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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FÍSICA ARMANDO DIAS TAVARES


DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA

EXPERIMENTO I

PÊNDULO FÍSICO & MOMENTO DE INÉRCIA

Ana Paula Mattos Costa – Matrícula 201610004714


Lyvia Cristina Nunes de Oliveira – Matrícula 201310092811
Priscila da Silva Santos – Matrícula 201220470711

Laboratório de Mecânica Física II


Professora: Maria de Fátima
Turma 2

2017.1
A. Objetivos

1. Determinação do centro de massa de uma haste fina;


2. Determinação do momento de inércia experimental e teórico;
3. Determinação do comprimento de um pêndulo simples síncrono ao pêndulo físico
analisado.

B. Introdução Teórica

1. Pêndulo Simples

Um pêndulo simples consiste numa massa suspensa por um fio ideal (inextensível e
de massa desprezível) que, quando liberado do repouso de um ângulo 𝜃 com a vertical,
oscila entre posições simétricas. Se o ângulo 𝜃 a partir de sua posição de equilíbrio é
pequeno o suficiente, o pêndulo simples executa movimento harmônico simples (MHS).

Figura 1: Pêndulo simples.

2. Pêndulo Físico (ou Composto)

Um pêndulo físico é qualquer corpo rígido que gira livremente em torno de um eixo
perpendicular a ele que passa pelo seu ponto de suspensão sob ação da gravidade.
Qualquer pêndulo real é um pêndulo físico, que é uma generalização do pêndulo simples.

3. Momento de Inércia

O momento de inércia é um conceito fundamental na análise de pêndulos físicos. É


uma expressão do grau de dificuldade de se alterar o movimento de um corpo rígido em
rotação.

2
Figura 2: Esquema de um pêndulo físico.

Quando a linha 𝑄𝐶 (figura 2) forma um ângulo 𝜃 com a vertical, a força gravitacional


(peso) exerce sobre o eixo de rotação 𝑄 perpendicular ao corpo rígido um torque 𝜏
restaurador que tende a levá-lo à sua posição de equilíbrio.

𝜏 = −𝑚𝑔ℎ𝑠𝑒𝑛𝜃 (1)
Na forma angular, a Segunda Lei de Newton expressa que:
𝜏 = 𝐼𝛼 (2)
onde 𝐼 é o momento de inércia no ponto 𝑄 e 𝛼 é a aceleração angular.
Considerando ângulos pequenos de maneira a se obter movimento harmônico
simples (MHS), ou seja, tal que 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≈ 𝜃, tem-se que:

𝑑2𝜃 𝑑 2 𝜃 𝑚𝑔ℎ 𝑑2𝜃


𝐼𝛼 = −𝑚𝑔ℎ𝑠𝑒𝑛𝜃 ∴ 𝐼 2 = −𝑚𝑔ℎ𝜃 ∴ + 𝜃 = 0 ∴ 2 + 𝜔2 𝜃 = 0 (3)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2 𝐼 𝑑𝑡
de onde se obtém que a frequência de oscilação do corpo rígido é dada por:

𝑚𝑔ℎ
𝜔=√ (4)
𝐼

Sabendo que a frequência angular 𝜔 se relaciona com o período de oscilação 𝑇,


chega-se à expressão:

2𝜋 𝐼
𝑇= ∴ 𝑇 = 2𝜋√ (5)
𝜔 𝑚𝑔ℎ

3
4. Teorema dos Eixos Paralelos (ou Teorema de Steiner)

Conhecendo o momento de inércia 𝐼𝐶𝑀 de um corpo rígido em relação a um eixo


paralelo 𝑄 a uma distância ℎ do eixo que passa pelo centro de massa, pode-se usar o
teorema dos eixos paralelos para determinar o momento de inércia.

