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RESUMO
INTRODUÇÃO
Diante de fatos observados e das reflexões sobre eles, o que mais salta
aos olhos é a inconstância do sujeito frente ao turbilhão de informações,
imagens, ícones, desafios e o mal-estar frequente em uma época em que não há
mais padrões definidos com tanta rigidez, pois a sociedade líquida, conforme
Bauman, se apresenta, cada vez mais, problemática e pornográfica aos moldes
de Han, uma vez que os desejos são cotidianamente expostos e intensificados Commented [UdMO4]: Ou farmacopornográfica
segundo Preciado (2018) Vc acha que é cabível fazer
na sociedade do consumo rápido do prazer, nos novos espaços heterotópicos, referência a Preciado? Vou inserir entre colchetes nas
referências. Caso vc não ache cabível, vc excluí.
agora digitais, como nos mostra Miskolci (2017), nas imagens que estendem sua Commented [UdMO5]: Inserir referência ao conceito de
heterotopia segundo Foucault.
relação e acabam por engolir o homem e ao mesmo tempo sendo por eles
devorada. No meio disso, identidades em formação tentam filtrar, por vezes sem
sucesso, todas essas informações.
mesmos critérios e a mesma influência que ele pensa ter. O amor solitário,
portanto, seria essa forma de amar a si mesmo de tal forma que os vínculos
amorosos passam a ser quase impossíveis, pois depende de outro que jamais
existirá, pois precisa refletir ao todo o reflexo do sujeito inicial.
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BAUMAN (2001; 2004) – O autor considera que a pós-modernidade restabeleceu as relações
amorosas na atualidade e, hoje, essas relações se tornaram fugazes e instantâneas, fruto de
uma aceleração e de certa ansiedade do sujeito em satisfazer suas necessidades na mesma
velocidade em que adquire uma mercadoria ou diferentes bens de consumo de mercado.
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subjetividade vive uma tensão entre essas duas experiências como uma ameaça
de autodesagregação.
Inaugura-se, com esse fluxo, também sua transitoriedade, que por sua
vez abre um vazio. E o correspondente déficit emocional gerado por sua
ausência faz com que novas imagens sejam geradas para suprir a sensação do
vazio e iludir a sua transitoriedade por meio de novas transitoriedades.
Segundo Michel Foucault, o amor romântico surge na humanidade como Commented [UdMO12]: Referência?
Han (2014) analisa que a atual sociedade não é, pois aquela do ataque
à liberdade, aos costumes e à moral, mas sim, numa releitura do panóptico, a
sociedade da superexposição onde todos aceitam tornar público seus modos de
vida e singularidades. A sociedade da transparência condena o segredo e o
privado. Para viver é preciso mostrar que viveu fazendo o uso, por exemplo, das
redes sociais para mostrar uma viagem, um namorado novo, uma promoção no
emprego, etc. Se não está visível – nas redes sociais – não se viveu: “A
transparência é uma coação sistêmica que se apodera de todos os fatos sociais
e os submete a uma transformação profunda” (HAN, 2014, p. 12). Tal ambiente
gera incertezas constantes no modo de vida desses sujeitos, pois o campo atual
de possibilidades de vivências está totalmente diferente do vivido nas gerações
anteriores.
Não é difícil encontrar relatos de solidão, mesmo que nas redes sociais
o número de seguidores seja contado a partir do K3. A sensação de vazio e Commented [UdMO16]: Se não é difícil, que tal dar
exemplos, talvez de sujeitos peublicos.
abandono é seguido pela necessidade cada vez maior de conseguir atenção e,
nesse processo, investir na imagem pelas redes sociais é o caminho mais rápido
para tentar sanar esse já citado mal-estar. Numa realidade onde as pessoas
estão cada vez mais voltadas para si, encantadas por seus próprios projetos
individuais, Commented [UdMO17]: Espaço estranho
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No Instagram o número de seguidores é contado por letras que indicam o número de
seguidores, por exemplo, 1K= Um mil 100K= Cem mil 1M = Um milhão.
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medicadas diariamente4 e mergulhadas nas fantasias imagéticas ou da Commented [UdMO18]: Possível diálogo com Preciado
iconofagia, o amor se torna um vínculo muito frágil, pois diante narciso – ideal Commented [UdMO19]: Construção estranha
CONCLUSÃO
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Poderíamos falar aqui do uso de psicotrópicos como resposta aos males atuais, no entanto,
sugerimos apenas algumas referências como: PELEGRINI (2003); Birman, J. (1999); Scliar, M.
(1997)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS