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Administraçaã o Eclesiaá stica

ADMINISTRAÇÃO

ECLESIÁSTICA

Pr. Jorge Vallim

(2017)

Jorge Vallim Vallim 1º ano Paá gina 1


Administraçaã o Eclesiaá stica

INTRODUÇÃO

Administrar é uma tarefa das mais difíceis quando o administrador visa o bom desempenho e a perfeita execução
das tarefas ou missões da instituição sob sua administração.
Quando observamos uma instituição automaticamente observamos o seu desenvolvimento, crescimento e
continuidade na área de atuação desta instituição.
Quando tratamos de Administração Eclesiástica o nosso olhar se volta para a Igreja.
E, diferente de qualquer outra instituição, a Igreja contem uma natureza dupla: A Natureza Essencial, que trata da
essência da Igreja como Organismo Vivo, o Corpo de Cristo; e a Natureza Prática, que trata da Igreja Local, a Organização,
a Igreja Institucionalizada.
Tratar da Administração Eclesiástica é contemplar a Igreja como Corpo de Cristo e também como Organização, que
é comumente chamada de Organização Religiosa.
Sendo assim o administrador da Igreja terá um desafio duplo em manter o bom desenvolvimento e a perfeita
execução das tarefas e da missão do Corpo de Cristo, bem como o bom desenvolvimento e a perfeita execução das tarefas e
da missão da Organização Religiosa.
Quanto à administração do Corpo de Cristo, ainda que a figura do administrador recaia sobre o pastor, precisamos
entender perfeitamente que o Administrador do Corpo de Cristo é a Cabeça do Corpo: Jesus Cristo!

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, visando o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que
todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a estatura de varão perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em toda por todo vento de doutrina, pelo
engano dos homens que, com astúcia, nos conduzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo
naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a
justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”
Ef 4.11-16.
Quanto à administração da Organização Religiosa o pastor é geralmente reconhecido como o responsável pela sua
administração e, via de regra, o pastor é o presidente da Instituição Religiosa, contando com uma diretoria que responderá
perante a sociedade quanto aos efeitos legais.

Que cada estudante desta matéria possa desenvolver um entendimento suficiente e equilibrado para administrar ou
cooperar na administração da Igreja de Cristo!

DEFINIÇÃO

Antes de conceituarmos Administração Eclesiástica, é conveniente entendermos o que é administração.

ADMINISTRAÇÃO - Ato de ministrar. Presidir. (1Tm 3.4,5).


A palavra administração possui um significado simples, porém está envolvido por diversificados fatores que
corroboram para o sucesso de sua aplicação nas diversas áreas da sociedade. O termo “administração” vem do latim ad
(direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos
assuntos de um grupo.

O Termo Bíblico para Administração:

A palavra despenseiro (Gr. oikonomos) é encontrada dez vezes no Novo Testamento. Por vezes é também
traduzida por “mordomo” (Lc 12.42) ou “administrador” (Lc 16.1), e eventualmente, como “tesoureiro” (Rm 16.23) ou
“curador” (Gl 4.2). A responsabilidade do despenseiro (Gr. oikonomia) é mencionada nove vezes, sendo traduzida por
“administração” (Lc 16.2), “dispensação” (Cl 1.25) ou “serviço” (1Tm 1.4). O conjunto de palavras tem como radicais os

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vocábulos “casa” (Gr. oikos) e “lei” (Gr. nomos). No grego clássico, oikonomia significava, originalmente, a gerência de
um lar, e oikonomos denotava o mordomo da casa. No latim, o termo é oeconomia, de onde se deriva o nosso vocábulo
economia. Despenseiro equivale a ecônomo, originalmente um indivíduo encarregado da administração de uma casa grande
(Cf. Isaias 2:19, 21; Lc 16:1-17).

Podemos conceituar Administração Eclesiástica como sendo o processo de planejar, organizar, liderar e
controlar o trabalho dos membros da organização (Igreja), e de usar todos os recursos disponíveis da organização para
alcançar os objetivos definidos.

Observemos outros conceitos de Administração Eclesiástica:

“Administração Eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do Pastor, no que tange à sua função de
líder ou administrador principal da igreja a que serve”. Nemuel Kessler.
“Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar
todos os recursos disponíveis da organização para alcançar alvos estabelecidos.” James Stoner

Podemos resumidamente entender que a administração eclesiástica envolve dois aspectos fundamentais: A
administração da Igreja quanto Corpo de Cristo; e a administração da Igreja quanto organização local.
Neste estudo trabalharemos os dois aspectos que por vezes serão apresentados interligados, uma vez que essa
realidade é marcante no dia a dia da Ekklésia de Cristo.

A IGREJA
Na linguagem comum, o vocábulo igreja é aplicado ao edifício em que se realiza o culto cristão; uma congregação
de adoradores crentes; um estabelecimento religioso; determinado tipo de ordem eclesiástica; conjunto de todos os crentes
em Cristo e um grupo local de discípulos cristãos associados num pacto com propósitos religiosos.
De acordo com o Novo Testamento, uma igreja cristã é o grupo de pessoas chamadas e separadas da multidão
comum, em virtude de uma vocação divina, escolhidas para serem santas investidas nos privilégios e incumbidas dos
deveres de cidadania no reino de Cristo. São os separados do mundo, batizados sob profissão de fé em Cristo, unidas sob
pacto para o culto e o serviço cristão, sob a suprema autoridade de Cristo, cuja Palavra é sua única lei e regra de vida em
todas as questões de fé e prática religiosa.