𝐼𝑄 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚ℎ2 (6)

Para uma haste fina como a estudada nesse experimento, cuja seção transversal é
considerada como tendendo a zero, pode-se usar o valor tabelado:

𝑚𝐿2
𝐼𝐶𝑀 = (7)
12

Então:

𝑚𝐿2
𝐼𝑄 = + 𝑚ℎ2 (8)
12

Aplicando a equação (8) à (5), obtém-se:

𝑇 2 𝑚𝑔ℎ 𝑚𝐿2 2
𝐿2 + 12ℎ2 𝐿2 ℎ
2
= + 𝑚ℎ = 𝑚 ( ) ∴ 𝑇 = 2𝜋√ + (9)
4𝜋 12 12 12𝑔ℎ 𝑔

C. Material Utilizado

1. Haste metálica oca;


2. Porca com furos laterais;
3. “Agulhas” rosqueadas;
4. Sensor óptico;
5. Parafusos, porcas, hastes e base para montagem do suporte;
6. Trena;
7. Balança digital.

D. Procedimento Experimental

Primeiramente, montou-se o suporte para oscilação do pêndulo físico e preparou-se


o sensor óptico, conforme figura 3.

4
Figura 3: Esquema experimental do pêndulo físico.

Seguiu-se, então, com a determinação do comprimento (𝐿) e da massa (𝑚) da haste


metálica.

Inicialmente, tentou-se estimar onde se localizaria o centro de massa (𝐶𝑀) da haste


metálica apoiando-a na extremidade da bancada e testando em que ponto ela entraria na
iminência de cair. Seu centro de massa (𝐶𝑀) estaria em torno desse ponto.

Depois de encontrado o possível centro de massa (𝐶𝑀), fixou-se a porca com as duas
“agulhas”, de maneira a formar o eixo de rotação (𝑄), na extremidade da haste e apoiou-se
a mesma no suporte para iniciar a coleta de dados necessários à determinação do momento
de inércia do pêndulo físico experimentalmente.

Com o sensor óptico ligado no modo “pulse” e posicionado adequadamente para


medir o período de oscilação do pêndulo físico (𝑇𝑖 ), iniciou-se a medição soltando-se a haste

5
metálica a partir do repouso de um ângulo (𝜃) suficientemente pequeno em relação à vertical
de forma que 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≈ 𝜃 na equação (2). Esse procedimento foi replicado para outras 7
(sete) posições diferentes do eixo de rotação (posição da porca com as “agulhas”, 𝑄) e, para
cada posição, o período (𝑇) foi medido 5 (cinco) vezes para que se pudesse estimar o valor
médio (𝑇𝑒𝑥𝑝 ), exceto na última, em que a haste deixou de oscilar.

Com os dados obtidos, foram determinados os momentos de inércia experimentais


(𝐼𝑄𝑒𝑥𝑝 ) para as diferentes posições do eixo de rotação (𝑄), os quais foram comparados aos
valores de momento de inércia teóricos (𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 ) calculados através do teorema dos eixos
paralelos.

E. Cálculos

Todos os cálculos foram realizados usando unidades do Sistema Internacional (SI).

A área da seção transversal da haste metálica oca foi considerada como tendendo a
zero, ou seja, a haste foi considerada como fina o suficiente a ponto de não ter espessura a
fim de facilitar os cálculos.

Em alguns cálculos, utilizou-se o valor da aceleração da gravidade 𝑔 = 9,80665𝑚/𝑠².

1. Período Experimental (𝑇𝑒𝑥𝑝 )

Com os dados obtidos a partir do sensor óptico (𝑇𝑖 ), calculou-se o valor estimado para
o período experimental (𝑇𝑒𝑥𝑝 ), conforme segue:

𝑁
1
𝑇𝑒𝑥𝑝 = ∑ 𝑇𝑖 (10)
𝑁
𝑖=1

onde 𝑁 é o número de medidas realizadas para cada posição do eixo de rotação (𝑄).

O desvio-padrão (𝑆𝑇 ) foi calculado usando a seguinte expressão:

1⁄
𝑁 2
(𝑇𝑖 − 𝑇𝑡𝑒𝑜 )2
𝑆𝑇 = [∑ ] (11)
𝑁
𝑖=1

6
que, dividida pela raiz do número de dados amostrais, nos deu o valor da incerteza da média
(𝜀):

𝑆𝑇
𝜀= (12)
√𝑁

Tem-se, então, como erro-padrão do período experimental (𝜎𝑇 ):

𝜎𝑇 = √𝜀 2 + 𝜎𝑆2 (13)

onde 𝜎𝑆 é a incerteza instrumental do sensor óptico que tem valor igual a 0,001𝑠.

