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impor regras

meticulosas do
exame de si mesmo

multiplicação dos dicursos


sobre o sexo
incitação institucional a
falar sobre sexo em
detalhes
Imperativo:
confessar não somente
os atos contrários à lei,
mas procurar fazer do
seu próprio desejo,
de todo o seu desejo,
um discurso.

a interdição a algumas
formas de falar sobre o
sexo como um efeito
secundário da necessidade
de falar sobre o sexo de
maneira moralmente
aceitável e
tecnicamente útil
um discurso de
razão sobre o sexo

o sexo não se julga


apenas, administra-se

sexo como algo a ser


gerido, regulado,
inserido em sistemas
de utilidade para
o bem de todos e em
nome de um padrão
ótimo

no século xviii nasce uma forma específica de falar sobre o sexo


sciencias sexualis
polícia do sexo:
necessidade de regular o
sexo por meio de
discursos úteis e públicos
e não pelo rigor de uma
proibição

século xviii

surge a população
como
problema econômico
e político

no cerne da questão da
população está o sexo:
taxa de natalidade, idade
do casamento,
nascimentos legítimos e
ilegítimos, precosidade e
frequencia das relacoes
sexuais...
os silêncios são parte
integrante das
estratégias que apóiam
e atravessão os
discursos

ênfase no sexo das crianças e dos adolescentes


cotidiano da
sexualidade
aldeã como
objeto de
intervenção
a nossa sociedade investiu um aparelho de discurso, análise e conhecimento,
nesses prazeres furtivos trocados com as crianças

o sexo não cesso de


provocar uma espécie
de erotismo
discursivo
generalizado

os discursos sobre o sexo


não se multiplicaram fora
do poder ou contra ele, mas
em seu interior como meio
seu próprio meio de
exercício. a medicina,
a justiça, a pedagogia e a
economia incitaram e
organizaram o discursos
sobre o sexo e, através dele,
se institucionalizaram.

a característica dos últimos três séculos incitação ao discurso


é a larga dispersão dos aparelhos voltados a regulada e polimorfa
falar sobre o sexo.
a exibição do sexo como
segredo não funciona
justamente enquanto
iniciação a fala?

o que é próprio das sociedades modernas é terem se


devotado a falar sobre sexo valorizando-o como o segredo.
proporcionar uma
sexualidade útil e
politicamente
conservadora

as "sexualidades
periféricas", ao
realizarem a
confissão
daquilo que são,
interrogam
as sexualidades
regulares como
em um
movimento de
refluxo
DON JUAN

macula a lei da aliança


e a ordem dos desejos
criança

o sodomita

o
homossexual
sensualização do poder

o prazer se
difunde através
do poder
cerceador

exclusão das
sexualidades
aberrantes?
Não, especificação,
distribuição regional...

o exame médico,
a investigação
psiquiátrica, o relatório
pedagógico e os
controles familiares
funcionam como
espirais perpétuas
de prazer e poder

prazer em exercer
poder, prazer em
escapar do poder.
poder que se deixa
invadir pelo prazer que
persegue. poder que se
afirma no prazer de
escandalizar ou resistir
Seria a família do século
xix uma célula monogâmica
e conjugal? Talvez, em
certa medida. Mas ela é
também uma rede de
prazeres-poderes articulados
segundo múltiplos pontos
e com relações
transformáveis.

sobre o perigo de
reduzir a família à
forma
conjugal
o ocidente definiu novas regras no jogo dos poderes e dos
prazeres: instaurou multiplas perversões.

a proliferação das sexualidades é por extensão


uma proliferação do poder

mecanismos complexos e positivos de


excitação e de incitação
não querer
conhecer
é uma peripécia da
vontade de verdade
ars
erotica
o sexo é extraído do
prazer. não tem a ver com
uma lei que define o
permitido e o proibido.
o sexo, se conhecido
como prazer, tem a ver
com intesidade,
qualidade,
duração... A discrição, o
segredo, tem a ver com a
manutenção da eficácia do
sexo

o sexo como objeto


de verdade, e não somente
de sensação e de prazer,
lei ou interdição

a nossa civilização não possui uma ars erotica, mas é a unica a possuir uma
sciente sexualis
confissão como
ritual de produção
da verdade

buscar uma verdade


no fundo de si mesmo
que a própria tarefa
da confissão acena
como inacessível
como se a verdade quisesse ser revelada e, se não o foi, é porque um poder
pesou sobre ela

a verdade se vincula
ao sexo, a ele serve
de suporte durante a
confissão.