1. A Igreja Universal e Local


A Igreja Universal
É o conjunto de todos os salvos em todas as épocas e lugares, quer sejam os que já estão na glória, quer sejam os
que estão sobre a terra. A Igreja de Cristo independe de denominação. (1Co.10:32; Rm.12:5).
A Igreja Local
Representa uma pequena parte da Igreja Universal. É formada pelo conjunto de salvos em Cristo de um
determinado local, cidade, distrito ou município. A Igreja é um Organismo e uma Organização ao mesmo tempo.
Organismo: possui e gera vida; Organização: caracterizada pela estrutura e pela forma. O exame da Igreja do Novo
Testamento revelará certamente aspectos que favorecem o conceito de "organismo". O mesmo exame revelará que a
Igreja, desde o seu início, operava com certo grau de estrutura operacional – “organização”. Os dois pontos se completam
mutuamente.

O povo de Deus é organizado num tríplice aspecto: Aspecto Espiritual, Social e Econômico. Estes três aspectos
devem caminhar paralelos a fim de atender à missão para a qual Deus a constituiu.

2. O propósito de Deus para com a Igreja:

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1)Evangelização (testemunho). É anunciar o Evangelho e seu poder, aumentando, assim, o número de salvos. Ganhar
almas é a maior missão da Igreja, apesar de não ser a única. (At 1.8; Mt 28.18-20; Lc 24.47).
2) Edificação (aperfeiçoar, fortalecer). É dar crescimento aos salvos. Na evangelização, a Igreja focaliza o mundo; na
adoração, focaliza Deus; na edificação, a si mesma. Esta é uma missão qualitativa que a Igreja tem para consigo mesma. O
ensino visa atender às necessidades dos membros e, desta maneira, fortalecer e edificar a Igreja. (Ef 3.14-21; 4.11-16; Gl
4.19-20; Jo 17.15-23; 1 Pe 3.15; 2 Pe 3.18)
3) A responsabilidade social. A Igreja também é chamada a ser uma comunidade com solicitude e responsabilidade sociais
(Tg 1.27; 1Jo 3.17,18).
4) Adoração (Glorificação ao nome de Deus). A Igreja é chamada a ser uma comunidade que adora. Mas muito mais que
uma missão, a adoração é a essência da Igreja. A Igreja é um precioso presente de Deus, e para Deus, na qual Ele se deleita
em sua adoração. Adorar e glorificar a Deus em espírito e em verdade é a essencia da da Igreja. (Jo 3.23-24; At 13.1-3)

3. Formas de Integração e Membresia

a) Pelo Batismo (Mt 28.19; At 2.38)


É necessário que seja devidamente casado (1 Co 7.2,10,11; Hb 13.4) ou solteiro, e que tenha experimentado a
salvação pela fé em Jesus.
Casos de Rebatismo:
(1) Se não foi feito o batismo conforme o modelo bíblico adotado pela igreja.
(2) Se foi batizado antes da convicção de salvação.
(3) Se a pessoa pede por motivo justo.

b) Por Carta de Transferência ou Mudança


Quando expedida por outra igreja da mesma fé e/ou ordem.

c) Por Aclamação/Jurisdição
Membros que deram um testemunho de vida cristã comprovada publicamente, freqüentando a igreja a qual quer
ligar-se há algum tempo.
(a) Membros de organizações genuinamente evangélicas.
(b) Membros de igrejas que desapareceram.
(c) Membros de igrejas que não dão carta de transferência.
(d) Membros cujos documentos foram extraviados.

4. Tipos de Governo Eclesiásticos

O Novo Testamento, particularmente o Livro de Atos, não é específico a respeito de uma estrutura eclesiástica em
especial, mas ensina que havia uma estrutura ali e que ela é necessária hoje.
Os seguintes exemplos indicam algumas das diferentes possibilidades de estrutura organizacional:

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5. A Disciplina na Igreja

A disciplina é uma benção e uma necessidade na igreja (At 5.1-11; 2 Ts 3.6-14; Rm 16.17-18; 1 Co 5). Jesus falou
sobre a disciplina (Mt 18.15-17). Deus é um Deus de ordem. Como Pai disciplina os seus filhos na família (Hb 12.5-11),
assim deve haver disciplina na igreja. Apesar da Igreja não ter condições de obrigar a consciência do membro, ela tem de
julgar sobre a observação dos ensinos bíblicos e cristãos por parte dos que a ela pertencem.

1 - Propósito da Disciplina
Não se deve considerar a disciplina com caráter negativo, um castigo por parte da igreja. A disciplina tem caráter
positivo:
a) Corrigir uma má situação (2 Co 7.9).

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b) Restaurar o caído (Gl 6.1; Mt 6.14-15).


c) Manter o bom testemunho na igreja (1 Tm 3.7; 2 Tm 1.11).
d) Advertir os demais membros para que não se descuidem (1 Co 5.6-7).
e) Apelar à consciência do ofensor para que pense sobre sua conduta.

2 - Motivos para Disciplina


a) Conduta desordenada ou desaprovada pela igreja (2 Ts 3.11-15).
b) Imoralidade (1 Co 5).
c) Contenda – espírito divisionista (Rm 16.17,18; 2 Co 13.1; 1 Tm 3.15,20).
d) Propagação de falsas doutrinas (Tt 3.10-11).
e) Filiação às organizações ou igrejas incompatíveis com o cristianismo.
f) Outros.

3 - Categorias de Ofensas

a) Particulares.
b) Públicas.

4 - Método ou Procedimento na Disciplina (Jesus ensinou: Mt 18.15-18)


a) Na medida do possível, deve-se tratar o problema entre as pessoas afetadas.
b) Duas ou três testemunhas.
c) Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso tomar proporções e chegar ao conhecimento de muitos, deve ser
levado à igreja.
d) Caso se recuse humildemente a reconhecer sua falta, e a pedir perdão, deve o ofensor ser desligado do rol de
membros (Mt 18.18; 2 Ts 13.14; 1 Co 5.11). Arrependendo-se, que seja perdoado, se a falta não for tal que exija
delsigamento imediato.

6. O funcionamento Eclesiástico da Igreja

1) As Ordenanças da Igreja

O Senhor Jesus deixou para serem observadas pela sua Igreja duas ordenanças: O batismo cerimonial e a ceia
memorial. Batizar os novos convertidos e celebrar a ceia não é uma opção da Igreja e sim uma obrigação, devido a uma
ordem expressa do Senhor Jesus nesse sentido. “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo;...” Mt 28.20. “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho dizendo: isto é o meu
corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois de cear, dizendo: este
cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.” Lc 22.19,20.

a) O Batismo Cerimonial
A Bíblia fala na doutrina de batismos (Hb 6.2), e, ao examiná-la encontramos informações sobre o batismo de
arrependimento ministrado por João Batista como preparação do povo de Israel para a recepção do Messias (Mt 3.1-12;
Mc 1.18; Lc 3.1-20; Jo 1.6-8, 15-37); sobre o batismo da regeneração que é o derramar do Espírito Santo sobre a pessoa
no ato de sua conversão (Tt 3.5,6); também chamado de batismo com o Espírito Santo que é a inserção do crente no corpo
místico de Cristo, que é a Igreja (1 Co 12.13); sobre o batismo de sofrimento que é a identificação do cristão com os
sofrimentos de Cristo pelo seu corpo que é a Igreja (Lc 12.50; Mc 10.38,39; At 12.1,2); sobre o batismo em nome dos
mortos que era um costume localizado na igreja de Corinto de difícil explicação (1 Co 15.29), e sobre o batismo
cerimonial para os novos conversos ao Cristianismo (Mt 28.18-20; At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.15,33;...).

Sobre o batismo cerimonial destacamos:

1 - Significado do Batismo Cerimonial


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O batismo pode ser definido como um rito de iniciação do crente a fé cristã através da Igreja. É ainda o batismo,
como disse alguém, uma manifestação externa de uma graça interna, ou ainda, um testemunho público da fé cristã, através
do qual o crente mostra ao mundo que aceitou a Jesus como Salvador e que tomou a firme decisão de viver para Ele, servi-
Lo e adorá-Lo, isto pela Igreja, para todo o sempre.

2. O simbolismo do batismo
O batismo cerimonial significa para os imersionistas a identificação do converso com a morte e a ressurreição do
Senhor Jesus e para os aspersionistas a lavagem purificadora do sangue de Cristo aplicada na pessoa no ato de sua
conversão. Significa ainda para os aspersionistas o derramar do Espírito Santo sobre o crente no ato de sua conversão.
Tratando do batismo é conveniente enfocar que existe uma controvérsia no meio evangélico quanto à maneira de
administrar essa cerimônia. Basicamente, a polêmica gira em torno da imersão e da aspersão. Os grupos que defendem
essas posições se arvoram de serem originais e estarem praticando aquilo que foi praticado no início do Cristianismo. Para
os irmãos imersionistas a palavra batismo simboliza morte e ressurreição (Rm 6.4; Cl 2.12). Para os aspersionistas o
batismo simboliza a lavagem purificadora efetuada pelo sangue de Jesus no ato da conversão ou ainda o derramar do
Espírito Santo sobre o salvo no ato da sua conversão (Tt 3.5,6).

