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O PERIGO DO FORMOL NO USO DOS COSMÉTICOS

HERDY, Bruno Sezinio1


BALLONECKER, Dayane de Andrade 2
SOUZA, Lorena Alencar de 3
COSTA, Raquel da Conceição 4
LUZ, Cinthia da Silva Carreiro da 5

RESUMO

Formol é o nome do composto formaldeído, conhecido também por metanal e


aldeído fórmico, pertencente à família dos aldeídos. O composto se apresenta na
forma gasosa à temperatura ambiente e com odor característico irritante. O
composto ainda é um dos componentes da fumaça do cigarro, mostrando-se um
contaminante ambiental, e também é um dos constituintes da poluição fotoquímica
do ar, em certas ocasiões, cobre grandes centros urbanos por causa da fumaça
expedida por indústrias. O nível de formol na atmosfera é geralmente abaixo de
0,001 mg/m3 em áreas rurais e abaixo de 0,02 mg/m3 em áreas urbanas . A
exposição se dá através da inalação dos gases, contato com a pele, os olhos ou
pela ingestão. Em contato com o produto a pele pode ficar esbranquiçada, áspera e
apresentar forte sensação de anestesia e necrose na superfície da pele. A ingestão
de formaldeído pode ocasionar fortes dores na boca e faringe, dores abdominais,
náuseas e vômitos. A Anvisa proibiu também o uso do formol em produtos de
limpeza (detergentes, desinfetantes, alvejantes e demais materiais saneantes – RDC
nº 35, de 03 de junho de 2008), baseados no artigo 5º da Resolução nº 184 de 22 de
outubro de 2001, que proíbe o uso de substâncias carcinogênicas, terotogênicas e
mutagênicas nas formulações de produtos saneantes. Percebe-se que aos poucos,
a ANVISA vem elaborando leis cada vez mais restritivas ao uso do formol e
propondo substituição dessa substância em vários produtos. O perigo é maior,
dependendo da sua concentração, duração e a frequência da exposição ao produto.

Palavras-chave: Formol; Formaldeído; Aldeído fórmico

1
Estudante do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do IFRJ, bruquimica2014@gmail.com;
2
Estudante do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do IFRJ, dayaneballonecker@outlook.com;
3
Estudante do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do IFRJ, lorenaalenc@gmail.com;
4
Estudante do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do IFRJ, raquellroxy@gmail.com;
5
Professora orientadora: Mestre, IFRJ, cinthia.luz@ifrj.edu.br
São Gonçalo – RJ, Julho de 2018.
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ABSTRACT

Formol is the name of the formaldehyde compound, also known as methanal and
formic aldehyde, belonging to the aldehydes family. The compound is in gaseous
form at room temperature and has a characteristic irritant odor. The compound is still
one of the components of cigarette smoke, showing itself to be an environmental
contaminant, and is also one of the constituents of photochemical air pollution, and
sometimes covers large urban centers because of smoke from industries. The
formaldehyde level in the atmosphere is generally below 0.001 mg / m3 in rural areas
and below 0.02 mg / m3 in urban areas. Exposure is by inhalation of gases, contact
with skin, eyes or by ingestion. In contact with the product the skin may become
whitish, rough and present a strong sensation of anesthesia and necrosis on the
surface of the skin. Ingestion of formaldehyde can cause severe pain in the mouth
and pharynx, abdominal pain, nausea and vomiting. Anvisa also prohibited the use of
formaldehyde in detergents (detergents, disinfectants, bleaches and other sanitizing
materials - RDC No. 35, dated June 3, 2008), based on Article 5 of Resolution 184 of
October 22, 2001, which prohibits the use of carcinogenic, terotogenic and
mutagenic substances in sanitizing formulations. It is noticed that, little by little,
ANVISA has been elaborating increasingly restrictive laws to the use of the
formaldehyde and proposing substitution of this substance in several products. The
hazard is greater, depending on its concentration, duration and frequency of
exposure to the product.

