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EXPERIMENTO I
2017.1
A. Objetivos
B. Introdução Teórica
1. Pêndulo Simples
Um pêndulo simples consiste numa massa suspensa por um fio ideal (inextensível e
de massa desprezível) que, quando liberado do repouso de um ângulo 𝜃 com a vertical,
oscila entre posições simétricas. Se o ângulo 𝜃 a partir de sua posição de equilíbrio é
pequeno o suficiente, o pêndulo simples executa movimento harmônico simples (MHS).
Um pêndulo físico é qualquer corpo rígido que gira livremente em torno de um eixo
perpendicular a ele que passa pelo seu ponto de suspensão sob ação da gravidade.
Qualquer pêndulo real é um pêndulo físico, que é uma generalização do pêndulo simples.
3. Momento de Inércia
2
Figura 2: Esquema de um pêndulo físico.
𝜏 = −𝑚𝑔ℎ𝑠𝑒𝑛𝜃 (1)
Na forma angular, a Segunda Lei de Newton expressa que:
𝜏 = 𝐼𝛼 (2)
onde 𝐼 é o momento de inércia no ponto 𝑄 e 𝛼 é a aceleração angular.
Considerando ângulos pequenos de maneira a se obter movimento harmônico
simples (MHS), ou seja, tal que 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≈ 𝜃, tem-se que:
𝑚𝑔ℎ
𝜔=√ (4)
𝐼
2𝜋 𝐼
𝑇= ∴ 𝑇 = 2𝜋√ (5)
𝜔 𝑚𝑔ℎ
3
4. Teorema dos Eixos Paralelos (ou Teorema de Steiner)
Para uma haste fina como a estudada nesse experimento, cuja seção transversal é
considerada como tendendo a zero, pode-se usar o valor tabelado:
𝑚𝐿2
𝐼𝐶𝑀 = (7)
12
Então:
𝑚𝐿2
𝐼𝑄 = + 𝑚ℎ2 (8)
12
𝑇 2 𝑚𝑔ℎ 𝑚𝐿2 2
𝐿2 + 12ℎ2 𝐿2 ℎ
2
= + 𝑚ℎ = 𝑚 ( ) ∴ 𝑇 = 2𝜋√ + (9)
4𝜋 12 12 12𝑔ℎ 𝑔
C. Material Utilizado
D. Procedimento Experimental
4
Figura 3: Esquema experimental do pêndulo físico.
Depois de encontrado o possível centro de massa (𝐶𝑀), fixou-se a porca com as duas
“agulhas”, de maneira a formar o eixo de rotação (𝑄), na extremidade da haste e apoiou-se
a mesma no suporte para iniciar a coleta de dados necessários à determinação do momento
de inércia do pêndulo físico experimentalmente.
5
metálica a partir do repouso de um ângulo (𝜃) suficientemente pequeno em relação à vertical
de forma que 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≈ 𝜃 na equação (2). Esse procedimento foi replicado para outras 7
(sete) posições diferentes do eixo de rotação (posição da porca com as “agulhas”, 𝑄) e, para
cada posição, o período (𝑇) foi medido 5 (cinco) vezes para que se pudesse estimar o valor
médio (𝑇𝑒𝑥𝑝 ), exceto na última, em que a haste deixou de oscilar.
E. Cálculos
A área da seção transversal da haste metálica oca foi considerada como tendendo a
zero, ou seja, a haste foi considerada como fina o suficiente a ponto de não ter espessura a
fim de facilitar os cálculos.
Com os dados obtidos a partir do sensor óptico (𝑇𝑖 ), calculou-se o valor estimado para
o período experimental (𝑇𝑒𝑥𝑝 ), conforme segue:
𝑁
1
𝑇𝑒𝑥𝑝 = ∑ 𝑇𝑖 (10)
𝑁
𝑖=1
onde 𝑁 é o número de medidas realizadas para cada posição do eixo de rotação (𝑄).
1⁄
𝑁 2
(𝑇𝑖 − 𝑇𝑡𝑒𝑜 )2
𝑆𝑇 = [∑ ] (11)
𝑁
𝑖=1
6
que, dividida pela raiz do número de dados amostrais, nos deu o valor da incerteza da média
(𝜀):
𝑆𝑇
𝜀= (12)
√𝑁
𝜎𝑇 = √𝜀 2 + 𝜎𝑆2 (13)
onde 𝜎𝑆 é a incerteza instrumental do sensor óptico que tem valor igual a 0,001𝑠.