Os imersionistas usam como argumentos para justificarem a sua maneira de administrar o batismo a teoria JJJ, ou
seja, Jordão, Jerusalém, João. Ebenézer Soares declarou sobre o assunto: “Os batistas não são intransigentes, mas são
coerentes com o que a Bíblia ensina. Muitos são os exemplos escriturísticos sobre a imersão. Eles não deixam margem a
outras interpretações: Jesus foi batizado em água (Mt 3.16) o eunuco foi batizado em água (At .38). João apelidado o
Mergulhador (o Batista), dizia: (...) vim batizando em água (Jo 1.31). A Bíblia diz que ele batizava também em Enom, perto
de Salim, porque havia ali muitas águas; e o povo ia e era batizado (João 3.23). Além dos exemplos citados, temos ainda o
argumento do simbolismo. O batismo simboliza morte e ressurreição (Rm 6.4)”.
Os aspersionistas dizem, como já vimos, que o batismo simboliza a purificação do sangue de Jesus proporcionada
pelo derramamento do Espírito Santo sobre a pessoa no ato de sua conversão e justificam dizendo que na religião judaica,
de onde o Cristianismo se originou, todos os rituais de purificação eram realizados por aspersão e não por imersão.
“porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e
dos bodes, com água, lã purpúrea e hissôpo e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo, dizendo: Este é o sangue do
testamento que Deus vos tem mandado. E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do
ministério. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue;...” (Hb 9.19-22). Além disso, argumentam os
aspersionistas que os batismos realizados pela igreja primitiva registrados nas Sagradas Escrituras o foram por aspersão:
Paulo foi batizado em pé (At 9.18; 22.16). Os gentios que estavam na casa de Cornélio e que, após a pregação de Pedro,
foram batizados de imediato, foram por aspersão, considerando a improbabilidade de haver já um tanque preparado para tal
ocasião (At 10.47,48). O carcereiro de Filipos foi batizado juntamente com os seus, logo após a conversão, em sua casa,
onde era também muito improvável que tivesse ali um tanque para imergir aqueles batizandos, e assim por diante.
Mas deixemos a discussão teológica sobre a forma de batizar e vejamos outras coisas sobre o batismo:
I) A Obrigatoriedade do Batismo;
O batismo cerimonial é obrigatório porque é uma ordenança de nosso Senhor Jesus Cristo para a sua igreja (Mt
28.19).
II) A Fórmula Usada na Administração do Batismo;
O Senhor Jesus ensinou que o batismo fosse realizado em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ou seja em
nome das pessoas da Santíssima Trindade (Mt 28.19).
III) O Elemento usado na realização do Batismo;
Na realização do batismo deve ser usada água para a cerimônia. “... eis aqui água; que impede que eu seja
batizado?” (At 8.36; 10.47)
IV) As Limitações do Batismo;
O batismo não salva nem tão pouco ajuda na salvação de ninguém nem também faz o crente mais consagrado ou
mais abençoado (Lc 24.42,43)
V) A competência para a realização do Batismo
O Senhor Jesus determinou que os seus apóstolos batizassem. Os apóstolos, por sua vez, impuseram as suas mãos
em outros obreiros autorizando-os assim a realizarem esse ato ministerial. De maneira que é a imposição de mãos que dá
autorização para o obreiro administrar o batismo.
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VI) Quando se Deve Administrar o Batismo


O batismo deve ser administrado após uma pública declaração de fé por parte do batizando. (At 8.36-38). Há de se
considerar ainda que os batismos realizados no início da história da Igreja o foram de imediato, após a conversão, devido às
circunstâncias adversas enfrentadas na época, tais como perseguição ao Evangelho, rápida expansão do cristianismo,
ministério itinerantes dos obreiros, etc.
Hoje, o bom senso e a prudência mandam que não batizemos de imediato o converso e sim que o preparemos para isso,
mediante uma série de estudos apropriados, bem como o examinemos acerca da autenticidade de sua fé, e assim o
admitamos ao batismo.

b) A Ceia Memorial
O Senhor Jesus no cenáculo, onde estava reunido com os seus apóstolos, na cidade de Jerusalém, após celebrar a
última Páscoa da qual participou, instituiu a Ceia Memorial, como símbolo de sua morte redentora. “Enquanto comiam (a
Páscoa), tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo.
A seguir tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu
sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.” Mt 26.26-28. Veja ainda Mc
14.22-26; Lc 22.14-20; 1 Co 11.23-26.

1 - O Significado da Ceia
A ceia é o símbolo memorial da morte redentora de nosso Senhor Jesus Cristo.

I) Os Elementos Usados na Celebração da Ceia


Na celebração da Ceia devem ser usados apenas dois elementos: o pão e o vinho. Ambos com a sua
representatividade. O pão representa o corpo de nosso Senhor Jesus Cristo que foi partido em nosso lugar na cruz do
Calvário. O vinho representa o Seu sangue que foi derramado para a nossa eterna redenção e contínua purificação de nossos
pecados.

II) Como Deve Ser Celebrada a Ceia do Senhor


A Ceia do Senhor deve ser celebrada em culto solene com a presença de todos os membros da Igreja.

III) Quando e Como o Crente Deve Participar da Ceia


O Crente deve participar da Ceia estando em comunhão com Deus e com a Igreja a que pertence. Tratando-se de
crente novo, a sua participação na Ceia deverá ser feita após a sua filiação a Igreja visível e local, através do batismo
cerimonial.

IV)Quem Deve Celebrar a Ceia Memorial


A Ceia do Senhor deve ser celebrada por um Ministro do Evangelho devidamente credenciado.

V) A Periodicidade da Celebração da Ceia


O Senhor Jesus não estabeleceu uma periodicidade para a celebração da Ceia, ficando isso a critério da Igreja local.

VI) A Mensagem Anunciada na Celebração da Ceia


Duas são as mensagens anunciadas no momento em que a Ceia é celebrada: Uma mensagem é redentora (a morte
do Senhor) e a outra escatológica (até que venha), conforme entendemos do que o apóstolo Paulo disse em 1 Co 11.26:
“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.”

