remover todos os excessos de produtos.

Verdade 8 - Existem Alimentos que Deixam a Pele


Ainda Mais Oleosa, Como o Chocolate.
A alimentação também pode influenciar na oleosidade da pele. Al-
guns alimentos estimulam a produção de secreção pelas glândulas
sebáceas. A maioria das pessoas percebe relação entre o surgimen-
to de acne com períodos de excessos alimentares de doces, alimen-
tos gordurosos e derivados de leite.

Alimentos que Prejudicam:


Frituras, chocolate, amêndoas, queijos, carnes gordurosas, açúcar e
álcool.

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Alimentos que Beneficiam:


Cenoura: É rica em ácido lipóico, que revitaliza o rosto e ainda ajuda
a pegar uma corzinha quando for se bronzear.
Frutas vermelhas: Como o morango, amora e framboesa, são a-
bundantes em cianidina e vitamina C, esses componentes ajudam a
combater o envelhecimento precoce da pele, o excesso de oleosi-
dade, a formação dos cravinhos e acne. Ainda de quebra essas fru-
tas atuam na produção de colágeno, que mantém a pele livre das
terríveis listras brancas (estria).
Iogurtes: É bastante rico em bactérias do bem que regulam o intes-
tino. Ele garante a vitalidade da pele, dá equilíbrio ao organismo e
ainda atenua o efeito das olheiras.
Uva: Cheia de propriedades diuréticas e laxativas, a uva estimula o
fígado, o que resulta na boa disposição e na pele mais bonita. Essa
fruta além de ser deliciosa previne o envelhecimento precoce da
pele.
Água: Está em primeiro lugar quanto aos alimentos que ajudam a
conter a oleosidade. Ela mantém a pele hidratada, mas não com o
aspecto gorduroso. Ingerir no mínimo dois litros de água por dia e
lavar o rosto constantemente irá controlar o brilho em excesso da
pele.

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Verdade 9 - Esfoliar a Pele Oleosa Ajuda a Desobs-


truir Poros, Mas Apenas 1x Por Semana.
A esfoliação é definida do latim exfoliatio, significando cair em es-
camas ou camadas. A perda e troca celular têm um impacto benéfi-
co na aparência da pele. Esses benefícios cosméticos atribuídos à
esfoliação da pele são conhecidos há muito tempo, desde a época
do Egito Antigo, da sua observação de que, simplesmente banhar-se
em leite coalhado, que agora sabemos que contêm o ativo ácido
láctico, torna a pele mais macia e suave, melhorando assim o brilho
e a aparência da pele.
A esfoliação facial com ativos como microesferas de polietileno ou
semente de apricot, por exemplo, remove a camada mais superficial
da pele e (excesso de células mortas) e, por consequência, desobs-
trui os poros, reduz o brilho e a oleosidade da pele. Mas não se en-
gane! Fazer isso mais que uma vez por semana pode causar um efei-
to rebote e a sua pele começar a produzir mais oleosidade pela defi-
ciência de sebo. Além disso, devemos nos lembrar que precisamos
da “camada córnea” para a defesa da pele contra os microorganis-
mos (bactérias) que vivem nela.

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Verdade 10 - Colágeno Hidrolisado Desacelera o


Envelhecimento da Pele.
Quando se pensa em envelhecimento da pele e seu controle, reme-
te-se a apenas produtos de aplicação tópica. No entanto, nos últi-
mos anos, um novo setor de produtos orais surgiu com o objetivo
de tratar a beleza, suprindo o organismo com nutrientes essenciais,
especialmente em um momento mundial tão dinâmico. Esses pro-
dutos são chamados de “pílula da beleza” ou nutricosméticos e sur-
giram principalmente devido a preocupação com a qualidade de
vida unida a beleza e a aparência jovial, já que a expectativa de vida
está crescendo.
O colágeno hidrolisado é um suplemento alimentar constituído ba-
sicamente por proteína, vitaminas e minerais, que pode ser utilizado
para promover a produção de colágeno pelo corpo, ajudando a me-
lhorar o aspeto da pele e a fortalecer articulações, unhas e cabelo.

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A partir dos 30 anos, homens e mulheres passam a ter perdas maio-


res de colágeno. A cada década, a capacidade do corpo em fabricar
colágeno diminui ainda mais. Além do processo natural de envelhe-
cimento, os fatores que podem aumentar as perdas de colágeno
são: excesso de exposição solar sem proteção, consumo excessivo
de cafeína, hipotireoidismo, dietas de valor calórico excessivamente
baixo, fumo e estresse.
A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA) não classifica ou
registra produtos denominados de nutricosméticos, portanto, esta
nova classe está enquadrada na categoria de suplementos vitamíni-
cos e minerais devido aos efeitos metabólicos ou fisiológicos resul-
tantes da ação dos nutrientes.
Existem vários outros tipos de
nutricosméticos além do colá-
geno hidrolisado, mas isso é
um assunto para um outro li-
vro!

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Chegamos ao Fim!
Eu espero que você tenha gostado das informações contidas neste
e-book. Tudo foi feito com muito carinho e dedicação para você!
Se quiser ficar sempre atualizada que tal assinar meu canal no you-
tube? Ele chama-se "Tratando de Estética com Gabi Tuller", lá tem
várias vídeo-aulas tanto teóricas e práticas para que você, profissio-
nal da beleza, fique sempre atualizada!
Gabriela Franco Tuller Espósito.

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Ilustrações
Márcio Tuller Espósito.

Referências Bibliográficas:

• KEDE, M. P. V. Dermatologia Estética. 2. Ed. São Paulo: A-


theneu, 2009.
• SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. 3. Ed. São
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biologia geral, biologia da pele. São Paulo: Organização An-
drei, 1998.

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• AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R. Dermatologia. 2ed. Rio de Ja-


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• BORGES, F.S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas
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dos. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou trans-
mitida por qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou
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