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Setembro de 2018
Rio de Janeiro, Brasil
Sumário
1 Introdução ................................................................................................................. 1
2 Materiais e Referências ............................................................................................. 2
3 Descrição da Estrutura .............................................................................................. 3
4 Cálculos de dimensionamento da viga...................................................................... 6
4.1 Escolha do perfil ................................................................................................. 6
4.2 Coeficientes de ponderação .............................................................................. 7
4.3 Ações e esforços internos .................................................................................. 7
4.3.1 Ações verticais ............................................................................................ 7
4.3.2 Força horizontal transversal ao caminho de rolamento ............................ 9
4.3.3 Força horizontal longitudinal ao caminho de rolamento ......................... 10
4.4 Verificação dos deslocamentos máximos ........................................................ 10
4.4.1 Deslocamento vertical .............................................................................. 11
4.4.1 Deslocamento horizontal ......................................................................... 11
4.5 Verificação do momento no eixo x (referente às ações verticais) .................. 11
4.5.1 FLT - Flambagem Lateral com Torção ....................................................... 12
4.5.1 FLM - Flambagem Local da Mesa comprimida ......................................... 13
4.5.1 FLA - Flambagem Local da Alma ............................................................... 13
4.6 Verificação do momento no eixo y (referente à força horizontal transversal) 13
4.7 Verificação do cortante no eixo y (referente às ações verticais) .................... 14
4.8 Verificação do cortante no eixo x (referente à força horizontal transversal) . 15
4.9 Verificação da compressão (referente à força horizontal longitudinal).......... 16
4.10 Verificação das ações combinadas .................................................................. 18
4.11 Verificação dos estados-limites últimos causados pelas forças verticais
localizadas ................................................................................................................... 18
4.11.1 Flexão local da mesa ................................................................................. 19
4.11.2 Escoamento local da mesa ....................................................................... 19
4.11.3 Enrugamento da alma .............................................................................. 20
4.11.4 Flambagem lateral da alma ...................................................................... 20
4.11.5 Flambagem lateral da alma ...................................................................... 20
4.12 Considerações sobre o dimensionamento ...................................................... 20
I
5 Novo dimensionamento da viga ............................................................................. 22
5.1 Perfil VS 600x95 ............................................................................................... 22
5.2 Perfil VS 650x114 ............................................................................................. 22
5.3 Perfil VS 600x125 ............................................................................................. 22
5.4 Perfil VS 650x144 ............................................................................................. 22
5.4.1 Deslocamento vertical .............................................................................. 22
5.4.2 Deslocamento horizontal ......................................................................... 23
5.4.3 Momento no eixo x - FLT .......................................................................... 23
5.4.4 Momento no eixo x - FLM ........................................................................ 23
5.4.5 Momento no eixo x - FLA.......................................................................... 23
5.4.6 Momento no eixo y - FLT .......................................................................... 23
5.4.7 Cortante no eixo y .................................................................................... 23
5.4.8 Cortante no eixo x .................................................................................... 23
5.4.9 Força axial de compressão ....................................................................... 23
5.4.10 Ações combinadas .................................................................................... 23
5.4.11 Flexão local da mesa ................................................................................. 23
5.4.12 Escoamento local da alma ........................................................................ 23
5.4.13 Enrugamento da alma .............................................................................. 23
5.4.14 Flambagem lateral da alma ...................................................................... 23
5.5 Perfil VS 600x140 ............................................................................................. 23
5.5.1 Deslocamento vertical .............................................................................. 24
5.5.2 Deslocamento horizontal ......................................................................... 24
5.5.3 Momento no eixo x - FLT .......................................................................... 24
5.5.4 Momento no eixo x - FLM ........................................................................ 24
5.5.5 Momento no eixo x - FLA.......................................................................... 24
5.5.6 Momento no eixo y - FLT .......................................................................... 24
5.5.7 Cortante no eixo y .................................................................................... 24
5.5.8 Cortante no eixo x .................................................................................... 24
5.5.9 Força axial de compressão ....................................................................... 24
5.5.10 Ações combinadas .................................................................................... 24
5.5.11 Flexão local da mesa ................................................................................. 24
5.5.12 Escoamento local da alma ........................................................................ 24
II
5.5.13 Enrugamento da alma .............................................................................. 24
5.5.14 Flambagem lateral da alma ...................................................................... 24
III
1 Introdução
Deve-se dimensionar uma viga de rolamento de ponte rolante para um galpão industrial. A
ponte rolante tem capacidade máxima de içamento de 100 kN, atuando no vão livre de 20 m
do galpão. A estrutura do galpão tem distância entre pórticos de 10 m. É uma exigência do
projeto que a viga de rolamento seja em P.S. (Perfil Soldado) de aço ASTM A572 Grau 50.