VII) As Conseqüências da Participação da Ceia


Analisando 1 Co 11.30, entendemos que a participação da Ceia pode trazer para o crente bênção ou juízo de Deus,
dependendo de como ele participa da mesma: Se dignamente ou se indignamente. Paulo esclarece que o não discernimento
do corpo do Senhor, isto é, da importância do sacrifício realizado na cruz do Calvário pode trazer culpa para o comungante,
tornando-o réu do corpo e do sangue do Senhor (1 Co 11.27). Como consequências dessa participação de forma indigna da
Ceia, Paulo discriminou alguns males: fraqueza, doença e até morte prematura (1 Co 11.30). Agora, a participação da Ceia

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de forma digna traz para o crente, bênçãos do céu, quais sejam: edificação espiritual, renovação de vida, alegria no Espírito
Santo, etc.

7. A Igreja e a Liturgia
Karl Barth afirmou certa vez que o culto cristão é o ato mais importante, mais relevante e mais glorioso na vida do
homem. Dr Samuel D. Faircloth, citando o Dr. George Peters, disse que “a fim de ministrar aos outros a Igreja tem de
aprender a ministrar a si própria e a edificar-se num tipo de comunidade de qualidade.” Alguns movimentos não toleram
sequer a hipótese de uma liturgia no culto cristão (pietistas, puritanos e algumas comunidades de fé pentecostal), achando
que a liturgia acabará por destruir a espontaneidade, a modéstia e a beleza espiritual. Todavia, mesmo sem o admitir, tem-se
uma liturgia.
A liturgia tem início quando nos reunimos com o propósito de adorar a Deus na beleza de sua santidade.
Prossegue com a oração e os cânticos congregacionais e a proclamação do Evangelho. Encerra-se com a impetração da
bênção apostólica. Só há uma maneira de se evitá-la: deixar de se reunir e não mais celebrar publicamente a bondade
divina. Até mesmo a devoção individual reclama uma liturgia. O mal não está na liturgia, e sim no formalismo que vem
destruindo igrejas e mumificando grandes movimentos.
A palavra liturgia é originada do grego leitourgia - Leitos = Público; e Ergon = Trabalho
Literalmente, significa serviço público. Na Antiga Grécia, o termo era usado para designar uma função
administrativa num órgão governamental. Desde sua origem a liturgia tem uma forte conotação com o serviço que os
súditos devem prestar ao rei.
O termo passou, com o tempo, a designar o culto público e oficial da Igreja Cristã. Hoje, é definido como a forma
pela qual um ato de adoração é conduzido.

I) A Liturgia no Antigo Testamento


O culto levítico era extremamente pomposo. Em virtude de seu harmonioso elenco de sons e gestos, constituía-se
num espetáculo de raríssima beleza. Haja vista a observação da rainha de Sabá ao visitar o rei Salomão (1 Re 10.4-5). Os
ministros do altar não poupavam esforços nem minúcias na condução do culto. Tudo tinha de sair perfeito; nenhum detalhe
era esquecido. A apresentação do sumo sacerdote, dos ministros da música e dos demais levitas não contemplava a menor
hipótese de falha.

II) A Liturgia no Novo Testamento (1 Co 14.26)


Apesar do Cristianismo não ser uma religião sacerdotal, é impossível dissociar o seu culto da liturgia. O próprio
Cristo ia à sinagoga e participava ativamente dos serviços aí realizados (Lc 4.16-22). Mais tarde, o mesmo faria Paulo. O
primeiro lugar que o apóstolo visitava, ao chegar numa cidade era a sinagoga (At 13.5). Em nenhum momento criticou o
culto hebreu. Propôs-se até a fazer um voto essencialmente judaico para não escandalizar a sua nação (At 21.23-24). Sendo
hebreus os primeiros membros da Igreja, o culto cristão, no início, em nada diferia do culto judaico. As diferenças eram nos
dias escolhidos para reunião, que os cristão o faziam no primeiro dia da semana a fim de rememorar a ressurreição do
Senhor (At 20.7) e em todas as reuniões celebravam a Santa Ceia – a mais importante e solene cerimônia da Igreja. O
espírito do Novo Testamento não é contrário à liturgia, entretanto é importante entendermos que a liturgia não pode ser um
fim em si mesma; é um acessório, não a essência na adoração. Por isso temos de nos precaver contra o formalismo.

III) O Formalismo (liturgismo e ritualismo)


É a ênfase exagerada às formas externas da religião em detrimento de sua essência: a plena comunhão com
Deus. É a liturgia pela liturgia. O formalismo foi muito combatido pelos profetas e por Nosso Senhor (Is 29.13; Mt 6.1-6),
por ser um obstáculo à expansão do Reino.
Se por um lado não podemos fazer da liturgia um fim em si mesma, por outro não devemos desprezá-la como o
faziam os sacerdotes do tempo de Malaquias, que achavam um enfado o culto do Senhor (Ml 1.13). O equilíbrio é
fundamental. E se Paulo insta aos romanos a serem fervorosos no espírito, não deixa de recomendar aos coríntios a que
tudo façam com decência e ordem (Rm 12.11; 1 Co. 14.40).

