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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA E SAÚDE PÚBLICA

UNIDADE II - TEORIA ELEMENTAR DE PROBABILIDADES

2.1 INTRODUÇÃO

Em determinadas experiencias, há sempre uma incerteza quanto a ocorrência e grau de


resultado de um determinado fenómeno observado. A fim de obter uma medida de certeza
(chance) ou probabilidade, é atribuída um número num intervalo de 0 à 1 ou no intervalo de
0% à 100%.

Realizando várias experiencias sob condições idênticas, deveria esperar-se resultados que são
essencialmente os mesmos. No entanto, isto não ocorre na vida real, devido a variação das
observações.

Experiencias ou fenómenos em que os resultados não são essencialmente os mesmos ainda


que as condições de realização se mantenham praticamente as mesmas, nos quais os
resultados dependem inteiramente do acaso, são chamados fenómenos aleatórios. É sobre este
grupo de fenómenos que incide o estudo da teoria de probabilidades.

Os fenómenos aleatórios caracterizam-se por:

 Poderem ser repetidos enumeras vezes em idênticas situações;


 Não ser possível de afirmar qual é o resultado da sua ocorrência antes da sua
realização, mas podem ser conhecidos, todos os resultados possíveis.
 Mediante a ocorrência de varias vezes do mesmo fenómeno o resultado terá a
equilibrar-se.

Ex: Fenómeno aleatório

 Lançamento de um dado
 Lançamento de uma moeda

Um espaço amostral (S) de um experimento (evento) aleatório (A), é o conjunto de todos os


resultados possíveis desse experimento.

S: {x1, x2, x3, x4,…xn}

O espaço amostral pode ser composto por nr, letras, ou ainda por sequencia de números e/ou
letras.
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Ex: considerando um experimento aleatório o lançamento de uma moeda.

 S: { K,C)

Ex: considerando um experimento aleatório o lançamento de um dado

 S: {1,2,3,4,5,6}

Ex: Lançamento de um dado e uma moeda, (um lançamento de cada vez)

 S: {1K; 1C, 2K, 2C, 3K, 3C, 4K, 4C, 5K, 5C, 6K, 6C}

Um subespaço amostral W de S, é qualquer subconjunto do espaço amostral, incluindo o


conjunto vazio.

 W = {x1, x2, x3, x4,…xk},com k < n

Diz-se que um acontecimento A, (ou evento E), ocorreu na realização de uma experiencia
aleatória, se A é um elemento do subespaço de W, isto é, um conjunto de resultados
favoráveis

Ex: Considerando os seguintes fenómenos: lançamento de duas moedas (uma de cada vez)

S: { KC, KK, CK, CC)

 Evento A (saída de uma cara); A = {KC, CK}


 Evento B (saída de uma cara na primeira moeda); B = {KC, KK}
 Evento C (saída de pelo menos uma coroa) C = { KC, CK, CC}

2.2 ACONTECIMENTOS E TIPOS DE ACONTECIMENTOS

Todos os acontecimentos, que ocorrem quando se realiza uma experiencia podem ser
divididos em três tipos fundamentais:

a) Acontecimentos certos: são aqueles que sempre se verificam, ou quando os elementos dos
eventos correspondem a totalidade dos elementos do espaço de resultados.

Exemplo: são acontecimentos certos os seguintes:


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 No lançamento de uma moeda, “sair cara ou coroa”


 No lançamento de um dado, “ sair um número natural inferior a 7”

b) Acontecimentos impossíveis - são aqueles que nunca se verificam quando se realiza uma
ou mais experiencias.

Exemplo: são acontecimentos impossíveis os seguintes:

 No lançamento de uma moeda, “ sair cara e coroa”


 No lançamento de um dado, “ sair um número par maior que 6”

c) Acontecimentos aleatórios - são aqueles em que a sua verificação depende do acaso ou são
aqueles em que é impossível prever o seu resultado.

Ex: São acontecimentos aleatórios os seguintes:

 Tendo-se comprado 3 bilhetes de lotaria entre os 15000 emitidos, “ ganhar um prémio


com os três bilhetes comprados”.
 Dada uma senhora, e tendo-se sabido que no primeiro nascimento ela teve um
menino, “ obter um menino no segundo nascimento”.