2
𝑇𝑒𝑥𝑝 𝑚𝑔ℎ
𝐼𝑄𝑒𝑥𝑝 = (14)
4𝜋 2
2
2𝜎𝑇 𝜎𝑚 2 𝜎ℎ 2
𝜎𝐼𝑒𝑥𝑝 𝑒𝑥𝑝
= 𝐼𝑄 √( ) +( ) +( ) (15)
𝑄 𝑇𝑒𝑥𝑝 𝑚 ℎ
O momento de inércia teórico (𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 ) foi calculado usando o Teorema dos Eixos
Paralelos.
𝑚𝐿2
𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 = 𝐼𝐶𝑀 + 𝑚ℎ ∴2
𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 = + 𝑚ℎ2 (16)
12
7
𝑚𝐿2
onde 𝐼𝐶𝑀 = 12
é o momento de inércia tabelado para uma haste delgada com área de seção
transversal tendendo a zero e comprimento 𝐿 com eixo de rotação (𝑄) em seu centro de
massa (𝐶𝑀).
𝜎𝑚 2 2𝐿𝜎𝐿 2
24ℎ𝜎ℎ 2
𝜎𝐼𝑡𝑒𝑜 = 𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜 √( ) +( 2 ) +( 2 ) (17)
𝑄
𝑚 𝐿 + 12ℎ2 𝐿 + 12ℎ2
𝐼𝑄𝑡𝑒𝑜
𝑇𝑡𝑒𝑜 = 2𝜋√ (18)
𝑚𝑔ℎ
2
𝑇𝑡𝑒𝑜 𝜎𝐼 𝑡𝑒𝑜
𝑄 𝜎 2 𝜎 2
𝜎𝑇𝑡𝑒𝑜 = √( 𝑡𝑒𝑜 ) + ( 𝑚 ) + ( ℎ ) (19)
2 𝐼𝑄 𝑚 ℎ
𝑙𝑠 𝐼𝑄 𝐼𝑄
𝑇𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 = 𝑇𝑓í𝑠𝑖𝑐𝑜 ∴ 2𝜋√ = 2𝜋√ ∴𝑙= (20)
𝑔 𝑚𝑔𝑙𝐶𝑀 𝑚𝑙𝐶𝑀
𝜎𝐼𝑄 2 𝜎𝑚 2 𝜎𝑙 2
𝜎𝑙𝑠 = 𝑙𝑠 √( ) + ( ) + ( 𝐶𝑀 ) (21)
𝐼𝑄 𝑚 𝑙𝐶𝑀
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erro associado ao instrumento de medida de comprimento, no caso, a trena, em que
determinou-se um erro de 0,05𝑐𝑚.
2 2
𝜎 = √(𝜎𝑙𝑡𝑒𝑜
𝑠
) + (𝜎𝑙𝑒𝑥𝑝 ) (23)
𝑠
Sendo verdadeira a equação (22), tem-se que os resultados são compatíveis entre
si. Se o valor da discrepância estiver entre 2𝜎 e 3𝜎, o resultado é inconclusivo. Acima de 3𝜎,
os valores são incompatíveis.
F. Resultados Experimentais
A tabela abaixo mostra os dados da haste metálica. Sua espessura foi desprezada,
sendo ela considerada fina, conforme mencionado anteriormente. O valor do centro de
massa (𝐶𝑀) encontrado na tabela é o valor estimado inicialmente, que, posteriormente,
confirmou ser o real centro de massa (𝐶𝑀) da haste quando da medição de seu período (𝑇)
de oscilação.
A tabela 2 mostra os valores obtidos para o período do pêndulo físico com o auxílio
do sensor óptico. Já a tabela 3 reúne os resultados calculados para o período e o momento
de inércia para diferentes pontos de suspensão (𝑄) da haste metálica, tanto experimentais
quanto teóricos.
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Tabela 2: Dados experimentais obtidos para o pêndulo físico.