1
2 Materiais e Referências
O dimensionamento aqui apresentado está conforme as prescrições da Norma Brasileira
ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios, de setembro de 2008. Além da NBR 8800:2008, serviram de consulta as seguintes
bibliografias:
Como explicado no item 1, os cálculos aqui apresentados são referentes a Perfis Soldados de
aço ASTM A572 Grau 50. Suas propriedades mecânicas são:
2
3 Descrição da Estrutura
Como explicitado no item 1, o galpão tem vão livre de 20 m e distância entre pórticos de 10
m. A Figura 1 é uma representação da ponte rolante na estrutura deste galpão, que pode ter
mais ou menos pórticos; a medida F é a distância entre as rodas do trole da ponte rolante. A
estrutura de rolamento não será formada por uma viga contínua e sim uma vigas separadas
para cada pórtico, como mostrado na Figura 2. Desta maneira, a viga de rolamento a se
dimensionar é uma viga biapoiada com vão de 10 m. Será considerada uma ponte rolante
controlada por controle pendente ou controle remoto.
3
Figura 2 - Esquema da ponte rolante. Retirado do relatório da Gerdau.
4
A Figura 3, retirada do livro de Bellei, apresenta dimensões e cargas para pontes rolantes de
acordo com sua capacidade de içamento e seu vão. Para içar uma carga de até 100 kN e com
vão de 20 m, temos:
A Figura 4 apresenta o diagrama unifilar da estrutura básica a ser calculada: uma viga
biapoiada de 10 m de vão, com duas cargas móveis de 92 kN distantes de 3,4 m.
5
4 Cálculos de dimensionamento da viga
4.1 Escolha do perfil
A referência da Gerdau apresenta o dimensionamento de uma viga de rolamento para ponte
rolante com especificações próximas à deste problema, utilizando um perfil W 610x155. Desta
maneira, foi escolhido um perfil soldado equivalente: VS 600x152. A especificações do perfil
escolhido são apresentadas a seguir.
𝑚 = 152,3𝑘𝑔/𝑚
ℎ = 600 𝑚𝑚
𝐴 = 194 𝑐𝑚4
𝑡0 = 8 𝑚𝑚
ℎ0 = 550 𝑚𝑚
𝑡𝑓 = 25 𝑚𝑚
𝑏𝑓 = 300 𝑚𝑚
𝐼𝑥 = 135154 𝑐𝑚4
𝑊𝑥 = 4505 𝑐𝑚3
𝑟𝑥 = 26,39 𝑐𝑚
𝑍𝑥 = 4918 𝑐𝑚3
𝐼𝑦 = 11252 𝑐𝑚4
𝑟𝑦 = 7,62 𝑐𝑚
𝑏 (𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎) = 8 𝑐𝑚
6
𝑟𝑥
= 3,5
𝑟𝑦
𝑖𝑟 = 8,27 𝑐𝑚
𝑏𝑓
=6
2𝑡𝑓
ℎ0
= 68,8
𝑡0
γ𝑔 = 1,25
γ𝑞 = 1,5
Além dos valores estáticos das ações, os efeitos oriundos de impactos também devem ser
considerados. Segundo a NBR 8800:2008, as ações verticais de pontes rolantes controladas
por controle pendente ou controle remoto devem ser majoradas em 10%.
γ𝑎1 = 1,1
1,523 × 102
𝑀𝑚á𝑥𝑝𝑝 = = 19,04 𝑘𝑁𝑚
8
1,523 × 10
𝑉𝑚á𝑥𝑝𝑝 = = 7,62 𝑘𝑁
2
7
Para o momento máximo da carga móvel da ponte rolante, foi considerada uma prática
comumente utilizada e citada no 7º Steel Design Guide do AISC, retirada do relatório da
Gerdau: uma das rodas do trole encontra-se posicionada a uma distância equivalente a um
quarto do espaçamento entre essas rodas a partir do meio do vão livre, como apresentado na
Figura 6. O diagrama de momentos para esta configuração está apresentado na Figura 7 e
apresenta um momento maior que quando o trole se encontra no meio da viga.