Keywords: Formalin; Formaldehyde; Formic aldehyde


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INTRODUÇÃO

Formol é o nome do composto formaldeído (CH 2O), conhecido também por


metanal e aldeído fórmico, pertencente à família dos aldeídos. O formaldeído foi
descoberto por A. Butlerov em 1859 e identificado por A.W. Hofmann em 1867,
através da passagem de uma corrente de ar carregada de metanol sobre uma
espiral de platina. O início da produção industrial do composto começou em 1882,
com B.Tollens e O. Loew aperfeiçoaram o processo de Hofmann. O formaldeído
passou a ser vendido sete anos depois, em 1889 pela empresa alemã Merclin &
Lösekann.
O composto se apresenta na forma gasosa à temperatura ambiente e com
odor característico irritante. É inflamável e solúvel em água. O formaldeído se
decompõe facilmente em metanol e gás carbônico. A substância não é
comercializada na forma gasosa por causa da sua instabilidade química sendo,
portanto, vendido na sua forma de solução aquosa a 37% com a 15% de álcool
como estabilizante (geralmente o metanol).

Fonte: CETOX UFC. Formol: Um perigo subestimado

A produção anual de formol é de aproximadamente 21 milhões de toneladas.


É muito utilizado em resinas sintéticas, fenólicas, uréicas e melamínicas nas
indústrias de madeiras, papel e celulose; em abrasivos, plásticos, esmaltes
sintéticos, tintas e vernizes; na indústria têxtil e de fundição; em adesivos, isolantes
elétricos, lonas de freio, etc. Fontes comuns de exposição inclui ainda o que é
liberado pelos veículos, o uso de desinfetantes, conservantes e produção e uso de
fungicidas e germicidas e além disso, é empregado na área medicinal para
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preservação de peças anatômicas. Todos esses usos representam importantes


fontes de exposição humana ao formol.
O composto ainda é um dos componentes da fumaça do cigarro, mostrando-
se um contaminante ambiental, e também é um dos constituintes da poluição
fotoquímica do ar, em certas ocasiões, cobre grandes centros urbanos por causa da
fumaça expedida por indústrias. O nível de formol na atmosfera é geralmente abaixo
de 0,001 mg/m3 em áreas rurais e abaixo de 0,02 mg/m3 em áreas urbanas. Por ser
um irritante sensorial primário, o composto contribui com a irritação no aparelho
respiratório e nos olhos causada pela poluição fotoquímica.

DESENVOLVIMENTO

Quanto maior for a concentração, a duração e a frequência da exposição,


maiores serão os riscos. Eles se dão através da inalação dos gases, contato com a
pele, os olhos ou pela ingestão. Por inalação, o formol pode provocar fortes dores de
cabeça, tosse, falta de ar, vertigem, dificuldade para respirar e edema pulmonar. Em
altas concentrações provoca bronquite, pneumonite ou laringite. com o produto a
pele pode ficar esbranquiçada, áspera e apresentar forte sensação de anestesia e
necrose na superfície da pele.
Em contato com os olhos, poderá ocorrer irritação, dor, vermelhidão
lacrimejamento e visão embaçada. Altas concentrações podem causar danos
irreparavéis. A ingestão de formaldeído pode ocasionar fortes dores na boca e
faringe, dores abdominais, náuseas e vômitos. Podendo ocorrer inflamação e
ulceração, coagulação com necrose na mucosa gastrintestinal, podendo ocorrer
diarreia com possiblidade de sangue nas fezes, podendo ocorrer colapso circulatório
e renal após a ingestão, apresentando sinais como pele pálida, fria e úmida e
dificuldade de micção, além de vertigem, convulsões, perda de consciência, coma e
morte por falência respiratória. Também existe danos degenerativos no fígado,
coração e cérebro.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer classificou o formaldeído
como um agente cancerígenoem humanos e alguns animais. Para a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o composto está ligado ao aparecimento de tumores no
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nariz, boca, faringe, laringe, traqueia e ao desenvolvimento de leucemia. Nos