8. A igreja como Pessoa Jurídica

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Muitos pastores e tesoureiros por acharem que a instituição chamada Igreja tem caráter e objetivo espiritual,
entendem erroneamente que ela não precisa ser abertas juridicamente e nem se manter registros contábeis.
O Código Civil Brasileiro em seu inciso IV artigo 44, estabelece que as organizações religiosas são pessoas
jurídicas de direito privado, necessitando assim, obrigatoriamente seu registro no Cartório de Pessoa Jurídica.
A partir do registro no Cartório, a igreja obrigatoriamente terá que ter alguns documentos e atender algumas
obrigações, como:
 Estatuto: Devidamente registrada em cartório;
 Inscrição no Cadastro do CNPJ: Conforme a Lei 4.503 de 30/11/64, que institui a obrigatoriedade da
inscrição do CNPJ no Ministério da Fazenda, da igreja matriz e suas filiais, cuja a identificação, no caso das congregações,
será pelo número de ordem e barra do referido CNPJ.
 Carimbo do CNPJ: Conforme Decreto 61.514 de 12/10/67, que tornou obrigatório o uso do carimbo do
CNPJ para a igreja matriz e suas congregações
 Livro Caixa ou Diário/Razão: Conforme determina o Regulamento do Imposto de Renda, a igreja é obrigada
a possuir um Livro Caixa com o Balanço de Abertura, Termo de Abertura e Termo de Encerramento, o qual depois de
registrado em cartório, a igreja devera iniciar a escrituração de todas as receitas e despesas e as contas patrimoniais.
 Livro de Ata: A igreja está obrigada a possuir o Livro de Ata, devidamente registrada em cartório com os
devidos Termos de Abertura e Termo de Encerramento.
 Rais Negativo: Todas as igrejas, enumeradas no Decreto 76.900 de 13/12/75, devem apresentar anualmente e
dentro do prazo legal o RAIZ NEGATIVO, quando as igrejas não possuirem empregados registrados, conforme
determinação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
 Declaração de Isenção: Conforme determina o Decreto Federal nº 1.041, todas as igrejas estão obrigadas a
entregar anualmente a Receita Federal, até o mês de Junho de cada ano, sua Declaração de Isenção do Imposto de Renda de
Pessoa Juridica.
 Matricula no INSS: Após o registro do estatuto e da inscrição do CNPJ, a igreja deve providenciar sua
matrícula no INSS.
 Ata de Eleição da Diretoria: A igreja deve transcrever em Ata da Eleição da última diretoria e providenciar
seu registro em cartório
 Imposto Sindical Patronal: Revestida de natureza jurídica as entidades sem fins lucrativos, como no nosso
caso as igrejas, são consideradas empregadoras. Portanto, deverão recolher no mês de janeiro de cada ano o imposto
sindical patronal ou solicitar a sua isenção.
 Contrato de locação: Se o templo for alugado ou Escritura definitiva dos imóveis, Contrato de cessão de
direito dos imóveis.
 Manter Contabilidade: A contabilidade torna-se obrigatória porque é necessaria para a prestação de contas
perante aos membros, como também para fins de isenção do Imposto de Renda, já que o artigo 14 do Código Tributário
Nacional, prevê: Art. 14. O disposto na alínea “e” do inciso IV do do artigo 9º é subordinado à observância dos
seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou se suas rendas, a qualquer título;
II – aplicarem integralmente no País, os seus recursos na manutenção dos seis objetivos instituicionais;
III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar
sua exatidão;
As legislações, documentos e obrigações citadas acima, já são necessárias para nos convencer sobre a importância
de se legalizar nossas igrejas, abrindo-as jurídicamente nos respectivos órgãos, como também manter registros contábeis,
que nos permitam atender todas as obrigações exigidas por lei para seu funcionamento.
Além disto precisamos atentar às palavras das Sagradas Escrituras quando nos ordena que obedeçamos a lei dos
homens:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as
autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se
opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” – Rm. 13:2,3 –
RA.
“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda
boa obra…” – Tt. 3:1 – RA. Ler todo o contexto em Rm. 13:1-7.

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“Responderam: De César. Então, lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” –Mt.
22:15-22.

O Estatuto
“O estatuto é o documento fundamental constitutivo do grupo, isto é, o conjunto de normas que estabelecem a
estrutura e a organização da sociedade ou do grupo. Desde o momento em que o homem é levado ao desejo de se associar,
com os mais variados objetivos, tem ele necessidade de que, num documento hábil, fiquem estabelecidas as normas
concretas das restrições que o seu direito individual sofrerá em benefício do direito do grupo, a par das obrigações que,
em contrapartida, lhe caberão e aos seus companheiros”.
Miguel Gonçalves
O próprio Código Civil Brasileiro, em seus artigos 16 a 22, estabeleceu que "nenhuma sociedade pode existir ou
funcionar no território nacional sem ser juridicamente constituída", e prescreve as condições para a constituição jurídica de
qualquer sociedade de natureza religiosa, cultural, etc.

Por que uma Igreja deve ter um Estatuto?

Uma igreja sem estatuto é como uma “igreja-fantasma”, não existe juridicamente e está sujeita a muitos
perigos. Uma das conseqüências mais graves da inexistência de estatuto será o conceito que os próprios membros farão da
sua igreja e o tipo de comprometimento de que se julgarão devedores. Uma igreja sem forma jurídica afigura-se, aos olhos
dos seus membros, como uma entidade abstrata, inobjetiva, com a qual eles deverão manter também compromissos mais ou
menos abstratos e inobjetivos. Quando a igreja se torna pessoa jurídica, pelo registro do seu estatuto, adquire uma
conceituação mais concreta, sem nenhum prejuízo para os seus fins espirituais.