2. Momento de Inércia Experimental (𝐼𝑄𝑒𝑥𝑝 )

2
𝑇𝑒𝑥𝑝 𝑚𝑔ℎ
𝐼𝑄𝑒𝑥𝑝 = (14)
4𝜋 2

onde 𝑚 é a massa e ℎ é a distância do eixo de rotação (𝑄) ao centro de massa (𝐶𝑀) da


haste metálica.

O erro-padrão do momento de inércia (𝜎𝐼𝑒𝑥𝑝


𝑄
) foi calculado por propagação de erros,

conforme a expressão abaixo:

2
2𝜎𝑇 𝜎𝑚 2 𝜎ℎ 2
𝜎𝐼𝑒𝑥𝑝 𝑒𝑥𝑝
= 𝐼𝑄 √( ) +( ) +( ) (15)
𝑄 𝑇𝑒𝑥𝑝 𝑚 ℎ

onde 𝜎𝑚 é a incerteza instrumental da massa relacionada à balança digital de valor 0,001𝑔


e 𝜎ℎ é a incerteza instrumental do comprimento relacionada à trena e corresponde à metade
da sua menor divisão, 0,05𝑐𝑚.

3. Momento de Inércia Teórico (𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 )

O momento de inércia teórico (𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 ) foi calculado usando o Teorema dos Eixos
Paralelos.

𝑚𝐿2
𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚ℎ ∴2
𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 = + 𝑚ℎ2 (16)
12

7
𝑚𝐿2
onde 𝐼𝐶𝑀 = 12
é o momento de inércia tabelado para uma haste delgada com área de seção

transversal tendendo a zero e comprimento 𝐿 com eixo de rotação (𝑄) em seu centro de
massa (𝐶𝑀).

Analogamente ao erro-padrão do momento de inércia experimental, calculou-se o


erro-padrão teórico por propagação de erros.

𝜎𝑚 2 2𝐿𝜎𝐿 2
24ℎ𝜎ℎ 2
𝜎𝐼𝑡𝑒𝑜 = 𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 √( ) +( 2 ) +( 2 ) (17)
𝑄
𝑚 𝐿 + 12ℎ2 𝐿 + 12ℎ2

onde 𝜎𝐿 , assim como 𝜎ℎ , é a incerteza instrumental do comprimento relacionada à trena e


corresponde à metade da sua menor divisão, 0,05𝑐𝑚.

4. Período Teórico (𝑇𝑡𝑒𝑜)

𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜
𝑇𝑡𝑒𝑜 = 2𝜋√ (18)
𝑚𝑔ℎ

Por propagação de erros, obteve-se o erro-padrão:

2
𝑇𝑡𝑒𝑜 𝜎𝐼 𝑡𝑒𝑜
𝑄 𝜎 2 𝜎 2
𝜎𝑇𝑡𝑒𝑜 = √( 𝑡𝑒𝑜 ) + ( 𝑚 ) + ( ℎ ) (19)
2 𝐼𝑄 𝑚 ℎ

5. Pêndulo Simples Síncrono ao Pêndulo Físico

𝑙𝑠 𝐼𝑄 𝐼𝑄
𝑇𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 𝑇𝑓í𝑠𝑖𝑐𝑜 ∴ 2𝜋√ = 2𝜋√ ∴𝑙= (20)
𝑔 𝑚𝑔𝑙𝐶𝑀 𝑚𝑙𝐶𝑀

𝜎𝐼𝑄 2 𝜎𝑚 2 𝜎𝑙 2
𝜎𝑙𝑠 = 𝑙𝑠 √( ) + ( ) + ( 𝐶𝑀 ) (21)
𝐼𝑄 𝑚 𝑙𝐶𝑀

onde 𝑙𝑠 é o comprimento do pêndulo simples, 𝑙𝐶𝑀 é a distância do eixo de rotação (𝑄) na


extremidade da haste metálica ao centro de massa (𝐶𝑀) do pêndulo físico, 𝜎𝑙𝑠 é o erro-
padrão do comprimento do pêndulo simples calculado por propagação de erros e 𝜎𝑙𝐶𝑀 é o

8
erro associado ao instrumento de medida de comprimento, no caso, a trena, em que
determinou-se um erro de 0,05𝑐𝑚.