a colocação do sexo
em discurso através da
confissão é uma
relação
de poder na medida em
que se confessa a um
interlocutor cuja
existência é ao menos
inferida. é ele quem
pune, consola,
intervém...
a ideia de uma energia rebelde
a subjugar pareceu inadequada
a psicanálise para decifrar
como desejo e poder se
articulam

não se trata de pensar que o desejo é reprimido porque a lei é constitutiva do desejo
a correlação de poder já estaria lá onde está o desejo
não se trata de uma
teoria do poder, e
sim de uma analitica
afirmar que não é permitido
impedir que se diga
negar que exista

o modelo de poder
essencialmente
jurídico centra-se
no não, no enunciado
da leia e no
funcionamento
da interdição. Um
pode incapacitado
de produzir.

o sucesso do poder
está na ocultação de
seus mecanismos

o segredo do poder
é indispensável a
seu funcionamento

o poder como limitador da liberdade é a forma geral de sua aceitabilidade


em nossa sociedade
o sistema monarquico
foi criticado por fazer
um uso abusivo do poer,
como se a monarquia
desvirtuasse o dominio
juridico enquanto
detentor das virtudes
do exercicio de poder.
assim, deixou-se de
criticar a propria correlacao
entre poder e direito
.
é preciso construir uma analítica do poder que não tome
monarquia-jurídica mais o direito como modelo e código

sobre as formas a partir


das quais a nossa
sociedade pensar o
poder:
direito e violencia,
lei e ilegalidade, vontade
e liberdade, estado e
soberania.

entramos num tipo de


sociedade que o
jurídico
pode codificar cada vez
menos o poder ou
servi-lhe de sistema de
representação

representação jurídica
que continua presente
nas análises
contemporâneas entre
poder e sexo.
pensar, ao mesmo tempo, o sexo sem a lei e o poder sem o rei

problema de conceber o desejo sempre em relação a um poder que é


jurídico e discursivo.. poder cujo ponto central se encontra na
enunciação da lei
poder é o nome
dado a uma situação
estratégica complexa
o poder é um exercício

as relações de poder
não estão em posição
de exterioridade com
respeito a outros tipos
de relação (sexual,
econômica)

os pontos de
resistência estão
presentes em toda
rede de poder

não há poder que se exerça sem uma série de miras e objetivos


soberano-lei

talvez seja necessário


dar um passo a mais,
deixar de lado a figura
prescrições de prudência
do Principe para decifrar
os mecanismos de poder
a partir de uma
estratégia imanente às
relações de força
multiplicidade de elementos discursivos que podem
entrar
do modelo do direito ao modelo estratégico

o aparecimento da psiquiatria e, por conseguinte, de suas


categorias para falar sobre a homossexualidade (inversão, pederastia, hermafroditismo e etc.)
assinala de forma bastante clara o avanços das técnicas de controle social. no entanto, esse
aparecimento propiciou concomitantemente um discurso de "reação": a homossexualidade
pôs-se a falar por si mesma, a reivindicar a sua legitimidade ou sua "naturalidade" e, por vezes,
manipulando as categorias pelas quais era desqualificada pelo olhar médico
nas relações de poder
a sexualidade é dotada
de uma instrumentalidade
particular
o dispositivo de aliança perdeu importância à medida
que os processos econômicos e as estruturas políticas se
desenvolveram

quatro figuras que esboçam


a preocupação sobre o sexo:
a mulher histérica; a
criança masturbadora;
o casal malthusiano; o
adulto perverso.

do que é a sexualidade.

dispositivo da aliança x dispositivo da sexualidade

reproduzir x proliferar
a família é o permutador da sexualidade com a aliança:
fazer os sistemas de aliança serem atravessados por toda transporta a lei e dimensão do jurídico para o dispositivo
uma nova tática de poder que até então eles ignoravam da sexualidade; e economia do prazer e a intensidade
das sensações para o regime da aliança

seria inexato dizer


que o dispositivo da
sexualidade
simplesmente
substituiu o
dispositivo da aliança

conversa
com
levi-strauss
demandas da família para resolver as interferências infelizes ente a
sexualidade e a aliança

especialistas

tudo se passa como se a


família tivesse
descoberto subitamente
o segredo que lhe
inculcaram: ela, coluna
fundamental da aliança,
era o germe de todos os
infortúnios do sexo.

psicologizar ou
psiquiatrizar as
relações de aliança

figuras mitas da
aliança desviada:
o homossexual,
a mãe indiferente, a
esposa frígida, os
perversos, o marido
impotente

Charcot, ao separar o doente de sua família, buscava separar a


sexualidade da aliança. A medicina chamava para si uma sexualidade com
a qual era própria incitara as famílias
o dispositivo da aliança e da sexualidade, girando um
em torno do outro, inverteram as suas posições: hoje,
a psicanálise, através da sexualidade, incita a aliança

era para tornar os


indivíduos
sexualmente
integráveis no sistema
família que o terapeuta
intervinha

crítica à análise

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