Uma igreja sem estatuto não pode ser representada juridicamente. Não pode ser proprietária de nada, nem
reclamar quaisquer direitos. Ficará sempre dependendo de outras entidades para representar-se juridicamente, o que traz
inúmeros inconvenientes, além de uma conceituação de tutela que, ao menos indiretamente, interfere no princípio de
autonomia eclesiástica.

Se não bastassem as razões acima, há ainda uma razão mais forte e atual para que cada igreja tenha seu estatuto
registrado. Trata-se da necessidade de inscrever-se a igreja no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, para
efeito de inscrição como contribuinte do INSS. Há uma idéia errada por aí de que, se a igreja não for inscrita no
INSS, estará a salvo de fiscalização. A falta de inscrição não isenta a igreja de obrigações sociais. A legalização de
qualquer obra que a igreja faça dependerá da certidão negativa do INSS. Os empregados da igreja, como seres humanos
que são, precisam ser amparados pela previdência social. E mais, no caso de acidente, doença ou invalidez, qualquer
empregado da igreja poderá procurar os seus direitos, e a falta de inscrição no INPS será agravante e não atenuante.

Um estatuto bem elaborado é uma segurança para a igreja. Sem estatuto, a igreja corre perigo de desvios
doutrinários e patrimoniais e fica mais sujeita a caprichos de lideranças mal-informadas ou mal-intencionadas. Assim é que
a primeira coisa que uma igreja deve fazer é aprovar os seus estatutos, passando a existir também como pessoa jurídica.

Denominações Usuais em Estatutos


Citaremos, a seguir, algumas denominações usuais em estatutos, podendo divergir em certos casos:
1º. NOME - com a finalidade de defini-lo.
2º. SEDE E FORO - onde terá sua atividade em caráter principal e onde serão exercidos os seus direitos.
3º. FINALIDADES - caracterizando as razões de sua existência, o que irá fazer, o que pretende, até que ponto terá
penetração na vida social.
4º. DURAÇÃO - desde os prazos ilimitados aos determinados.
5º. MEMBROS - suas finalidades, direitos, deveres perante o grupo, condições para admissão e exclusão.
6º. DIRETORIA - o órgão que vai gerir os interesses e negócios do grupo, ou que o representará.
7º. ASSEMBLÉIAS GERAIS - poderão ser ordinárias (aquelas realizadas em datas fixadas previamente pelo estatuto),
ou extraordinárias (em datas diversas). Modo de convocação, competência e meios.

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8º. QUORUM - número de membros necessariamente presentes nas sessões para deliberar.
9º. ELEIÇÕES - processo, período, duração dos mandatos e maioria exigida para a eleição.
10º. PATRIMÔNIO - o seu capital.
11º. MODIFICAÇÕES ESTATUTÁRIAS - regras para se evitarem modificações constantes - exigência de dois terços.
12º. DISPOSIÇÕES GERAIS - O que não foi explicitado anteriormente.
Note-se que o estatuto é de natureza constitutiva, estática, sem se deter em estudos minuciosos, pois no momento em
que os participantes de determinado grupo se reúnem para deliberar, as suas normas de trabalho estão estabelecidas no
Regimento Interno.
Exemplo:

CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, OBJETIVO, SEDE E FORO

CAPÍTULO II
DOS MEBROS, SEUS DIREITOS E DEVERES
...
O Regimento Interno
É um conjunto de regras estabelecidas por um grupo para regulamentar o seu funcionamento. Podendo ser usado
em diversas atividades, nos mais variados campos, seja do Poder Público, seja na iniciativa privada, o qual tem uma
importância bastante destacada nos tribunais.
O Regimento Interno é o documento que detalha o Estatuto, ou que o complementa, abrangendo todos os órgãos
internos da Igreja, disciplinando o seu funcionamento.

A Secretaria da Igreja

a - A Importância da Secretaria
A secretaria é um órgão de suma importância na vida eclesiástica de uma comunidade evangélica, pois nela estão
todas as informações necessárias para o bom funcionamento administrativo da igreja.
b - A Posição da Secretaria na Estrutura Organizacional
A secretaria não é um órgão de linha, ou seja, não é um órgão que tenha poder de mando, e sim de assessoria dentro
de uma estrutura organizacional.
c - A Documentação própria de uma Secretaria
A secretaria é o lugar de guarda dos documentos de uma igreja, a seguir identificados:
d - O Rol de Membros
É o registro de todos os membros de uma determinada igreja. O rol de membros pode ser:

– Rol de Membros Permanentes – é o registro de todos os membros que se filiaram a igreja ao longo de sua história.
– Rol de membros Ativos – é o registro de todos os membros que estão filiados à igreja.
– Rol de Membros Inativos – é o registro de todas as pessoas que se filiaram à igreja e que foram desligadas por questões
diversas, como por exemplo: falecimento, transferência, afastamento por questões disciplinares, abandono da igreja, etc.
- Rol de Congregados – Além de seu rol de membros deve a Igreja manter ainda um rol daquelas pessoas que não são
membros, mas, freqüentam regularmente as suas reuniões.

Com o recurso do computador tornou-se mais fácil manter atualizado esses registros para facilitar o trabalho da
igreja. Mas, na impossibilidade da aquisição desse recurso, o meio convencional através de fichas atende a necessidade da
igreja, desde que seja continuamente atualizado.

e) Os Livros de uma Igreja

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Para o seu funcionamento administrativo adequado, a igreja deve usar alguns livros próprios para registros de fatos
que, em alguns casos, poderão ser requisitados para dirimir questões de caráter eclesiástico ou administrativo, sendo, alguns
desses livros, exigidos pela lei do País.