Os acontecimentos aleatórios por sua vez podem ser:

 Independentes – se a ocorrência de um deles, não depende do outro;


 Dependentes – se a ocorrência de um deles, depende da ocorrência do outro;
 Incompatíveis ou mutuamente exclusivos – se a ocorrência de um deles exclui a
ocorrência do outro;
 Elementares – são aqueles que são formados por um só resultado (elemento) da
experiencia;
 Não elementares - são os que são formados por dois ou mais resultados da
experiência

2.3 PROBABILIDADES DE UM ACONTECIMENTO

A teoria das probabilidades surgiu, com a constante necessidade de resolver problemas


levantados nos jogos de azar. Ela estuda as leis de ocorrência de acontecimentos aleatórios,
procurando prever como estes acontecimentos vão ocorrer e possivelmente o tipo de
resultados. Actualmente é uma ferramenta para argumentação nas situações de tomada de
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decisão, servindo de uma ponte entre a estatística descritiva e a inferencial, bem como para as
demais disciplinas ligadas a ela.

Definição clássica de probabilidades

Se A, é um evento constituído constituído por N, elementos e S é um espaço amostral


formado por n elementos, então a probabilidade de ocorrer o evento A é definida por P(A)

Chama-se probabilidade de um acontecimento A, ao quociente entre o número de casos


favoráveis (m) ao acontecimento A, e o número de casos possíveis ou elementares S.

( )

Então, ( )

Ex: de uma caixa contendo 3 bolas vermelhas, 2 brancas e 5 azuis, retira-se uma bola da
caixa. Qual é a probabilidade de sair uma bola:

a) Vermelha; P(V) = 3/10 = 0,3


b) Branca; P(B) = 2/10 = 0,2
c) Azul; P(A) = 5/10 = 0,5

Propriedades das probabilidades

1. A probabilidade de um acontecimento aleatório é maior ou igual a zero e menor ou


igual a unidade. ( )
2. A probabilidade de um acontecimento certo é igual a unidade P(S) = 1
3. A probabilidade de um acontecimento impossível é zero. ( )
4. A probabilidade de um acontecimento contrario ̅ é ( ̅) ( )
5. Se A e B são dois acontecimentos complementares, então P(A) + P(B) = 1

Operações com probabilidades

Teorema de soma
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A probabilidade da soma de dois acontecimentos A e B, é igual à soma das probabilidades


destes acontecimentos.

 ) ( ) ( ) ( ) são acontecimentos mutuamente exclusivos/


incompatíveis.
 ) ( ) ( ) ( ) ( )
 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (
) são acontecimentos não mutuamente exclusivos / compatíveis.

Ex: De 100 estudantes, 30 estão estudando matemática, 20 estão estudando música e 10 estão
estudando tanto matemática como música. Se um estudante é seleccionado ao acaso, achar a
probabilidade p de que ele esteja estudando matemática ou música.

Resolução: n = 100; mat = 30; mus = 20 e mat mus =10

P(mat) = 30/100 = 3/10; P (mus) = 20/100 = 2/10

P (mat mus) = 10/100 = 1/10

P (mat mus) = P(mat) + P(mus) - P (mat mus) = 3/10 + 2/10 – 1/10 = 2/5

Teorema de diferença

A probabilidade de diferença de dois acontecimentos A e B, é igual à diferença das


probabilidades destes acontecimentos.

( ̅) ( ) ( ) ( ), Quando trata-se de eventos mutuamente exclusivos/


incompatíveis
1 CASO: ( ̅) ( ) ( ) , Quando trata-se de eventos não mutuamente
exclusivo/ compatíveis.
2 CASO: ( ̅ ̅ ) [ (̅̅̅̅̅̅̅)]
(̅ ̅ ) ( ) [ ( )]
( ̅ ̅ ) ( ) ( ) ( ( )

Teorema de Produto

A probabilidade de ocorrência simultânea de dois acontecimentos A e B, é igual ao produto


das probabilidades destes acontecimentos.

a) P (A B) = P(A).P(B), são acontecimentos independentes


b) P (A B) = P(A). P(B\A), acontecimentos dependentes ou condicionados.
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Probabilidade condicional

Chama-se probabilidades condicional de um acontecimento B, a probabilidade de ocorrência


deste acontecimento nas condições em que já ocorreu o acontecimento A, e escreve-se
P(B\A).
( )
( ) , os acontecimentos A e B são dependentes.
( )

Ex: Num determinado centro de saúde 40% dos pacientes padecem de tuberculose, 25% de
malária e 15% padecem de tuberculose tanto como malária. Um paciente é seleccionado ao
acaso no centro de saúde.

a) Se ele tem tuberculose, qual é a probabilidade de que ele também padeça de malária.
b) Se ele tem malária, qual é a probabilidade de que ele não padeça tuberculose
c) Qual é a probabilidade de que a pessoa escolhida não padeça nem de tuberculose e
nem de malária.

Resolução: P(T) = 0,40; P(M) = 0,25; P(T M) = 0,15

( )
a) P(M\T) = ( )
( )
b) P( ̅ )= ( ) ( )

) (̅ ̅) (̅̅̅̅̅̅̅̅̅) ( )
( ) ( ) ( )
( )

Probabilidade total condicionada

A probabilidade de um acontecimento A que pode ocorrer depois de ocorrer um dos n


acontecimentos incompatíveis B1, B2, B3,…Bn, é igual à soma das probabilidades destes
acontecimentos P(Bi), multiplicadas pelas respectivas probabilidades condicionais P(A\Bi).

Conforme a fórmula seguinte:


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P(A) = P(B1).P(A\B1) + P(B2).P(A\B2) +…+ P(Bn).P(A\Bn).

Ex: Três máquinas A, B, C produzem respectivamente 50%, 30% e 20% do número total das
peças de uma fábrica. As percentagens de produção defeituosa dessas máquinas são
respectivamente 3%, 4% e 5%. Se uma peça é seleccionada ao acaso, qual é a probabilidade
da peça ser defeituosa.

A: peças defeituosas
B1 - peças produzidas pela máquina A – 50%
B2 peças produzidas pela máquina B – 30%
B3 peças produzidas pela máquina C - 20%
(A\ B1) – peças defeituosas produzidas pela máquina A – 3%
(A\B2) – peças defeituosas produzidas pela máquina B – 4%
(A\B3) peças defeituosas produzidas pela máquina C – 5%
P(A) = P(B1). P(A\B1) + P(B2).P(A\B2) + P(B3). (A\B3)
P(A) = 0,5.0,03 +0,3.0,04+0,2.0,05
P(A) = 0,037
Fórmula de Bayes

Sejam B1, B2,…, Bn acontecimentos mutuamente exclusivos formando uma partição de um


espaço amostral de probabilidades B1UB2U…UBn = S. seja A um acontecimento aleatório
do espaço S, então a probabilidade de que ocorra o acontecimento Bi na condição de ter já
ocorrido o acontecimento A é calculada pela fórmula de Bayes.

( ) ( )
( ) , onde P(A) é a probabilidade total para acontecimento B 1, B2,…Bn
( )

Ex: Numa certa faculdade 4% dos homens e 1% das mulheres têm altura superior a 1.80m.
além disso sabe-se que 60% dos estudantes são mulheres. Se um estudante é seleccionado ao
acaso e ter altura superior a 1.80m, qual é a probabilidade de que o estudante seja uma
mulher?

P(M) = 0.6 P(A\M) = 0,01 estudante mulher com altura superior a 1.80

P(H) = 0,4 P(A\H) = 0,04 estudante homem com altura superior a 1.80, a probabilidade
procurada será dada pela fórmula de Bayes.
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( ) ( )
( )
( ) ( ) ( ) ( )

Cálculo de Probabilidades usando análise combinatória

Como viu-se no capítulo anterior, para o cálculo de probabilidades devem ser conhecidos os
casos favoráveis e os casos possíveis que satisfaçam determinadas condições. Porém em
algumas situações torna-se complexo determinar esses nrs, recorrendo-se assim, a análise
combinatória, no sentido de determinar os casos possíveis e favoráveis de um determinado
fenómeno.

NB: A análise combinatória pode ser expressa por meio de permutações, arranjos e
combinações. As combinações são mais usadas para o cálculo de probabilidades porque
adequam-se melhor a realidade dos fenómenos do nosso dia-a-dia.

( ) ,

onde : N – Corresponde ao nr total de elementos no espaço de resultados

 n –corresponde ao nr total dos elementos retirados (seleccionados ou escolhidos)


 A – nr dos elementos favoráveis ao evento em questão
 a – nr total dos elementos retirados, pertencentes ao evento em questão.

Ex: Num Hospital trabalham 60 funcionários, 40 dos funcionários são do sexo masculino e
20 do sexo feminino. Calcule a probabilidade de serem retirados 5 funcionários, sendo 3 do
sexo masculino.

P(3A) = =0,3437 X 100% = 34,37%

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