O comprimento do pêndulo síncrono foi calculado usando-se os momentos de inércia


experimental e teórico. A discrepância entre ambos os resultados foi determinada por:

|𝑙𝑠𝑡𝑒𝑜 − 𝑙𝑠𝑒𝑥𝑝 | ≤ 2𝜎 (22)

2 2
𝜎 = √(𝜎𝑙𝑡𝑒𝑜
𝑠
) + (𝜎𝑙𝑒𝑥𝑝 ) (23)
𝑠

Sendo verdadeira a equação (22), tem-se que os resultados são compatíveis entre
si. Se o valor da discrepância estiver entre 2𝜎 e 3𝜎, o resultado é inconclusivo. Acima de 3𝜎,
os valores são incompatíveis.

F. Resultados Experimentais

A tabela abaixo mostra os dados da haste metálica. Sua espessura foi desprezada,
sendo ela considerada fina, conforme mencionado anteriormente. O valor do centro de
massa (𝐶𝑀) encontrado na tabela é o valor estimado inicialmente, que, posteriormente,
confirmou ser o real centro de massa (𝐶𝑀) da haste quando da medição de seu período (𝑇)
de oscilação.

Tabela 1: Dados da haste metálica.

𝑳 (𝒄𝒎) 𝒎 (𝒈) 𝒍𝑪𝑴 (𝒄𝒎)


30,90 ± 0,05 56,703 ± 0,001 15,40 ± 0,05

As incertezas associadas às medidas da tabela 1 são os erros instrumentais tais que


as medidas de comprimento (𝐿 e 𝐶𝑀) têm como incerteza a metade do valor da menor
divisão da escala da trena e a massa (𝑚) leva em consideração o erro da balança digital.

A tabela 2 mostra os valores obtidos para o período do pêndulo físico com o auxílio
do sensor óptico. Já a tabela 3 reúne os resultados calculados para o período e o momento
de inércia para diferentes pontos de suspensão (𝑄) da haste metálica, tanto experimentais
quanto teóricos.

9
Tabela 2: Dados experimentais obtidos para o pêndulo físico.

𝒉 (𝒄𝒎) 15,40 13,30 11,80 9,80 7,20 3,80 1,40 0,00


0,952 0,946 0,892 0,738 0,692 0,898 1,664 -
0,964 0,940 0,892 0,752 0,722 0,900 1,660 -
𝑻 (𝒔) 0,946 0,928 0,894 0,742 0,706 0,904 1,656 -
0,952 0,932 0,888 0,744 0,720 0,926 1,664 -
0,948 0,938 0,890 0,736 0,718 0,920 1,620 -

Tabela 3: Resultados experimentais e teóricos.

𝒆𝒙𝒑
𝒉 (𝒄𝒎) 𝑻𝒆𝒙𝒑 (𝒔) 𝑰𝑸 (𝒌𝒈. 𝒎²) 𝑰𝒕𝒆𝒐
𝑸 (𝒌𝒈. 𝒎²) 𝑻𝒕𝒆𝒐 (𝒔)