Figura 7 – Diagrama de momentos para configuração de momento máximo da carga móvel da ponte rolante.
Figura 9 - Reações de apoio para a configuração para momento máximo da carga móvel da ponte rolante.
Figura 11 - Diagrama de momento fletor para a configuração de momento máximo da carga transversal.
A configuração para cortante máximo está apresentada na Figura 12e o diagrama de
momento fletor na Figura 13.
9
Figura 12 - Configuração para cortante máximo da carga transversal.
• Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal inferior a 200 kN
𝐿 10
= = 0,01667 𝑚
600 600
• Deslocamento horizontal, exceto para pontes rolantes siderúrgicas
𝐿 10
= = 0,025 𝑚
400 400
10
4.4.1 Deslocamento vertical
O deslocamento vertical devido ao peso próprio será:
5 × 𝑃 × 𝐿4 5 × 92 × 104
𝛿= = = 0,000734 𝑚
384 × 𝐸 × 𝐼𝑥 384 × 2 × 108 × 1,35154 × 10−3
A configuração de deslocamento máximo ocorre com o trole no meio da viga, isto é, com uma
as rodas a 3,3 m das extremidades. O deslocamento referente à carga do trole será:
𝑃×𝑎
𝛿= × (3 × 𝐿2 − 4 × 𝑎2 )
24 × 𝐸 × 𝐼𝑥
92 × 3,3
= × (3 × 102 − 4 × 3,32 ) = 0,012 𝑚
24 × 2 × 108 × 1,35154 × 10−3
ℎ𝑓 × 𝑏𝑓3 25 × 300²
𝐼𝑥 = = = 56250000 𝑚𝑚4 = 5625 𝑐𝑚4 = 5625 × 10−8 𝑚4
12 12
A configuração de deslocamento máximo ocorre com o trole no meio da viga, isto é, com uma
as rodas a 3,3 m das extremidades. O deslocamento referente à carga do trole será:
𝑃×𝑎
𝛿= × (3 × 𝐿2 − 4 × 𝑎2 )
24 × 𝐸 × 𝐼𝑦
6,4 × 3,3
= × (3 × 102 − 4 × 3,32 ) = 0,02𝑚
24 × 2 × 108 × 5625 × 10−8
Desta maneira, o deslocamento máximo vertical da viga de rolamento será:
𝜹 = 𝟎, 𝟎𝟐 𝒎 < 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 𝒎 → 𝑶𝑲
10 200000
𝜆= = 131,2 > 𝜆𝑝 = 1,37 × √ = 42,38
0,0762 345
Onde:
𝛽1 = 0,0169 𝑐𝑚−1
𝐶𝑤 = 9300481 𝑐𝑚6
𝜆𝑟 = 122,1 < 𝜆
12
𝑀𝑐𝑟 978,9
𝑀𝑅𝑑 = = = 889,9 𝑘𝑁𝑚
γ𝑎1 1,1
200000
𝜆 = 6 < 𝜆𝑝 = 0,38 × √ = 9,15
345
𝑀𝑝𝑙 𝑓𝑦 × 𝑍𝑥 1696
𝑀𝑅𝑑 = = = = 1542 𝑘𝑁𝑚
γ𝑎1 γ𝑎1 1,1
200000
𝜆 = 68,8 < 𝜆𝑝 = 3,76 × √ = 90,5
345
𝑀𝑝𝑙 𝑓𝑦 × 𝑍𝑥 1696
𝑀𝑅𝑑 = = = = 1542 𝑘𝑁𝑚
γ𝑎1 γ𝑎1 1,1
13
Tabela 2 - Parâmetros referentes ao momento fletor resistente de seções sólidas fletidas em relação ao eixo de
maior momento de inércia. Retirada da Tabela G.1 da NBR 8800:2008.