I) O Livro de Atas

É nesse livro que são registradas as ocorrências verificadas durante as reuniões de caráter administrativo da igreja,
e, por terem valor legal, esses registros devem ser feitos em livro apropriado conhecido pelo nome de livro de atas. Os
registros em ata constituem também a jurisprudência da Igreja e têm valor legal, juntamente com o Estatuto e o Regimento
Interno da igreja.

1) As Características de Um Livro de Atas


O livro de atas geralmente têm as seguintes características:

- Deve ser registrado no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas;


- Todas as suas páginas devem ser numeradas e rubricadas;
- Deve conter um termo de abertura e um termo de encerramento;
- O tamanho padrão desse livro é: 22 x 33 cm.

2) As partes constitutivas de uma Ata

- O Cabeçalho
Onde deve constar obrigatoriamente o nome da Igreja, o local de realização da assembléia, a data e a hora de seu
início, o nome de quem a presidiu, e a informação de que a mesma foi de caráter ordinário, extraordinário ou especial e o
número de membros presentes.

- O Corpo
Que é o registro dos assuntos propostos, apoiados e aprovados na assembléia.

- O Fecho ou Encerramento
Que, geralmente, tem esta descrição:
Nada mais havendo a tratar na assembléia, a mesma foi encerrada as ____ horas, lavrando-se para constar a
presente ata que dato e assino junto ao senhor presidente.

II) O Livro de Presença


Hoje, com as exigências do Novo Código Civil Brasileiro, faz-se obrigatório à existência de um livro de presença
nas assembléias da Igreja, onde deve constar legivelmente o nome dos seus membros participantes da assembléia. A relação
de presente constante do livro servirá para duas coisas: para possibilitar o conhecimento do quorum bem como para dirimir
dúvidas futuras quando a participação de determinada pessoa na assembléia.

III) O Livro de Registro de Matrimônios


Nesse livro são registrados todos os casamentos que foram realizados na Igreja, tantos aqueles de caráter religioso
como aqueles religiosos com efeito civil.

IV) O Livro de Registro de Empregados


Caso a Igreja tenha empregados, os mesmos devem ser registrados no livro chamado registro de empregados. Esse
registro é uma seqüência natural da legalização do vinculo empregatício conforme exigência da lei do nosso País.

f) As Correspondências da Igreja
Toda a Igreja tem a necessidade de expedir e de receber correspondências. Para que haja uma organização mínima
numa secretaria, faz-se necessário que ela tenha pastas do tipo AZ para arquivo das correspondências que saem da Igreja
bem como aquelas que chegam. Dependendo do volume, as correspondências podem ser agrupadas numa mesma pasta com
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divisórias ou não.
O arquivo das correspondências expedidas deve ser feito por ordem crescente de numeração, ou por assunto, ou por
departamento ou ainda por data de expedição. O arquivo de correspondências recebidas deve ser feito por ordem
cronológica de data de expedição do documento pela origem.

1) Tipos de Correspondências
São diversos os tipos de correspondências expedidas por uma Igreja:

- Oficio – quando a Igreja se dirige a um órgão governamental


- Carta – quando a Igreja se dirige a uma pessoa física ou a uma instituição qualquer
- Requerimento – quando a Igreja solicita algo a um órgão governamental que a lei lhe faculta
- Relatório – quando há a necessidade de relatar algo pormenorizado
- Declaração – quando a Igreja precisa dar um testemunho de alguém.
- Edital – quando da convocação de uma assembléia

CONCLUSÃO

Diante dos desafios administrativos da Igreja como organismo Vivo, o Corpo de Cristo; e como Organização
Religiosa, a Igreja Local, cada um dos integrantes da Igreja possui uma relevante participação no processo administrativo
da mesma, sabendo que, alguns membros, tanto do Corpo de Cristo, quanto da Organização Religiosa possuem funções em
tarefas especificas.
Que todos nós possamos cooperar ativamente para o bom desempenho e a perfeita execução das tarefas e da missão
da instituição chamada Igreja.

BIBLIOGRAFIA

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DRUCKER, Peter. Administração de Organizações Sem Fins Lucrativos. São Paulo: Pioneira Administração e Negócios,
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FERREIRA, Antonio Carlos. A Empresa como Organizar e Dirigir. Rio de Janeiro: Edições Ouro, 1993.
FERREIRA, Ebenézer Soares. Manual da Igreja e do Obreiro. Rio de Janeiro: JUERP, 1993.
FILHO, Antonio Ferreira. O Direito Aplicado às Igrejas. 2ª edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005
GÓIS, Roberval. A Igreja e as Questões Trabalhistas. 2ª edição. Recife: Agência Gráfica Nacional Ltda., 2008
JARDIM, Amaury. Administrando a Igreja. Rio de Janeiro: UNIGEVAN, 2001.
KESSLER, Nemuel Câmara. Administração Eclesiástica. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
MORAES, Rubens. Legislação para Igrejas. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
TOGNINI, Enéas. Eclesiologia. Brasília: Edições Convenção Batista Nacional, 1998.
DOUGLASS, Stephen B., et al. O Ministério de Administração. São Paulo: Editora Candeia, 1999.

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