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ISBN: 978-85-8148-696-3
Considerações finais.......................................................................................313
Introdução
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Claudinei Luiz Chitolina | José Aparecido Pereira | Rodrigo Hayasi Pinto (Orgs.)
ronal, mas não provam que o pensamento seja produzido pelos neurônios.
Ora, não é porque existe uma relação entre o dia e a noite, que a causa
do dia seja a noite ou vice-versa. De igual modo, pode-se dizer que não é
porque existe uma relação entre estados mentais e cerebrais que a mente
seja causada pelo cérebro. O que se sabe é que apesar dos avanços na ex-
plicação do funcionamento dos mecanismos cerebrais, os neurocientistas
não têm logrado êxito no desvendamento da experiência consciente. Nes-
se sentido, a pergunta: como é possível que estados ou processos cerebrais
produzam estados mentais permanece sem resposta ou explicação cien-
tífica. Assim, se para a neurociência, o problema da consciência consiste
em localizar (identificar e descrever) os correlatos neurais da consciência,
o problema difícil (hard problem) consiste em explicar como é possível que
um padrão de atividade neural se converta num conceito (significado). Por
isso, saber como determinadas atividades eletroquímicas dos neurônios
produzem ou dão origem à experiência consciente (subjetiva) é ainda um
problema sem solução para a neurociência. A explicação fisiológica da
dor explica como e porque sentimos dor, mas não explica a experiência
subjetiva ou o significado da dor. Ou seja, a ação dos mecanismos físico-
-químicos e nerofisiológicos do cérebro não é condição suficiente para
explicar a origem da consciência. Diante disso, resulta necessário indagar:
em que consiste a função do cérebro e sua relação com a mente? O ma-
peamento (imageamento) da atividade cerebral poderá revelar algo além
da existência de correlatos neurais da consciência? Ora, o que a neuroci-
ência atesta é que o cérebro é o órgão responsável pelas funções vitais de
nosso corpo, assim como de nossas funções mentais, porque comanda e
controla o funcionamento de todos os órgãos. Por exemplo, no córtex ce-
rebral encontra-se a função de controle de nossas funções cognitivas e no
hipotálamo encontramos a função de regulação das atividades fisiológicas.
Como veremos, a abordagem científica da mente enfrenta dificuldades
teóricas e metodológicas. Do ponto de vista teórico ou epistemológico,
o estudo científico da mente encerra problemas conceituais. Ao estudar
o funcionamento do cérebro, a neurociência depara-se com questões de
ordem conceitual, as quais transcendem o domínio empírico e experimen-
tal. Contudo, a crença de que é possível estabelecer um novo conceito de
mente (e de consciência) a partir da observação neurocientífica dirige o
atual estudo científico da mente. Mas será a mente apenas um conceito
que usamos para descrever e referir nossos pensamentos? Será a mente (e
todo vocabulário inerente à vida mental) um problema de linguagem (ape-
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