𝒆𝒙𝒑
𝒉 (𝒄𝒎) 𝑻𝒆𝒙𝒑 (𝒔) 𝑰𝑸 (𝒌𝒈. 𝒎²) 𝑰𝒕𝒆𝒐
𝑸 (𝒌𝒈. 𝒎²) 𝑻𝒕𝒆𝒐 (𝒔)
15,40 0,952 ± 0,003 (1,968 ± 0,015) x 10-3 (1,796 ± 0,009) x 10-3 0,910 ± 0,003
13,30 0,937 ± 0,003 (1,644 ± 0,013) x 10-3 (1,454 ± 0,008) x 10-3 0,881 ± 0,003
11,80 0,891 ± 0,001 (1,320 ± 0,007) x 10-3 (1,241 ± 0,007) x 10-3 0,864 ± 0,003
9,80 0,742 ± 0,003 (7,608 ± 0,072) x 10-4 (9,957 ± 0,006) x 10-4 0,849 ± 0,003
7,20 0,712 ± 0,006 (5,135 ± 0,090) x 10-4 (7,451 ± 0,004) x 10-4 0,857 ± 0,004
3,80 0,910 ± 0,006 (4,428 ± 0,081) x 10-4 (5,331 ± 0,003) x 10-4 0,998 ± 0,007
1,40 1,653 ± 0,008 (5,387 ± 0,200) x 10-4 (4,623 ± 0,002) x 10-4 1,531 ± 0,027
0,00 ∞ 0,000 (4,512 ± 0,001) x 10-4 ∞
-1,40 - - (4,623 ± 0,002) x 10-4 1,531 ± 0,027
-3,80 - - (5,331 ± 0,003) x 10-4 0,998 ± 0,007
-7,20 - - (7,451 ± 0,004) x 10-4 0,857 ± 0,004
-9,80 - - (9,957 ± 0,006) x 10-4 0,849 ± 0,003
-11,80 - - (1,241 ± 0,007) x 10-3 0,864 ± 0,003
-13,30 - - (1,454 ± 0,008) x 10-3 0,881 ± 0,003
-15,40 - - (1,796 ± 0,009) x 10-3 0,910 ± 0,003
10
Período x Distância Q - CM
1,700
1,500
1,300
T (s)
1,100
0,900
0,700
0,500
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
h (cm)
Figura 4: Gráfico experimental - Período (T) vs. Distância entre eixo de rotação e centro de massa (h).
Período x Distância Q - CM
1,600
CM
1,500
1,400
1,300
T (s)
1,200
1,100
1,000
Q R’ R Q’
0,900
0,800
-18,00 -15,00 -12,00 -9,00 -6,00 -3,00 0,00 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 18,00
h (cm)
Figura 5: Gráfico teórico - Período (T) vs. Distância entre eixo de rotação e centro de massa (h).
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A figura 5 mostra resultados teóricos conforme cálculos detalhados na seção E. Pode-
se perceber o caráter simétrico do gráfico em relação ao centro de massa.
Quando o pêndulo físico está suspenso pelo ponto 𝑄, diz-se que o seu ponto
conjugado 𝑅 é o centro de oscilação (ou centro de percussão), um ponto onde qualquer
impacto sofrido não causa efeito algum sobre o ponto de suspensão. O mesmo vale para os
conjugados 𝑄’ e 𝑅’.
𝐿
Sabendo que 𝐿 = 30,90𝑐𝑚 e 𝑙𝐶𝑀 = 15,40𝑐𝑚, percebemos que 𝑙𝐶𝑀 ≈ 2. Usando essa
12
𝑚𝐿2 𝐿 2 𝑚𝐿2 𝑚𝐿2 𝑚𝐿2
𝐼𝑄 = +𝑚( ) = + ∴ 𝐼𝑄 = (25)
12 2 12 4 3
2𝑚𝐿2 𝑙𝑠 2𝐿 𝑙𝑠 2
2𝜋√ = 2𝜋√ ∴ = ∴ 𝑙𝑠 = 𝐿 (26)
3𝑚𝑔𝐿 𝑔 3𝑔 𝑔 3
G. Conclusões
a) Não consideração da rotação e do atrito das “agulhas” que fizeram o papel de eixo de
rotação no suporte;
b) Consideração da haste metálica como uma haste com área de seção transversal
praticamente nula e não como uma haste oca como realmente era;
c) Não consideração das imperfeições da haste metálica;
d) Imprecisão no ângulo de desvio 𝜃 em relação à vertical durante as várias liberações
da haste metálica para determinação do período;
e) Incertezas dos instrumentos utilizados.
O pêndulo físico pode ser representado por um pêndulo simples síncrono equivalente
quando o ângulo de desvio é suficientemente pequeno para que o pêndulo físico realize
movimento harmônico simples (MHS). O comprimento de um fio ideal determinado
experimentalmente para o pêndulo simples equivalente à haste metálica foi de
(22,53 ± 0,19)𝑐𝑚 com um erro de 9,55% em relação ao valor teórico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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