15,40 0,952 ± 0,003 (1,968 ± 0,015) x 10-3 (1,796 ± 0,009) x 10-3 0,910 ± 0,003
13,30 0,937 ± 0,003 (1,644 ± 0,013) x 10-3 (1,454 ± 0,008) x 10-3 0,881 ± 0,003
11,80 0,891 ± 0,001 (1,320 ± 0,007) x 10-3 (1,241 ± 0,007) x 10-3 0,864 ± 0,003
9,80 0,742 ± 0,003 (7,608 ± 0,072) x 10-4 (9,957 ± 0,006) x 10-4 0,849 ± 0,003
7,20 0,712 ± 0,006 (5,135 ± 0,090) x 10-4 (7,451 ± 0,004) x 10-4 0,857 ± 0,004
3,80 0,910 ± 0,006 (4,428 ± 0,081) x 10-4 (5,331 ± 0,003) x 10-4 0,998 ± 0,007
1,40 1,653 ± 0,008 (5,387 ± 0,200) x 10-4 (4,623 ± 0,002) x 10-4 1,531 ± 0,027
0,00 ∞ 0,000 (4,512 ± 0,001) x 10-4 ∞
-1,40 - - (4,623 ± 0,002) x 10-4 1,531 ± 0,027
-3,80 - - (5,331 ± 0,003) x 10-4 0,998 ± 0,007
-7,20 - - (7,451 ± 0,004) x 10-4 0,857 ± 0,004
-9,80 - - (9,957 ± 0,006) x 10-4 0,849 ± 0,003
-11,80 - - (1,241 ± 0,007) x 10-3 0,864 ± 0,003
-13,30 - - (1,454 ± 0,008) x 10-3 0,881 ± 0,003
-15,40 - - (1,796 ± 0,009) x 10-3 0,910 ± 0,003

Os gráficos a seguir mostram a relação entre o período e a distância entre o eixo de


rotação e o centro de massa em vários pontos.

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Período x Distância Q - CM

1,700

1,500

1,300
T (s)

1,100

0,900

0,700

0,500
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
h (cm)

Figura 4: Gráfico experimental - Período (T) vs. Distância entre eixo de rotação e centro de massa (h).

Período x Distância Q - CM
1,600
CM
1,500

1,400

1,300
T (s)

1,200

1,100

1,000
Q R’ R Q’
0,900

0,800
-18,00 -15,00 -12,00 -9,00 -6,00 -3,00 0,00 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 18,00
h (cm)

Figura 5: Gráfico teórico - Período (T) vs. Distância entre eixo de rotação e centro de massa (h).

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A figura 5 mostra resultados teóricos conforme cálculos detalhados na seção E. Pode-
se perceber o caráter simétrico do gráfico em relação ao centro de massa.

Derivando a equação (9) e igualando o resultado a zero, encontra-se os pontos de


𝐿 𝐿
mínimo 𝑘1 = − e 𝑘2 = + , que representam os raios de giração. Nesse experimento,
√12 √12

os pontos de mínimo são 𝑘1 = −8,92𝑐𝑚 e 𝑘2 = +8,92𝑐𝑚.

O restante do gráfico é formado por pontos conjugados, ou seja, existem sempre 4


(quatro) pontos (𝑄, 𝑄’, 𝑅, 𝑅’) com mesmo período de oscilação simétricos dois a dois em
relação ao centro de massa. As distâncias QR e Q’R’ são iguais e correspondem ao
comprimento do pêndulo simples síncrono.

Quando o pêndulo físico está suspenso pelo ponto 𝑄, diz-se que o seu ponto
conjugado 𝑅 é o centro de oscilação (ou centro de percussão), um ponto onde qualquer
impacto sofrido não causa efeito algum sobre o ponto de suspensão. O mesmo vale para os
conjugados 𝑄’ e 𝑅’.

A tabela 4 mostra os valores experimental e teórico para o comprimento do pêndulo


simples síncrono ao pêndulo físico analisado. Os valores determinados mostraram-se
incompatíveis.

Tabela 4: Valores de comprimento para o pêndulo simples síncrono e compatibilidade.


𝒆𝒙𝒑
𝒍𝒔 (𝒄𝒎) 22,53 ± 0,19
𝒍𝒕𝒆𝒐
𝒔 (𝒄𝒎) 20,57 ± 0,12
𝑫𝒊𝒔𝒄𝒓𝒆𝒑𝒂̂𝒏𝒄𝒊𝒂 1,965
𝟑𝝈 0,668
𝑪𝒐𝒎𝒑𝒂𝒕𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 Não

No entanto, se for calculado o erro experimental, conforme abaixo:


𝑒𝑥𝑝
|𝑙𝑠 −𝑙𝑠𝑡𝑒𝑜 |
∗ 100 = 9,55% (24)
𝑙𝑠𝑡𝑒𝑜

𝐿
Sabendo que 𝐿 = 30,90𝑐𝑚 e 𝑙𝐶𝑀 = 15,40𝑐𝑚, percebemos que 𝑙𝐶𝑀 ≈ 2. Usando essa

aproximação na equação (8) quando ℎ = 𝑙𝐶𝑀 , tem-se que:

12
𝑚𝐿2 𝐿 2 𝑚𝐿2 𝑚𝐿2 𝑚𝐿2
𝐼𝑄 = +𝑚( ) = + ∴ 𝐼𝑄 = (25)
12 2 12 4 3

Igualando os períodos dos pêndulos físico e simples e aplicando a equação (24):

2𝑚𝐿2 𝑙𝑠 2𝐿 𝑙𝑠 2
2𝜋√ = 2𝜋√ ∴ = ∴ 𝑙𝑠 = 𝐿 (26)
3𝑚𝑔𝐿 𝑔 3𝑔 𝑔 3

Substituindo o valor de 𝐿, determina-se um valor para 𝑙𝑠 = 20,60𝑐𝑚, que é coerente


com os resultados obtidos.

G. Conclusões

Os resultados experimentais e teóricos mostraram coerência e ficaram parecidos


dentro de certos limites. Podemos atribuir as discrepâncias entre esses valores a algumas
fontes de erros. Alguns exemplos são:

a) Não consideração da rotação e do atrito das “agulhas” que fizeram o papel de eixo de
rotação no suporte;
b) Consideração da haste metálica como uma haste com área de seção transversal
praticamente nula e não como uma haste oca como realmente era;
c) Não consideração das imperfeições da haste metálica;
d) Imprecisão no ângulo de desvio 𝜃 em relação à vertical durante as várias liberações
da haste metálica para determinação do período;
e) Incertezas dos instrumentos utilizados.

Comparando os gráficos 4 e 5, pode-se perceber que ao colocar o eixo de rotação


perpendicular no ponto onde se localiza o centro de massa, isto é, quando ℎ = 0, o período
tende a infinito. Nota-se esse fato experimentalmente quando o pêndulo físico não inicia
qualquer movimento de rotação em torno do ponto de suspensão. O centro de massa (𝐶𝑀),
inicialmente testado através da iminência de queda da haste metálica da bancada, teve sua
posição confirmada em (15,40 ± 0,05)𝑐𝑚.

O gráfico 4 mostra apenas os pontos de um lado do centro de massa. Realizando as


medições do centro de massa em direção à outra extremidade da haste, seriam encontrados
pontos simétricos aos primeiros. Ainda assim, pode-se perceber que existem pontos onde
13
diferentes posições do eixo de rotação apresentam mesmo período, exceto no ponto de
mínimo.

O pêndulo físico pode ser representado por um pêndulo simples síncrono equivalente
quando o ângulo de desvio é suficientemente pequeno para que o pêndulo físico realize
movimento harmônico simples (MHS). O comprimento de um fio ideal determinado
experimentalmente para o pêndulo simples equivalente à haste metálica foi de
(22,53 ± 0,19)𝑐𝑚 com um erro de 9,55% em relação ao valor teórico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO, M. Finn, Edward J. Física: Um Curso Universitário, Volume 1: Mecânica. 2ª


ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2014.

DEPARTAMENTO DE FÍSICA – ICE/UFJF. Pêndulos. Disponível em:


<http://www.ufjf.br/fisica/files/2010/03/LabII-Aula1-p%C3%AAndulo_simples_2016.pdf>.
Acesso em 28 de setembro de 2017.

HALLIDAY, D. Resnick, R. WALKER, J. Fundamentos de Física, Volume 1: Mecânica. 10ª


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

INSTITUTO DE FÍSICA – UFBA. Pêndulo Físico e Pêndulos Simples Acoplados.


Disponível em <http://www2.fis.ufba.br/dfg/fis2/Pendulo_fisico.pdf>. Acesso em 28 de
setembro de 2017.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica, 2: Fluidos, Oscilações e Ondas,


Calor. 5ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2014.

SANTORO, Alberto et al. Estimativa e Erros em Experimentos de Física. 3ª ed. Rio de


Janeiro: EdUERJ, 2013.

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