cosméticos, o uso do formol é contra indicado tanto para os profissionais que o
manipulam, como para o usuário final.
A exposição ao formol é diária para os profissionais que manipulam esses
produtos, incluindo tinturas e descolorantes, shampoos e condicionadores, loções
para cabelos, unhas e pele. Sabe-se também que não há utilização de
equipamentos de proteção individual ou EPI.
Com o objetivo de restringir o acesso da população a substância, a ANVISA
estabeleceu que o uso do formol é permitido apenas como conservante na
concentração de 0,2% e como endurecedor de unhas na concentração de 5% (RDC
nº 162 de 11 de setembro de 2001). A Anvisa proibiu também o uso do formol em
produtos de limpeza (detergentes, desinfetantes, alvejantes e demais materiais
saneantes – RDC nº 35, de 03 de junho de 2008), baseados no artigo 5º da
Resolução nº 184 de 22 de outubro de 2001, que proíbe o uso de substâncias
carcinogênicas, terotogênicas e mutagênicas nas formulações de produtos
saneantes.
Além disso, a ANVISA proibiu a exposição, a venda e a entrega do formol
( solução de 37%) para o consumo em drogaria, farmácia, armazém ou empório,
supermercado e etc. Segundo a resolução RDC nº 36/2009, que visa a adição de
formol ou de formaldeído a produto cosmético acabado, pronto para uso, em salões
de beleza ou qualquer outro estabelecimento acarreta riscos à saúde da população.
(FERREIRA, 2015).
Percebe-se que, aos poucos, a ANVISA vem elaborando leis cada vez mais
restritivas ao uso do formol e propondo substituição dessa substância em vários
produtos. No entanto, empenhos devem ser feitos em relação a fiscalização dos
salões de beleza. Por isso, recomenda-se que os consumidores tenham maior
atenção em relação aos produtos que pretendem aplicar em seus cabelos.
(FERREIRA, 2015).
Existem substâncias ativas específicas com propriedades alisantes como o
ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio,
hidróxido de lítio e hidróxido de guanidina, que são permitidos pela legislação
brasileira. Devido à semelhança química com o formol, o glutaraldeído vem sendo
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utilizado sem permissão da Anvisa com a finalidade de alisante, mas que apresenta
os mesmos riscos e restrições. (Anvisa, 2009).
Segundo a Anvisa, existem outras substâncias ativas com propriedades
alisantes permitidas pela legislação, que agridem menos e representam menor risco.
Portanto não é preciso arriscar a saúde e se submeter a tratamentos com formol
para ter cabelos lisos. (FERREIRA, 2015).

Dados

Toxicidade

Devido a sua solubilidade em água, o formol é rapidamente absorvido no trato


respiratório e gastrointestinal e metabolizado. Embora o formol ou metabólitos sejam
capazes de penetrar na pele humana, a absorção dérmica é mais leve, porém
podem induzir a dermatites de contato. Desta forma, o formol é tóxico se ingerido,
inalado ou tiver contato com a pele, por via intravenosa, intraperitoneal ou
subcutânea.

Efeitos do formol em humanos após exposições de curta duração

Média de Tempo médio Efeitos à saúde população


concentração geral
0,8 - 1 ppm Exposições repetidas Percepção olfativa
até 2 ppm Única ou repetida Irritante aos olhos, nariz e
exposição garganta
3 – 5 ppm 30 minutos Lacrimação e intolerância por
algumas pessoas
10 – 20 ppm Tempo não especificado Dificuldade na respiração e
forte lacrimação
25 – 50 ppm Tempo não especificado Edema pulmonar, pneumonia,
perigo de vida
50 – 100 ppm Tempo não especificado Pode causar a morte
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Fonte: Adaptado World Health Organization (1989); IARC (1995); WHO Regional Office for Europe
(1987).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir nesse estudo que o formaldeído é perigoso para quem


manipulam a substância, para o consumidor final que irá aplicar esse composto nos
cabelos para obter um alisamento mais prolongado.
O perigo é maior, dependendo da sua concentração, duração e a frequência
da exposição ao produto.

REFERÊNCIAS

CETOX UFC. Formol: Um perigo subestimado. 2015. Disponível em: http:. Acesso
em:http://www.cetox.ufc.br/boletins/arquivos%20boletins/Boletim
%2009%20Formaldeildo.pdf . Acesso em 18/06/2018.

ANVISA. Resolução RDC nº 15 de 26 de março de 2013. Disponível em: http://.


http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/2fc5fe804fe2b241946dfcece77a031c/Rs
olu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+19+de+11+de+abril+de+2013-
GGCOS.pdf?MOD=AJPERES .Acesso em 19/06/2018.

INCA. Formol ou formaldeído. Disponível em:


http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=795. Acesso em: 19/06/2018

REVISTA VIRTUAL DE QUÍMICA UFF. Métodos de preparação industrial de


solventes e reagentes químicos. Formaldeído. Disponível em
http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/v7n4a32.pdf . Acesso em: 20/06/2018

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