𝑏𝑓 × 𝑡𝑓 ³
𝐼𝑦 = = 39,06 𝑐𝑚4
12
𝐴 = 𝑏𝑓 × 𝑡𝑓 = 75 𝑐𝑚2
𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √ = 0,722 𝑐𝑚
𝐴
10
𝜆= = 1386
0,00722
𝑏𝑓 × 𝑡𝑓 ³
𝐽= = 156,3 𝑐𝑚4
3
𝑏𝑓2 × 𝑡𝑓
𝑍= = 562,5 𝑐𝑚3
4
𝜆𝑝 = 1934
𝑀𝑝𝑙 194,1
𝑀𝑅𝑑 = = = 176,4 𝑘𝑁𝑚
γ𝑎1 1,1
𝜆 = 68,8
Segundo a NBR 8800:2008, os limites de esbeltez para o cortante resistente de cálculo são:
𝜆𝑝 = 59,22
𝜆𝑟 = 73,76
𝜆𝑝 𝑉𝑝𝑙
𝑉𝑅𝑑 = × = 713 𝑘𝑁
𝜆 γ𝑎1
300
𝜆= = 12
25
15
Sendo 𝜆𝑝 = 59,22 e, portanto 𝜆 < 𝜆𝑝 , o cortante resistente de cálculo será:
𝑉𝑝𝑙
𝑉𝑅𝑑 = = 1411 𝑘𝑁
γ𝑎1
O anexo F da NBR 8800:2008 indica como limite para a alma ser considerada não esbelta:
𝐸
1,49√ = 35,87 𝑐𝑚
𝑓𝑦
Logo:
𝑏𝑒𝑓 = 325,8 𝑚𝑚
2606
𝑄𝑎 = = 0,592
550 × 8
O limite para a mesa ser considerada não esbelta:
Onde
16
O limite (10,7) é maior que o índice de esbeltez da mesa (6). Desta maneira:
𝑄𝑠 = χ1,0
𝑄 = 0,592
Onde:
A força axial de flambagem elástica, 𝑁𝑒 , deve ser em relação ao eixo de menor inércia:
Onde 𝐾𝑦 𝐿𝑦 é o compriment ode flambagem por flexão em relação ao eixo y, que será igual ao
vão da viga (10 m). Logo:
𝑁𝑒 = 𝑁𝑒𝑦 = 2221 𝑘𝑁
𝜒 = 0,474
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = 1707 𝑘𝑁
17
4.10 Verificação das ações combinadas
Para barras submetidas a momentos fletores, força axial e forças cortantes, a NBR 800:2008
𝑁
apresenta uma verificação para atuação simultânea dessas cargas. Como 𝑁 𝑆𝑑 < 0,2, temos:
𝑅𝑑
O perfil está submetido às forças localizadas das rodas do trole, de 92 kN. Logo a força
localizada solicitante de cálculo é:
18
Figura 14 - Esquema para estimativa do comprimento ln de atuação da força concentrada da roda na mesa
superior na direção longitudinal da viga.
6,25𝑡𝑓2 𝑓𝑦
𝐹𝑅𝑑 = = 1225 𝑘𝑁
γ𝑎1
68,8
= 2,064
10
0,3
20
Para se chegar a um perfil mais eficiente, deve-se testar outros perfis com menos área de aço
e analisar se este atende à todas as verificações necessárias. Caso o perfil atenda à todas
especificações, exceto à de cortante, é possível utilizar enrijecedores transversais, o que pode
dispensar a utilização de um perfil mais robusto. Entretanto, neste dimensionamento o
cortante não se mostrou um dos possíveis problemas principais, uma vez que cortante
solicitante de cálculo foi de apenas 37% do cortante resistente de cálculo. Casos como as ações
combinadas (83% do valor limite) e deslocamentos (76% do admissível para vertical e 80%
para horizontal) se mostraram muito mais próximos de invalidar a utilização do perfil
escolhido que o cortante.
21
5 Novo dimensionamento da viga – escolha de novo perfil
Buscando um perfil mais eficiente, foram feitas verificações para outros perfis. O
deslocamento horizontal e as ações combinadas se mantiveram com maiores inviabilizadores.
Foi possível calcular que o momento de inércia necessário da mesa superior para que não
houvesse deslocamento horizontal excessivo e chegar à conclusão de que as dimensões dessa
deveriam ser bem próximas ao do perfil escolhido inicialmente.
Nos tópicos a seguir estão apresentados resumidamente estas tentativas. Dois outros perfis
dos testados estão conformes às verificações necessárias:
22
5.4.2 Deslocamento horizontal
𝛿 = 0,0224 𝑚 < 0,0125 𝑚 → 𝑂𝐾
24